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cronicas-->20. AS INTERVENÇÕES DE MÁRIO -- 29/09/2002 - 06:49 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Chegados a este ponto das transmissões, é de todo justo que alguém venha relatar algo a respeito do trabalho interno da "Equipe do Eterno Regresso", dado que os textos estão sendo apresentados de forma bastante uniforme e regular.

Ocupa-se Mário, na condição de instrutor, de revisar os rascunhos, examinando o que de mais importante deva ser levado a público, dando ao roteiro sua forma definitiva. No que diz respeito à presente exposição, evidentemente, haverá de "sofrer calado", uma vez que assumimos a responsabilidade de redigir como melhor nos aprouve.

Isto posto, quero registrar que não estamos em estado de rebeldia. Muito pelo contrário, nós estamos eufóricos com a qualidade e a importància das mensagens, tendo em vista a pobreza dos autores, cada um de nós proveniente de vida muitíssimo pouco expressiva, a maioria formada por trabalhadores braçais, muito embora haja também alguns estudiosos da doutrina dos espíritos à luz dos ensinamentos de Kardec.

Claro está que esta primeira parte apenas repete o que os amigos leitores deduziram das leituras efetuadas. Onde, então, o mérito? Acredito que se concentre exatamente na esperança que transmitimos de que todos possam alcançar de forma bastante suave a situação de estudante e trabalhador na seara do bem, assim que desencarnar.

A maioria de nós tem passado a idéia de que ninguém chega à colónia sem um período mais ou menos longo de correrias pela erraticidade. Alguns demonstram sofrimento bastante agudo, outros apenas incompreensão e desassossego. Todos, porém, evidenciam que, após alguns anos de estudo da própria existência carnal ou anterior no etéreo, somos capazes de elaborar raciocínios bastante lúcidos e teses realistas dos feitos que promovemos ou dos acontecimentos que nos envolveram.

O que deixamos muitas vezes sem explicação é o fato de não ascendermos desde logo a paragens de maior bem-aventurança. Alguns anunciam a necessidade de resgates dificultosos, outros apontam para falhas de caráter ou ausência de virtudes. Nenhum se furta ao compromisso de avisar a respeito das imperfeições naturais de quem caminha pela estrada de orbe tão ínfimo no campo evolutivo. Mas a conduta superior de quem vai passar para mundo mais feliz e aperfeiçoado fica na penumbra de nossa ignorància.

Ocorre que Mário não nos permite "filosofar" a respeito das fantasias de grandiosidade espiritual que todos ainda embalamos. Temos de falar a respeito de coisas concretas, ou melhor, de temas passíveis de serem desenvolvidos ainda mais e melhor pela inteligência dos leitores. Nada deve estar definitivamente concluído; tudo deve manter uma porta aberta por onde entrar a convicção augusta de que todas as virtudes nos serão permitidas pelo Pai, assim que fizermos por merecê-las através de nossos atos.

Se nos lembrássemos das palavras de Jesus, bastar-nos-ia dizer que pelo fruto se conhece a árvore, ou seja, que estamos retratados por inteiro em cada uma das comunicações. Esta assertiva não há de passar como fortuita, porque temos de ressaltar o fato de que é obrigação nossa cuidar de praticar o bem em todas as circunstàncias, inclusive nas redações particulares e íntimas, estimulando os leitores, no mínimo, a que revejam a postura evangélica que vêm adotando.

Por último, já que nos desviamos bastante do ritmo impresso anteriormente, pede-nos Mário que não nos esqueçamos de dizer que existe real preocupação com os rumos atuais da humanidade, que exalta os valores materiais em detrimento dos aspectos espirituais da vida, tanto que até os de melhores condições morais não se atrevem a comparecer perante a opinião dos homens, para as observações e prescrições que corrigiriam o rumo desastroso da civilização.

Agora é que entra a minha experiência pessoal, porque eu mesmo me bati junto à comunidade em que vivi para que os crimes fossem solucionados e os criminosos punidos no máximo rigor da lei. Fui além e incentivei até a justiça do populacho, como a fórmula para sanar a maldade dos malfeitores, ao menos no sentido de estabelecer o medo como sentimento prioritário a quantos se vissem tendendo à prática dos atos ilícitos e contrários ao bem-estar dos outros.

Esta regra que adotei em vida constitui a maior dificuldade que enfrento aqui, já que acredito piamente na evidência da justiça divina sem a necessidade do perdão, mas realizada por meio da confiança em que todas as culpas poderão ser eliminadas apenas através da compreensão da lei de causa e efeito, ou seja, por meio da debelação da ignorància.

Haverá sofrimento? Sim, no caso se sentir o indivíduo magoado consigo mesmo, antes de entender que seu amor-próprio está inchado, dominando o caráter e enfraquecendo a personalidade. Não, se souber conduzir-se sabiamente, crendo que se trata de mais um aprendizado valioso para dar continuidade ao processo de aperfeiçoamento espiritual.



Muitos de meus colegas não gostaram deste desenvolvimento, nenhum, contudo, manifestou o desejo de obstar-me a transmissão, já que todos querem usufruir desta mesma liberdade. Discordar é norma saudável dos trabalhos e estudos em fase de deliberação. Após o período de pesquisas, as conclusões, estas sim, deverão ser aprovadas por unanimidade. Por isso é que me atrevi a mudar um pouco a fórmula adotada pela turma; nada, porém, que possa causar dissidências ou contrariedades. Afinal de contas, o texto está aí, graças a Deus!

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