Confissão do Descasar
Perdoe-me padre porque pequei!
Pequei no momento em que pela primeira vez a beijei.
No beijo, do que dele viria, não acreditei.
Foi a partir do beijo quando pela primeira vez errei!
Perdoe-me padre porque pequei!
No que viria depois e não imaginei.
Foi por aquele beijo, doce, mágico, que eu me dei.
Pelo primeiro beijo à uma vida me entreguei
Perdoe-me por não haver imaginado:
Que um beijo me faria um homem apaixonado.;
Nas conseqüências, pois me vi cegado.
Desde então, nada mais do tudo que deveria ter pensado.
Perdoe-me por haver insistido, seguido em frente!
Por haver sido irresponsável, inconseqüente.
Por ter comigo, sido tão indiferente,
E mesmo assim, por haver pensado em mim somente
Perdoe-me ainda por mentir!
Por não pensar que seria o único a sentir.
Por imaginar que bastaria continuar a fingir.
Por tentar da nossa verdade, da nossa realidade, fugir.
Perdoe-me padre pela falta de coragem!
Por apenas visualizar um só, eu, na minha imagem.
Quando na verdade éramos dois, seguindo na mesma viagem.
Resultado não mais do beijo real real, a vida se tornou uma miragem.
Perdoe-me padre pelos erros cometidos!
Pelos pecados do beijo decorridos.
Por todos os momentos, insistentemente, indevidos.
Por tudo desde então, pelo jeito como foi fingido.
Perdoe-me padre, no início, pelo sim.
Perdoe-me agora por ter que ser assim.
Já não resta opção para mim.
Perdoe-me padre, perdoe-me você, mas este é o fim!
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