Contemplando as emoções,
Prosseguindo na mesma falta de rumo,
Num fascínio intenso e louco,
Pela natureza eterna afora.
Olhos cheios d’água em oração,
Comovidos pela beleza vã,
Examinam e deslumbram-se
A cada gesto, forma e cor.
Pode-se sentir a vida, que brota magistral,
E a falta dela, desafiante e melancólica.
Ainda assim, mesmo que modificada,
Permanece adiante do sonho meu.
Quantas maravilhas aguardarão nosso chegar,
Das trilhas que ainda percorreremos?
O mesmo delírio e espanto estarão
Presentes, certamente, surpreendendo-me.
Visão bela que detenho e zelo
Possibilitando-me essa comoção
Esperando que o interno e externo
Se fundam completos, natural construção.
|