Essa semana, ouvi de um artista uma frase que me fez pensar nas circunstàncias dos acontecimentos. Ele disse que quando a gente é jovem, não faz muita coisa. A vida é que faz por nós. As escolhas vêm como resultado de muitos sonhos, muitos desejos e muito acaso, ou destino.
E quanto mais o tempo passa, mais percebemos que certos momentos, que antes eram imprescindíveis, essenciais e necessários, ficaram para trás e não acontecem de novo. Mas eles são substituídos por outros momentos, tão especiais quanto, que fazem parte do presente e nos distraem nessa jornada de viver.
As escolhas, elas sim são importantes. Quando somos crianças, tudo parece não ter muito preço e muita consequência. Na adolescência, as mudanças de humor nos deixam em dúvida sobre o que vale mais a pena; brigar para ficar uma hora a mais na balada ou voltar para casa cedo e guardar créditos com os pais para a próxima night.
Mas o que eu acho mais cruel é pedir a um jovem que decida sobre o futuro. A maioria deles ainda têm muitas dúvidas na cabeça e não consegue escolher bem um curso superior. Por isso mesmo, muitos desistem, do primeiro curso, começam outro, ou simplesmente largam a faculdade e vão prestar concursos públicos.
Aqueles que continuam o curso que escolheram e decidem trabalhar com isso, ou se apaixonam, ou odeiam a profissão. Mas á só na prática, no meio de trabalho, que eles podem dizer em qual dos dois lados estão. E foi assim que aconteceu comigo.
Durante toda a minha vida acadêmica, eu tive certeza de que queria jornalismo. Por vezes, pensava em fazer algum outro curso, como Publicidade ou Arquitetura, mas em hipótese nenhuma descartei o jornalismo.
Confesso que o primeiro ano de faculdade foi decepcionante. Muita teoria inútil, que eu imaginava para que serviria, e pouca prática. Nesse mesmo ano, comecei a dar aulas de reforços e decidi fazer Letras. Tudo muito parecido com Jornalismo, e ao mesmo tempo, tudo muito diferente.
Por essas circunstàncias da vida, me identifiquei com o que o artista disse. Quando somos jovens, as coisas acontecem com tanta rapidez que, quando percebemos, já estamos colhendo os frutos do que plantamos. Bom quando os frutos são saudáveis, mas quando estão podres, sofremos pelo mal que fizemos a nós mesmo. |
