A maldição de uma data histórica

José Geraldo Pimentel

Cap Ref EB

Entrar numa batalha e não sustentar o fogo resulta no fenômeno que está ocorrendo no Brasil. As Forças Armadas e Auxiliares, convocadas pela sociedade civil, foram à luta e derrubaram o governo que desestabilizava o país, querendo transformá-lo numa republica do proletariado, à semelhança de Cuba e sua matriz, a então poderosa URSS.

O Dia 31 de Março de 1964, por incrível que pareça, foi proibido em 2012 de ser lembrado. Uma ordem vinda de cima chegou aos comandantes das Forças que decretaram: “Esqueçam o dia 31 de março de 64!” As palestras e Ordens do Dia programadas para serem realizadas nesse dia foram suspensas de última hora. A ordem só não proibiu que os militantes da luta armada continuassem a manter viva a insídia contra a instituição militar, inaugurando museus, distribuindo vídeos e CD-ROM, fazendo exposições fotográficas, filmes, palestras, etc.

A Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH/PR) transformou-se numa Gestapo ditando regras que são cegamente obedecidas pelas autoridades militares. A ministra chefe da SEDH/PR, senhora Maria do Rosário Nunes, estabeleceu em um ‘Acordo de Solução Amistosa’, referendado pelo comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, que na Academia Militar das Agulhas Negras se praticam torturas contra os cadetes em instruções de exercícios militares. Uma placa foi descerrada no Curso Básico sacramentando a infâmia. A referência à data de 31 de março de 1964 foi retirada dos sites das Forças, do Ministério da Defesa e da Rota, órgão da Polícia Militar do estado de São Paulo, por determinação desta mesma secretaria.

Agora em 2013 parecia que alguma coisa iria mudar. As FFAA e Auxiliares finalmente teriam acordado e iriam começar a reagir. Em dezembro último comentou-se (Revista Época, Leonel Rocha, 05/12/2012) que o comando do Exército proibira a presença dos Dragões da Independência na Câmara dos Deputados Federais, quando se prestaria em uma sessão solene uma homenagem a antigos deputados cassados durante o período dos governos militares, restituindo-lhes simbolicamente os mandatos. Vibrei junto a quantos imaginam ter uma instituição militar forte e independente. O Clube Militar na cidade do Rio de Janeiro organizou em parceria com a Universidade Federal Fluminense uma palestra intitulada ‘A Luta Armada no Brasil e o Dever do Estado’, convidando estudantes universitários que receberiam um certificado de presença. Uma iniciativa inédita e louvável. O deputado federal capitão Jair Bolsonaro anunciou uma palestra, em Belo Horizonte. Dia escolhido para os eventos: 14 de março.

O Grupo Terrorismo Nunca Mais (Ternuma) anuncia a realização de uma ‘missa em sufrágio das almas dos que tombaram na luta armada’ a ser realizada na Paróquia São Camilo de Lellis, em Brasília, dia 5 de abril.

Datas que não coincidem com o dia 31 de março. Cuidados para não passar a idéia de provocação aos militantes da luta armada, encastelados no poder, mandando e desmandando, já se considerando meios donos do país! Ou medo de um confrontamento com o movimento Levante Popular da Juventude! Este grupo de vândalos, desocupados sem eira nem beira, frustrados, são pagos pelo Partido dos Trabalhadores para desmoralizar as FFAA. No dia 29 de março de 2012 foram lançados à frente do Clube Militar, na Cinelândia, Rio de Janeiro, para agredir com gritos de ordem, jatos de tinta e cusparada nos rostos, os oficiais que deixavam o recinto após assistir uma palestra alusiva ao dia 31 de março de 1964!

Diversas manifestações estão programadas para acontecer em áreas públicas no dia 31 de março. Na cidade do Rio de Janeiro a manifestação vai ocorrer diante do Pantheon Duque de Caxias, localizado na Praça da República, em frente ao Palácio Duque de Caxias, Centro. O Pantheon abriga os restos mortais daquele que é considerado o exemplo do soldado brasileiro, o Marechal Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias.

É hora de ação! Viver encapsulado num casulo, sem reagir, é dar sinais de fraqueza. É confundir covardia com disciplina militar! Que as unidades militares de todo o país realizem palestras e leituras de Ordens do Dia rememorando o feito glorioso do dia 31 de março de 1964!

Em tempo: Que a placa colocada no Curso Básico da AMAN seja removida, queimada e os restos despachados para o gabinete da terrorista Maria do Rosário Nunes, em Brasília. Que se reponham as citações da participação das FFAA e Auxiliares na Contra-revolução de 1964, em seus respectivos sites.

Eles que venham. Por aqui não passarão!

Rio de Janeiro, 15 de março de 2013.

Veja o Especial &
39;31 de Março de 1964&
39; no site Pequenas Histórias.