Usina de Letras
Usina de Letras
157 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62228 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22536)

Discursos (3238)

Ensaios - (10364)

Erótico (13569)

Frases (50622)

Humor (20031)

Infantil (5433)

Infanto Juvenil (4767)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140803)

Redação (3305)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6190)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->MEU PRÓPRIO EXÍLIO -- 09/03/2003 - 11:24 (Maurício Apolinário) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Meu próprio exílio

__________________

(Assim era eu antes de conhecer Jesus.)





Incautos murmúrios de luz

Invadem a noturna obscuridade

Do silêncio,

Despidos de lucidez

E de sólidas correntes rompidos

Em naus, como flocos nos azuis

Que - na imensidão do tempo -

Cortam as plácidas

Gravuras do espaço de ontem.



Sussurros de cálida bruma.

Velejantes ditongos,

Aros negros maltrapilhos

De vida, longos umbrais

A expor janelas de fuga,

Dentro dos olhos baços

Um espelho que se abre para outras

Divagações, talvez aquarelas.



O silêncio se dilui

Entre quatro paredes mal pintadas

E cobertas de retratos saudosos,

Amadas faces cultivadas

No peito, no canto

De uma cicatriz doída.;

A dor, revivida pela música,

Sempre a melodia em concertos

De memória - só por quês?



E as madrugadas, em cada

Finda noite insone,

Consomem os restos do corpo

Embebido de mágoas,

Retalhado pela indiferença

E a ausência de outro corpo.





Lá fora, a melancolia

Dos pardais no arvoredo.

Dentro da alma vazia,

A desventura do poeta:

Que tão cedo perdeu a ventura

Desse ingrato viver.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui