Tenho a chave de tuas cachoeiras.
Deslizo nos teus meandros, mansamente!...
Sou a nascente dos teus líquidos em ribeiras,
mas também sou tua queda.
Sou os dois lado iguais da mesma moeda.
Escorrego pelo teu corpo lentamente!...
Sou a calda da serpente em reta,
e nas curvas giro sem dar seta...
Sou a mais louca corrente,
que te prende inerte ao dente...
Sou a volúpia dos teus véus
juntos desaguamos em mundos distintos.
Emergimos em prazeres que nos leva para outros céus.
E seguimos apenas nossos instintos,
quando nos quedamos montanhas,
rochas e cavernas que ocultam nossas manhas...
Somos dois seres que juntos vivemos separados,
somos do nós sem laços,
e vivemos o amor descalços
das fechaduras secas, mas tarados...
Então, descobrimos que temos a chave,
mas não queremos abrir as compotas?!!!
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