ENGASGADOS COM UM MOSQUITO
Nos últimos anos temos visto os governantes brasileiros engasgados com um mosquito (da dengue).
A impotência do Poder Público no combate ao mosquito aedes aegypti já não causa nenhuma surpresa ao povo brasileiro.
Para os governantes, o povo é o único responsável pela desgraça causada pelo poderoso inseto, em razão do descaso com água acumulada nos domicílios e da condenável prática de jogar lixo nas vias públicas.
Estes atores não levam em consideração o acúmulo de água em prédios públicos, alguns em uso e outros abandonados, nas regiões ribeirinhas, nos lagos e lagoas de domínio público, em pontes, bueiros e viadutos, em terrenos baldios e em diversas propriedades particulares não ocupadas.
Da visão do Governo podemos retirar uma SÁBIA LIÇÃO: Se o Povo não existisse, o mosquito da dengue também não existiria, afinal, é o povo que lhe oferece abrigo e sangue.
É oportuno observar que a dengue comum maltrata, mas não mata. Os óbitos, segundo os laudos médicos, estão sempre relacionados com DENGUE HEMORRÁGICA.
Podemos, então, num exercício de raciocínio, atribuir as mortes ao fator hemorragia, ficando o vírus apenas como fator desencadeante do problema.
Se há impotência do Poder Público no combate ao mosquito, mais grave ainda é a apatia das autoridades sanitárias no que diz respeito à necessária prevenção do FATOR HEMORRAGIA, que leva a óbito.
O patético slogan do governo diz: "Ao primeiro sintoma da dengue, procure o Posto de Saúde mais próximo de sua casa".
Ora, sabe toda a população brasileira que o Posto de Saúde pode ser encontrado, mas o médico, não, fato que deixa o doente entregue à própria sorte, suscetível à dengue hemorrágica.
Assim, torna-se imperioso o seguinte questionamento:
1 - EXISTE OU NÃO EXISTE PREVENÇÃO PARA HEMORRAGIA?
2 - SERIA OU NÃO SERIA PRUDENTE RECOMENDAR QUE, AO PRIMEIRO SINTOMA DA DENGUE, O POVO TOME UM PRESERVATIVO CONTRA HEMORRAGIA, ANTES MESMO DE FALAR COM UM MÉDICO PARA TRATAR A DENGUE (SE É QUE VAI CONSEGUIR FALAR)?
3 - SERIA IMPOSSÍVEL AO GOVERNO DISTRIBUIR TAL PRESERVATIVO NAS PRINCIPAIS ÁREAS DE RISCO?
Não precisa ser doutor nem cientista para constatar que falta ação de governo nesta questão, ou, no mínimo, falta informação adequada e suficiente capaz de permitir uma postura defensiva da população.
Gastar milhões de reais para procurar mosquito nos ralos de banheiros, enquanto milhões de mosquitos estão ganhando asas em locais públicos, é querer tapar o sol com peneira.
O povo brasileiro merece mais respeito.
MORAL DA HISTÓRIA:
Quem se engasga com mosquito, jamais enfrentará um elefante!
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