Usina de Letras
Usina de Letras
124 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62231 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22537)

Discursos (3239)

Ensaios - (10367)

Erótico (13570)

Frases (50629)

Humor (20031)

Infantil (5434)

Infanto Juvenil (4768)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140805)

Redação (3306)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6190)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->Linhas de Eve -- 25/12/2002 - 14:55 (Rejane Luiza Auler de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Eve recoloca seus infinitos no teto, não se importa com as lágrimas que deixou cair, os erros esqueceram onde foram cometidos, antigo é este chão imaginário pelo qual Eve caminha, pó abstrato que Eve dispersa com um sopro quente, partículas de uma futura vida, peças de um mundo visto apenas uma vez, fragmentos da esperança de Eve removidos do interior de seus lamentos.
Eve refaz suas mãos, não se lembra onde perdeu o seu amor, adoração abandonada entre páginas queimadas, Eve ergue seu olhar para o sol azul, amanhecer triste mas impossível, um horizonte oblíquo aguarda pelas emoções de Eve, de nossas mãos nascem novos finais, Eve não queria ir, mas suas pálpebras não o deixaram ficar...
Eve procura as distâncias em seus bolsos, qualquer expressão de alívio está distante de adornar sua face, tempos remotos se repetem ao anoitecer, Eve escreve em suas linhas interiores para si mesmo, olhos de plástico que por muito tempo tentaram ver algo, sentidos que Eve tenta explicar, realidades dançam confusamente sobre palcos lógicos, Eve move-se para onde sua visão ainda não conseguiu chegar.
Calmamente Eve desmonta seus receios, majestosas e firmes construções criadas sem intenção, passado que poderá em nada diferir do futuro enigmático que está por vir, são fracas as tentativas às quais Eve se agarrou, o ar produz sons graves para Eve, que possui ouvidos que não desejam mais ouvir, Eve sorri ao ver árvores desajeitadas que se deitam sobre a mesma terra que as mantêm vivas.
Eve muda seu caminho perante os olhos do destino, o caos e a harmonia sabem, os momentos passam do avesso, modos pelos quais Eve jamais esperou, perguntas que Eve nunca pensou que precisaria responder. Finalmente o céu despeja a sua angústia, a conseqüência de egoísmos e ambições imprecisas pode ser resumida em rios de uma melancolia violenta e cascatas furiosas em suas quedas.
De olhos fechados Eve muda suas certezas, as indecisões do mundo caem sobre tudo o que é novo, Eve explica à sua vida que ainda precisa dela, apenas desnecessários motivos óbvios, uma lua vermelha observa Eve enquanto é engolida pela luz, o dia continua nascendo através das horas, a noite chora enquanto vai deixando o dia tomar seu lugar, Eve olha com desprezo para o céu brilhante que vai se formando.
Eve não olha mais para a fonte de um de seus sentimentos, são mãos e abraços tão distantes, Eve abre os olhos e acredita na impossibilidade, um alvo indigno de subjetivos e ternos olhares, um ano de mudanças vai passando, Eve talvez encontrará uma continuação quando se encontrar com a noite, e ele não tem certeza se quer se livrar das brisas azuis que envolvem seu coração sem tocá-lo.
Eve esquece seus vagos, foram permanências silenciosas, foram tempos que acordam em momentos de reflexão, lembranças que hibernam atrás dos olhos de Eve, mortes que a mente tenta esquecer, prantos que as portas tentaram impedir de serem ouvidos, episódios imprecisos causados pela caótica realidade, mas Eve ainda consegue sentir corações parando de bater e ouvir lágrimas tocando o chão.
Eve reacorda o seu silêncio, são vontades controláveis, o círculo racional responde e indaga, Eve movimenta seus olhos para poder ver as estrelas horizontais, pessoas imaginárias não perguntam várias vezes a mesma coisa, o silêncio de Eve só ele mesmo pode justificar, talvez ele nem queira, quem sabe nem seja preciso, Eve foge das palavras, e observa os lábios que perguntam com um sorriso.

Sem data definida

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui