Usina de Letras
Usina de Letras
153 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62186 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22532)

Discursos (3238)

Ensaios - (10351)

Erótico (13567)

Frases (50586)

Humor (20028)

Infantil (5426)

Infanto Juvenil (4759)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140793)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6184)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->O domínio da máquina -- 02/03/2003 - 17:59 (Eduardo Amaro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Log in.



Bitucas de cigarro pelas paredes,

vultos escandalizados esparramados pelo teto,

livros, livros, livros e mais livros,

Alencar, Levy, Homero, Massaud, Dickens, Poe,

Gibson, Benitez e seus aliens, Wilde, Campos,

Quevedo e sua chatice incrédula, Plínio Marcos,

o velho caolho, Augusto dos Anjos

gritam silenciosamente,

pedindo atenção.



A luz artificial e radiante da mágica caixinha virtual me chama.

Meu outro eu está inquieto, necessita de dados,

necessita de informação.



As noites em claro,

as noites de solidão,

as noites de viagens ao lado do sábio grego

em busca de sua terra e de sua amada.;

pela tenebrosa Rua Morgue,

pelos confins idealizados das matas intocadas

de nossa gloriosa e mesquinha nação.



As noites em claro,

as noites de solidão,

as noites de viagens inacreditáveis

pelos espetaculares universos 3D,

pelas incansáveis variáveis

das linguagens de programação.



As noites em claro,

as noites de solidão,

as noites de várias viagens

levam-me também à esplendorosa

fragmentação.



Eu não sou eu: sou uma máquina

ultrapassada,

de clusters danificados,

repleta de worms, Cavalos de Tróia,

sem conexão, isolada.; sem memória

disponível, meu disco rígido com falta de espaço,

meus circuitos integrados, sobrecarregados,

a eletricidade que por eles corre,

estática.;

sou uma rede de chips enferrujados,

um conjunto de enigmáticos modens queimados,

uma máquina ineficiente e desatualizada.



Log off.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui