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Cronicas-->O Amor Machuca...-mscx -- 29/09/2002 - 12:50 (m.s.cardoso xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CRÓNICA: O AMOR MACHUCA TANTO!
Maria do Socorro Xavier

Desde que há seres humanos racionais, sentimentais e também cruéis-este é um traço dos humanos - a crueldade; que há o amor e geralmente este machuca. Exemplo histórico-clássico de amor, o de Romeu e Julieta, os levou à morte; Cleópatra deixou-se picar por uma serpente, no malfadado romance Julio Cesar x Marco Antonio, sob a tríade romana; poder-ambição-volúpia e tantos outros ao longo da História da Humanidade.
Nestes e em muitos casos de amor ao longo da história existencial e de casos comuns do dia a dia, as páginas policiais e os fóruns estão repletos de homicídios e suicídios, motivados por amores mal sucedidos, vilipendiados, traídos cruelmente. Que amores são estes, que dão cabo da vida do outro amado e da sua própria vida? São comportamentos extremos, patológicos em meio a tanto egoísmo, cujo sentimento negativo, leva a tamanho paroxismo? O amor sentimento tão belo, contrário a pulsão de morte, pleno de vida, termina Eros virando Tànatos!
Parece ser a crueldade inerente ao ser humano, por ser racional: golpeia, calcula, fere, machuca, trai.
Nem sempre é a crueldade física que mais machuca. A crueldade mental sutil, a guerra fria dos jogos humanos sórdidos, estes sim, deixam marcas psicológicas indeléveis no nosso eu-humilhado e magoado. Bem disse o filósofo Thomas Hobbes: "O homem é para o outro homem, um lobo".
Infelizmente nem sempre a bondade e a beleza andam juntas com o amor.
Recentemente o mundo fóra abalado com duas notícias trágicas, cujas histórias viraram quase ficção, conto de fadas do século XX. Lady Di, princesa, rica, bela, jovem, romàntica. Desejada pelos homens e querida pelo povo, como símbolo de coragem e liberdade, que conquistou mesmo escandalizando a Córte, a partir do fracassado amor com o príncipe Charles e sua traição, substituindo-a por uma mulher mais velha, feia e ao que parece, pervertida. Madre Teresa de Calcutá - a bondade em pessoa, a doação, o desprendimento, na sua obsessão de caridade, disse: "o amor verdadeiro tem de doer. Não basta dar o supérfluo a quem necessita. É preciso dar até que isso nos machuque". Eis uma frase santa e violenta ao mesmo tempo. Quase masoquista este amor. Sua morte talvez foi um descanso para tamanho sofrimento obstinado e até para os capitalistas desalmados que zombam dos utópicos humanitários.
Estes dois exemplos de beleza e bondade em busca do amor - uma buscando o amor romàntico pessoal, a outra o amor à humanidade desgarrada e violada (dos santos). Ambas heroínas narcisísticas: lutaram contra um mundo cruel, deste fim de milênio, marcado pela fria tecnologia versus miséria dos países do terceiro mundo, que exclui de sua linguagem o amor, a beleza e a bondade.



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