A espera consome o tempo.
E o tempo forma a esperança.
É o tempo e a hora.
Redondo, o ventre espera.
Pulsa dentro.
E fora, o coração.
O tempo espera a hora da forma feita no ventre.
E fora, o riso.
A dor.
Há dor e medo.
Amor.
Há e muito.
Angustia esperar.
A noite tarda o dia.
Há medo.
O amor dissipa o medo da dor que a espera angustia.
Contrai a espera o tempo e a dor é o riso porque é a hora.
O tempo contrai, contrai, contrai...
“Respira, respira, respira...”
a dor é medo.
Alegria.
Dor.
A lágrima rola e nela a angústia e nela a dor e nela o medo.
E a espera é agora alegria.
O tempo é verbo.
E ainda é de espera, mas a vida não espera.
O siso surge sujo de sangue!
O amor é vida!
Semente!
Ainda há espera na sala.
Na de parto, o choro da esperança e há esperança no riso!
Não há mais tempo, nem dor, nem medo!
No seio o sal da terra!
Do ventre a vida aflora, de fato o feto se fez filho!
E agora?...
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