Perpasso pela estranhíssima sensação de que me afasto dum idílica ilha, onde acabo de ser surpreendido por um abrupto e absurdo pesadelo, e ao mesmo tempo me aproximo do mesmo lugar, pleno de promissoras expectativas, como se ainda nada tivesse experimentado.
A angústia arrasa-me de peso e sinto a decepção a esfriar-me o rosto. Disfarço quanto possível os sintomas, mas as minhas amizades próximas manifestam-se e aludem a algo que está e vai mal comigo.
Assumo - não há outra opção - a atitude que me parece mais plausível e perspicaz: a cair da alma, o gajeiro da razão apela-me aos sentidos para que prossiga, ora afastando-me, ora aproximando-me, quiçá até fundear em laços autênticamente fraternos e amigos.
Lançada ao mar a arca do sonho, se os ventos me proporcionarem águas de feição, lograrei em breve alcançar o horizonte onde se desenha o novo dealbar. Continuo pois de coração à bolina.
No hemisfério, o ponto fulcral diluir-se-à consoante o "II Tomo" ganhe avanço para satisfazer o espírito. O Corpo vai ao leme e a ética navegante a nenhum assombro sucumbirá. Desculpem-me os bem intencionados a precaução de a título algum não tentar passar os olhos no rasto dos búzios.
Em nome da Poesia e do Movimento eis-me pois e ainda rumo à Lusofonia.