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Ensaios-->Che Guevara , o mito de um facínora -- 06/01/2012 - 11:47 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

 

Caros do Grupo,

 

 

“Bens e serviços públicos têm como característica essencial a impossibilidade de limitar o seu uso àqueles que pagam por ele ou a impossibilidade de limitar o acesso a eles através de restrições seletivas, com uma única exceção eticamente aceitável: o privilégio ou benefício dado aos portadores de deficiência física ou mental, incluindo as advindas com a idade ou aquelas resultantes de sequelas de acidentes ou fruto da violência.” (Gerhard Erich Boehme)

 

 

Temos pessoas que possuem princípios, defendem valores e são solidárias, em especial quando se aposentam, quando dedicam toda a experiência e sabedoria a entidades do terceiro setor. São pessoas que valorizam organizações que colocam bons serviços e produtos no mercado, empresas que almejam a satisfação do cliente e o lucro e assim são geradoras de emprego, riqueza e renda. São pessoas que se dedicam ao trabalho, criatividade, empreendedorismo, estudo e almejam vencer pelos seus próprios méritos. Infelizmente o ser humano é voltado para o bem e para o mal, temos também os que não se encaixam e não possuem estes atributos, defendem o contrário, além da mentira e da tirania e os tiranos e déspotas, almejam crescer com base na cobiça da propriedade alheia. Desconsideram assim a vida, a propriedade e a liberdade dos outros. E neste grupo temos os que não sabem diferenciar o público do privado, desejam transformar o Estado como instrumento, ou melhor “muleta” para suas próprias deficiências ou incompetência.  Ou desejam praticar a caridade com o bolso alheio.

 

Não podemos inverter as coisas, como bem nos lembra o Luciano Pires em seu livro: “Nóis…qui invertemo as coisa.”

 

 

“No Brasil de hoje não é mais o mérito que determina o valor das pessoas, mas sua ideologia. Sua cor. Sua raça. Falar bem o idioma é motivo de piada. Ser elite é quase uma maldição. Música de sucesso é aquela que for mais escatológica. O homem honesto aparece na televisão como se fosse algo inédito. Roubar é normal. Bala perdida é normal. Corrupção é normal. Vivemos uma inversão de valores sem precedentes e é contra esse estado das coisas que devemos gritar” (Luciano Dias Pires Filho)

 

Somo cada dia mais escravos, escravos de incompetentes, escravos de uma ideologia. Escravos de parasitas. Assim temos um dia a mais para trabalhar e pagar impostos e nos escravizarmos por um dia para pagar a contribuição sindical, a qual alimenta a farra dos sindicatos no Brasil. Assistimos o fruto de nosso trabalho sendo perdido ou desperdiçado, não fazemos jus a ele, pois, por falta de uma reforma tributária, assim como as demais reformas necessárias, assistimos a um Estado inchado, com uma infinidade de impostos que não conseguem administrar, colocam os brasileiros na posição de escravos, não apenas da burocracia, mas de fato, pois dos 366 dias do ano, 150 a 162 dias iremos forçosamente destinar  para pagar impostos, o que representa 40% de um ano inteiro. E o brasileiro continua em festa, teremos este ano mais de 130 dias que não serão dedicados ao trabalho. Mas quem pagará a conta? O Brasil é um dos países com a maior carga tributária de todo o mundo.

 

E temos que suportar toda uma estrutura sindical que não se comove com o fato de termos mais da metade dos trabalhadores na informalidade devido a forma com que a estrutura trabalhista e sindical foi implantada no Brasil. Lhe recomendo que leia as páginas amarelas de uma das ultimas edições de 2011 da Revista Veja, com o título “Sindicato no Brasil virou um grande negócio”.

 

Acesse: http://veja.abril.com.br/acervodigital/  click direto em <2011> e depois em <dezembro>.

Ou: http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/politica-cia/presidente-do-tribunal-superior-do-trabalho-diz-com-razao-sindicato-no-brasil-virou-negocio/

O entrevistado é o Sr. João Oreste Dalazen, presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

 

Veja também: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/tag/joao-oreste-dalazen/

 

Esta citação acima, uma das melhores, principalmente por sintetizar uma realidade. Ao contrário de  representar o cúmulo da hipocrisia e do cinismo ideológico, como muitos mencionam, ela é resultado de uma observação atenta da história da humanidade.

 

Mas isso tem suas consequências, a renúncia, a resignação, a diáspora econômica brasileira, a apatia, etc.. De um lado a criminalidade crescente, que acarretou em 2009 mais de 150 mil mortes devido a violência, em 2010 mais de 180 mil, e que agora já sinaliza em mais de 190 mil mortes, violência esta que consome mais de 5% de nosso PIB, isso segundo o IPEA, a qual estimo em mais de 10% do PIB, o “sexto do mundo”.

 

Abraços,

 

 

Gerhard Erich Boehme

gerhard@boehme.com.br

Skype: gerhardboehme

Caixa Postal 15019

80530-970 Curitiba PR

 

 

 

 

O mito Che Guevara

Rodrigo Constantino, O GLOBO

 

“Amo a humanidade; o que não suporto são as pessoas”. (Charles Schultz)

 

Estivesse vivo, Ernesto “Che” Guevara completaria hoje 83 anos de idade. O guerrilheiro tornou-se ícone das esquerdas, e é visto como um idealista disposto a dar a vida pela causa. Adorado em Hollywood e Paris, Che foi eternizado pela foto tirada por Korda, que virou estampa de camisetas e biquínis. A ironia do destino transformou o comunista em lucrativa marca de negócios.

Mas, como alertou Nietzsche, a morte dos mártires pode ser uma desgraça, pois seduz e prejudica a verdade. Pouca gente sabe quem Che foi de fato. Se soubessem, talvez sentissem vergonha de defendê-lo com tanta paixão. Seus fãs deveriam ler “O verdadeiro Che Guevara”, de Humberto Fontova, e ver o documentário “Guevara: Anatomia de um mito”, de Pedro Corzo. É impossível ficar indiferente diante de tantos relatos sombrios das vítimas de Che.

Nem deveria ser preciso mergulhar mais fundo nos fatos. Basta pensar que Che foi um grande colaborador da revolução cubana, que instaurou a mais longa ditadura do continente, espalhando um rastro de morte, miséria e escravidão na ilha caribenha. Mas uma pesquisa minuciosa gera ainda mais revolta. Aquele que gostaria de criar na América Latina “muitos Vietnãs” era mesmo um ser humano deplorável.

A cegueira ideológica alimentada pela hipocrisia prejudica uma análise mais isenta dos fatos. Não é preciso muito esforço para verificar que Che Guevara era justamente o oposto do santo que tentam criar. O homem sensível de “Diários de Motocicleta” era o mesmo que declarou que “um revolucionário deve se tornar uma fria máquina de matar movida apenas pelo ódio”. Se ao menos os cineastas engajados tivessem lido o diário completo!

Até mesmo as supostas cultura e erudição de Che foram enaltecidas por intelectuais como Sartre. A realidade, uma vez mais, parece menos nobre: um dos primeiros atos oficiais de Che após entrar em Havana foi uma gigantesca queima de livros. Além disso, Che assinou as sentenças de morte de muitos escritores cujo único “crime” fora discordar do regime. Quanta paixão pela cultura!

As estimativas apontam para algo como 14 mil execuções sumárias na primeira década da revolução, sem nada sequer parecido com um processo judicial. Dezenas de milhares de cubanos morreram tentando fugir do “paraíso” comunista. Cuba tinha uma das maiores rendas per capita da região em 1958, e teve sua economia destroçada pelas medidas coletivistas do ministro Che. Nada disso impediu a revista “Time” de louvá-lo como um herói, ao lado de Madre Teresa de Calcutá.

Roqueiros como Santana gostam de associar sua imagem à de Che. Será que ainda o fariam se soubessem que sua primeira ordem oficial ao tomar a cidade de Santa Clara foi banir a bebida, o jogo e os bailes como “frivolidades burguesas”? O próprio neto de Che, Canek Sánchez Guevara, não escapou da perseguição. O guitarrista sofreu nas garras do regime policialesco que seu avô ajudou a criar, e preferiu fugir de Cuba. Homossexuais também foram vítimas de perseguição e acabaram em campos de trabalho forçado. Quanta compaixão!

Sobre a imagem de desapegado de bens materiais, a vida de Che também prova o contrário. Após a revolução, ele escolheu como residência a maior mansão cubana, em Tarara, uma casa à beira-mar com amplo conforto e luxo. A casa fora expropriada de um rico empresário. Além disso, quando Che foi morto na Bolívia ele ostentava um Rolex no pulso. Parece que nem os guerrilheiros resistem às tentações capitalistas.

Aqueles que conseguiram fugir do inferno cubano e não precisam mais temer a represália do regime, relatam fatos impressionantes sobre a frieza de Che. Foram centenas de execuções assinadas em poucos meses, e Che gostava de assisti-las de sua janela. Em algumas ele pessoalmente puxou o gatilho. Ao que tudo indica, Che parecia deleitar-se com a carnificina. Até mulheres grávidas foram executadas no paredão comandado por Che. Nada disso consta nas biografias escritas por aqueles que utilizam o próprio Fidel Castro como fonte. Algo como falar de Hitler usando apenas os relatos de Goebbels.

A ignorância acerca destes fatos explica parte da idolatria a Che Guevara. Mas, como lembra Fontova, “engodo e muita fantasia também o explicam, tudo alimentado de um antiamericanismo implícito ou explícito”. Che, assim como Fidel, desafiou o “império” ianque, e isso basta para ser reverenciado por idiotas úteis da esquerda. Que ele tenha sido uma máquina assassina, isso é um detalhe insignificante para alguns.

 

Obs.: Há dois tipos de pessoas que admiram Che Guevara: os idiotas úteis e os patifes assumidos. Tertium non datur. Abaixo, alguns verbetes que constarão de meu livro A Língua de Pau - Uma história da intolerância e da desinformação (F. Maier).

 

Campos de trabalho coletivo - Versão cubana dos gulags soviéticos, os campos cubanos foram inventados por Ernesto Che Guevara, em tempos de serial killer. Na juventude, Che havia sido um hippie “sem destino”, registrado em seu Diários de motocicleta, transformado em filme pelo produtor americano Robert Redford e pelo diretor brasileiro Walter Moreira Salles. Os campos de concentração de Sandino 1, 2 e 3 foram os primeiros a serem construídos em Cuba. Os guerrilheiros anti-Fidel Castro feitos prisioneiros foram obrigados a construir esses campos, onde depois foram trancafiados. Antes de serem presos, construíram uma cidadezinha, que seria para abrigá-los e suas famílias. “Com essa ilusão, aqueles homens trabalharam dia e noite, erguendo blocos de edifícios. Ao terminá-la, as mulheres e as crianças foram levadas para lá. Desse modo, muito antes de existirem as aldeias estratégicas do Vietnã, Castro já as havia posto em prática em Cuba. Essa primeira chamou-se Sandino e ainda existe” (VALLADARES, 1986: 52). Che só era valente com homens desarmados. Quando Fidel ordenou que tomasse o comando do guerrilheiro Jorge Sotus, Che tremeu e colocou o rabo entre as pernas, ao ouvir de Sotus: “Escuta aqui, argentino. Ou você cala a boca, ou eu estouro os seus miolos, certo? Agora, chispa” (FONTOVA, 2009: 204). Um comandante, Jesús Carreras, discutiu com Che, chegando a desafiá-lo para um duelo. Che, covarde como sempre, desconversou: “Como é possível que dois companheiros de revolução cheguem a esse ponto apenas por causa de um pequeno desentendimento?” (idem, pg. 205). Em 1960, Carreras é preso em La Cabaña e executado por Che no paredón (cfr. Pg. 205). A covardia de Che também pode ser comprovada durante sua prisão na Bolívia. Segundo o general boliviano Luis Reque Terán, de longe, Che levantou o rifle e gritou: “Eu me rendo! Não me matem! Valho mais vivo do que morto!” (idem, pg. 273). “O capitão Gary Prado e o coronel Arnaldo Saucedo Parada, do exército boliviano, revistaram e inventariaram todos os bens de Guevara no ato de sua captura. Ambas as listas contêm uma pistola nove milímetros com o pente totalmente cheio” (idem, pg. 272). O tiroteio continuou depois da rendição de Che. Um soldado foi ferido, e Che: “ ‘Querem que eu o atenda?’, perguntou Guevara a seus captores. ‘Por quê? Por acaso você é médico?’, falou o capitão Prado. ‘Não, mas sei algumas coisas de medicina’, respondeu Guevara, numa tentativa realmente patética de cair nas graças de seus algozes. O máximo que conseguiu foi confessar que não era médico coisíssima nenhuma” (idem, pg. 273). Como os falsos diplomas de Dilma Rousseff, que um dia foram postados no site da Casa Civil, a esquerda espalhou a mentira de que Che era médico. Quando Fontova solicitou para apresentar o histórico escolar de Che, o reitor argentino desconversou, dizendo simplesmente que tais registros não foram encontrados (cfr. pg. 70).

Esquerda chique de Hollywood- Diretores, produtores e atores de Hollywood que enaltecem a ditadura cubana. Robert Redford é produtor do filme Diários de Bicicleta, que trata, não da biografia, mas da “hagiografia” de Che Guevara, em tempos de hippie (o brasileiro Walter Salles é o diretor); Johnny Depp usa medalhão com o retrato de Che; Angelina Jolie diz que tem tatuagem de Che em local não revelado do corpo; Benicio del Toro é o ator favorito para interpretar Che. Após visitar Cuba e fazer a festa com muito mojito e jineteras, Jack Nicholson elogiou o sistema: “Fidel Castro é um gênio! Nós falamos sobre tudo e sobre todos. Castro é um humanista como o presidente Clinton. Cuba é simplesmente um paraíso” (FONTOVA, 2009: 232). A lista de Hollywood é longa: Oliver Stone, Francis Ford Coppola, Steven Spielberg, Woody Harrelson, Leonardo DiCaprio, Chevy Chase. “Bil O’Reilly chamou essas celebridades de ‘cérebros de galinha’ ” (idem, pg. 233). Se dependesse de Che, todos esses idiotas seriam incinerados: “Se os mísseis [soviéticos]tivessem permanecido conosco, tê-lo-íamos utilizado contra o próprio coração dos Estados Unidos, incluindo Nova Iorque. Nunca havemos de estabelecer uma coexistência pacífica. Havemos de trilhar o caminho da vitória mesmo que custe milhões de vítimas atômicas” (idem, pg. 116).

Hagiógrafo - É quem escreve a biografia dos santos. Como se sabe, Che Guevara não tem biógrafos, apenas hagiógrafos que o veneram de joelhos, como Jon Lee Anderson e Jorge Castañeda. Ore junto com San Ernesto Guevara de la Serna y Lynch: “Louco de fúria eu tingirei meu rifle de vermelho ao matar o inimigo que cai em minhas mãos! Minhas narinas se dilatam ao sentir o odor acre de pólvora e sangue. Matando meus inimigos eu preparo meu ser para a luta sagrada e me junto ao triunfante proletariado com um uivo infernal” (Che in Diários de Motocicleta - obviamente omitido no filme hagiógrafo da dupla pauleira Robert Redford, produtor, e Walter Salles, diretor). A famosa foto de Che que estampa camisetas ao redor do mundo foi captada pelo fotógrafo oficial de Fidel Castro, Alberto Korda, no dia 4/3/1960, durante um discurso de Fidel, acusando os EUA de terem explodido, naquele mesmo dia, no porto de Havana um cargueiro com mais de 70 toneladas de armas belgas.

Idiotas úteis ou patifes assumidos? - Toda pessoa que venera Che Guevara e Fidel Castro é idiota útil ou patife assumido. Tertium non datur. Até a Universidade de Harvard recebeu, sob ovação, o honorável terrorista Fidel Castro. Além da “esquerda chique de Hollywood”, são infindáveis os admiradores de Che, el chancho (o porco fedorento), ao redor de todo o mundo. Tem até uma torcida organizada, Máfia Azul, do Cruzeiro, que vai aos campos de futebol com uma grande faixa com foto do rosto do serial killer Che Guevara. Diego Maradona e Mike Tysson têm tatuagens de Che no braço. Giselle Bünchen desfilou com biquíni que tinha a estampa de Che. No livro de Humberto Fontova, O verdadeiro Che Guevara - E os idiotas úteis que o idolatram, podem-se conhecer alguns desses admiradores: Naomi Campbell: “Fidel Castro é uma grande fonte de inspiração para mim; é um homem inteligente e impressionante, que lutou por uma causa justa” (pg. 231). Colin Powell, sobre o sistema de saúde em Cuba: “Até Fidel Castro fez algo de bom para o seu país” (pg. 224-5). Davis Segal, do The Washington Post: “Che morreu como um mártir em 1967” (pg. 253). Carlos Santana: “Che vive nos nossos corações. Che é antes de tudo amor e compreensão. Antes da revolução cubana, as mulheres eram proibidas de entrar nos cassinos” (pg. 60). A verdade: “Em 1958, Cuba tinha mais mulheres graduadas em curso superior do que os EUA. E elas iam ao cassino quando bem entendessem”, respondeu Henry Gómez a Santana (cfr. pg. 60). Carlos Santana: “Che tem a ver com amor e compaixão, bicho!” (pg. 158). Nelson Mandela: “Che Guevara é uma inspiração para todo o ser humano” (pg. 151). Jules Dubois, na Chicago Tribune, em janeiro de 1959: “Castro possuía uma profunda reverência pelo governo democrático, representativo e constitucional” (pg. 142). Edwin Tetlow, no Daily Telegraph: “Castro chega a lembrar Jesus Cristo no cuidado e preocupação com o seu povo” (pg. 142). Jon Lee Anderson, um dos “hagiógrafos” de Che: “A maioria dos executados foi sentenciado à morte honestamente, com advogados de defesa, testemunhas e promotores” (pg. 145-6). Revista Time, em 8/8/1960: “Com um sorriso de doce melancolia que muitas mulheres acham devastador, Che Guevara dirige Cuba com a frieza do cálculo, vasta competência inteligência superior e agudo senso de humor” (pg. 137). Jorge Castañeda, outro “hagiógrafo” de Che: “Che possuía feições semelhantes à de Cristo... com seu olhar fúnebre, é como se Guevara olhasse para seus assassinos e os perdoasse” (pg. 119). Trisha Ziff, curadora do Museu Guggenheim: “A feição de Che é pura linguagem visual... e também faz referência a uma conduta clássica que lembra a de Cristo” (pg. 119). I. F. Stone, colunista do The Nation: “Foi por amor, como um perfeito cavaleiro, que Che deu início à sua jornada. Nesse sentido, ele foi como um dos antigos santos” (pg. 119). Richard Goodwin, “aspone” de JFK: “Atrás da barba, suas feições são muito suaves, quase femininas” (pg. 112). Ernest Hemingway: “A revolução cubana é totalmente pura e bela... Ela me encoraja... O povo cubano tem agora pela primeira vez sua chance real” (pg. 78). Abbie Hoffmann, sobre a atuação de Fidel num palanque: “Um poderoso pênis que ganha vida” (pg. 65). Tom Morello, líder do Rage Against the Machin: “Che exemplifica a integridade e os ideais revolucionários a que aspiramos” (pg. 62). Susan Sontag: “Embora a consciência do próprio subdesenvolvimento inevitavelmente leve os líderes da revolução a enfatizar a disciplina mais e mais, os cubanos preservam o caráter voluntário de suas instituições” (pg. 56). Eleanor Clift: “Ser uma criança pobre em Cuba é melhor do que ser essa mesma criança nos Estados Unidos” (pg. 213). Jean-Paul Sartre: “Che não é apenas um intelectual, mas foi o mais completo ser humano de nossa época: nosso homem mais perfeito” (pg. 179). Mesmo depois de morto, continua o embuste em torno da figura de Che: “Segundo a história oficial, divulgada pelo governo cubano, os restos do guerrilheiro foram desenterrados de uma cova na Bolívia em 1997, e levados para um mausoléu na cidade de Santa Clara, em Cuba. O corpo de Che foi encontrado em uma cova com outros seis guerrilheiros e portava a sua jaqueta verde, o que ajudou na identificação” (NARLOCH, 2011: 309). No entanto, segundo depoimento de militares que acompanharam o enterro de Che em 1967, ele foi enterrado sozinho, ou, no máximo, com mais dois defuntos. “Gustavo Villoldo, um oficial americano de alta patente que estava em Vallegrande e participou da operação, conta: ‘Eu enterrei Che Guevara. Ele não foi cremado; não o permiti, assim como me opus terminantemente à mutilação de seu corpo. Na madrugada do dia seguinte, transportei um cadáver numa caminhonete, junto com os de mais dois guerrilheiros. Eu estava acompanhado de um motorista boliviano e de um tenente chamado Barrientos, se não me engano. Fomos até o campo de pouso e ali enterramos os corpos” (idem, pg. 309-10). Na época, o episódio dos ossos de Che foi conduzido muito rápido, sem nenhuma transparência. Até cheguei a escrever um texto sarcástico sobre o assunto, Las viudas de Che, disponível na Internet. Para elucidar o problema, sugiro que seja feito teste de DNA com o neto roqueiro de Che, Canek Sánchez Guevara, para comparação com a ossada hoje venerada em Santa Clara. Que tal? Leia O mito dos ossos de Che em http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=8144&cat=Ensaios&vinda=S.

La Piñata- Conflito causado pela “expropriação” de cerca de 5.000 propriedades de nicaraguenses e estrangeiros, na Nicarágua, durante o Governo sandinista de Daniel Ortega (1979-1990), quando os guerrilheiros transferiram bens confiscados durante a Revolução para si próprios, a exemplo de Daniel Ortega, que se apropriou de uma mansão de US$ 1,5 milhão. O termo piñata refere-se à tradição mexicana de distribuição de presentes no fim das festas de crianças. O Brasil também criou sua piñata, ao retirar do erário bilhões de dólares para “doar” a terroristas e familiares de terroristas mortos ou desaparecidos. Em 2011, o presidente do PT, Rui Falcão, recebeu uma piñata de R$ 1,2 milhão. Che Guevara teve também direito à sua piñata, como consta no livro de Humberto Fontova. Depois de mais um dia de trabalho assinando sentenças de morte no paredón, Che se recolhia a uma mansão que pertencera a um empreiteiro, que ficava a 20 e poucos km de Havana, na praia de Tarara. A mansão possuía um ancoradouro para iates, uma grande piscina, 7 banheiros, 1 sauna, 1 sala de massagem e muitas salas de televisão. O jardim era uma selva de plantas importadas, com piscina natural com cachoeira, tanque com peixes exóticos e viveiros de aves diversas. Assim escreveu Ariel Dorfman, prof. da Universidade de Duke, na revista Time: “Nada poderia ser mais desinteressadamente gratificante do que o desdém de Che Guevara pelo conforto material e necessidades do dia a dia” (FONTOVA, 2009: 69).

Lei de Periculosidade pré-delitiva- No início da Revolução Cubana, foi criado um campo de trabalhos forçados e tortura em Guanahacabibes, para a “reabilitação” dos jovens cabeludos ouvintes de rock and roll, religiosos “incorrigíveis”, homossexuais (também apelidados de “elementos antissociais”), transviados, delinquentes e párias (termo preferido de Che). Ironia do destino: Che Guevara teve um neto guitarrista de heavy metal, Canek Sánchez Guevara. Canek fugiu de Cuba e disse à revista Proceso: “Em Cuba, liberdade não existe. O regime exige submissão e obediência... o regime persegue hippies, homossexuais, livre-pensadores e poetas... Eles estão em constante vigilância, controle e repressão” (FONTOVA, 2009: 63).

Revolução Cubana- No dia 1/1/1959, as tropas de Fidel Castro tomam Havana. “Segundo Castro disse, apontando para Matthews: ‘sem a sua ajuda e a do New York Times, a revolução em Cuba jamais teria ocorrido’ ” (NARLOCH, 2011: 39). Herbert Matthews era jornalista do NYT e foi um grande propagandista da Revolução. A “república socialista” cubana, porém, só foi proclamada em maio de 1961, logo após a fracassada invasão de anticastristas ocorrida na Baía dos Porcos, em Cuba, com o falso apoio americano. Em 1962, Cuba foi excluída da OEA e em 1964 os países membros da OEA, com exceção do México, romperam relações diplomáticas com o país, devido ao apoio cubano de focos guerrilheiros em vários países da América Latina (Guatemala, Colômbia, Venezuela). Cuba forneceu toneladas de armamento ao governo comunista de Salvador Allende. As residências oficiais de Allende eram verdadeiros paióis, descobertos após a intervenção de Pinochet, que derrubou os comunistas depois da autorização dada pela Suprema Corte, que ainda não era cooptada com Allende. No Brasil, antes de 1964, Cuba financiou as Ligas Camponesas para comprar fazendas que serviram de campos de treinamento de guerrilha. As prisões políticas de Cuba são muitas: La Cabaña (ainda em 1982 houve 100 fuzilamentos), Boniato (a mais repressiva), Kilo 5,5, Pinar del Río, Guanajay, Guanahacabibes, Castelo do Príncipe, Ilha de Pinos, Camaguey, Holguín, Manzanillo, Sandino (1, 2 e 3). Fidel Castro mandou fuzilar entre 15 e 17 mil pessoas (10 mil só na década de 1960); em 1978, havia em Cuba 15 a 20 mil prisioneiros; em 1997, segundo a Anistia Internacional, havia entre 980 e 2.500 prisioneiros políticos. “Para uma população de apenas 6,4 milhões, Fidel e Che prenderam e executaram mais, em termos relativos, do que os nazistas, e igualmente mais, proporcionalmente, do que os comunistas” (FONTOVA, 2009: 150). A tortura cubana incluía as “ratoneras”, “gavetas”, “tostadoras”, além da tortura “merdácea” - os prisioneiros eram “aspergidos” com fezes e urina. Apesar desses crimes todos, o ditador Fidel Castro é venerado pelos “intelectuais” brasileiros como el comandante, ao passo que Augusto Pinochet, ex-presidente do Chile, não passa de um vil “ditador”, “torturador”, para os “guerrilheiros da pena”, como Emir Sader e Frei Betto. “Quando Che assumiu o Ministério das Indústrias, Cuba tinha uma renda per capita superior à da Áustria, Japão e Espanha” (idem, pg. 214-5). Um ano depois, o anteriormente “terceiro maior consumo proteico do Ocidente estava racionando comida, fechando fábricas” (idem, pg. 215). Comparação das rações diárias, entre os escravos (em 1842) e Cuba desde 1962: carne, frango e peixe: 230 g/55 g; arroz: 110 g/80 g; carboidratos: 470 g/180 g; feijão: 120 g/30 g (Cfr. FONTOVA, 2009: 223). Ou seja, os escravos negros se alimentavam melhor do que a população cubana sob Fidel. Só os idiotas e os patifes defendem a excelência da medicina e dos hospitais cubanos da atualidade, coisa que nunca existiu. “Em 1957, Cuba tinha, proporcionalmente, mais médicos e dentistas do que os EUA ou a Grã-Bretanha. Em 1958, tinha a menor taxa de mortalidade infantil da América Latina e a 13ª. do mundo, estando à frente de França, Bélgica, Alemanha Ocidental, Israel, Japão, Áustria, Itália e Espanha. Hoje, pelas cifras oficiais, tem a 25ª. menor taxa – piorou sob o fidelismo. O que, hoje, reduz a mortalidade infantil é a taxa de 0,71 aborto por criança viva nascida em Cuba - o primeiro lugar do Ocidente e um dos primeiros do mundo. É um verdadeiro extermínio de bebês no útero materno” (FONTOVA, 2009: 225). “Havana, que na década de cinquenta era mais rica que Roma ou Dallas, hoje parece Calcutá ou Nairóbi” (idem, pg. 230). Os prédios tornaram-se decrépitos, à semelhança de el coma andante, e Havana, hoje, é o maior museu a céu aberto de carros velhos do mundo. Doenças erradicadas em 1958, como tuberculose, lepra e dengue, voltaram com força total em 2005. Quase 6.000 empresas norte-americanas foram pilhadas em Cuba, um valor de 2 bilhões de dólares. Nada foi indenizado, assim como os 5 bilhões da União Soviética. Evo Cocales aprendeu rapidinho com Fidel, roubando as refinarias e bens da Petrobras na Bolívia. Eusábio Peñalver ficou preso durante 30 anos. Era negro. Os guardas comunistas o chamavam de “macaco”. “Nós o tiramos das árvores e arrancamos sua cauda” (idem, pg. 238). “Apenas 0,8 dos cargos políticos do país é ocupado por gente de cor. Em outros lugares, esta mesma situação seria chamada de Apartheid” (idem, pg. 239). “Não é que não exista comida e bens de consumo em Cuba. O problema é que hoje há duas classes de cubanos: os que possuem dólares (os turistas e o apparatchiks, ou seja, a nomenklatura cubana) e os que não possuem (o cidadão cubano comum): Como não tem nada (quer dizer, tem de tudo, nos shoppings, em dólar e a preços de Tóquio), a gente vende esferográficas, isqueiros, envelopes, qualquer miudeza” (GUTIÉRREZ, 1999: 114).

 

Livros citados:

FONTOVA, Humberto. O verdadeiro Che Guevara - E os idiotas úteis que o idolatram. É Realizações, São Paulo, 2009.

GUTIERREZ, Pedro Juan. Trilogia Suja de Havana. Companhia das Letras, São Paulo, 1999 (Tradução de José Rubens Siqueira).

NARLOCH, Leandro; TEIXEIRA, Duda. Guia politicamente incorreto da América Latina. Leya, São Paulo, 2011.

VALLADARES, Armando. Contra toda a Esperança - 22 anos no Gulag das Américas  - As prisões políticas de Fidel Castro. Editora Intermundo, São Paulo, 3ª Edição, 1986 (Tradução de Therezinha Monteiro Deutsch).

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