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Ensaios-->Mitologia sem Mentira -- 16/08/2011 - 12:56 (Arlindo de Melo Freire) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Mitologia sem Mentira
Arlindo Freire*


Nos costumes e hábitos da vida atual – no Brasil e demais países da América, ainda temos os profundos resquícios deixados pelos europeus que vieram fazer a colonização do continente, depois de 50 anos da Guerra dos 100 Anos ocorrida em toda a Europa – 1337-1453, além de outros países que estiveram em decadência naquela fase histórica.
Este assunto tem sido pouco analisado na formação das nações americanas – como se fosse uma questão insignificante e, talvez sem valor para efeito de estudo da causa sobre o que somos na atualidade – passados mais de 500 anos de avanço e retrocesso na marcha pela civilização.
Viver com tais disposições é, certamente, uma forma de alienação que se apresenta de maneira secular nas gerações que se sucedem – fazendo com que, cada vez mais, tenhamos o desprezo pelo que somos e pretendemos, sem medir as consequências comportamentais que caracterizam a indisposição para o saber e acreditar nos compromissos ou responsabilidades que nos cercam.
= Jamais seria possível reconhecer, racionalmente, que a colonização da América feita de modo exploratório, desorganizado e destruidor – foi decorrente da Guerra dos 100 Anos, depois dos cinquenta, do seu término.
No espaço do tempo curto ou longo, também não se pode omitir o mais recente de 65 anos atrás da II Guerra Mundial, com seus resultados profundos, inesquecíveis e resistentes ao passado e presente em suas manifestações talvez infinitas para todo o Universo em que se engloba a natureza.
Seria formidável que essa projeção tivesse as características mitológicas nos quatro pontos cardeais para a saúde e felicidade da humanidade, na fase de sua destruição em diferentes e complexos meios que se repetem diariamente, através de assaltos, mortes e outros crimes coletivos, individual e grupal que se repetem diariamente.
= Como seria possível projetar o Brasil – no quadro americano da colonização em face das guerras mundiais, especialmente aquela dos séculos 13 e 14 causada, inicialmente pela França com Inglaterra?
As questões iguais a esta – podem ser compreendidas, facilmente, quando conhecemos os efeitos social, econômico de uma grande seca ou inundação, em qualquer parte do mundo, bem como de outros problemas em que sejam envolvidas as populações sem recursos e apoio governamentais.
O saber dos resultados das guerras mundiais, regionais e nacionais – fazem com que
possamos adquirir o conhecimento acerca da miséria que se alastrou sobre a população de qualquer área, direta ou indiretamente atingida, a partir do seu meio de sobrevivência – alimentação, trabalho, educação, habitação e outros fatores indispensáveis à vida.
= Depois de 558 anos, ainda podemos conhecer o que aconteceu na Europa no desenrolar da Guerra dos 100 Anos?
Sim, facilmente, apesar das informações sem os fundamentos precisos e amplos, descomprometidos ou independentes à semelhança do que ainda acontece na atualidade com os interesses em jogo, controlados pelos poderosos e dominadores das situações político-administrativas e socioeconômicas americana e mundial.
O maior impedimento para superar este impasse, reside na atitude conformista da permanência na “sombra e água fria”, fazendo a completa insatisfação sobre o retrato da realidade contrária, mais precisamente acerca dos fatores que causam insatisfação, tristeza e injustiça decorrentes da miséria e da morte em dimensão coletiva, verificadas em determinados períodos.
Na realidade, esta forma de ser tem sido observada durante os últimos cinco séculos em decorrência da cultura espalhada por todo o país, segundo a preferência dos colonizadores determinados pelo egocentrismo causado pela decadência da Europa em que os príncipes e outros mandatários perderam os seus antigos privilégios sociais e econômicos.
Foi também por esses motivos que os indígenas americanos, depois de ludibriados pelos Homens Brancos com presentes e promessas de paz foram perseguidos, condenados, recusados, expulsos, mortos e massacrados, paulatinamente nas terras onde viviam – abrindo espaço para a instalação e ocupação dos invasores, em nome ou defesa da civilização vinda de outras regiões, em busca de novos patrimônios perdidos naqueles conflitos.
Para que fossem adquiridos ou ocupados os bens materiais pretendidos pelos colonizadores – terra, prata, ouro, madeira, animais e aves do território ocupado – fora indispensável fazer a “limpeza” dos povos indígenas de qualquer modo, até mesmo com a extinção inicial de grupos liderados pelos caciques da resistência que se recusavam em “baixar a cabeça” diante dos invasores, mais precisamente dos usurpadores.
Em consequência daquela política burguesa de exploração adotada pelo Homem Branco vestido com a roupa da civilização, sob a luz do Iluminismo adotado pelos setores culturais daquela época, como referência de evolução e avanço do homem e da sociedade, desfazendo os comportamentos anteriores – foi realizada a destruição
dos valores humanos originais, ou seja, os povos indígenas que estavam desconhecidos e abandonados nos planaltos e serras.
Na verdade nua e crua – ainda hoje nos deparamos com situações semelhantes, depois dos 500 anos de civilização, transformação, educação e socialização feitos nos mais diferentes locais do mundo atual, inclusive nas regiões onde a civilização teve a sua origem ou berço na antiguidade, a exemplo do que temos assistido na África e Oriente Médio, de governos corruptos, ditatoriais, violentos, prepotentes e assassinos, fechados para a comunicação dos povos modernos.
Sem negar a existência de populações avançadas na ciência e tecnologia da atualidade, temos ainda a verdade que compromete, fundamentalmente, os valores humanos na dimensão mundial, segundo a escassez de solidariedade e respeito entre
os componentes da humanidade – mais de 1/3 dos seres humanos vivendo ou vegetando na condição da miséria – fora do acesso aos bens indispensáveis à sobrevivência.
Os seres humanos marginalizados – pobres, desempregados, ignorantes e famintos estão espalhados nos quatro pontos cardeais, caracterizados pelos efeitos das riquezas em que figuram apenas cinco famílias do chamado Primeiro Mundo em que elas dominam e controlam os grandes patrimônios feitos com manobras ou habilidades nos negócios, compra e venda, guerras, publicidade e outros interesses.
Neste mesmo barco, os indígenas e negros brasileiros, a exemplo de outros, continuam viajando sem destino certo, enfrentando calmarias e revoltas, de formas curtas e prolongadas sob efeitos que se perdem no ar – são levados pelos ventos, com resultados ineficientes na expressão social, política e histórica.
Esta conclusão tem razão de ser em todas as guerras mundiais, desde a dos 100 Anos, com a manutenção de quatro reinados – Luís IX, Felipe II , Luis X e João I, de França, sob a denominação de Guerra dos Sem Bundas, no período de 1214 a 1316, quando a Idade Média estava na sua fase de extinção deixando todo acúmulo de problemas como herança para a coletividade do planeta Terra.
Em seguida, durante a viagem com destino a Índia, o navegador Cristóvão Colombo joga os seus navios pelos caminhos marítimos sob a força dos ventos que fizeram com que as embarcações fossem parar em terras americanas habitadas, então por mais de 250 mil índios, nos séculos 15 a 19, dos quais houve o saldo de apenas 500 até 1650.
Os especialistas neste assunto, assinalam que somente a varicela e varíola, mais outras enfermidades de menor efeito, exportadas pelo Homens Brancos em seus organismos, causaram a extinção de 80 por cento dos indígenas do território americano, sem contar os mortos nos incêndios e guerras, tampouco os atos de canibalismo efetuados pelos civilizados procedentes da Europa.
Naquela época – teve início a chamada guerra bacteriológica aplicada contra os indígenas – à semelhança do que ocorreu nos anos de 1970, com os habitantes do Vietnam e outros países do Oriente, com produtos químicos elaborados em laboratórios norte-americanos para a “defesa dos países livres” negando os princípios da Carta das Nações Unidas.
A perspectiva da Mula-sem-Cabeça se apresenta neste trabalho iniciado em Natal-RN, projetando-se por todo o Brasil e continente americano, daí seguindo pela África, Ocidente e Oriente, fazendo escala na Europa e voltando para o local de onde partiu até chegar à terra em que os índios foram extintos, literalmente sem deixar remanescentes.
Os efeitos do rincho da Mula-sem-Cabeça poderão ser evitados – depois que houver coerência sobre a economia e política, tanto no Brasil, quanto nos demais países que ainda não descobriram os caminhos da liberdade e igualdade para todas as mulheres
e homens da coletividade mundial que vem procurando, através da história, a sua dignidade e justiça.*Jornalista e Sociólogo-UFRN.






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