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Contos-->Confissão De Uma Viúva – Parte I -- 30/12/2002 - 23:34 (Maria Agostinha Rebelo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Todos os dias o carteiro fazia a entrega do correio, atá ao dia de hoje as únicas palavras trocadas entre ambos era, "Bom Dia".
Por louvor não sei a quê olhou para mim diferente, seus olhos tinham um brilho diferente, seu sorriso tinha picardia nele. Um desafio ao desconhecido, não sei bem ate ao dia de hoje que olhar era aquele.
- Olá Sílvia bom dia, como esta decorrendo o dia?
Apreensiva disse: - Bem muito obrigado. Deu-me um enorme sorriso e continuou os seus afazeres.
Digamos que não sabia nada sobre tal criatura, já o conheço à quinze anos, como disse anteriormente nenhuma informação foi trocada entre ambos.
Eu era casada, mas presentemente sou viúva, o meu esposo faleceu de uma doença triste que nem quero recordar. As nossas intimidades eram normais nada de excitante, sem fantasias ou grandes paixões, com o progresso da sua doença também deixou de haver relações íntimas.
Como estava aclimatada a esse padrão, não era mulher do mundo nada passou pela minha cabeça. Nas ultimas semanas o “Senhor Carteiro”
Homem para os seus quarenta e nove anos, alto magro cabelos grisalhos com um sorriso de endoidecer, uns óculos que o fazem ainda mais atractivo, tem tentado desenvolver um pouco mais cada dia a nossas conversas. Agora todos os dias pára para beber um cafezinho, e dar dois dedos de conversa, sempre com aquele sorriso de seduzir ate o mais inocente.
Muitas já são as noites que começo a fantasiar como seria fazer amor com ele.
Certa noite quase parecia real, os seus beijos, as carícias os toques, seus braços as pernas entrelaçadas, as respirações mais ofegantes, o suor brotando pelos poros, escorregando pelas fontes. Mais real que isso só estando frente a frente.
Os dias foram passando as conversas aumentando e levando um rumo fora de controlo. Uma noite convidei-o para jantar, aproximou-se de mim pegou na minha mão e disse:
- Sílvia é com o maior dos prazeres, que aceito tão lindo convite.
Deixem-me dizer este convite foi o inicio de muitos outros convites para jantar.
A campainha tocou, abri a porta, que sorriso lindo me ofertou, em suas mãos tinha um lindo ramo de tulipas. Deu-me um beijo, na confusão seus lábios roçaram os meus, um fogo correu-me o corpo, o sangue começou a bombear mais acelerado.
Enquanto esperávamos o jantar para ser servido, abrimos uma garrafa de vinho branco, ele servi-me, entregando-me o copo os seus dedos roçaram os meus, dando-me um arrepio forte por todo o corpo. Ambos sentimos esse magnetismo, os nossos olhares trocaram-se e começaram a ser cúmplices, de uma aventura prestes a acontecer.
O jantar correu na mais agradável atmosfera, toques sem ser previsto ou de propósito. Terminado o jantar passamos a sala onde o café foi servido, a lareira acesa as velas queimando, um ambiente bem facultativo ao amor.
Sentados no sofá em frente a lareira ardendo, o ambiente era agradável e a conversa continuou ele explicando a razão de sua profissão de carteiro. Fiquei estupefacta com a narração. O Afonso era médico, deixou de exercer, no dia que não pode salvar sua esposa, o câncer tinha-a separado dele, deixando-o de braços vazios e coração dilacerado, nesse dia cheio de desesperação, tomou a decisão de deixar de exercer a sua profissão de medico. Seria por compaixão, ou simplesmente por saber o que se sente quando se perde um ser querido, abracei-o bem forte como resposta, colocou seus líbios nos meus, esse contacto abrasador de seu beijo, fez com que eu entreabrisse os lábios e responder a esse beijo, cheio de ternura no início, depois cheio de desejo ofegante. Suas mãos correm-me pelas costas tocando, acariciando, o calor penetrando-me fazendo explodir um enorme tremor.
Com cada beijo o entusiasmo foi aumentando, a necessidade de possuirmo-nos mutuamente estava chegando a um ponto em que não se podia voltar atrás. As mãos traçavam um caminho delirante, a boca tocava cada bocadinho de pele existente, o vulcão estava pronto a explodir.
Neste momento éramos uma só boca procurando-se loucamente, as mãos estavam frenéticas, os corpos unidos num vai e vem de doida loucura.
Subimos montanhas, caminhamos vales, corremos maratonas, por fim chegamos ao céu, nesse momento brotando numa explosão, de dois corpos unidos por um orgasmo fora de série.
Extasiados, cansados, um nos braços do outro suado e deliciados com o que acabava de acontecer, terminamos por adormecer ali no chão em frente ao calor que da lareira irradiava.



Agostinha













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