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Erotico-->A mulher que gozava à janela -- 05/07/2001 - 02:14 (Alberto D. P. do Carmo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A casa ficava a duas quadras da dele, em frente à praça. Todo fim de tarde ele deixava a estação do trem e caminhava a passos marcados. Sentava-se no banco e fingia ler o jornal. Olhava pelo canto da folha, e lá estava ela, sempre no mesmo lugar, como um quadro animado, envolvida pela moldura das persianas. Regava as gérberas da floreira com uma jarra d água.
Era quase linda, os cabelos desarranjados, um suor vertido na testa, os olhos semicerrados, a boca pálida, em carne viva. Percebia-lhe os braços nus, trêmulos, deitando a rega aos botões. O colo, aos poucos, ia-se-lhe umedecendo, ora pela pele quente, ora sorvendo as gotas que repicavam nas flores.
Via-lhe os seios brotando pelo vestido apertado, os mamilos sendo esboçados, lentamente, através do tecido já molhado.; o peito arfante forçando o decote descuidado. Excitava-se com a cena. Imaginava-a sozinha, cansada. Notava-lhe às vezes a apoiar a cabeça com uma das mãos e fechar os olhos - parecia estar exausta, talvez doente...
Ainda assim não podia evitar-lhe a visão. Como a desejava ter nos braços, acariciar aqueles seios, beijá-la sobre o tecido fino, e sentir-lhe o toque das coxas por baixo do vestido. Pensava em invadir-lhe a morada, e deitá-la ao chão, e satisfazer suas taras. Cobria o sexo com o jornal e voltava à casa, com a marca do sêmen manchando-lhe as calças.
Ela o esperava todas as tardes. Fixava os olhos no relógio da cozinha até pouco antes do horário tacitamente combinado. Logo, corria ao quarto, despia-se toda e, nua por baixo, trajava apenas o mesmo vestido de tecido fino, perfumado, semitransparente. Sentava-se à mesa, subia o vestido até a cintura e acariciava as coxas. Primeiro suavemente, depois as apertava com mãos fortes, espremia o vestido no meio das pernas e esfregava o sexo com a mão nervosa. Gemia solitária, movia os quadris quase desesperada, o vestido já tingido pela seiva que lhe descia viscosa.
Na hora exata, levava o dedo à boca, deixava na língua aquele odor forte.; e levantava-se, ajeitava o vestido, escondia os peitos, já enrijecidos de desejo, de volta ao decote, e ia até a janela.
Quando ele se sentava ela já suspirava. Fêmea, em cio grosso e ácido. Percebia-lhe a excitação e apertava as pernas. Depois as abria e copulava em pensamento, em gritos camuflados de uma prostituta. Deixava-se enrabar como uma perdida, jogada nos braços de um qualquer na rua - saia erguida às costas - como uma cadela, presa ao falo duro de seu dominador.
Regava as flores com uma mão, a outra a tocar-lhe o clitóris encharcado e escorregadio. Por vezes penetrava-se com um dedo, depois outro, e remexia as entranhas que latejavam. Desviava um gole d´água, que deixava descer decote abaixo, até lhe chegar à barriga, que fremia, contorcia-se. Chegava a dobrar os joelhos, tamanho o prazer que sentia. Escorria-se sem controle e, quando o corrimento a tomava por completo, apertava a mão contra as pernas e deixava o gozo vir em jorros. Fechava os olhos, e apoiava a cabeça, tal era seu arrebatamento.
Depois que ele se ia, abria a geladeira, pegava os cubos de gelo, deitava-se sobre a mesa, libertava os seios e os misturava às pedras geladas. Descobria as coxas, abria as pernas, e os sentia derreter dentro da vagina, em espasmos torrenciais. Masturbava-se com tal intensidade que a voz lhe saía rouca, em soluços de gozos contínuos, intermináveis. Abria e fechava as coxas, contorcia-se, virava-se de bruços, erguia as ancas, e esfregava os peitos na fórmica fria, até acalmar-se saciada.
Despia-se novamente e, nua, lavava o vestido. Depois dormia, para acordar de madrugada e, ainda sem roupa, pôr-se a esfregar aquele poço alagado pelo esperma imaginário que queria sorver. Gozava freneticamente, histérica, mordendo os pulsos, e adormecia exausta, quase em febre.
Acordava cedo, e aguardava a chegada da tarde...






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