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Cartas-->O BAILE II -- 28/04/2001 - 13:26 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O delegado então entrou na sala e mal acomodou-se foi logo perguntando o nome do cidadão alí postado defronte ao computador do escrevente:
- Meu nome, seu doutor é José Maria Fubêka, sou vigia. Na noite em que a mocinha faleceu, só ví quando a zoeira estava formada alí no meio do salão.
Na verdade o baile era de máscaras ou de fantasia, já não me recordo bem. Já faz dois anos que isso aconteceu. Havia mais de duas mil pessoas no clube. Estava lotado. Vasava gente pelas portas. Ví quando um moço começou a gritar para que chamassem um médico. Me disseram que era o amigo da menina. Ele gritou que queria telefonar. Falou alto com todo mundo. A musica não parou. Sabe como é? Não se poderia propagar a notícia de uma morte alí naquele momento. A correria (no bom sentido) foi geral.
Fiquei sabendo que o responsável pelo clube não estava presente. Por isso negaram o atendimento na enfermaria e no empréstimo de telefones.
Fiquei sabendo que a mocinha faleceu no clube.
Na minha opinião não sei quem possa ter sido o culpado. Foi mesmo uma fatalidade.
O delegado após conferir o texto no video, corrigiu a pontuação e mandou que fosse impresso.
Mandou depois que a testemunha assinasse as duas vias.
O vigia após o seu ato perguntou:
- É só isso? - Havia ironia na sua voz.
O delegado respondeu secamente:
- É só. Está dispensado.
Saiu então o vigia pela porta por onde havia entrado. No corredor defrontou-se com uma funcionária que ostentava um sorriso nos lábios.
O vigia lhe perguntou:
- Não é aquí nesta cidade que por volta de 64 caiu um prédio todinho?
A moça respondeu:
- É sim. Foi uma tragédia. Está na história triste da cidade.
- Ah sei. E os responsáveis foram punidos assim como o foram os proprietários do Palace lá no Rio de Janeiro?
- Que eu saiba não aconteceu nada prá ninguém. - Respondeu a diligente escrivã. Por quê? - Quis saber ela.
- Por nada não. É só isso. Muito obrigado. Até logo...
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