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Ensaios-->Cinquenta anos de quê? Brasília embruteceu o Brasil. -- 22/04/2010 - 11:57 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Cinquenta anos de quê? Brasília embruteceu o Brasil

Por Jota Alves

Os franceses gostam de Paris. Os italianos idolatram Roma. Os argentinos se orgulham de Buenos Aires. Os norte-americanos dignificam Washington. Os chineses respeitam Pequim. E nós brasileiros, com quais sentimentos celebramos os cinquenta anos de nossa capital? Após enchentes e deslizamentos, esquecemos devastações e mortes. A frequência de eventos ruins é tão veloz, que já não reagimos com a energia dos atingidos. Cada escândalo é embaçado por outro maior. Raramente se vê analise e crítica aprofundada sobre erros brutais que desviaram o país de alternativas melhores. Tapamos o sol com a peneira. Não damos mão à palmatória.
“Manadamente” seguimos, aplaudimos, perpetuamos e elegemos megalomaníacos, corruptos e mentirosos. Não gostamos de ouvir que temos 30% da população com desajustes mentais. Em sendo assim, não é difícil entender a renúncia do presidente Jânio Quadros e os filhotes políticos da capital que celebram os 50 anos de Brasília com um ex-governador que foi preso e sem ninguém de seus aliados, NINGUÉM, em condições morais para substituí-lo, e com Roberto Gurgel, procurador-geral da República, pedindo intervenção federal geral e irrestrita.

É pouco ou quer mais?!

Cinquenta anos de quê? Essa a grande pesquisa que o IBGE deve à nação. Essa é a novela que a TV precisa mostrar ao povo, principalmente as Organizações Globo, que ajudaram a eleger Jânio Quadros, derrubar João Goulart, apoiaram a ditadura militar no seio da qual nasceu a TV Globo. Por que a capital do país chegou a essa situação trágica e vergonhosa, onde desaparece a linha entre o legal e o ilegal? Precisamos, com críticas sensatas, examinar e diagnosticar Brasília, a Terra Prometida, a nossa Canaã. Precisamos recriar a Esperança.

Cidade esdrúxula, bizarra, sepultura cívica do Brasil (Jânio Quadros) Quando desembarquei, Brasília engatinhava. Fui um de milhares de brasileiros que ouviu o chamado, a convocação. Vivíamos sob constante empolgação, orgulhosos. Por estar em Brasília, a minha vida mudou de rumo, radicalmente. Sempre me orgulhei de ser um dos três delegados de Brasília ao Congresso da Juventude pela Paz e Amizade, em Helsinki, Finlândia. Fui a Moscou, insisti numa bolsa na universidade Patrice Lumumba, e só revi Brasília vinte e cinco anos depois como Secretário de Governo de meu estado natal, Mato Grosso. Orgulho-me de ter promovido e defendido- mesmo quando isso parecia impossível- o Brasil e sua capital, sob a premissa de que a gente sai do Brasil, mas o Brasil não sai da gente, e de que roupa suja se lava em casa.

Passei a crer que erramos no Paralelo e que D. Bosco sonhou foi com Ma Chu Picchu a cidade com irrigação nas alturas andinas, mel, ouro e prata. Vejo o sacrifício, a devoção dos candangos daquele faroeste de cidadania, e a energia sedutora de JK desrespeitados, pisoteados. Há nações e povos que regrediram ou desapareceram por tragédias naturais, outros por colocarem páginas erradas em suas histórias. Brasília foi um equívoco, definitivo, terminal. Nasceu da improvisação, de uma pergunta do Toniquinho, do misticismo, delírios, das ideologias da “guerra fria” e de avaliações de segurança nacional fora de tempo e sabedoria militar. A bomba atômica já tinha feito seu estrago no Japão. A aviação militar era moderna, poderosa. E a justificativa para que o Rio de Janeiro deixasse de ser a capital era a de possíveis ataques pelo mar, dominando a Guanabara. Capitais e cidades famosas “nasceram” à beira-mar, à beira-rio, e ai estão protegidas, bonitas e respeitadas.

Criadora de exterminadores do futuro

Construímos Brasília e desconstruímos o Rio de Janeiro, uma das capitais mais bem estruturadas e bonitas do mundo. Rio-capital nos deu alegria, conforto, orgulho. Brasília nos dá tristeza, amargura, decepção. Do seu centralismo nada democrático, Brasília castra iniciativa, criatividade, dá maus exemplos, contamina o que o brasileiro tem de bom. Ao se vulgarizar nos nivelou pela mediocridade, tirou-nos esperança e sonho.

Brasília não nos pertence mais. É dominada por uma casta de burocratas delinquentes e políticos de periculosidade refinada. Capital da impunidade de mil Pandoras, Brasília gera exterminadores do futuro. Tivesse cruzado o país com ferrovias, o JK corajoso e visionário teria deixado uma herança magnífica a justificar plenamente a construção da capital. Com ferrovias de passageiros e cargas obteríamos altos níveis de produção agrícola, industrial, energética, alimentar, habitacional, educacional, sem brutalizar o povo brasileiro. Tendo a seu dispor avançadas tecnologias ferroviárias, JK não as construiu. Um erro fatal que nos fez dependentes do carro, de estradas mal construídas, mal conservadas e de gasolina/petróleo. Brasília para 600 mil habitantes, tem mais de dois milhões, e mais de um milhão de carros. Destrói a si mesma e a seus satélites.

Em seus oitos anos Lula repetiu JK. Luiz Inácio nos prometeu ferrovias, aeroportos, hidrovias. Ficou deslumbrado com o trem chinês a 300 km /h. Mas o que a sua herança de elite sindical-metalúrgica-montadora do ABC fez, eleitoralmente, foi facilitar mais carros e motos nas ruas congestionadas do país, atrasando e parando o ir e o vir, desorganizando a vida urbana, neurotizando mais o povo.

Forma boa. Conteúdo ruim

Brasília é aula universal de Forma boa com Conteúdo ruim. A Bela e a Fera. Com a sua arquitetura e ideologia, Oscar Niemayer blindou Brasília de criticas e controvérsias. O totalitarismo da forma arquitetônica e o conteúdo político serviram bem à ditadura militar, que isolada das populações politizadas, governou uma grande caserna chamada Brasil. A Bela gerou Fera e corrupção. A culpa de Brasília ter embrutecido o país não é só de Jânio Quadros, que renunciou viver nela, por ela e dela. Irene, a louca culta de Sobradinho que pedia esmolas na rua da Igrejinha, falando sem parar, seguindo-me ao colégio Elefante Branco ensinava gritando: “Vivo em suas entranhas cidade maldita, meretriz, nasceu doente, de incesto. Sodoma e Gomorra do cerrado. Daqui vai começar o apocalipse brasileiro. Brasília vai destruir o Brasil.”

Mais 50 Anos de quê?

Jota Alves criou o Dia do Brasil em Nova York/Estados Unidos com celebrações em Xangai/China e Moscou/Rússia.


www.odiadobrasil.com.


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