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Ensaios-->Contas Nacionais Trimestrais -- 10/06/2009 - 10:49 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Contas Nacionais Trimestrais - Indicadores de Volume e Valores Correntes – Fonte IBGE

Ricardo Bergamini - Prof. de Economia

Base: 1º trimestre de 2009

PIB tem redução de 0,8% no 1º trimestre de 2009, em relação ao 4º trimestre de 2008 na série com ajuste sazonal

Ainda na comparação do primeiro trimestre de 2009 com o último de 2008, na série com ajuste sazonal1, a maior redução ocorreu na indústria (-3,1%), seguida pela agropecuária (-0,5%), enquanto os serviços apresentaram elevação de 0,8%.

Em relação ao primeiro trimestre de 2008, o PIB teve queda de 1,8%. O valor adicionado a preços básicos reduziu-se 1,5%; e os impostos sobre produtos apresentaram retração de 3,3%.

Na taxa acumulada nos quatro trimestres terminados em março, o crescimento do PIB foi de 3,1% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.

O Produto Interno Bruto a preços de mercado chegou a R$ 684,6 bilhões no primeiro trimestre deste ano, sendo R$ 584,6 bilhões referentes ao valor adicionado a preços básicos e R$ 100,0 bilhões aos impostos sobre produtos.

Em relação aos componentes da demanda interna, as despesas de consumo das famílias tiveram crescimento de 0,7% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o quarto trimestre de 2008, após variação negativa de 1,8% no trimestre anterior. A despesa de consumo da administração pública variou 0,6%. Já a formação bruta de capital fixo (FBCF, o mesmo que investimento) caiu 12,6% no primeiro trimestre de 2009, a maior redução desde o início da série nessa base de comparação (1996).

Pelo lado do setor externo, tanto as exportações de bens e serviços (-16,0%) como as importações de bens e serviços (-16,8%) apresentaram quedas em relação ao último trimestre de 2008.

Em relação ao 1º trimestre de 2008, só serviços têm desempenho positivo

O PIB apresentou queda de 1,8% no primeiro trimestre de 2009, em relação a igual período de 2008. O valor adicionado a preços básicos teve uma redução de 1,5%; e os impostos sobre produtos, uma retração de 3,3%, esta última principalmente devido à queda da indústria, em especial da indústria da transformação, e à diminuição do volume das importações.

Em relação ao valor adicionado, os serviços tiveram o melhor desempenho, com um crescimento de 1,7% em relação ao primeiro trimestre de 2008. Já o valor adicionado da indústria caiu 9,3%, enquanto o da agropecuária teve redução de 1,6%.

A taxa da agropecuária pode ser, em grande parte, explicada pelo desempenho de alguns produtos que apresentam safra relevante no primeiro trimestre2. Com exceção do arroz, com estimativa de crescimento anual de 6,2% na quantidade produzida, todos os outros apresentaram uma variação negativa na estimativa de produção em 2009, comparada à do ano anterior. Foi o caso, por exemplo, do algodão (-19,7%), do milho (-13,2%), da soja (-3,9%) e do fumo (-1,2%).

Na indústria, todos os subsetores apresentaram taxas negativas. A principal queda foi na indústria de transformação (-12,6%), a maior da série (desde 1996) nessa base de comparação, influenciada principalmente, pela redução na produção de máquinas e equipamentos, metalurgia, veículos automotores, mobiliário, vestuário e calçados. Também houve retração de 9,8% no valor adicionado da construção civil, seguida por eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (-4,2%) e extrativa mineral (-1,1%). Neste último subsetor, apesar de a extração de minérios ferrosos ter apresentado queda de 38,1% no primeiro trimestre, a extração de petróleo e gás natural aumentou 6,5%.

Entre os serviços, as variações positivas foram as seguintes: outros serviços (7,0%), intermediação financeira e seguros (5,8%); serviços de informação (5,4%), administração, saúde e educação pública (3,1%) e serviços imobiliários e aluguel (1,6%). São classificados como outros serviços, além daqueles prestados às empresas, os prestados às famílias, saúde e educação mercantil, serviços de alojamento e alimentação, serviços associativos, serviços domésticos e de manutenção e reparação. O crescimento dos serviços de informação deveu-se, principalmente, aos desempenhos da telefonia móvel e dos serviços de informática. O comércio (atacadista e varejista) teve taxa negativa de 6,0%, e os serviços de transporte, armazenagem e correio, retração de 5,6% - ambos influenciados pelo resultado da indústria.

Despesas de consumo das famílias e da administração pública crescem, e FBCF cai

Dentre os componentes da demanda interna, a despesa de consumo das famílias alcançou taxa positiva de 1,3%, 22º crescimento consecutivo nessa comparação, mas desacelerando em relação ao quarto trimestre de 2008 (2,2%). Um dos fatores que contribuíram para esse resultado foi o comportamento da massa salarial real, que, após crescer 7,6% no quarto trimestre de 2008, teve um aumento menor (5,2%) no primeiro trimestre de 2009. Além disso, houve uma redução no crescimento, em termos nominais, do saldo de operações de crédito do sistema financeiro com recursos livres para as pessoas físicas (de 25,8% no quarto trimestre de 2008 para 22,1% no primeiro trimestre de 2009).

A despesa de consumo da administração pública variou 2,7% na comparação com o primeiro trimestre de 2008, enquanto a formação bruta de capital fixo (FBCF) registrou decréscimo de 14,0%, explicado, principalmente, pela redução da produção interna de máquinas e equipamentos. A variação negativa da construção civil também contribui para o desempenho da FBCF. Além disso, a média da taxa de juros efetiva Selic no primeiro trimestre de 2009 (12,5% a.a.) superou a do primeiro trimestre de 2008 (11,2% a.a.).

Pelo lado da demanda externa, as exportações de bens e serviços caíram 15,2% em relação ao primeiro trimestre de 2008. As importações de bens e serviços também apresentaram uma redução, da ordem de 16,0%, o primeiro declínio desde o terceiro trimestre de 2003 (-5,3%). Os produtos da pauta de importação que mais contribuíram para esse resultado foram material eletrônico, material elétrico, outros produtos do refino, peças e acessórios para veículos automotores e químicos diversos.

No acumulado em quatro trimestres, todos os setores têm resultados positivos

Nesse tipo de comparação, o desempenho é positivo nos três setores da economia: agropecuária (4,3%), serviços (3,9%) e indústria (0,4%). Dentre os subsetores industriais, destaca-se a construção civil (3,4%), seguida pela extrativa mineral (3,1%) e a eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (2,1%). Por outro lado, a indústria de transformação registrou redução de 1,5%.

As maiores elevações nos serviços foram nos serviços de informação (8,2%); intermediação financeira e seguros (7,3%); e outros serviços (5,4%). Também cresceram administração pública, educação pública e saúde pública (2,7%); comércio (2,6%); serviços imobiliários e aluguel (2,5%) e, em menor magnitude, transporte, armazenagem e correio (0,8%).

Na análise da demanda, a despesa de consumo das famílias cresceu 4,1%, favorecida pelo aumento da massa salarial real e pela maior oferta de crédito para as pessoas físicas. A formação bruta de capital fixo variou 6,3% (20º crescimento consecutivo nessa comparação); e a despesa de consumo da administração pública teve taxa positiva de 4,7%. As exportações decresceram 3,5%, e as importações aumentaram 9,6%.

Em valores correntes, PIB do 1º trimestre fica em R$ 684,6 bilhões

O PIB a preços de mercado alcançou, no primeiro trimestre de 2009, R$ 684,6 bilhões, sendo R$ 584,6 bilhões referentes ao valor adicionado a preços básicos e R$ 100,0 bilhões aos impostos sobre produtos.

A agropecuária registrou R$ 41,2 bilhões; a indústria, R$ 142,8 bilhões; e os serviços, R$ 400,6 bilhões. Entre os componentes da demanda, a despesa de consumo das famílias totalizou R$ 444,0 bilhões; a despesa de consumo do governo, R$ 153,3 bilhões; e a formação bruta de capital fixo, R$ 113,8 bilhões.

A balança de bens e serviços ficou deficitária em R$ 4,1 bilhões; e a variação de estoques foi negativa em R$ 22,3 bilhões.

A taxa de investimento no primeiro trimestre de 2009 foi de 16,6% do PIB, inferior à do mesmo período do ano anterior (18,4%). Essa redução foi influenciada, principalmente, pela redução em volume da formação bruta de capital fixo no trimestre (-14,0%). A taxa de poupança alcançou 11,1% do PIB, a menor taxa da série iniciada em 2000.


Notas:

1 As séries são sazonalmente ajustadas de maneira direta, ou seja, as séries são ajustadas individualmente.

2 Segundo o LSPA (Levantamento Sistemático da Produção Agrícola), de maio.


Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.


Ricardo Bergamini (ricoberga@terra.com.br)




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