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cronicas-->Saudade, conceitos -- 24/09/2002 - 15:38 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Queres me matar guria? Já nem sei mais do que sinto saudade. Mas acho que tem um pouco de Porto Alegre, da minha mãe, dos meus filhos, São Gabriel, alguns irmãos... Há um monte de arquivos interessantes, outros nem tanto. Mas sinto todos os dias também saudade de um bom café com leite bem quente, apenas com pão e margarina, quem sabe uma geléia de morango, framboesa ou algo semelhante.
Saudade que pode produzir um bom texto, capaz de gerar linhas suficientes para se tornarem uma crónica, uma declaração de amor, uma vontade insustentável de chorar, um canto isolado numa rua coberta pela bruma noturna, um assobio solitário numa tarde de domingo, um folhar de fotografias aprisionadas num álbum, uma música ao longe gritando no silêncio da planície, algo assim e muito mais. Macro e micro existência em busca da redenção, do fogo morto que não esquenta mais o coração, das poesias calientes que explodiram corações num dia qualquer de inverno, verão, primavera floril ou num outono existencial. Flores mortas e folhas caídas, esperando o momento de responder ao mundo que existe algo belo, inescrutável, impossível de ser dito ou pensado.
O resto das sombras de uma árvore que um dia foi frondosa, porém houve um tempo de ventania, então sobrou a mancha de raízes mortas esticadas sobre o cimento da calçada fria...
Os conceitos de revivência, neologismo quem sabe, falta de cultura suficiente para usar uma palavra mais adequada. Vivente eu, tu, os sobreviventes do grande deslocamento de massas em busca de novas Jericós, em busca das verdades escondidas entre livros mofados, teias de aranhas emergentes, pós e ácaros enferrujados.
Ah, este conceito de saudade é um coisa muito além do que eu possa entender. Entre um chimarrão e outro acredito que vais levando estas considerações.
O vento sul que esfola a pele dos açorianos de Floripa deve estar te contando as novas do Rio Grande, que um dia após o outro o Minuano varre as coxilhas, e vais com certeza pensar em Cruz Alta, alta cruz que indica aos viventes que a vida tem muitos caminhos, saudades e opções.
É guria, não imaginaste que de um pequeno texto fosse surgir mais um monte de letras que gritam na planície, ecoam na serra e choram lágrimas de poesia. É guria, assim é.
Podes me visitar ainda na usinadeletras.com.br, onde divago sobre nossas estranhas existências. Um abraço.
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