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Artigos-->AH! VIDA! (Ana Zélia) -- 20/02/2013 - 10:18 (Ana Zélia da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


AH! VIDA!

Ana Zélia



Quisera chorar rios de sangue.

O Glaucoma eleva a pressão.

Meus lindos olhos brilhantes.

Choram a INGRATIDÃO.



Ando a esmo na cidade fria,

nem se importa se vivo ou morro,

nem se importa com a dor alheia.

Seus problemas são de todos,

quando pesam trocam-se os administradores.

A população sofre as greves rotineiras em busca de direitos perdidos.



Tento gritar ao mundo que não pedi pra ser mãe, me foi imposto.

Sina, carma ou quem sabe arroubos de infância.



Maldito ventre que não respeitou meus desejos de trazer ao mundo

seres sem ganância, inveja, porém destemidos, afoitos, estudiosos,

COMPETENTES.

Ganhei feitores que me açoitam o corpo, a mente turva do esquecimento

a que me  apego, num casamento onde nem sei quem sou e nem se existo.



Poetas duros como rochas que só arrebentam à custa de dinamites profundas, de traições filiais...



Malditas cidades, que nos servem de berços, de túmulos.



Malditas escolas que não ensinam a viver, a pular fogueiras, a vencer

barreiras, a destruir mentes caóticas, a evoluir com a tecnologia onde a

máquina sobrevive, onde se armazenam em memórias, eternos sonhos,

esperanças, desilusões, caduquice de mães, o ódio de filhos, genros, noras,

netos, amigos que se foram , armazenem o pior ato do ser humano.

O ESQUECIMENTO.



Manaus, 20 de fevereiro de 2013.

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Nota da autora- Pela terceira vez, já deveria estar acostumada, sofro na pele o que tantas mães



como eu sofrem a todo instante. Traição, Ingratidão.



Os filhos pertencem ao mundo, mas alguns fazem questão de nos tratar, como  inimigos.



Covardia acredito eu, ninguém merece.

Não pedi pra tê-los, corri o risco ao me casar aos dezesseis anos.

Se o calvário é a vida, curto há bastante tempo o martírio.

Já percorri mais de seis décadas no caminho, falta pouco para a sétima estação,



o Gólgota ainda está longe ou quem sabe termine hoje.

Não chorem por mim, guardem suas lágrimas pra vocês mesmos.

Porque os fortes não choram



EU SOU FORTE, VENCEDORA, PERDEDORA, POETISA, sou tudo, nada sou.

Manaus, 20 de fevereiro de 2013. Ana Zélia


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