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Cartas-->Prisioneiro Amor -- 06/11/2002 - 19:37 (Ian Eduardo de Carvalho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ó minha doce donzela..., o amor que sinto por ti é tão antigo que transcende a minha memória, muitas vezes me indago se não transcende essa vida..., mas não existe sapiência em mim para responder tal pergunta, sei apenas o que sinto nesta vida, e lhe digo minha donzela, é um misto de prazer e dor, uma dor constante, diária, salvo por certos momentos de prazer, que salvam minh’alma, minha sanidade, o pouco sopro de vida existente neste roto corpo...

Ó minha doce donzela..., vivi apenas para trazer o sorriso ao teu rosto, pouco me importava se este sorriso viria às custas do fim de uma amizade de infância ou de meu próprio sangue, minha alegria nunca importou, pois só a sua alegria poderia me fazer feliz.., eu dependia de você minha donzela, você se tornou a minha vida..., eu só vivia a partir de você..., eu era apenas uma parte de você..., uma extensão obscura da sua alma...

Mas ainda assim..., não era o suficiente para você..., após retirar de mim tudo o que eu estimava..., me deixou sozinho..., perdido..., num mundo de sombras e escuridão, onde não havia você, onde não eras mais o eterno e brilhante astro..., a dor toma conta de meu ser..., como podes ter me enganado tão friamente? Como podes ser tão malévola? Como podes dizer que não me amavas mais com um sorriso nos lábios? Eu não merecia isso..., não depois de tudo que fiz por ti...

Afortunadamente, a mão do destino é tão irônica quanto a justiça mortal..., foi sua escolha me trair, foi sua escolha me largar na escuridão, foi sua escolha se largar na vida mundana..., liberdade..., alegaste diante de meu pranto..., agora aqui estou eu..., diante de seu pútrido e ressequido corpo..., talvez não esteja melhor do que você..., mas ainda estou vivo, vivi apenas para ver este momento, o momento de sua queda, onde eu gargalharei enquanto nada poderás fazer..., até que a peste foi doce contigo..., não retirou nenhuma parte de seu outrora lindo corpo..., existe uma certa ironia nisso..., mas o meu gargalhar vitorioso me impede de entender tal ironia...

Eu ainda te amo minha donzela..., durante todo o tempo que passei nas sombras..., apenas refinei o meu amor.., aprendi muito sobre ele..., o quão ele era forte..., mas forte do que a linha entre a vida e a morte..., foi ele que me manteve vivo..., e ele que a manterá aqui minha donzela..., não terás seu descanso enquanto eu viver..., estarás sempre comigo minha donzela..., sempre presa a mim...

Nem a morte pôde nos separar minha doce donzela...
Agora você depende de mim...

E eu ainda te amo...
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