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Contos-->Foguete -- 25/12/2002 - 21:03 (Rejane Luiza Auler de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
(Foguetes primeiro deixam a terra, para só depois seguirem para o céu)

Finalmente eu o vejo livre, voando em seu foguete, cortando o céu como uma lâmina de vento. Sem depender de rumo algum, sem se importar com qualquer objetivo, sendo indiferente ao tempo. Não tendo a obrigação de voltar, sendo livre, sem medir qualquer velocidade, sem calcular nenhuma distância. Dias passando como meras horas, o hoje será sempre hoje, sem diferir o sol da lua, evitando seguir qualquer lógica. Dependendo somente do que sua alma quiser, ouvindo apenas seus próprios conselhos.

Para longe ele irá, para além das montanhas, para além do mar, de encontro às estrelas, repetindo palavras curtas e sem significado, se desligando dos sentimentos. Ele queria partir logo, mesmo sem saber por onde iria, mesmo sem notar o que deixaria aqui no chão, só ele e seu foguete sabiam, só ele não se lembrava, só o foguete o levaria para longe, só o as opiniões dos outros não seriam ouvidas. Conlusões seriam desnecessárias, seus ouvidos não passariam de estorvos, de erros, castigos de Deus...

Um foguete foi o que ele fez, construiu sua ligação com céu. Aqueles pedaços de aço valiam mesmo ouro para ele, porém, não demonstrou qualquer entusiasmo ao vê-lo terminado, parecia estar vendo aquilo pronto antes mesmo de juntar seu primeiro pedacinho de aço. Estava tudo definido em seus pensamentos, a realização parecia ser apenas um detalhe, algo normal. Ele estava mais entusiasmado antes de começar do que depois de terminar, parado em frente a sua criação ele pensava, talvez pensasse para onde iria, ou quem sabe apenas criava dúvidas....

No que ele pensava eu não sabia, passava dias admirando o céu, como se fosse fazer parte dele, como se soubesse algum modo de ser acolhido pelo infinito azul. Com suas trêmulas mãos juntava pedaços de aço, e os olhava como se fossem algo vivo, com carinho os colocava em seus bolsos, tocava-os como se fossem peças de ouro, os admirava tal como uma mãe admira seu filho. "Eles servirão para algo importante" era possível ler isso em seus olhos lacrimejantes, olhos portadores de esperanças, e que não eram capazes de ver a palavra "impossível".....

Aquele menino estava estranho, não se importava com quase nada, parecia estar distante, só escutava fascinado o que sua professora falava sobre espaço. Algo lhe atraía naquele assunto, sua atenção era multiplicada quando ouvia alguém falar sobre o espaço, mas o motivo era impossível saber. Ele perguntava sobre tudo que envolvia o espaço e o céu, tudo o que podia aprender sobre aquilo ele aprendeu. Após algum tempo ele sossegou e não tocou nunca mais no assunto, mas continuava estranho......

(Se algo parece errado, siga o sistema que o "foguete" segue...)

Obs.: Esta última frase entre parênteses significa que os parágrafos do texto devem ser lidos de baixo para cima, só assim o conto terá um sentido. Obrigado pela compreensão.

15 de abril de 2002
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