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Ensaios-->CORONELISMO NO ANTIGO FUNDÃO DE BROTAS. -- 16/04/2012 - 14:47 (Mário Ribeiro Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

CORONELISMO
NO ANTIGO
FUNDÃO DE BROTAS
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
É proibida a reprodução total ou parcial da obra,
de qualquer forma ou por qualquer meio sem a
autorização prévia e por escrito do autor. A violação
do Direitos Autorais (lei nº 9612/98) é crime estabelecido
pelo artigo 184, do Código Penal Brasileiro.
EDITORA KELPS-ISBN 86110
RUA 19, Nº 100, SETOR MARECHAL RODON
FONE: (62) 211-1616 / FAX: (62) 211-1075
CEP: 74560-460 - GOIÂNIA - GOIÁS
C 2012
MÁRIO RIBEIRO MARTINS
Caixa Postal, 90
Palmas, Tocantins,
77001-970.
Fone: (063) 3215-4496
Celular: (063) 9977-9311
Impresso no Brasil
Printed in Brasil
2012.
MÁRIO RIBEIRO MARTINS
PROCURADOR DE JUSTIÇA
PROFESSOR UNIVERSITÁRIO
(da ACADEMIA GOIANA DE LETRAS e
da ACADEMIA TOCANTINENSE DE LETRAS)
CORONELISMO
NO ANTIGO
FUNDÃO DE BROTAS
GOIÂNIA-GOIÁS
2012
6ª Edição
Copyright © 2010 by Mário Ribeiro Martins
Projeto do Livro
Jornalista Beatriz Borges
Diagramação
Wellinton Rodrigues e
Carlos Augusto Tavares
Capa
Wellinton Rodrigues
Revisão
Mário Martins
FICHA CATALOGRÁFICA
CIP - Brasil - Catalogação na fonte
Biblioteca Pública Estadual Pio Vargas
Martins, Mário Ribeiro, 1943
M244d CORONELISMO NO ANTIGO FUNDÃO DE BROTAS - 6ª edição
Mário Ribeiro Martins
Goiânia, Kelps, 2012
348 p
1. Tocantins, Goiás, Bahia, Brasil-Escritores-Biografias
2. Brasil, Goiás, Bahia, Tocantins - I Título.
ISBN: 978-85-7766-841-0
CDU: 929.821.134-3 (817.3)-31
INDICE PARA O CATÁLOGO SISTEMÁTICO:
Literatura Brasileira - Romance Biográfico
CDU: 929: 821.134.3 (817.3) - 31
DEDICATÓRIA
A todos os colaboradores, pela preciosidade das
informações fornecidas ao autor.
Aos amigos e leitores, com sincera gratidão.
Às minhas duas filhas Nívea Zênia e Nívea Keila,
bem como aos netos Danilo e Letícia Minas Novas e
também Samara Minas Novas Martins Morais.
Aos que também pensam como o autor:
“as grandes realizações só são possíveis
por aqueles que acreditam possuir, dentro
de si, alguma força superior às circunstâncias”.

Sumário
CORONELISMO ....................................................... 11
NO ANTIGO FUNDÃO............................................. 11
DE BROTAS............................................................... 11
MAS HÁ OUTROS CORONÉIS QUE DEVEM
SER RELEMBRADOS:............................................. 35
UM OUTRO CORONEL FAMOSO......................... 41
UM CORONEL DO ................................................... 53
MÉDIO SÃO FRANCISCO....................................... 53
UM CORONEL DO ANTIGO NORTE DE GOIÁS..57
QUEM FOI ABÍLIO WOLNEY? .............................. 57
QUEM FOI HORÁCIO DE MATOS?....................... 69
AINDA SOBRE HORÁCIO DE MATOS E O
MAJOR MOTA COELHO......................................... 73
MAIS AINDA SOBRE HORÁCIO DE MATOS...... 79
HORÁCIO DE MATOS E E O CAPITÃO
MANOEL QUIRINO MATOS...................................79 .
QUEM FOI MILITÃO RODRIGUES COELHO? .... 85
UM JUIZ GUERREIRO............................................. 97
OS DOIS SIQUEIRA CAMPOS.............................. 103
CHAPADA DIAMANTINA, ................................... 115
UM PARAÍSO PERTO DO CÉU. ........................... 115
BREVE INFORMAÇÃO BIOBIBLIOGRÁFICA
DE DE MÁRIO RIBEIRO MARTINS.....................131
BIBLIOGRAFIA...................................................... 161
FORTUNA CRÍTICA .............................................. 167
MAIS SOBRE CORONELISMO NO ANTIGO
FUNDÃO DE BROTAS...........................................267
SOBRE O BAIANO MILTON SANTOS................. 267
MAIS SOBRE MILTON SANTOS.......................... 273
UM BAIANO QUE NÃO NASCEU NA BAHIA.... 303
OUTRO BAIANO ILUSTRE................................... 311
DIONÍZIO CURADOR, MEU PARENTE.............. 325
O ACIDENTE DE AVIÃO....................................... 331
OS “MARIO MARTINS” FAMOSOS ................... 339
MAIS UM OUTRO MÁRIO MARTINS FAMOSO...345
- 9 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
PUBLICAÇÕES DO AUTOR:
1) SOCIOLOGIA DA COMUNIDADE. Recife:
Acácia Publicações, 1973.
2) ESBOÇO DE SOCIOLOGIA. Recife: Acácia
Publicações, 1974.
3) GILBERTO FREYRE, O EX-PROTESTANTE(
Uma Contribuição Biográfica). São Paulo:
Imprensa Metodista, 1973.
4) HISTÓRIA DAS IDÉIAS RADICAIS NO
BRASIL. Recife: Acácia Publicações, 1974.
5) BREVE HISTÓRIA DOS BATISTAS EM
PERNAM-BUCO (Co-autoria com Zaqueu Moreira de
Oliveira). Recife: Acácia Publicações, 1974.
6) GILBERTO FREYRE, EL EX PROTESTANTE.
Tradução de Jorge Pinero Marques. Argentina: Libreria
Y Editorial, 1980.
7) MISCELÂNIA POÉTICA. Recife: Acácia
Publicações, 1973.
8) CORRENTES IMIGRATÓRIAS DO BRASIL.
Recife: Acácia Publicações, 1972.
9) SUBDESENVOLVIMENTO: UMA CONCEITUAÇÃO
ESTÁTICA E DINÂMICA. Recife: Acácia
Publicações, 1973.
10) SOCIOLOGIA GERAL & ESPECIAL.
Anápolis: Editora Walt Disney, 1980.
- 10 -
Mário Ribeiro Martins
11) PERFIL LITERÁRIO. Rio de Janeiro: Editora
Arte Moderna, 1981.
12) FILOSOFIA DA CIÊNCIA. Goiânia: Editora
Oriente, 1979.
13) LETRAS ANAPOLINAS. Goiânia: Editora o
popular, 1984.
14) JORNALISTAS, POETAS E ESCRITORES
DE ANÁPOLIS. Goiânia: Editora O Popular, 1986.
15) ENDEREÇÁRIO CULTURAL BRASILEIRO.
Anápolis: Editora Anapolina, 1987.
16) CADEIRA 15(Perfil Biográfico). Anápolis:
Editora Anapolina, 1989.
17) DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DE
GOIÁS. Rio de Janeiro: Master, 1999.
18) ESCRITORES DE GOIÁS. Rio de Janeiro:
Master, 1996.
19) DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DO
TOCANTINS. Rio de Janeiro: Master, 2001.
20) CORONELISMO NO ANTIGO FUNDÃO DE
BROTAS. Rio de Janeiro: Master, 2004.
- 11 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
CORONELISMO
NO ANTIGO FUNDÃO
DE BROTAS
(QUEM FOI HORÁCIO DE MATOS E
MILITÃO RODRIGUES COELHO)
(REPRODUÇÃO PERMITIDA, DESDE QUE
CITADOS ESTE AUTOR E O TÍTULO).
(Este texto está na INTERNET, no seguinte endereço:
http://www.usinadeletras.com.br ou www.mariomartins.
com.br
Mário Ribeiro Martins*

“Consoante Jorge Amado, no livro CAVALEIRO DA
ESPERANÇA, “Horácio de Matos, Franklin de Albuquerque
e Abílio Wolney com os seus homens”, os três formaram o trio
invencível aplaudido pelo Governo de ARTUR BERNANDES,
no combate ao giro fantástico da COLUNA”.

Um dos capítulos mais interessantes da história
de Ipupiara, o antigo Fundão ou Jordão de Brotas, diz
respeito a duas figuras notáveis: HORÁCIO DE MATOS
E MILITÃO RODRIGUES COELHO.
É preciso relembrar, no entanto, alguns aspectos
geográficos desta velha cidade baiana.
IPUPIARA, como hoje é denominada, está situada
na CHAPADA DIAMANTINA MERIDIONAL que
tem, atualmente, trinta e um municípios, destacandose
ABAÍRA, ÁGUA QUENTE, ANDARAÍ, BARRA
DA ESTIVA, BONINAL, BOQUIRA, BOTUPORÃ,
BROTAS DE MACAÚBAS, CONTENDAS DO
SINCORÁ, IBICOARA, IBIPITANGA, IBITIARA,
IPUPIARA, IRAMAIA, IRAQUARA, IATETÊ,
ITUAÇU, JUSSIAPE, LENÇÓIS, MACAÚBAS,
MUCUJÊ, OLIVEIRA DOS BREJINHOS, PALMEIRAS,
PARAMIRIM, PIATÃ, RIO DE CONTAS, RIO DO
PIRES, SEABRA, TANHAÇU, UTINGA E WAGNER.
Mas nos tempos idos, ou mais precisamente no ano
de 1917, já pertenceu à CHAPADA DIAMANTINA
SETENTRIONAL que tem hoje treze municípios,
destacando-se BARRA DO MENDES, CAFARNAUM,
CANARANA, CENTRAL, GENTIO DO OURO,
IBIPEBA, IBITITÁ, IRECÊ, JUSSARA, MORRO DO
CHAPÉU, PRESIDENTE DUTRA, SOUTO SOARES
E UIBAÍ.
Antes de sua independência política em 09.08.1958,
pelo Governador Antonio Balbino, Ipupiara teve vários
nomes: Em 1842, foi chamada de Campos Belos. Em
1865, era Fundão de Brotas. Em 1906, era conhecida
como Fortaleza de São João. Em 1911, passou a Jordão
de Brotas. Em 1935, foi denominada Vanique. A partir
de 1936, tornou-se definitivamente IPUPIARA.
Mas Ipupiara, nem sempre pertenceu a Brotas de
Macaúbas, eis que foi Distrito de Barra do Mendes em
1917, quando, a pedido de Militão, que tinha sido Prefeito
(Intendente) de Brotas de 1914 a 1916, o Governador da
Bahia, Antonio Muniz Aragão, tornou Barra do Mendes,
município independente, pela Lei 1.203, de 21.07.1917.
Esta independência, no entanto, não durou muito
tempo, porque Barra do Mendes(e Ipupiara, como seu
Distrito) foi reanexada a Brotas, pela Lei 1.388, de
24.05.1920, a pedido de Horácio de Matos.
Vale lembrar que, embora Brotas tenha se tornado
independente de Macaúbas, de que era então Distrito, em
1878, permaneceu, no entanto, com o nome de BROTAS
DE MACAÚBAS.
Essa Brotas já foi TERMO JUDICIÁRIO da cidade
da Barra(margens do São Francisco), em 1882, de
Macaúbas(1904), de Xiquexique (1915) e Paratinga(1948),
quando alcançou a sua própria independência, no sentido
de Termo Judiciário.
Mas Ipupiara, pelo menos até agora(2010), jamais
se livrou de Brotas de Macaúbas.
Explica-se: NUNCA SE TORNOU SEDE DA
COMARCA. Ou seja, continua como Termo Judiciário
de Brotas, NÃO TENDO PRÉDIO DE FORUM, NEM
JUIZ DE DIREITO e NEM PROMOTOR DE JUSTIÇA.
O Dr. Arides Leite (por sinal irmão do antigo
Prefeito de Ipupiara), no ultimo capitulo de seu livro sobre
Ipupiara diz: “O problema mais grave que os cidadãos
ipupiarenses enfrentam nos dias atuais é a falta de acesso
à justiça na cidade onde vivem. Isto porque o município
ainda não conseguiu ver instalada a sua Comarca, quando
já se passaram 50 anos de emancipação. Vale dizer, o
Poder Judiciário ainda está muito distante do cidadão
ipupiarense que eventualmente precisa recorrer a ele”.
(Como Procurador de Justiça Aposentado do
Ministério Público de Goiás e filho de Ipupiara, este autor
já bateu nesta tecla varias vezes. É preciso que apareça um
Prefeito corajoso em Ipupiara e construa um Prédio para
o Fórum. Não consulte e não espere qualquer iniciativa
da Justiça Baiana. Quando este prédio estiver pronto,
traga-se uma Comissão do Tribunal de Justiça da Bahia
para, aí sim, se começar a falar em Comarca.
É tão fácil: É só pedir ao Arquiteto Erivelton (filho
da terra) para elaborar a planta de um Fórum à luz dos que
ele conhece no Brasil. Com a planta, a própria Prefeitura
de Ipupiara começa a construção do prédio. Iniciada a
construção, ai sim, se pode pleitear verbas, através de
Deputados Estaduais e Federais, para a conclusão da obra.
O que não se pode é pedir verbas, antes de iniciada a
construção. E nada de se querer adaptar salas de Prefeitura
para Fórum, o que não pega bem e não é recomendável por
causa da independência dos poderes. Prefeitura é executivo,
no seu lugar. Fórum é judiciário, no seu lugar).
Tal é a dependência, que até o AEROPORTO usado
hoje(2010), é o de Brotas de Macaúbas, a 30 quilômetros
de distância. O que hoje chamam de PISTA DE POUSO
de Ipupiara é um desastre. Todo esburacado pelas chuvas.
Serve para algum piloto que, porventura, esteja perdido
no meio da Serra e não tenha onde descer.
Pois bem, é neste contexto de cidade interiorana,
que fatos históricos relevantes iriam ocorrer na antiga
JORDÃO DE BROTAS.
Os descendentes dos MATOS, através do Alferes
JOSÉ PEREIRA DE MATOS, vieram do Tijuco, em
Minas Gerais, mas eram Portugueses de origem. Este
ALFERES PORTUGUÊS veio para SANTO INÁCIO,
na Bahia, por volta de 1842, dedicando-se a garimpar
diamantes.
Desta vila baiana, espalharam-se os seus filhos,
dentre os quais, Clementino Pereira de Matos(falecido
em 1911) e Quintiliano Pereira de Matos, este, pai de
Horácio de Matos, estabelecendo-se ambos na região de
Brotas de Macaúbas.
Horário de Matos, portanto, nasceu em Brotas de
Macaúbas(Fazenda Capim Duro-Chapada Velha), entre
Brotas e Barra do Mendes, no dia 18 de março de 1882.
Filho de Quintiliano Pereira de Matos e Hermínia Gomes
de Queiroz. Permaneceu solteiro até os 39 anos de idade,
embora tivesse filhos de outro relacionamento, com uma
velha companheira chamada Laura.
Militão Rodrigues Coelho nasceu na Imbaúba ou
Umbaúba, perto do Jordão, atual Ipupiara, no dia 20 de
outubro de 1859, de onde saiu para Barra do Mendes, com
18 anos de idade, em 1877, deixando muitos familiares
no povoado, todos vinculados às famílias Coelho e Sodré,
entre os quais, o Capitão José Joaquim Sodré (Zeca Sodré),
cunhado de Militão ou sobrinho, conforme alguns.
Quem melhor o diz é Edízio Mendonça, em seu
livro BARRA DO MENDES-UMA HISTÓRIA DE
LUTAS(Salvador, Ba, SECTUR, 2003), que disse: “O
pai de Militão bebia muito e um dia, depois da janta,
estava sentado na varanda de sua residência, em Barra do
Mendes, quando foi assassinado com um tiro. Ninguém,
ate hoje, descobriu quem o matou. Acredita-se que foi
um de seus escravos”.
“O Coronel Militão Rodrigues Coelho era
descendente de piauiense: seu avô paterno, Vicente
Rodrigues Coelho, era natural do Estado do Piauí, de
Oeiras, hoje Picos. Os pais de Militão Coelho transferiram
sua residência de Fundão(hoje Ipupiara), para Barra do
Mendes, onde fixaram residência definitiva”.
Filho de Manoel Rodrigues Coelho e Norberta
Olimpia Sodré Coelho. Seu avô paterno Vicente
Rodrigues Coelho era de Oeiras(hoje Picos), Piauí,
onde nasceu em 1806, na fazenda Boqueirão. Militão,
portanto, era parente próximo do Dr. Antonio Coelho
Rodrigues que nasceu em Oeiras, em 1846, também na
fazenda Boqueirão, formado em Direito, pela Faculdade
do Recife, autor do Projeto do Código Civil, de 1897,
e Prefeito do Rio de Janeiro, em 1900, no governo de
Campos Sales. Senador da Republica pelo Piauí, faleceu
dentro de um navio, na Ilha de São Vicente, Cabo Verde,
Portugal, no dia 01.04.1912, com 66 anos, sendo seu
corpo trasladado para o Rio de Janeiro e sepultado no
Cemitério São João Batista.
Militão casou-se, primeiro, com Maria Barreto
Coelho, com quem teve os filhos Ornelina, Sofia, Rosa,
Adelina e Adelino. Pela segunda vez, com Maria da
Glória Sodré Coelho, com quem teve os filhos Nestor,
Anízio, Luiz, Alzira, Solina, Ana e Eurico.
Sobre o assunto, escreveu Edizio: “De seu primeiro
casamento, teve os seguintes filhos- 1)Capitão Adelino
Rodrigues Coelho, antigo Intendente Municipal e Agente
Postal, em Barra do Mendes, casado com Teonilia Olímpia
Sodré Coelho. 2)Sofia Rodrigues Amorim, casada com
Heliodoro Joaquim de Amorim, antigo Conselheiro
Municipal. 3)Adelina Rodrigues Coelho Barreto, casada
com o Major Avelino Alves Barreto, antigo Coletor
Estadual. 4)Rosa Rodrigues Coelho de Souza, casada
com Sebastião Avelino de Sousa. 5)Ornelina Rodrigues
Pacheco, casada com Wenceslau de Souza Pacheco,
antigo Conselheiro Municipal”.
“Falecendo a sua primeira esposa, o Coronel Militão
casou-se com Maria da Gloria Sodré Coelho, com a qual
teve os seguintes filhos- 1)Nestor Rodrigues Coelho,
antigo Prefeito de Brotas de Macaúbas e Deputado
Estadual, casado com Rachel Barreto Coelho. 2)Eurico
Rodrigues Coelho, antigo Subdelegado de Policia, casado
com Idalice Barreto Coelho. 3)Anízio Rodrigues Coelho,
antigo Sargento da Policia Mineira, casado com Iracema
Coelho. 4)Luiz Rodrigues Coelho, antigo comerciante*.
5)Ana Maria Coelho Barreto, casada com Antonio
Alves Barreto, antigo fazendeiro. 6)Solina Coelho
Oliveira, casada com Alberic Campos de Oliveira, antigo
comerciante. 7)Alzira Coelho dos Santos, casada com o
medico Sebastião Nestor dos Santos, antigo Prefeito de
Brotas de Macaúbas”.
*Nota do autor: Observe-se que este filho de Militão
(Luiz Rodrigues Coelho), faleceu na tomada de Barra do
Mendes, em 22.04.1919, com 20 anos de idade, quando
do cerco de Horácio de Matos.
Relembre-se também que a briga entre as duas famílias
era antiga. Em 12 de maio de 1896, quando Militão tinha
37 anos e Horácio tinha 14 anos, jagunços comandados
por Clementino Matos(tio de Horácio), atacaram Barra
do Mendes. O Coronel Militão não reagiu e fugiu com
parentes e amigos para OLHOS D’AGUA DOS BATATAS,
no Município de Gameleira do Assuruá. Os jagunços
incendiaram as casas de palha e foram embora.
A briga só retornou 23 anos depois, quando no dia
07 de janeiro de 1919, os jagunços de Horácio de Matos
invadiram Barra do Mendes e nela permaneceram até o
dia 08 de julho de 1919, quando houve o armistício.
Nasceram ambos (Horácio e Militão), em povoados
diferentes, dentro do mesmo município de Brotas de
Macaúbas, que era extraordinariamente grande e tinha
7.000 km2(sete mil quilômetros quadrados), indo de
Morpará (margens do Rio São Francisco) até Barra do
Mendes.
Militão era 23 anos mais velho do que Horácio.
Quando se enfrentaram, a partir de 1916, Militão estava
com 57 anos de idade e Horácio de Matos, na juventude
de seus 34 anos apenas.
O Coronel Horácio de Matos estendeu os seus
domínios de Brotas de Macaúbas até Lençóis. O Coronel
Militão Rodrigues Coelho passou a dominar a região de
Ipupiara até Barra do Mendes.
Antes, porém, ainda muito jovem, Horácio de
Matos, foi comerciante de Diamante e Carbonato, em
Morro do Chapéu, na Bahia, onde recebeu o título de
Tenente-Coronel da Guarda Nacional e a intimação de
seu tio Clementino Matos(1911), para que retornasse à
Chapada Velha(região entre Brotas e Barra do Mendes),
com o objetivo de assumir definitivamente a liderança
da família Matos.
É neste fogo cruzado entre os dois líderes, ambos
desejosos de dominar por completo a Chapada Diamantina,
que Ipupiara (Fundão ou Jordão de Brotas) passa a sofrer
as investidas constantes dos dois grupos rivais.
Assim é que se dizia: A Chapada Velha (Brotas
de Macaúbas e Lençóis) é de HORÁCIO DE MATOS.
A Chapada Nova (Barra do Mendes e Jordão) é de
MILITÃO RODRIGUES COELHO.
Daí a razão histórica por que as duas populações não
se toleravam e jamais se entenderam, não havendo até
hoje(2010), uma estrada digna que ligue as duas cidades,
embora a distância seja de apenas 80 km.
Entre uma e outra região, ou seja, entre Brotas de
Macaúbas e Barra do Mendes, encontra-se IPUPIARA,
o velho Fundão ou Jordão, a 30 km de Brotas e 60 km
de Barra do Mendes.
Relembre-se que, em outubro de 1914, chegou em
Brotas de Macaúbas, o Delegado Regional Dr. Otaviano
Saback que, em nome do Governador da Bahia, Dr.
Antonio Muniz Ferrão de Aragão, nomeou o Coronel
Militão Coelho, como Chefe Político e Intendente(Prefeito
Municipal) de Brotas de Macaúbas.
Sobre o assunto, escreveu Edizio: “Militão Coelho
tornou-se o chefe político mais poderoso do sertão e
tinha o apoio do Chefe de Policia, Dr. José Álvaro Cova,
que ocupou a Secretaria da Segurança Publica em dois
governos sucessivos, de José Joaquim Seabra(1912-1916)
e de Antonio Muniz(1916-1920)”.
Os Brotenses queriam que o cargo antes ocupado pelo
Coronel José João de Oliveira, que havia falecido, fosse
ocupado pelo Major Joviniano dos Santos Rosa(Major
Vena), Escrivão dos Feitos Cíveis e Criminais ou por João
Arcanjo Ribeiro e não por um Coronel, filho do Jordão
e procedente de Barra do Mendes.
Enquanto Militão foi a Salvador, seu substituto,
Coronel Domingos Pereira mandou prender o Major
Vena(1916), iniciando-se a contenda. De um lado, os
seguidores do Coronel Militão e do outro, os partidários
do Coronel Horácio.
Assim é que, no dia 04 de janeiro de 1916, após
se tocaiar no PEGA, povoado existente entre Fundão e
Brotas, o Coronel da Guarda Nacional Militão Rodrigues
Coelho toma de assalto a cidade de Brotas de Macaúbas,
retirando o Cartório dos Feitos Cíveis e Criminais, de seu
escrivão efetivo Joviniano dos Santos Rosa(Major Vena)
que, no entanto, algum tempo depois, é gravemente ferido
na CADEIA PÚBLICA DE BROTAS, para onde fora levado
preso, após mandar uma Carta Aberta ao Governador do
Estado, Dr. Antonio Muniz Ferrão de Aragão.
Na verdade, embora alguns autores digam que o
Major Vena(Joviniano dos Santos Rosa) morreu nesta
ocasião, a informação não tem procedência. Ele viveu
durante muitos anos, só que com a boca torta e falando
com dificuldade, eis que babava muito.
Nesta ocasião, é morto a tiros e crucificado nas
estacas de uma cerca de pau-a-pique, Onésimo Lima, filho
do farmacêutico Canuto Lima, de Ipupiara(Fundão), com o
qual Horácio de Matos fora criado e se considerava irmão.
Satisfeito com a tomada de Brotas de Macaúbas, Militão
Rodrigues Coelho que teve o apoio do Governador da Bahia,
Dr. Antonio Muniz Aragão e de alguns chefes políticos de
Lençóis e de Estiva(hoje Afrânio Peixoto), retorna a Barra
do Mendes, via Fundão(Ipupiara), mas é surpreendido pelos
jagunços de Horácio de Matos que cercam a cidade, visto
que conseguiram chegar primeiro, porque fizeram o caminho
reto entre Brotas e Barra do Mendes.
Após onze grandes combates, por vários meses
ininterruptos ou mais precisamente OITO MESES DE
LUTA e a destruição dos famosos fortes, entre os quais,
FORTE BRANCO, FORTE VERMELHO, FORTE
QUEIMADAS e FORTE CATUABA, todos possuidores
de comunicação subterrânea, com cerca de quatrocentos
mortos, entre os quais, o filho do próprio Militão, o Luiz
Rodrigues Coelho, morto em combate no dia 22.04.1919,
quando tinha 20 anos de idade.
Militão Rodrigues Coelho sai de Barra do Mendes,
em agosto de 1919, observado pelo seu jagunço de
confiança Miguel Umbuzeiro. Seu filho Nestor Rodrigues
Coelho(nascido em Barra do Mendes, 20.05.1892) foi
preso pelos jagunços de Horácio de Matos e devolvido
à mãe, com a observação de que não era culpado pelos
atos do pai.
Nestor Coelho se tornaria posteriormente também
líder político da região, eis que, em 1946, elegeu-se
Deputado Estadual, além de ter sido Vereador e Prefeito
Municipal de Brotas de Macaúbas, a partir de 1938.
Nesta época, meu pai, ADÃO FRANCISCO
MARTINS (Que havia nascido em 21.05.1915, em
Ipupiara, e estava com 23 anos de idade), foi seu
SECRETÁRIO MUNICIPAL, conforme documentos
escritos e publicados, na mão do autor destas notas,
entre os quais, o “ORÇAMENTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BROTAS DE MACAÚBAS, PARA
O EXERCÍCIO DE 1939”(DECRETO-LEI 63, de
5.7.1938), impresso na LIVRARIA CATILINA, de
Romualdo Santos-Livreiro Editor- Rua Portugal, 20,
Salvador, Bahia, onde se lê: Prefeito Municipal- Nestor
Rodrigues Coelho. Secretário Municipal-Adão Francisco
Martins.
Filho de Gasparino Francisco Martins e Jovina
Ribeiro Martins, neto do Coronel Isidório Ribeiro dos
Santos, meu pai, Adão Francisco Martins, enquanto
trabalhava na roça, aprendeu a ler com os antigos
professores, “JOÃO CAPOTE” e “JOÃO PAPAGAIO”.
Mas, seu principal professor foi Arthur Ribeiro Sobrinho,
pai do primeiro médico de Brasília, Dr. Isaque Ribeiro
Barreto.
Em 1934, com 19 anos de idade, na cidade de Brotas
de Macaúbas, foi nomeado Tabelião de Notas e Agente
de Estatística. Casou-se em Brumado, hoje Ibitunane, em
29.10.1937, com Francolina Ribeiro Martins, tornando-se
comerciante de Diamantes, em sociedade com Adelino
Alves de Almeida.
Em 1946, Adão Francisco Martins, meu pai, foi
nomeado Prefeito de Brotas de Macaúbas, logo após
a gestão do Prefeito Nestor Rodrigues Coelho, que se
estendeu de 1934 a 1945, momento em que o Capitão
Nestor Coelho permaneceu como Presidente do Diretório
Municipal de Brotas e se elegeu Deputado Estadual,
a partir de 1946. Nestor Coelho faleceu em Salvador,
Bahia, em 26.12.1953, na condição de Deputado Estadual,
tendo sido sepultado no Mausoléu da família, em Barra
do Mendes.
Nomeado Adão Francisco Martins, Prefeito de
Brotas de Macaúbas, em 1946, pelo Interventor Federal na
Bahia(1946-1947), General Cândido Caldas, permaneceu
no cargo de Prefeito, até abril de 1947, quando, terminada
a “interventoria” na Bahia, o Governo Estadual foi
passado para o Governador eleito pelo povo, Otávio
Mangabeira e realizadas as eleições municipais.
Como Prefeito nomeado de Brotas, meu pai Adão
Francisco Martins, construiu entre 1946 e 1947, a
ponte de madeira, ainda hoje existente nos povoados de
“Mourão” e “Santa Rosa”, debaixo da qual não passa
mais hoje(2010) nem um pingo de água, onde outrora
fora um pequeno rio.
Mas, para que meu pai tomasse posse como Prefeito
Municipal de Brotas, não foi fácil. Aliás, foi ele(João
da Cruz Cunha) que reuniu cerca de 60 cavaleiros para
garantir a posse do meu pai Adão Francisco Martins,
como Prefeito de Brotas de Macaúbas, na presença do
Juiz de Direito da Comarca, Dr. Sebastião, genro do
Coronel João Arcanjo Ribeiro, em 1946, quando meu pai
foi nomeado Prefeito, pelo Interventor Federal na Bahia,
General Cândido Caldas. É que a população de Brotas,
sede do município, não admitia que o prefeito nomeado
viesse do JORDÃO, um dos Distritos.
Em 03.05.1950, Adão Francisco Martins, mudou-se
para Morpará, às margens do Rio São Francisco, onde
fundou a “Loja Primavera”, de tecidos, além de ter sido
Vereador. No mesmo ano, vinculou-se à Loja Maçônica
HARMONIA E AMOR, de Juazeiro, pertencente à
GRANDE LOJA DO ESTADO DA BAHIA.
Em abril de 1957, retornou à sua terra natal, Ipupiara,
como comerciante de tecidos e como Pregador Evangélico,
vinculado ao Protestantismo Batista. Contribuiu,
escrevendo discursos e redigindo documentos, para a
emancipação política de Ipupiara que se tornou município
independente de Brotas, em 09.08.1958, ao lado do Chefe
Político da região, Coronel Arthur Ribeiro.
Colecionou e leu obras famosas, entre as quais, a
“HISTÓRIA UNIVERSAL”, de César Cantu, com mais
de 30 volumes, hoje em poder deste autor.
Após ter fundado a Igreja Batista de Ipupiara,
FALECEU REPENTINAMENTE, com parada cardíaca,
no dia 07.01.1970, com 55 anos, depois de ter feito um
Sermão Evangélico, na Praça Principal da cidade, deixando
5 filhos homens e 3 mulheres, quais sejam: Adão Martins
Filho(falecido), Eunice Ribeiro Martins(falecida), Mario
Ribeiro Martins, Nina Ribeiro Martins, Marli Ribeiro
Martins, Filemon Francisco Martins, Gutemberg Ribeiro
Martins e Manoel Neto.
De acordo com o livro de orçamento, em 1938,
o Municipio de Brotas de Macaúbas, era formado dos
seguintes DISTRITOS: Jordão de Brotas(Ipupiara),
Gameleira(Ibipetum), Ouricuri, Aracy, Pé do Morro,
Mata de Dentro, Brejo do Buriti, Barra do Mendes, São
Francisco(Saudável), Paranamirim, Mucambo, Sitio do
Coqueiro e Morpará.
Ao longo dos anos, tornaram-se Municipios
Independentes de Brotas de Macaúbas, IPUPIARA,
BARRA DO MENDES E MORPARÁ.
RETORNANDO AOS DOIS CORONÉIS E
CHEFES POLÍTICOS, Militão Rodrigues Coelho e
Horácio de Matos.
Quanto a Militão, saiu de Barra do Mendes, em
agosto de 1919, vestido de mulher grávida, conforme
a tradição oral na região(versão totalmente contestada
pelo povo de Barra do Mendes, através de seu historiador
maior Edízio Mendonça, mas divulgada nas regiões de
Brotas e Lençóis, não se podendo desprezar, do ponto de
vista histórico, a versão oral), acompanhado do jagunço
Umbuzeiro, passando por Gentio do Ouro, Gameleira
do Assuruá, Santo Inácio, Xique-Xique e Pilão Arcado,
nas margens do Rio São Francisco, refugiando-se na
Fazenda do Coronel Franklin Lins de Albuquerque, em
Pilão Arcado, também na Bahia, de onde ainda tentou
reforço, junto ao Governador do Estado, para retornar a
Barra do Mendes, mas sem sucesso.
Conforme seus descendentes, teria passado pelas
serras de Uibaí, Central, Tiririca, Xique-Xique e Pilão
Arcado.
O governo do Estado da Bahia, através de seu
Governador Dr. Antonio Muniz Ferrão de Aragão ainda
mandou duas expedições em socorro do Coronel Militão
Rodrigues Coelho. Uma, comandada pelo Tenente
Cláudio. A outra, comandada pelo Tenente Gomes,
conhecido como PISA MACIO. Já era tarde demais.
O FORTE VERMELHO que era o reduto mais
perigoso da praça de guerra de Barra do Mendes, já tinha
sido totalmente destruído pelos jagunços de Horácio de
Matos que sobre o forte lançaram violento ataque, de
dinamite e granada.
Quando da reunião da Comissão Estadual de Trégua,
presidida pelo parente do Coronel Duda Medrado, de
Mucugê, o político José Joaquim Landulfo da Rocha
Medrado, a pedido do Governador Dr. Antonio Muniz
Ferrão de Aragão, o Coronel Horácio de Matos exigiu
que Militão fosse afastado da política local e que a SEDE
do município de Barra do Mendes fosse transferida para
o Jordão.
Assim, o Fundão, Jordão ou Ipupiara foi Sede do
Município de Barra do Mendes, de agosto de 1919 até
o dia 24.05.1920, quando o Governador José Joaquim
Seabra decretou a extinção do Município de Barra do
Mendes, incorporando o seu território ao Município
de Brotas de Macaúbas, conforme o combinado no
CONVÊNIO DE LENÇÓIS, acordo assinado entre o
General Alberto Cardoso de Aguiar, Comandante da 5ª
Região Militar e o Coronel Horácio de Matos, quando
da chamada REVOLUÇÃO SERTANEJA.
Na Fazenda do Coronel Albuquerque, onde passou
3 meses(Setembro, Outubro e Novembro), faleceu
Militão Rodrigues Coelho, de desgosto, sem comer e
sem conversar, recluso num quarto, apenas fumando
e tomando Café, no dia 8.12.1919, com 60 anos de
idade(Horácio de Matos, tinha 37 anos), dia da Padroeira
de Barra do Mendes, Nossa Senhora da Conceição, sendo
sepultado no cemitério local, hoje coberto pelas águas
barrentas da barragem de Sobradinho.
Apesar da importância dos dois, Horácio
Queiroz de Matos e Militão Rodrigues Coelho não
são BIOGRAFADOS no livro BAIANOS ILUSTRES,
de Antonio Loureiro de Souza(editado em 1979)
ou DICIONÁRIO HISTÓRICO-BIOGRÁFICO
BRASILEIRO (2001), da Fundação Getúlio Vargas e
nem, em nenhuma das enciclopédias nacionais, Delta,
Barsa, Larousse, Mirador, Abril, Koogan/Houaiss,
Larousse Cultural, etc.
Ambos são verbetes do DICIONÁRIO
BIOBIBLIOGRÁFICO REGIONAL DO BRASIL,
de Mário Ribeiro Martins, via INTERNET, dentro de
ENSAIO, no site www.usinadeletras.com.br ou www.
mariomartins.com.br
Assim, Barra do Mendes só voltaria a ser SEDE DE
MUNICIPIO, em 14.08.1958, pela Lei 1.034, sancionada
pelo então Governador Antonio Balbino de Carvalho
Filho.
Vitorioso, Horário de Matos tornou-se o líder mais
forte da CHAPADA DIAMANTINA, estabelecendo o
seu QUARTEL GENERAL num casarão, ainda hoje
existente, ponto turístico de real interesse, na cidade de
LENÇÓIS, interior da Bahia.
De lá, reuniu tropas para invadir Salvador, a Capital
Baiana, em 1920, só não o fazendo, em virtude de acordo
feito com o Governo Federal.
Embora tivesse duas filhas com uma velha companheira
chamada Laura, Horácio de Matos, com 39 anos de idade,
resolveu casar-se “de papel passado” com AUGUSTA,
que se tornaria AUGUSTA MEDRADO MATOS, filha do
riquíssimo Coronel Duda Medrado(Antonio Landulfo da
Rocha Medrado), na cidade de Mucugê, região da Chapada
Diamantina, em 1922.
Em 1926, sob a orientação do General Mariante
(Álvaro Guilherme Mariante), REPRESENTANTE DO
MINISTÉRIO DA GUERRA, o Coronel Horácio de Matos,
com 560 homens armados lança-se contra a COLUNA
PRESTES, Comandando o Batalhão Patriótico Lavras
Diamantinas, ao lado de outros Comandantes, entre os quais,
o Coronel Abílio Wolney, do Norte de Goiás(Dianópolis),
que estava se deslocando, com 300 soldados de Cabrobó,
em Pernambuco, para Leopoldina, em Minas Gerais, além
de Franklin de Albuquerque, de Pilão Arcado.
Consoante Jorge Amado, no livro CAVALEIRO
DA ESPERANÇA, “Horácio de Matos, Franklin de
Albuquerque e Abílio Wolney com os seus homens”, os
três formaram o trio invencível aplaudido pelo Governo
de ARTUR BERNANDES, no combate ao giro fantástico
da COLUNA.
Todos estes homens, no entanto, após perseguirem
duramente os passos dos s de Carlos Prestes (chamados
pelo povo de “OS REVOLTOSOS”, pelos sertões do
Brasil, especialmente Alagoas, Ceará, Pernambuco, Piauí,
Bahia e Minas Gerais, o que ocorreu até outubro de 1926,
quando a COLUNA penetrou no Mato Grosso e alcançou
a BOLIVIA, retornaram às suas cidades de origem.
Quanto a HORÁCIO DE MATOS, no dia 15 de maio
de 1931(com 49 anos), no Largo do Acioli, em Salvador,
ao passar, descuidado e terno com a filha mais velha
Horacina (do casamento com Augusta), de seis anos de
idade, pela mão, recebe covardemente pelas costas, três
tiros de revólver, disparados por Vicente Dias dos Santos,
que fora contratado por Manuel Dias Machado(também
conhecido como José Machado), tio da viúva do Major
João da Mota Coelho que morrera em combate às portas
da cidade de Lençóis, em 1925, sendo que Horácio de
Matos fora responsabilizado por esta morte.
O criminoso Vicente Dias dos Santos foi condenado
pelo Juri, em Salvador, no primeiro julgamento, a 21 anos
de prisão, mas no segundo julgamento, dois anos depois,
foi ABSOLVIDO. Algum tempo depois, intoxicado por
arsênico, na água que bebia, foi internado no Hospital
Militar, onde morreu.
Ao morrer, em 1931, com 49 anos de idade, Horácio
deixou, além da viúva Augusta Medrado Matos, também
cinco filhos menores: Horacina, a mais velha, com seis
anos. Horácio de Matos Júnior, Tácio Matos, Juth Matos
e Judith Matos.
Um dos filhos de Horácio de Matos, o Horácio de
Matos Júnior(Lençóis,1927), depois de ter sido Deputado
Estadual e Federal, aposentou-se em 1999, como
Conselheiro do Tribunal de Contas da Bahia.
Um dos netos de Horácio de Matos, o Horácio de
Matos Neto, tornou-se Deputado Estadual na Bahia, a
partir de 1986, representando exatamente a Região da
Chapada Diamantina.
Assim, à história de Ipupiara, antigo Fundão ou
Jordão, a partir de 1915 e em anos diferentes, estão
vinculados vários nomes ao CORONELISMO: Capitão
José Joaquim Sodré, cunhado de Militão ou sobrinho,
conforme alguns; Capitão Gasparino Barreto, Delegado
de Polícia; Antonio Lucas da Costa, Sargento da Polícia
Militar; Major Avelino Barreto, Coletor Estadual; Bertoldo
Saldanha, Escrivão de Polícia; Capitão Marcolino
Martins, Subdelegado do Distrito de Gameleira; Tenente
Tibúrcio Durães, Suplente de Delegado de Polícia;
Capitão Ezequiel de Matos, irmão de Horácio de Matos;
Benevenuto Barreto, Subdelegado de Polícia.
Ao longo do tempo, outros nomes apareceram e se
firmaram, tornando-se, inclusive, mais conhecidos no
antigo Jordão: É o caso do Tenente-Coronel Artur Ribeiro
dos Santos que fora nomeado pelo Presidente Afonso
Pena, em 21 de março de 1907, quando tinha 19 anos de
idade, para o Posto de Tenente, no Batalhão da Guarda
Nacional, na cidade de Brotas.
Seu irmão mais velho, Coronel Isidório Ribeiro dos
Santos(bisavô deste autor), tornou-se COMANDANTE
do 298º BATALHÃO DE INFANTARIA DA GUARDA
NACIONAL, sediado na Chapada Velha(região de Brotas).
Ambos os irmãos e mais ainda as figuras destacadas
de Alvino Francisco Martins, Jovito Francisco Martins,
Gasparino Francisco Martins e Adão Francisco Martins
todos estavam politicamente vinculados ao Coronel
Militão Rodrigues Coelho e ao seu filho Nestor Coelho.
Passadas as lutas regionais, os dois irmãos Coronéis,
estabelecidos na cidade de Ipupiara, na Bahia, terminaram
por constituir numerosa família, de que o autor desta
nota é descendente, sendo BISNETO do Coronel Isidório
Ribeiro dos Santos.
Convertidos ao Protestantismo Batista, os dois se
tornaram excelentes pregadores sacros. Isidório Ribeiro
morreu cedo. Mas seu irmão Artur Ribeiro, após exercer
muitos cargos políticos, entre os quais, de Vereador e
Prefeito, faleceu em Ipupiara, no dia 22 de setembro
de 1979, com quase 92 anos de idade, sendo sepultado
no jardim do Templo da Igreja Batista, onde até hoje é
venerado.
*Mário Ribeiro Martins
é Procurador de Justiça e Escritor.
(mariormartins@hotmail.com)
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Fone: (063)99779311 (063) 3215 44 96
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MAS HÁ OUTROS
CORONÉIS QUE DEVEM SER
RELEMBRADOS:
CORONEL FACUNDO, MEU PARENTE.
(QUEM FOI O CORONEL FACUNDO?)
(REPRODUÇÃO PERMITIDA, DESDE QUE
CITADOS ESTE AUTOR E O TÍTULO).
Mário Ribeiro Martins*
Um outro Coronel importante da Guarda Nacional,
na região de Brotas de Macaúbas, na Bahia, foi o Coronel
FACUNDO JOSÉ DA CUNHA que era tio legítimo do
meu bisavô, o Coronel Isidório Ribeiro dos Santos. Este
Coronel Isidório era pai do meu avô Gasparino Francisco
Martins. Este Gasparino, por sua vez, era pai de Adão
Francisco Martins, o meu pai.
Coronel Facundo José da Cunha nasceu na Fazenda
Salinas, no antigo Fundão de Brotas ou Jordão de Brotas,
hoje município de Ipupiara, na Bahia, em 1856, nas
proximidades da estrada que liga hoje(2010) Ipupiara a
Gentio do Ouro. Permaneceu sempre nesta região como
Fazendeiro e Agricultor.
Em 21.03.1907, com 51 anos de idade, Facundo
José da Cunha foi nomeado pelo Presidente da República
Affonso Augusto Moreira Penna (conforme diploma em
poder do autor destas notas) Tenente Coronel Comandante
do 299º Batalhão de Infantaria da Guarda Nacional, da
Comarca de Macaúbas, no Estado da Bahia. Fora também
nomeado neste mesmo dia(21.03.1907), só que com 19
anos de idade, o seu sobrinho, o Tenente Coronel Artur
Ribeiro dos Santos.
Na verdade, tratava-se de uma CARTA PATENTE
datada de 29.10.1905. Mas até que este documento
chegasse ao interior da Bahia para que o novo Tenente-
Coronel prestasse o compromisso legal, levou muito
tempo, pois só em 26.06.1907 a Secretaria Geral do
Quartel General do Comando Superior da Guarda
Nacional do Estado da Bahia, sob o registro de fls.122,
do livro 6º de Patentes, deu a declaração de que o
BENEFICIADO tinha prestado o compromisso.
Porém, o Coronel Facundo já tinha uma outra
Patente, a de número 2476, concedida por um Decreto de
28.01.1898, portanto, quando o Coronel tinha 42 anos.
Nesta época, seu sobrinho mais velho Coronel
Isidório Ribeiro dos Santos já era Comandante do 298º
Batalhão de Infantaria da Guarda Nacional, sediado na
Chapada Velha. Era uma família de Coronéis. As patentes
de Coronel, Tenente-Coronel e Capitão eram concedidas
a homens de notório prestígio e poder financeiro.
Afonso Pena, como se sabe, governou o Brasil
de 15.11.1906 até 14.06.1909, quando faleceu, sendo
substituído pelo seu Vice-Presidente, Nilo Peçanha.
Este Nilo apoiou Rui Barbosa, mas foi eleito Presidente
da República do Brasil, o Marechal Hermes Rodrigues
da Fonseca que governou de 15.11.1910 a 15.11.1914.
No governo do Marechal se deu a extinção da Guarda
Nacional, consumada em 1911, legando ao Exército a
condição de único responsável pela ordem interna do
Brasil.
O Coronel, título concedido pela Guarda Nacional,
era sempre o latifundiário, o grande proprietário rural, que
dominava a política e a economia do município. Mas a
disputa pelo poder nos municípios era sempre resolvida
pelos diferentes coronéis locais. O coronel tinha com
a população de sua região, um compromisso de vida e
morte.
Em 1911, quando tinha 55 anos, e em virtude da
extinção da Guarda Nacional, mudou-se o Coronel
Facundo para a Ribeira(Santana), região do hoje
ENTRONCAMENTO DO JAVI, na Bahia, continuando
como Fazendeiro e Comerciante, no município de
Cotegipe.
Nesta região da Ribeira, em Santana, na Bahia,
nasceu um dos ilustres filhos do Coronel Facundo,
conhecido como JOÃO DA CRUZ CUNHA, no dia
24.11.1917, hoje(2010) dedicado comerciante na cidade
de Ipupiara, onde já foi de tudo um pouco, no vigor de
seus 93 anos. Mas o Coronel Facundo deixou também
outros filhos, entre os quais, Júlia Cunha Barreto, mãe
do Engenheiro Agrônomo Deraldo Cunha Barreto Filho.
Aliás, foi ele(João da Cruz Cunha) que reuniu cerca
de 60 cavaleiros para garantir a posse do meu pai Adão
Francisco Martins, como Prefeito de Brotas de Macaúbas,
na presença do Juiz de Direito da Comarca, Dr. Sebastião,
genro do Coronel João Arcanjo Ribeiro, em 1946, quando
meu pai foi nomeado Prefeito, pelo Interventor Federal
na Bahia, General Cândido Caldas. É que a população
de Brotas, sede do município, não admitia que o prefeito
nomeado viesse do JORDÃO, um dos Distritos.
De qualquer forma, meu pai permaneceu como
Prefeito até abril de 1947, quando, terminada a
“interventoria” na Bahia, o Governo Estadual foi passado
para o Governador eleito pelo povo, Otávio Mangabeira
e realizadas as eleições municipais, inclusive em Brotas
de Macaúbas.
Em 03.05.1950, meu pai Adão Francisco Martins,
mudou-se para Morpará, às margens do Rio São
Francisco, onde fundou a “Loja Primavera”, de tecidos,
além de ter sido Vereador, vinculando-se, neste mesmo
ano, à Loja Maçônica HARMONIA E AMOR, de
Juazeiro, pertencente à GRANDE LOJA DO ESTADO
DA BAHIA.
Em 1920, com 64 anos, o Coronel Facundo
transferiu-se para Ibotirama, na Bahia, às margens do
Rio São Francisco, onde abriu uma Loja de tecidos. Em
1922, mudou-se para Oliveira dos Brejinhos, também na
Bahia, estabelecendo-se como comerciante.
Retornou à sua terra natal(Fundão, Jordão e
Ipupiara), em 1926, com 70 anos de idade, continuando
como comerciante e fazendeiro.
Em 1940, quando se encontrava na Fazenda Salinas,
de sua propriedade, no hoje município do Gentio do
Ouro, faleceu com 84 anos de idade, deixando uma
família extraordinária, cujos membros se tornaram figuras
representativas na Chapada Diamantina, na Bahia. João
da Cruz, residente e comerciante em Ipupiara e de quem
se ouve estórias fantásticas, teve os seguintes filhos,
entre homens e mulheres: Jaci Cunha, Lindaura Cunha,
Facundo Cunha Neto, Deusdete Cunha, Hélio Cunha,
Olga Cunha e José Cunha.
Entre suas estórias, está a do pé de umbú da vó
Maria que se localiza num triângulo entre a Chiquita, o
Olhodaguinha e a Mata.

UM OUTRO
CORONEL FAMOSO
(QUEM FOI ARTUR
RIBEIRO DOS SANTOS?)
Mario Ribeiro Martins*
(REPRODUÇÃO PERMITIDA, DESDE QUE
CITADOS ESTE AUTOR E O TÍTULO).
Artur Ribeiro dos Santos, de Ipupiara, Bahia,
14.03.1888. Filho de Evaristo dos Santos e Maria Ribeiro
dos Santos(vó Maria). Nasceu na Fazenda Matinha(hoje
Mata do Evaristo).
Foram seus irmãos: Laurêncio Ribeiro dos Santos,
José Ribeiro dos Santos, Isidório Ribeiro dos Santos,
Gasparino Ribeiro dos Santos, Antonio Ribeiro dos
Santos, Nestor Ribeiro dos Santos, Arcanja Ribeiro dos
Santos e Emília Ribeiro dos Santos.
Somente uma árvore genealógica poderia mostrar
como a família se espalhou. Evaristo era irmão de Lúcio e de
Fulgêncio(Fulô), pai de Benício(Durval Ribeiro dos Santos).
José Ribeiro dos Santos foi pai de Artur Ribeiro
Sobrinho, de Osvaldo Ribeiro dos Santos e de Carolina
Ribeiro dos Santos. Esta Carolina foi a primeira mulher
de Isidoro que era Guarda-Campo na cidade da Barra.
Sua segunda mulher foi Lavínia Ribeiro dos Santos.
Isidório Ribeiro dos Santos teve entre outros filhos,
Manoel Ribeiro dos Santos(pai de Nezinho, Jeremias,
Carlos, Almerinda e Francolina ), o velho Zeca, do
Olho D´Aguinha, JOVINA(Iaiá Jove) que se casou com
Gasparino Francisco Martins(Velho Doutô), este filho
do finado Alvino, juntamente com Tia Dona(Leonarda),
Tio Sinê(Adelino), Baio(Liberino), Velho Franco(pai de
Fábio), Jove(mulher de Benício) e Sofia(mulher de Raul).
Nestor Ribeiro dos Santos teve os filhos Jeremias,
Zuzinha e Samuel, além de outros.
Emília Ribeiro dos Santos, casou-se com Joaquim
Francisco Martins(velho Quinca), com quem teve os
filhos Calu, Lula, Zuza, Iaiá Maria, etc.
Antonio Ribeiro dos Santos foi pai de Deja(Dejanira),
de Brotas de Macaúbas, além de outros filhos.
Arcanja Ribeiro dos Santos casou-se com
Marcolino(irmão de Benício), com quem teve diversos
filhos.
Manoel Ribeiro Primo tornou-se pai de Salomão
Ribeiro dos Santos, entre outros, um dos colaboradores
do autor destas notas.
Retornando ao velho Artur Ribeiro dos Santosparente
do autor destas notas- (meu bisavô Isidório
Ribeiro dos Santos era irmão do velho Artur), não
concluiu o curso primário, mas se tornou excelente
AUTODIDATA.
Casou-se em Ipupiara(antigo Jordão ou Fundão),
em 29.11.1913, com 25 anos, com Solina Amorim
Barreto. Solina(23.09.1895) estava com 18 anos, nasceu
em Ipupiara e era filha de Joaquim Inácio de Amorim e
Clautides Alves Barreto, sendo irmã de Jovino Amorim
Barreto, Joaquim Elói Barreto, Raimunda Amorim,
Heliodoro Amorim e Adonias Amorim.
Artur Ribeiro dos Santos e Solina Amorim não
tiveram filhos, mas adotaram dezenas de filhos, entre
os quais, Salomão Ribeiro dos Santos, Rubem Ribeiro
Barreto, Emília Ribeiro, Adelita Ribeiro, Abigail Ribeiro,
Nilza Ribeiro, Denize Amorim e Maria Ribeiro.
Após o casamento, Artur Ribeiro dos Santos passou
a residir no povoado de São Tomé, município de Barra
do Mendes, onde se tornou comerciante de tecidos, indo
depois para Guigós(Ibipeba), Xique-Xique e Barra do Rio
Grande, de onde se mudou definitivamente para Ipupiara.
Em 21.03.1907, com 19 anos de idade, foi nomeado
pelo Presidente Afonso Pena, Tenente Quartel Mestre do
298 Batalhão de Infantaria da Guarda Nacional, na Vila
de Brotas, então Comarca de Macaúbas, na Bahia, tendo
tomado posse ainda em 1907, sob o Comando de seu
irmão mais velho Isidório Ribeiro dos Santos.
Em 14.08.1914, ainda na Vila de Brotas, sob
o Comando do Coronel Militão Rodrigues Coelho,
secretariou a Ata de Posse da 103 Brigada da Guarda
Nacional.
Por volta de 1920, com 32 anos de idade, converteu-se
ao protestantismo, na cidade da Barra, na Bahia,
vinculando-se à Igreja Batista.
Foi batizado, nas águas do Rio Grande, pelo Pastor
Augusto Carlos Fernandes(que era cunhado do Pastor
Antonio Viegas) e que tinha fundado na cidade da Barra
a Escola INSTITUTO AMOR ÀS LETRAS. Este Pastor
Augusto Carlos Fernandes* está biografado no meu
DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO REGIONAL DO
BRASIL, letra A, no site www.mariomartins.com.br.
O Pastor Augusto Carlos era baiano de Amargosa,
estudou no Seminário do Norte, no Recife e foi
consagrado Pastor em 14.05.1911, com 20 anos de idade.
Sustentado pelas Igrejas Batistas da Bahia, foi designado
para substituir o missionário norte-americano Ernesto
Jackson (sobre o missionário Jackson, veja o site www.
mariomartins.com.br), no sertão baiano.
Instalou-se em Santa Rita, Bahia, em 1911, na
mesma casa anteriormente ocupada por Jackson.
Batizou em Formosa, Bahia, em setembro de
1912, o casal Jonas Barreira de Macedo e Maria Bueno
Teixeirense de Macedo. Nesta época, na cidade da Barra,
onde havia fundado o Instituto e cuidava da Igreja,
batizou, entre outros, Artur Ribeiro dos Santos.
Casou-se com Celina Viegas Fernandes, irmã do
Pastor Antonio Viegas, com quem teve vários filhos, entre
os quais, Edith Fernandes, Augusto Carlos Fernandes
Filho, Edístio Carlos Fernandes.
O Pastor Augusto Carlos Fernandes além de ter
sido Pastor de Santa Rita e da Cidade da Barra, na Bahia,
tornou-se Diretor do Colégio Benjamim Nogueira e
Pastor da Igreja Batista de Corrente, Piauí. Professor do
Instituto Batista Industrial de Corrente, no Piauí, onde
também foi Prefeito Municipal e Juiz de Paz.
Nos anos seguintes, mudou-se para Goiás. Foi Pastor
batista em Goiânia durante muitos anos, indo depois para
Brasília. Estabeleceu-se no Núcleo Bandeirante, Distrito
Federal, tornando-se professor do Ginásio Brasília, desde
a sua fundação em 1957. Faleceu em Brasília, em 1989,
com 98 anos de idade.
Quanto ao velho Artur Ribeiro dos Santos, foi um
dos fundadores da Igreja Batista de Ipupiara, em 1938,
juntamente com vários membros da Igreja Batista da
Barra que vieram a Ipupiara para este fim, entre os
quais, Arthur Ribeiro Sobrinho(filho de José Ribeiro)
e Angélica Barreto Ribeiro(pais do Dr. Isaac Barreto
Ribeiro, primeiro médico de Brasília).
Arthur Ribeiro Sobrinho, por sua vez, foi professor
primário do meu pai(Adão), na década de 1920 e foi pai
da minha professora primária Miriam Ribeiro Barreto(na década de 1940),

bem como pai de Saul Ribeiro Barreto.
Todos se mudaram para Brasília, em 1957, tornando-se
comerciantes, na Avenida Central, Cidade Livre, hoje
Núcleo Bandeirante.
O médico Dr. Isaac Barreto Ribeiro(filho de
Arthur Ribeiro Sobrinho) que se casou com Clotildes
Dias e teve os filhos Alex, Daisy, Marta e Fernando e
que foi o Primeiro Presidente da Associação Médica
de Brasília(fundada em 06.02.1959) e também um dos
fundadores da Igreja Batista Memorial de Brasília(em
07.09.1957), está biografado no meu DICIONÁRIO
BIOBIBLIOGRÁFICO REGIONAL DO BRASIL, letra
I, no site www.mariomartins.com.br.
Entre 1936 e 37, o velho Artur Ribeiro dos Santos,
com 48 anos, foi Presidente do Diretório Municipal do
PSD(Partido Social Democrático), na cidade de Brotas
de Macaúbas, Bahia.
Entre 1946 e 51, foi eleito Vereador de Brotas, pela
UDN. Prefeito de Brotas, nomeado em 1945.
Vale lembrar que também nesta época, meu pai
Adão Francisco Martins foi NOMEADO Prefeito
de Brotas de Macaúbas, em 1946, pelo Interventor
Federal na Bahia(1946-1947), General Cândido Caldas
e permaneceu no cargo de Prefeito, até abril de 1947,
quando, terminada a “interventoria” na Bahia, o Governo
Estadual foi passado para o Governador eleito pelo povo,
Otávio Mangabeira e realizadas as eleições municipais.
Mas para que meu pai Adão Francisco Martins
tomasse posse como Prefeito de Brotas de Macaúbas, não
foi fácil. Aliás, foi João da Cruz Cunha(um dos parentes)
que reuniu cerca de 60 cavaleiros para garantir a posse
do meu pai Adão Francisco Martins, como Prefeito de
Brotas de Macaúbas, na presença do Juiz de Direito da
Comarca, Dr. Sebastião, genro do Coronel João Arcanjo
Ribeiro, em 1946, quando meu pai foi nomeado Prefeito,
pelo Interventor Federal na Bahia, General Cândido
Caldas. É que a população de Brotas, sede do municipio,
não admitia que o prefeito nomeado viesse do JORDÃO,
um dos Distritos.
Entre 1951 e 54 o velho Artur Ribeiro dos Santos
foi novamente eleito Vereador de Brotas. Entre 1955 e
59, foi eleito Vereador pela Terceira vez. Em 1956, com
68 anos de idade, encerrou suas atividades comerciais.
Em 1958, quando estava com 70 anos de idade,
conseguiu a criação do MUNICIPIO DE IPUPIARA, pela
Lei 1015, de 09.08.1958, sancionada pelo Governador
Antonio Balbino. Foi Delegado de Polícia de Ipupiara,
em 1958. Em 1966, foi Presidente do Diretório Municipal
da UDN e depois membro do Diretório Municipal da
ARENA. Foi Secretário da Prefeitura Municipal de
Ipupiara, entre 1969 e 71.
A Igreja Batista, de que ele fora um dos fundadores,
em 1938, em Ipupiara, com o passar do tempo e em virtude
de problemas administrativos e doutrinários, terminou
por se dividir(em 1969), formando uma outra Igreja
Batista que continuou vinculada à Convenção Batista
Brasileira, sendo meu pai(Adão Francisco Martins), um
de seus líderes. A “Igreja do Velho Artur”, como é até
hoje conhecida ou Igreja Batista Independente, foi para
a Convenção Batista da Renovação Espiritual.
(Sobre o assunto leia o excelente livro do Arides
HISTÓRIA DOS BATISTAS EM IPUPIARA, publicado
em 2009).
Como líder político e religioso que era, terminou por
entrar em atrito com a missionária da Junta de Missões
Nacionais, a leta Zênia Birzniek, que chegou em Ipupiara
em janeiro de 1957 e foi transferida pela Junta em 1963,
indo para Natividade e depois para Japaratuba e São José,
em Sergipe, achando-se hoje aposentada.
Artur Ribeiro dos Santos, portanto, foi um líder na
concepção da palavra. Ao morrer, em 22.09.1979, não
deixou bens a inventariar, porquanto já tinha distribuído
os seus parcos recursos, entre seus filhos adotivos.
Dele se tem uma fotografia histórica(em poder
deste autor), tirada em Salvador, Bahia, em 1949, entre
os Delegados do PSD e da UDN, todos líderes regionais,
assim constituída: 1)Adão Francisco Martins. 2)Miguel
Ribeiro dos Santos. 3)Vanderlino Mendes. 4)Artur
Ribeiro dos Santos. 5)Antonio Francisco dos Santos. 6)
Antonio Sodré Barreto. 7)Eurico Coelho.
Faleceu Artur Ribeiro dos Santos, na cidade de
Ipupiara, Bahia, no dia 22.09.1979, com 91 anos, 6 meses
e 15 dias. Foi casado com Solina Amorim Barreto durante
65 anos, 9 meses e 23 dias. Seu corpo foi enterrado num
Jardim, ao lado da Igreja Batista que ele fundara, em 1938.
Um dos discursos fúnebres feitos na ocasião foi
pronunciado por Jeremias Ribeiro dos Santos, seu primo,
eis que filho de Manoel Ribeiro dos Santos(filho de
Isidório Ribeiro dos Santos, irmão de Artur).
A biografia de Artur Ribeiro dos Santos está também
no meu site na internet em www.mariomartins.com.br

*Veja quem foi o Pastor Augusto Carlos Fernandes:
AUGUSTO FERNANDES(AUGUSTO CARLOS
FERNANDES), de Amargosa, Bahia, l891, escreveu,
entre outros, "MAIS UM", com prefácio do Reverendo
José Furtado Mendonça, sem dados biográficos no livro.
Após os estudos primários em sua terra natal, deslocou-se
para outros centros, onde também estudou.
Casou-se com Celina Viegas Fernandes, irmã do
Pastor Antonio Viegas, com quem teve vários filhos, entre
os quais, Edith Fernandes, Augusto Carlos Fernandes
Filho, Edístio Carlos Fernandes.
Formou-se Bacharel em Teologia, no Seminário
Teológico Batista do Norte do Brasil, no Recife e foi
consagrado Pastor em 14.05.1911, com 20 anos de idade.
Sustentado pelas Igrejas Batistas da Bahia, foi
designado para substituir o missionário norte-americano
Ernesto Jackson, no sertão baiano. Instalou-se em Santa
Rita, Bahia, em 1911.
Batizou em Formosa, Bahia, em setembro de
1912, o casal Jonas Barreira de Macedo e Maria Bueno
Teixeirense de Macedo. Ele era até então um comerciante
e se tornou depois, um grande pastor. Fez o batismo
da Professora Mergelina Dourado(que era até então
presbiteriana) e que se casou com Julião Guerra.
O Pastor Augusto Carlos transferiu sua residência
para a cidade da Barra, Bahia, onde fundou a Escola
“INSTITUTO AMOR ÀS LETRAS”, de curta duração.
Em 1917, o Pastor Augusto Carlos Fernandes tornouse
Diretor do Colégio Benjamim Nogueira(depois Instituto
Batista) e Pastor da Igreja Batista de Corrente, Piauí.
Professor do Instituto Batista Industrial de Corrente, no
Piauí, onde também foi Prefeito Municipal e Juiz de Paz.
Em 1920, a Missão Norte-Americana transferiu sua
sede para Corrente e em 1922 o missionário A. J. Terry
passou a acumular as funções de Diretor do agora Instituto
Batista Industrial e Pastor da Igreja Batista de Corrente.
O Pastor Augusto Carlos ainda continuou como Professor
do Instituto até 1923.
Nos anos seguintes, mudou-se para Goiás. Pastor
protestante em Goiânia durante muitos anos, indo depois
para Brasília. Estabeleceu-se no Núcleo Bandeirante,
Distrito Federal, tornando-se professor do Ginásio
Brasília, desde a sua fundação em 1957.
Faleceu em Brasília, em 1989, com 98 anos de
idade. Escritor, Ensaísta, Poeta. Contista, Cronista,
Literato. Memorialista, Intelectual, Pensador. Ativista,
Produtor Cultural, Administrador. Educador, Ficcionista,
Conferencista.
Enaltecido nos livros ESTUDOS LITERÁRIOS
DE AUTORES GOIANOS(1995) e ESCRITORES
DE GOIÁS(1996), de Mário Ribeiro Martins, bem
como em DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DE
GOIÁS(1999).
Membro da União Brasileira de Escritores de Goiás,
além de diferentes entidades culturais, sociais e de classe.
Presente na CRESTOMATIA POÉTICA SUL
PIAUIENSE, de Cândido Carvalho Guerra, no
DICIONÁRIO ESCRITORES PIAUIENSES DE TODOS
OS TEMPOS, de Adrião Neto, na ESTANTE DO ESCRITOR
GOIANO, do Serviço Social do Comércio e no livro A POESIA
EM GOIÁS, de Gilberto Mendonça Teles.
Encontra-se no livro TERRA DE UM PALADINO, de
Correntino Paranaguá, bem como em OS PIONEIROS DA
CONSTRUÇÃO DE BRASÍLIA, de Adirson Vasconcelos.
Biografado no DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO
DE GOIÁS, de Mário Ribeiro Martins, MASTER, Rio
de Janeiro, 1999.
Apesar de sua importância, não é mencionado no
livro BAIANOS ILUSTRES(1979), de Antonio Loureiro
de Souza e nem é estudado na ENCICLOPÉDIA DE
LITERATURA BRASILEIRA, de Afrânio Coutinho,
edição do MEC, 1990, com revisão de Graça Coutinho
e Rita Moutinho, em 2001, e nem é convenientemente
referido, em nenhuma das enciclopédias nacionais,
Delta, Barsa, Larousse, Mirador, Abril, Koogan/Houaiss,
Larousse Cultural, etc.
É verbete do DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO
REGIONAL DO BRASIL, de Mário Ribeiro Martins,
via INTERNET, dentro de ENSAIO, no site www.
usinadeletras.com.br ou www.mariomartins.com.br
*Mário Ribeiro Martins
é Procurador de Justiça e Escritor.
(mariormartins@hotmail.com)
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Fone: (063)99779311 (063) 3215 44 96
Caixa Postal, 90, Palmas, Tocantins, 77001-970.

UM CORONEL DO
MÉDIO SÃO FRANCISCO.
(Quem foi Franklin Lins de
Albuquerque?)
Mario Ribeiro Martins*
“Consoante Jorge Amado, no livro CAVALEIRO DA
ESPERANÇA, “Horácio de Matos, Franklin de Albuquerque
e Abílio Wolney com os seus homens”, os três formaram o trio
invencível aplaudido pelo Governo de ARTUR BERNANDES,
no combate ao giro fantástico da COLUNA”.
FRANKLIN LINS DE ALBUQUERQUE, de Pau dos
Ferros, Rio Grande do Norte, 1881. Filho de Manoel Lins de
Albuquerque. Com 12 anos de idade, em 1893, mudou-se,
juntamente com seus pais para Santo Sé, na Bahia.
Com o passar do tempo, transferiu-se para Pilão
Arcado, na Bahia, às margens do Rio São Francisco.
Tornou-se Fazendeiro, Barqueiro e Coronel da
Guarda Nacional. Foi grande produtor de Algodão.
Casou-se com Sofia Mascarenhas de Albuquerque, com
quem teve vários filhos.
Um de seus filhos, Teódulo Lins de Albuquerque,
nascido em 16.06.1914, tornou-se Médico e Deputado
Federal. Faleceu no Rio de Janeiro, em 15.08.1979.
Outro filho, Franklin Lins de Albuquerque Júnior,
tornou-se Tabelião de Cartório.
Um outro filho, Wilson Lins de Albuquerque, tornouse
Escritor, tendo publicado, entre outros: MILITÃO-SEM
REMORSO, OS CABRAS DO CORONEL, REMANSO
DA VALENTIA, O MÉDIO SÃO FRANCISCO-UMA
SOCIEDADE DE PASTORES E GUERREIROS, etc.
Em março de 1926, vinculado ao DESTACAMENTO
DO GENERAL MARIANTE(Álvaro Guilherme
Mariante), passou a comandar, 650 homens para
combater a Coluna Prestes(chamada pelo povo de OS
REVOLTOSOS) pelos sertões do Brasil, especialmente,
Alagoas, Ceará, Pernambuco, Piaui, Bahia e Minas
Gerais, o que ocorreu, até outubro de 1926, quando a
Coluna penetrou no Mato Grosso e alcançou a Bolívia.
Na década de 1930, estivera preso no Quartel
da Guarda Civil de Salvador, ao lado de Horário de
Matos(Chefe de Lençóis), Abílio Wolney(Chefe de
Dianópolis), João Duque(Chefe de Carinhanha),
Marcionílio de Souza(Chefe de Maracás) e Cirilo
Veado(Chefe da Barra).
Tão importante era o Coronel Franklin de Albuquerque
que, quando o futuro Governador da Bahia, Antonio Balbino
comprou o jornal DIÁRIO DE NOTÍCIAS DA BAHIA, em
1939, seu avalista foi o Coronel.
Na Fazenda do Coronel Albuquerque, onde passou
3 meses(Setembro, Outubro e Novembro), faleceu
Militão Rodrigues Coelho, de desgosto, sem comer e
sem conversar, recluso num quarto, apenas fumando
e tomando Café, no dia 8.12.1919, com 60 anos de
idade(Horácio de Matos, tinha 37 anos), dia da Padroeira
de Barra do Mendes, Nossa Senhora da Conceição, sendo
sepultado no cemitério local, hoje coberto pelas águas
barrentas da barragem de Sobradinho.
Militão, como se sabe, perdeu a luta contra Horácio
de Matos, em Barra do Mendes e, decepcionado, tinha
pedido refúgio na fazenda do Coronel Albuquerque, em
Pilão Arcado, juntamente com sua família.
Após a morte do velho caudílho, seus familiares
retornaram para Barra do Mendes, onde até hoje(2010)
vivem seus parentes, aderentes e amigos, estando
sepultado no Cemitério de Barra do Mendes, no
MAUSOLÉU DA FAMÍLIA, os restos mortais de seu
filho mais ilustre Nestor Rodrigues Coelho(Barra do
Mendes, 20.05.1892) que fora Deputado Estadual(1946)
pela Bahia e que falecera em 26.12.1953, depois de ter
sido Vereador e Prefeito de Brotas de Macaúbas.
Quanto ao Coronel Franklin Lins de Albuquerque,
foi proprietário do jornal O IMPARCIAL.
Dos velhos documentos de meu falecido pai(Adão
Francisco Martins), consta o seguinte recibo: "O
IMPARCIAL propriedade de FRANKLIN LINS DE
ALBUQUERQUE, Caixa Postal, 211, Redacção,
Officinas e Gerencia, Rua Ruy Barbosa, 3, Bahia.
Recebi do Sr. Adão Francisco Martins, a importância
de oitenta cruzeiros, pela assinatura de 12 mezes, a
começar em 23.02.1943 e a terminar em 23.02.1944.
Bahia, 23.02.1943, assina, Franklin Lins de Albuquerque-
Proprietário. Representante do jornal Benvenuto Ribeiro".
O Coronel Franklin faleceu em Pilão Arcado, na
Bahia, no dia 27.05.1944, com 63 anos de idade, sendo
sepultado no Cemitério local, hoje coberto pelas águas
barrentas do Lago da Usina Hidrelétrica de Sobradinho.
Apesar de sua importância, não é mencionado
em BAIANOS ILUSTRES, de Antonio Loureiro de
Souza ou DICIONÁRIO HISTÓRICO-BIOGRÁFICO
BRASILEIRO (2001), da Fundação Getúlio Vargas e
nem, em nenhuma das enciclopédias nacionais, Delta,
Barsa, Larousse, Mirador, Abril, Koogan/Houaiss,
Larousse Cultural, etc. É verbete do DICIONÁRIO
BIOBIBLIOGRÁFICO REGIONAL DO BRASIL,
de Mário Ribeiro Martins, via INTERNET, dentro de
ENSAIO, no site www.usinadeletras.com.br ou www.
mariomartins.com.br

UM CORONEL DO ANTIGO
NORTE DE GOIÁS.
(QUEM FOI ABÍLIO WOLNEY?)
Mario Ribeiro Martins*
“Consoante Jorge Amado, no livro CAVALEIRO
DA ESPERANÇA, “Horácio de Matos, Franklin de
Albuquerque e Abílio Wolney com os seus homens”, os
três formaram o trio invencível aplaudido pelo Governo
de ARTUR BERNANDES, no combate ao giro fantástico
da COLUNA”.
(REPRODUÇÃO PERMITIDA, DESDE QUE
CITADOS ESTE AUTOR E O TÍTULO).
ABÍLIO WOLNEY, de TAIPAS, São José do
Duro (Dianópolis), Goiás, hoje Tocantins, 22.08.1876,
escreveu, entre outros, "LIVRO DE LEMBRANÇAS"
(HISTÓRIA DE SUA VIDA). Filho de Joaquim Ayres
Cavalcante Wolney e Maria Jovita Leal Wolney.
Abílio Wolney, filho mais velho do casal, foi
batizado pelo Padre João de Deus Gusmão, em Conceição
do Norte, considerado o centro mais importante da
região, tão importante que por lá passara como JUIZ DE
DIREITO, em 1876, a figura de Virgílio Martins de Mello
Franco que escreveu o capítulo VIAGEM À COMARCA
DE PALMA, dentro do livro VIAGEM PELO INTERIOR
DE MINAS GERAIS E GOIÁS, publicado no Rio de
Janeiro, em 1888.
Na verdade, VIRGÍLIO MARTINS DE MELLO
FRANCO foi promovido a Juiz de Direito da Comarca
de Palma, Província de Goiás, que tinha como Sede a
Vila de Conceição do Norte, no hoje Estado do Tocantins,
por Decreto de 8 de junho de 1876, do Imperador Dom
Pedro II.
Viajou 200 léguas(hum mil e duzentos quilômetros),
em lombo de burro, de Paracatu, em Minas Gerais até
Conceição do Norte, onde começou a escrever o livro
VIAGEM AO INTERIOR DE MINAS GERAIS E
GOIÁS.
Este Virgílio foi também Juiz de Direito de
Traíras(Niquelândia), em dezembro de 1876, de Meia
Ponte(Pirenópolis), em 1877, de Vila Boa(Goiás Velho),
em 1878.
Aposentou-se como Juiz de Direito de Barbacena,
em 1890 e fundou a Faculdade de Direito de Minas, em
Ouro Preto, em 1892, de que foi Professor e Diretor.
Faleceu no Rio de Janeiro, em 31.12.1922.
Seu filho mais ilustre que também residiu em
Conceição do Norte(tinha 6 anos), foi o ex-aluno da
MESTRE NHOLA, em Goiás Velho, AFRÂNIO DE
MELLO FRANCO que morreu no Rio de Janeiro em
1943, depois de ter sido Parlamentar, Diplomata, Ministro
das Relações Exteriores e um dos autores do Código Civil
de 1916 e da Constituição Federal de 1932.
O filho de Afrânio, o famosíssimo AFONSO
ARINOS DE MELO FRANCO(o segundo), que faleceu
em 1990, além de ter sido autor da Lei que proíbe a
DISCRIMINAÇÃO RACIAL NO BRASIL, foi também
Presidente da Comissão Pré-Constituinte de 1988, que
criou o ESTADO DO TOCANTINS.
Feita esta digressão só para mostrar a importância
de Conceição do Norte, naquela época, o pai de Abílio
Wolney, conhecido como CORONEL JOAQUIM
WOLNEY, era dono de 14(catorze) fazendas e milhares
de cabeças de gado, tudo espalhado pelas divisas de Goiás
e da Bahia.
Com o passar do tempo, Abílio Wolney tornou-se
Coletor Estadual e Tenente-Coronel da Guarda Nacional.
Combateu a COLUNA PRESTES em 1926, pelos
sertões do Brasil. Prefeito de Barreiras, na Bahia e
também de Dianópolis, sua cidade natal, quando já tinha
setenta anos de idade.
Revolucionário, Militar, Estrategista. Advogado,
Intelectual, Historiador. Pensador, Ativista, Pesquisador.
Orador, Conferencista, Administrador. Jornalista,
Cronista, Educador. Político, Farmacêutico, Memorialista.
Sapateiro, Agricultor, Carpinteiro. Farmacêutico e
Alfaiate.
Membro de diferentes agremiações sociais, culturais
e de classe de seu tempo, entre as quais, Ordem dos
Advogados do Brasil e Associação Goiana de Imprensa.
Sobre ele, escreveram, entre outros, Abílio Wolney
Aires Neto(O DURO E A INTERVENÇÃO FEDERAL),
Voltaire Wolney Aires(ABÍLIO WOLNEY-SUAS
GLÓRIAS, SUAS DORES); Nertan Macedo(ABÍLIO
WOLNEY-UM CORONEL DA SERRA GERAL);
Zoroastro Artiaga(UMA CONTRIBUIÇÃO PARA
A HISTÓRIA DE GOYAZ); José Mendonça
Teles(IMPRENSA GOIANA-DEPOIMENTOS
PARA A SUA HISTÓRIA); Már io Ribeiro
Martins(JORNALISTAS, POETAS E ESCRITORES
DE ANÁPOLIS); João Cabanas(A COLUNA DA
MORTE); Glauco Carneiro (HISTÓRIA DAS
REVOLUÇÕES BRASILEIRAS); Hélio Silva(A
GRANDE MARCHA); Walfrido Moraes(JAGUNÇOS
E HERÓIS); Hernâni Donato(DICIONÁRIO DAS
BATALHAS BRASILEIRAS).
Faleceu em 12.09.1965, com 89 anos. Biografado
no DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DO
TOCANTINS, de Mário Ribeiro Martins, MASTER, Rio
de Janeiro, 2001. Na Academia Tocantinense de Letras é
Patrono da Cadeira 20, cuja Titular é Cleuza Benevides
Souza Bezerra.
Nasceu em Taipas, São José do Duro(Dianópolis),
Goiás, hoje Tocantins, no dia 22 de agosto, terça-feira,
de 1876.
Filho de Joaquim Ayres Cavalcante Wolney e de
Maria Jovita Leal Wolney. Alfabetizado pelos pais e com
noções de aritmética, foi levado da Fazenda para a Escola
Primária, em sua terra natal.
Após o curso básico, estudou em Salvador, na
Bahia, onde fez curso prático de Medicina e Farmácia,
licenciando-se para realizar pequenas cirurgias. Não
tendo curso de Direito, inscreveu-se como Advogado
Provisionado, na Ordem dos Advogados do Brasil, no
Rio de Janeiro, sob o número 34.
Com 18 anos de idade, em 1894, foi eleito Deputado
Estadual, surpreendendo o Norte de Goiás. Em 1896, tornouse
Agente dos Correios e Telégrafos, Secretário do Conselho
Municipal e Juiz Adjunto de São José do Duro.
Contando com 21 anos de idade, em 1897, casou-se
com sua prima Josefa Ayres Wolney, tornando-se pai de
Alzira, Mireta, Custodiana, Palmira e Jaime.
Em 1900, ao passar ABÍLIO WOLNEY por Santana
das Antas, em Goiás, como candidato a Deputado Federal,
sugeriu a Moisés Santana e a outros Antenses, bem como
à Câmara dos Deputados, em Goiás Velho, que mudasse
o nome da cidade para ANÁPOLIS.
Aceitando esta sugestão, o jornalista Moisés Augusto
de Santana, publicou, em 23 de novembro de 1904, no
jornal "LAVOURA & COMÉRCIO", de Uberaba, Minas
Gerais, um artigo em que usa, pela primeira vez, de forma
escrita, a palavra ANÁPOLIS(CIDADE DE ANA), num
texto com a seguinte redação:
..."SANTANA DE ANTAS, A BELA E
ENCANTADORA ANÁPOLIS, CUJO NOME É
SEMPRE OUVIDO COM SIMPATIA POR QUANTOS
SE INTERESSAM PELOS NEGÓCIOS DE ALÉM
PARANAÍBA...".
Assim, através da lei Nº 320, de 31 de julho de 1907,
assinada pelo Presidente do Estado de Goiás, Miguel da
Rocha Lima, a vila de SANTANA DAS ANTAS passou
a chamar-se ANÁPOLIS, graças à sugestão do então
Deputado Abílio Wolney.
Em 8 de abril de 1900, com 24 anos de idade, foi eleito
Deputado Federal. Depurado pela Câmara dos Deputados,
não chegou a tomar posse, o que lhe provocou profunda
revolta, eis que, eleito pelo povo, não foi reconhecido pela
Câmara dos Deputados no Rio de Janeiro.
Em 1902, funda, em sua cidade natal, uma
BIBLIOTECA PÚBLICA com 200 livros, destinada ao
povo durense(de São José do Duro).
Com 27 anos de idade, em 1903, recebe do Presidente
da República Campos Sales, a PATENTE DE TENENTECORONEL
DA GUARDA NACIONAL.
Em maio de 1904, foi nomeado Coletor Estadual,
outrora chamado Administrador de RENDAS DO NORTE
DE GOIÁS, com sede em Taguatinga. Eleito novamente
Deputado Estadual, em 1909, tornou-se Presidente do
Poder Legislativo do Estado de Goiás.
Fundou em Goiás Velho, em 1912, o jornal ESTADO
DE GOIÁS, do qual Moisés Santana foi redator, conforme
depoimento de Claro Augusto de Godoy e Altamiro
de Moura Pacheco, às fls. 144, do livro IMPRENSA
GOIANA.
Entre 1915 e 1918, dedicou-se a atividades agrícolas,
construindo o primeiro Engenho de Ferro da região, com
a finalidade de explorar a mandioca e a cana-de-açucar,
conforme escreveu a Coquelin Leal da Costa, direto do
Buracão, em 6 de junho de 1918.
Em novembro de 1920, com recursos próprios,
iniciou uma estrada de rodagem entre São José do Duro e
Barreiras, na Bahia, numa extensão de trezentos quilometros,
conforme consta do livro QUINTA-FEIRA SANGRENTA,
de Osvaldo Rodrigues Póvoa, página 97.
Perseguido politicamente, em virtude dos
acontecimentos do Duro, na Chacina Oficial da Polícia
Estadual Goiana, foi, no entanto, anistiado em 1926, pelo
Presidente da República Artur Bernardes.
Vale lembrar que foram mortos na Chacina do
Tronco, ocorrida em 16 de janeiro de 1919, a QUINTAFEIRA
SANGRENTA, João Batista Leal, Benedito de
Cerqueira Póvoa, João Pinto Póvoa, João Rodrigues
de Santana, Nilo Santana, Salvador Santana, Messias
Camelo, Nasário do Bonfim e Wolney Filho, todos
eles homenageados, posteriormente, na CAPELA DOS
NOVE, construída numa das Praças de Dianópolis.
Em março de 1926, vinculado ao DESTACAMENTO
DO GENERAL MARIANTE, passou a comandar, 450
homens para combater a Coluna Prestes(chamada pelo
povo de OS REVOLTOSOS) pelos sertões do Brasil,
especialmente, Alagoas, Ceará, Pernambuco, Piaui, Bahia
e Minas Gerais, o que ocorreu, até outubro de 1926,
quando a Coluna penetrou no Mato Grosso e alcançou
a Bolívia.
Consoante Jorge Amado, no livro CAVALEIRO
DA ESPERANÇA, "Horácio de Matos, Franklin de
Albuquerque e Abílio Wolney com os seus homens", os
três formaram o trio invencível aplaudido pelo Governo
de Artur Bernardes, no combate ao giro fantástico da
COLUNA.
Em 1931 e até 1937, tornou-se Prefeito de Barreiras,
na Bahia, nomeado pelo Governador Juracy Magalhães.
Dias antes, estivera preso no Quartel da Guarda Civil de
Salvador, ao lado de Horário de Matos(Chefe de Lençóis),
Franklin de Albuquerque(Chefe de Pilão Arcado),
João Duque(Chefe de Carinhanha), Marcionílio de
Souza(Chefe de Maracás), Cirilo Veado(Chefe da Barra).
Terminada a sua contribuição como Prefeito de
Barreiras, retornou, em 1938, a São José do Duro,
dedicando-se exclusivamente às atividades de Advogado,
Farmacêutico e Fazendeiro.
Em 1946, quando já tinha setenta anos de idade, foi
nomeado Prefeito de São José do Duro, sua terra natal,
hoje Dianópolis, no Estado do Tocantins, pelo então
Governador de Goiás, Interventor Federal General Felipe
Antônio Xavier de Barros.
Este foi o seu último cargo público e nele permaneceu
até 1947, quando nas eleições gerais foi eleito para
Governador do Estado, o Engenheiro Jerônimo Coimbra
Bueno.
Quando completou setenta e cinco anos de idade,
passou a viver com Domingas Bispo de Souza, tornandose
pai de cinco filhos, cujos nomes são, Joaquim,
Francisco, Mariazinha, Dorinha e Emilio.
Este Emílio, o filho caçula, nasceu, quando o
Coronel Abílio já tinha oitenta e cinco anos de idade. Foi
casado também com Eufrosina Santos(Dona Goiana).
De seu relacionamento com Filomena Teles
Fernandes de Miranda, nasceu em Barreiras, na Bahia,
em 1934, Irani Wolney Aires que se casou com Zilmar
Póvoa Aires e com quem teve os filhos Voltaire, Pery,
Abílio, Zilmar, Norman e Margareth.
Fazendeiro em sua FAZENDA JARDIM,
Farmacêutico licenciado pela Universidade da Bahia
e dono de laboratório, exercia também a Medicina,
servindo-se da biblioteca de seu irmão estudante de
medicina no Rio de Janeiro, Wolney Filho, que, de férias,
foi precocemente assassinado no "barulho do duro" ou
mais precisamente na QUINTA-FEIRA SANGRENTA,
no dia 16 de janeiro de 1919.
A história dessa chacina foi contada no romance “O
TRONCO”, de Bernardo Élis e transformada em filme
pelo cineasta João Batista de Andrade, embora numa
versão contestada pelos atuais familiares do Coronel.
Além de outros artistas, o ator Antônio Fagundes
fez o papel do célebre Juiz Carvalho que, na história
real, não era outro senão o Juiz Celso Calmon Nogueira
da Gama. Este Juiz, procedente de Vitória, no Espírito
Santo, terminou por se tornar Desembargador do Tribunal
de Justiça de Goiás, exatamente no Governo de Brasil
Ramos Caiado, um dos pivores da "BRIGA DO DURO".
Entre seus amigos e confidentes, estava o Médico de
Porto Nacional, Dr. Francisco Ayres, com quem mantinha
correspondência sobre os ideais libertários para o então
Norte de Goiás.
Com 89 anos de idade, e ainda mantendo o seu
Escritório de Advocacia, eis que inscrito na ORDEM
DOS ADVOGADOS DO BRASIL, sob o número 34,
faleceu o Coronel Abílio Wolney, em 12 de setembro de
1965, sendo sepultado no Cemitério Local de sua terra
natal, DIANÓPOLIS, como o mais autêntico líder das
gargantas da SERRA GERAL.
Em sua homenagem e pela Lei 2.636/99, de
19.04.1999, a Praça onde se localiza a Prefeitura
Municipal de Anápolis, outrora Praça do Ancião,
passou a denominar-se “PRAÇA DEPUTADO ABÍLIO
WOLNEY”, exatamente em frente à casa do antigo líder
político EDENVAL CAIADO, cuja família, através da
instrumentalidade do então Deputado Brasil Ramos
Caiado, foi um dos pivores da "BRIGA DO DURO",
no governo do Desembargador João Alves de Castro e
também no governo de Joaquim Rufino Ramos Jubé, que
se estendeu de 21.12.1918 a 24.04.1919, relembrando-se
que a CHACINA ocorreu no dia 16.01.1919.
No dia 24.04.1919, o Desembargador João Alves
de Castro retornou ao governo, permanecendo até
06.06.1921.
Para a dita homenagem, o autor destas notas teve
participação especial, por ter sido o primeiro a divulgar
em livro a informação de que o nome ANÁPOLIS foi uma
sugestão do então Deputado Abílio Wolney, repassada a
Moisés Santana, conforme os anais do jornal “LAVOURA
& COMÉRCIO”, de Uberaba, Minas Gerais.
Um de seus parentes mais ilustres é o hoje Juiz
de Direito Dr. Abílio Wolney Aires Neto, da Comarca
de Anápolis, em Goiás, que tem escrito vários livros
sobre o Coronel Abílio, entre os quais, "O DURO E A
INTERVENÇÃO FEDERAL"(2004). Há de se destacar
também o nome de Voltaire Wolney Aires, membro da
Academia Tocantinense de Letras, bem como o nome de
Zilmar Wolney Aires(Zilô), Advogado e Serventuário da
Justiça Goiana.
Quanto a Abílio Wolney, é verbete do DICIONÁRIO
BIOBIBLIOGRÁFICO REGIONAL DO BRASIL,
de Mário Ribeiro Martins, via INTERNET, dentro de
ENSAIO, no site www.usinadeletras.com.br ou www.
mariomartins.com.br.
*MárioRibeiroMartins
é escritor e Procurador de Justiça.
E-mail: marioribeiromartins@hotmail.com
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Fones:(063)2154496Celular:(063) 99779311.
Caixa Postal,90,Palmas,
Tocantins,77001-970.

QUEM FOI HORÁCIO
DE MATOS?
Mario Ribeiro Martins*
Horário de Matos, portanto, nasceu em Brotas de
Macaúbas(Fazenda Capim Duro-Chapada Velha), entre
Brotas e Barra do Mendes, no dia 18 de março de 1882.
Filho de Quintiliano Pereira de Matos e Hermínia Gomes
de Queiroz. Permaneceu solteiro até os 39 anos de idade,
embora tivesse filhos de outro relacionamento, com uma
velha companheira chamada Laura.
Os descendentes dos MATOS, através do Alferes
JOSÉ PEREIRA DE MATOS, vieram do Tijuco, em Minas
Gerais, mas eram Portugueses de origem. Este ALFERES
PORTUGUÊS veio para SANTO INÁCIO, na Bahia, por
volta de 1842, dedicando-se a garimpar diamantes.
Desta vila baiana, espalharam-se os seus filhos,
dentre os quais, Clementino Pereira de Matos(falecido
em 1911) e Quintiliano Pereira de Matos, este, pai de
Horácio de Matos, estabelecendo-se ambos na região de
Brotas de Macaúbas.
Relembre-se também que a briga entre as duas
famílias(Horácio de Matos e Militão Coelho) era antiga.
Em 12 de maio de 1896, quando Militão tinha 37 anos
e Horácio tinha 14 anos, jagunços comandados por
Clementino Matos(tio de Horácio), atacaram Barra do
Mendes.
O Coronel Militão não reagiu e fugiu com parentes
e amigos para OLHOS D’AGUA DOS BATATAS,
no Município de Gameleira do Assuruá. Os jagunços
incendiaram as casas de palha e foram embora.
A briga só retornou 23 anos depois, quando no dia
07 de janeiro de 1919, os jagunços de Horácio de Matos
invadiram Barra do Mendes e nela permaneceram até o
dia 08 de julho de 1919, quando houve o armisticio.
Nasceram ambos(Horácio e Militão), em povoados
diferentes, dentro do mesmo município de Brotas de
Macaúbas, que era extraordinariamente grande e tinha
7.000 km2(sete mil quilômetros quadrados), indo de
Morpará(margens do Rio São Francisco) até Barra do
Mendes.
Militão era 23 anos mais velho do que Horácio.
Quando se enfrentaram, a partir de 1916, Militão estava
com 57 anos de idade e Horácio de Matos, na juventude
de seus 34 anos apenas.
O Coronel Horácio de Matos estendeu os seus
domínios de Brotas de Macaúbas até Lençóis. O Coronel
Militão Rodrigues Coelho passou a dominar a região de
Ipupiara até Barra do Mendes.
Antes, porém, ainda muito jovem, Horácio de
Matos, foi comerciante de Diamante e Carbonato, em
Morro do Chapéu, na Bahia, onde recebeu o título de
Tenente-Coronel da Guarda Nacional e a intimação de
seu tio Clementino Matos(1911), para que retornasse à
Chapada Velha(região entre Brotas e Barra do Mendes),
com o objetivo de assumir definitivamente a liderança da
família Matos. Horácio estava com 29 anos.
Quanto a Horácio de Matos, no dia 15 de maio de
1931(com 49 anos), no Largo do Acioli, em Salvador,
ao passar, descuidado e terno com a filha mais velha
Horacina(do casamento com Augusta), de seis anos de
idade, pela mão, recebe covardemente pelas costas, três
tiros de revólver, disparados por Vicente Dias dos Santos,
que fora contratado por Manuel Dias Machado(também
conhecido como José Machado), tio da viúva do Major
João da Mota Coelho que morrera em combate às portas
da cidade de Lençóis, em 1925, sendo que Horácio de
Matos fora responsabilizado por esta morte.
O criminoso Vicente Dias dos Santos foi condenado
pelo Juri, em Salvador, no primeiro julgamento, a 21 anos
de prisão, mas no segundo julgamento, dois anos depois,
foi ABSOLVIDO. Algum tempo depois, intoxicado por
arsênico, na água que bebia, foi internado no Hospital
Militar, onde morreu.
Ao morrer, em 1931, com 49 anos de idade, Horácio
deixou, além da viúva Augusta Medrado Matos, também
cinco filhos menores: Horacina, a mais velha, com seis
anos. Horácio de Matos Júnior, Tácio Matos, Juth Matos
e Judith Matos.
Um dos filhos de Horácio de Matos, o Horácio de
Matos Júnior(Lençóis,1927), depois de ter sido Deputado
Estadual e Federal, aposentou-se em 1999, como
Conselheiro do Tribunal de Contas da Bahia.
Um dos netos de Horácio de Matos, o Horácio de
Matos Neto, tornou-se Deputado Estadual na Bahia, a
partir de 1986, representando exatamente a Região da
Chapada Diamantina.

AINDA SOBRE HORÁCIO
DE MATOS
HORÁCIO DE MATOS E
O MAJOR MOTA COELHO.
Mário Ribeiro Martins*
Em princípio de 1920, Horácio de Matos com 38
anos de idade, ocupou a cidade de Lençóis que era, então,
a mais importante cidade da Bahia, depois de Salvador.
Seu objetivo, ao ocupar Lençóis, era fazer dali um ponto
de apoio para invadir Salvador, a Capital da Bahia.
O Deputado Manoel Alcântara de Carvalho, seu
amigo, havia guardado em casa, na cidade de Lençóis,
“munição” suficiente para dar 125(cento e vinte e
cinco) mil tiros, caso Horácio de Matos precisasse deste
armamento.
Ocorreu que, sabedoras deste fato, as forças
governamentais prepararam um atentado contra a vida do
Deputado Manoel Alcântara de Carvalho, em 16.10.1922.
O responsável pelo atentado foi exatamente o Major João
da Mota Coelho que era, naquele momento, o Capitão
Comandante da Companhia Regional da Policia Baiana
e que tinha o apoio do Juiz Nicolau e do Promotor Nilo
Liberato Barroso.
O Juiz Nicolau e o então Capitão João da Mota
Coelho foram expulsos da cidade, no dia seguinte,
acompanhados do Sargento João Antonio, conforme
noticiado pelo jornal A TARDE, de Salvador, do dia
14.11.1922. O Capitão foi promovido a Major e o
Sargento promovido a Tenente.
Pois bem, é este Major João da Mota Coelho que,
recebendo ordens do governo da Bahia, projeta invadir
Lençóis, tirar a vida de Horácio de Matos e dar posse
ao novo Delegado OTÁVIO PASSOS nomeado pelo
governo baiano.
No dia 17.01.1925, as Forças do Governo começaram
a penetrar em Lençóis por um dos povoados garimpeiros,
o chamado “MEIO DO MUNDO” que não era outra
coisa senão um conjunto de “Canions” na estrada entre
Andaraí e Lençóis.
Perto dali, em Wagner, antiga Cachoeirinha ou Ponte
Nova, Horácio de Matos tinha um inimigo, o Coronel
Antonio Ribeiro que ajudara o Major Mota Coelho na
sua marcha sobre Lençóis.
No dia 17.02.1925, o Major João da Mota Coelho,
Comandante da Companhia Regional da Força Baiana
combina com o Tenente João Antonio para atacarem de
surpresa a cidade de Lençóis.
A combinação era que o Tenente soltasse foguetes
quando estivesse pronto com o seu grupo para atacar.
Como os foguetes não pipocaram, o Major Mota Coelho
resolveu invadir a cidade com os seus homens, totalmente
desguarnecido.
Logo se encontrou com Horácio de Matos e seus
homens. O tiroteio foi intenso. Horácio enfrentou o
Major Mota Coelho cara a cara, atirando e se escondendo.
Gravemente ferido, o Major Mota Coelho caiu morto. Seu
corpo foi levado pelos homens de Horácio, a pedido seu,
para a Intendência Municipal, onde foi velado e depois
sepultado no fim do dia(17.02.1925), no Cemitério de
Lençóis.
O Major Mota Coelho tinha 50(cinqüenta) homens.
10(dez) foram mortos. 10(dez) feridos e três(3) presos. Os
demais fugiram. Horácio teve 5(cinco) mortos e 6(seis)
feridos.
Diante destes fatos, o governo estadual da Bahia
recuou e mandou uma Comitiva assinar o CONVÊNIO
DA PAZ, também chamado de CONVÊNIO DE
LENÇÓIS, acordo assinado entre o General Alberto
Cardoso de Aguiar, Comandante da Quinta Região Militar
e o Coronel Horácio de Matos, quando da chamada
Revolução Sertaneja.
A dita Comitiva reuniu-se num lugar neutro, na
cidade de Mucujê e era assim formada: Deputado Federal
Francisco Rocha, representando o Presidente Artur
Bernardes. Secretário do Interior e Justiça Bráulio da
Silva Xavier, representando o Governador Góis Calmon.
Quanto ao Major João da Mota Coelho, no DIÁRIO
OFICIAL do Estado da Bahia, no dia 18.03.1925, foi
publicada a sua promoção POST-MORTEM, ao posto
de CORONEL, atribuindo aos seus herdeiros o uso das
vantagens respectivas. Assim, ele não chegou ao posto de
GENERAL. A promoção foi assinada pelo Governador
Góis Calmon(Francisco Marques de Góis Calmon) e pelo
Secretário de Polícia João Marques dos Reis.
Mas a morte do Major João da Mota Coelho, na
entrada de Lençóis, no dia 17.02.1925, terminou trazendo
conseqüências sérias para Horácio de Matos. É que a
viúva do Major responsabilizou Horácio por sua morte.
Assim, pediu que seu tio Manoel Dias Machado,
conhecido como José Machado, contratasse o
PISTOLEIRO Vicente Dias dos Santos para matar
Horácio.
Já tinham se passado cerca de 6(seis) anos, quando
no dia 15.05.1931(com 49 anos de idade), no Largo do
Acioli, em Salvador, ao passar, descuidado com a filha
Horacina(do casamento com Augusta), de seis anos de
idade, pela mão, recebe três(3) tiros de revolver, pelas
costas, disparados por Vicente.
O criminoso Vicente Dias dos Santos foi
CONDENADO pelo Júri, em Salvador, no primeiro
julgamento, a 21(vinte e um) anos de prisão. Mas
no segundo julgamento, 2(dois) anos depois, foi
ABSOLVIDO. Algum tempo depois, intoxicado por
arsênico, na água que bebia, Vicente Dias foi internado
no Hospital Militar de Salvador, onde morreu.
Apesar de sua importância, o Major João da
Mota Coelho não é mencionado no livro BAIANOS
ILUSTRES(1979), editado pelo Instituto Nacional do
Livro, de Antonio Loureiro de Souza e nem é estudado
na ENCICLOPÉDIA DE LITERATURA BRASILEIRA,
de Afrânio Coutinho, edição do MEC, 1990, com
revisão de Graça Coutinho e Rita Moutinho, em 2001,
ou no “DICIONÁRIO HISTÓRICO-BIOGRÁFICO
BRASILEIRO”, da Fundação Getúlio Vargas, publicado
em 2002 e nem é convenientemente referido, em nenhuma
das enciclopédias nacionais, Delta, Barsa, Larousse,
Mirador, Abril, Koogan/Houaiss, Larousse Cultural, etc.
Não é citado em CANGACEIROS, COITEIROS
E VOLANTES(1998), de José Anderson Nascimento,
bem como não é encontrado em O DICIONÁRIO DE
FAMÍLIAS BRASILEIRAS(2001), com 4(quatro)
volumes gigantes, de Carlos Eduardo de Almeida Barata
e Antonio Henrique da Cunha Bueno.
É verbete do DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO
REGIONAL DO BRASIL, de Mário Ribeiro Martins,
via INTERNET, dentro de ENSAIO, no site www.
usinadeletras.com.br ou www.mariomartins.com.br

MAIS AINDA SOBRE
HORÁCIO DE MATOS.
HORÁCIO DE MATOS E
O CAPITÃO MANOEL QUIRINO MATOS.
Mário Ribeiro Martins*
Os descendentes dos MATOS, através do Alferes
José Pereira de Matos, vieram do Tijuco, em Minas
Gerais, mas eram portugueses de origem. Este Alferes
Português veio para Santo Inácio, na Bahia, por volta de
1800, dedicando-se a garimpar DIAMANTES.
Desta Vila Baiana, espalharam-se os seus filhos,
dentre os quais, Quintiliano Pereira de Matos(pai de
Horácio), Clementino Pereira de Matos(1831-1911) e
Canuto Pereira de Matos(1841-1895)-PAI DE MANOEL
QUIRINO-, estabelecendo-se todos na região da Chapada
Velha, entre Brotas de Macaúbas e Barra do Mendes que,
naquela época, formava um só Município, o de Brotas
de Macaúbas que tinha cerca de 7.000 km2(sete mil
quilômetros quadrados), indo de Morpará(margens do
Rio São Francisco) até Barra do Mendes.
É neste contexto que nasce MANOEL QUIRINO
MATOS. Nascido na Chapada Velha(entre Brotas e Barra
do Mendes), em 1880. Filho de Canuto Pereira Matos. O
pai de Manoel Quirino Matos, o Canuto Matos nasceu em
1841 e foi assassinado com 54 anos, no dia 10.02.1895,
na Fazenda Milagres, de seu irmão Clementino. Canuto
era o comandante das forças da Chapada Velha. Tal foi a
brutalidade da morte que Canuto foi enterrado e depois
desenterrado para ser queimado e reduzido a cinzas, em
12.02.1895, pelos jagunços remanescentes do grupo
derrotado de José da Volta Grande.
Quanto a MANOEL QUIRINO MATOS, além
de ter sido Coronel da Guarda Nacional, foi também
comerciante bem situado nas regiões de Rochedo(no
Município de Morro do Chapéu) e Tiririca do Bode,
juntamente com os seus filhos.
Vale lembrar que as patentes de Coronel, Tenente-
Coronel e Capitão eram concedidas a homens de notório
prestígio e poder financeiro. A famosa GUARDA
NACIONAL tinha sido criada em 18.08.1831, durante a
Regência Trina Permanente(17.06.1831 a 12.10.1835),
logo depois da renúncia de Dom Pedro I. Mas estas
patentes foram extinguidas com o passar do tempo e da
seguinte forma.
Afonso Pena, como se sabe, governou o Brasil
de 15.11.1906 até 14.06.1909, quando faleceu. Foi
substituido pelo seu Vice-Presidente, Nilo Peçanha. Este
Nilo apoiou Rui Barbosa, mas foi eleito Presidente da
República do Brasil, o Marechal Hermes Rodrigues da
Fonseca que governou de 15.11.1910 a 15.11.1914.
No início do governo do Marechal Hermes se deu
a extinção da Guarda Nacional, consumada em 1911,
legando ao Exército a condição de único responsável
pela ordem interna do Brasil. Mesmo assim, as patentes
continuaram valendo no interior do Brasil.
Em março de 1926, quando Manoel Quirino Matos
estava com 46 anos de idade, foi convocado pelo seu
primo Horácio de Matos(com 44 anos) para combater a
Coluna Prestes.
Observe-se que o Estado-Maior da Coluna, formado
de Carlos Prestes, Miguel Costa, João Alberto, Djalma
Dutra e mais o jornalista Pinheiro Machado já tinha
visitado e tomado café na casa de Manoel Quirino, no
Município de Morro do Chapéu.
Apesar de bem recebidos, os elementos da Coluna
terminaram por saquer todas as mercadorias da casa
comercial de Manoel Quirino, sob a afirmativa: “ISTO
É DA GUERRA, BAIANO”.
Debaixo da orientação do General Mariante(Álvaro
Guilherme Mariante), REPRESENTANTE DO
MINISTRO DA GUERRA, o Coronel Horácio de Matos
reuniu 560(quinhentos e sessenta) homens armados para
combater a Coluna.
Consoante Jorge Amado, em seu livro CAVALEIRO
DA ESPERANÇA, “Horácio de Matos, Franklin de
Albuquerque e Abílio Wolney com os seus homens, os três
formaram o trio invencível aplaudido pelo Governo de Artur
Bernardes, no combate ao giro fantástico da Coluna”.
Quando a Coluna Prestes(que era chamada pelo povo
de “OS REVOLTOSOS”) passou por Rochedo(municipio
de Morro do Chapéu), tentando invadir sua Fazenda
Pedra Lisa, Manoel Quirino, com poucos homens,
provocou baixas tremendas na Coluna, alcançando com
isto muita fama. De qualquer forma, a Coluna alcançou
Tiririca do Bode e invadiu Barra do Mendes(27.03.1926),
prosseguindo sua viagem.
Manoel Quirino continuou ao lado de Horácio de
Matos, organizando batalhões de voluntários e dando
apoio logístico aos combatentes. Foram estes Batalhões
que perseguiram a Coluna Prestes(os revoltosos) pelo
Estado de Goiás e Mato Grosso até a fronteira da Bolívia,
em La Guaiba, o que ocorreu por volta de janeiro de 1927,
já sob o governo do Presidente Washington Luis que tinha
tomado posse no lugar do Presidente Artur Bernardes.
Manoel Quirino Matos, no entanto, não tinha
espírito muito belicoso e por isto permaneceu na região
da Chapada Diamantina cuidando de suas roças, de seu
comércio, de seus filhos e dos negócios da família, não
mais se tendo notícia dele.
Não se deve confundir este baiano Manoel Quirino
Matos, com o também baiano de Santo Amaro, Manoel
Quirino(1851-1923) que foi jornalista, escritor, artista
plástico e historiador.
Apesar de sua importância, Manoel Quirino Matos
não é mencionado no livro BAIANOS ILUSTRES(1979),
editado pelo Instituto Nacional do Livro, de Antonio
Loureiro de Souza(aliás, nenhum dos Matos, inclusive
Horácio) e nem é estudado no “DICIONÁRIO
HISTÓRICO-BIOGRÁFICO BRASILEIRO”, da
Fundação Getúlio Vargas, publicado em 2002 e
nem é convenientemente referido, em nenhuma das
enciclopédias nacionais, Delta, Barsa, Larousse, Mirador,
Abril, Koogan/Houaiss, Larousse Cultural, etc.
Não é citado em CANGACEIROS, COITEIROS
E VOLANTES(1998), de José Anderson Nascimento,
bem como não é encontrado em O DICIONÁRIO DE
FAMÍLIAS BRASILEIRAS(2001), com 4(quatro)
volumes gigantes, de Carlos Eduardo de Almeida Barata
e Antonio Henrique da Cunha Bueno.
Mas é mencionado no livro MONTALVÃO(1962),
de Américo Chagas, bem como em JAGUNÇOS E
HERÓIS(1962), de Walfrido Moraes.
É verbete do DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO
REGIONAL DO BRASIL, de Mário Ribeiro Martins,
via INTERNET, dentro de ENSAIO, no site www.
usinadeletras.com.br ou www.mariomartins.com.br

QUEM FOI MILITÃO
RODRIGUES COELHO?
Mário Ribeiro Martins*
MILITÃO RODRIGUES COELHO nasceu no
Jordão(Imbaúba), atual Ipupiara, Bahia, no dia 20 de
outubro de 1859, de onde saiu para Barra do Mendes, com
18 anos de idade, em 1877, deixando muitos familiares
no povoado, todos vinculados às famílias Coelho e
Sodré, entre os quais, o Capitão José Joaquim Sodré(Zeca
Sodré), cunhado de Militão ou sobrinho, conforme alguns.
Filho de Manoel Rodrigues Coelho e Norberta
Olimpia Sodré Coelho. Seu avô paterno Vicente Rodrigues
Coelho era de Oeiras(hoje Picos), Piauí, onde nasceu em
1806. Militão, portanto, era parente próximo do Dr. Antonio
Coelho Rodrigues que nasceu em Oeiras, em 1846, formado
em Direito, pela Faculdade do Recife, autor do Projeto do
Código Civil, de 1897, e Prefeito do Rio de Janeiro, em 1900,
no governo de Campos Sales. Senador da Republica pelo
Piauí, faleceu dentro de um navio, na Ilha de São Vicente,
Cabo Verde, Portugal, no dia 01.04.1912, com 66 anos,
sendo seu corpo trasladado para o Rio de Janeiro e sepultado
no Cemitério São João Batista.
Quanto a Militão Rodrigues Coelho casou-se,
primeiro, com Maria Barreto Coelho, com quem teve
os filhos Ornelina, Sofia, Rosa, Adelina e Adelino. Pela
segunda vez, com Maria da Glória Sodré Coelho, com
quem teve os filhos Nestor, Anízio, Luiz, Alzira, Solina,
Ana e Eurico.
Nasceram ambos(Horácio e Militão), em povoados
diferentes, dentro do mesmo município de Brotas de
Macaúbas, que era extraordinariamente grande e tinha
7.000 km2(sete mil quilômetros quadrados), indo de
Morpará(margens do Rio São Francisco) até Barra do
Mendes. Militão era 23 anos mais velho do que Horácio.
Quando se enfrentaram, a partir de 1916, Militão estava
com 57 anos de idade e Horácio de Matos, na juventude
de seus 34 anos apenas.
O Coronel Horácio de Matos estendeu os seus
domínios de Brotas de Macaúbas até Lençóis. O Coronel
Militão Rodrigues Coelho passou a dominar a região de
Ipupiara até Barra do Mendes.
É neste fogo cruzado entre os dois líderes, ambos
desejosos de dominar por completo a Chapada Diamantina,
que Ipupiara(Fundão ou Jordão de Brotas) passa a sofrer
as investidas constantes dos dois grupos rivais. Assim
é que se dizia: A Chapada Velha(Brotas de Macaúbas
e Lençóis) é de HORÁCIO DE MATOS. A Chapada
Nova(Barra do Mendes e Jordão) é de MILITÃO
RODRIGUES COELHO.
Daí a razão histórica por que as duas populações não
se toleravam e jamais se entenderam, não havendo até
hoje(2004), uma estrada digna que ligue as duas cidades,
embora a distância seja de apenas 80 km. Entre uma e
outra região, ou seja, entre Brotas de Macaúbas e Barra
do Mendes, encontra-se IPUPIARA, o velho Fundão ou
Jordão, a 30 km de Brotas e 60 km de Barra do Mendes.
Relembre-se que, em outubro de 1914, chegou em
Brotas de Macaúbas, o Delegado Regional Dr. Otaviano
Saback que, em nome do Governador da Bahia, Dr.
Antonio Muniz Ferrão de Aragão, nomeou o Coronel
Militão Coelho, como Chefe Político e Intendente(Prefeito
Municipal) de Brotas de Macaúbas.
Os Brotenses queriam que o cargo antes ocupado pelo
Coronel José João de Oliveira, que havia falecido, fosse
ocupado pelo Major Joviniano dos Santos Rosa(Major
Vena), Escrivão dos Feitos Cíveis e Criminais ou por João
Arcanjo Ribeiro e não por um Coronel, filho do Jordão
e procedente de Barra do Mendes.
Enquanto Militão foi a Salvador, seu substituto,
Coronel Domingos Pereira mandou prender o Major
Vena(1916), iniciando-se a contenda. De um lado, os
seguidores do Coronel Militão e do outro, os partidários
do Coronel Horácio.
Assim é que, no dia 04 de janeiro de 1916, após
se tocaiar no PEGA, povoado existente entre Fundão e
Brotas, o Coronel da Guarda Nacional Militão Rodrigues
Coelho toma de assalto a cidade de Brotas de Macaúbas,
retirando o Cartório dos Feitos Cíveis e Criminais, de
seu escrivão efetivo Joviniano dos Santos Rosa que, no
entanto, algum tempo depois, é gravemente ferido na
CADEIA PÚBLICA DE BROTAS, para onde fora levado
preso, após mandar uma Carta Aberta ao Governador do
Estado, Dr. Antonio Muniz Ferrão de Aragão.
Na verdade, embora alguns autores digam que o
Major Vena(Joviniano dos Santos Rosa) morreu nesta
ocasião, a informação não tem procedência. Ele viveu
durante muitos anos, com a boca torta e com dificuldade
de falar, eis que babava muito.
Nesta ocasião, é morto a tiros e crucificado nas
estacas de uma cerca de pau-a-pique, Onésimo Lima,
filho do farmacêutico Canuto Lima, de Ipupiara(Fundão),
com o qual Horácio de Matos fora criado e se considerava
irmão.
Satisfeito com a tomada de Brotas de Macaúbas,
Militão Rodrigues Coelho que teve o apoio do Governador
da Bahia, Dr. Antonio Muniz Aragão e de alguns chefes
políticos de Lençóis e de Estiva(hoje Afrânio Peixoto),
retorna a Barra do Mendes, via Fundão(Ipupiara), mas
é surpreendido pelos jagunços de Horácio de Matos que
cercam a cidade, visto que conseguiram chegar primeiro,
porque fizeram o caminho reto entre Brotas e Barra do
Mendes.
Após onze grandes combates, por vários meses
ininterruptos ou mais precisamente OITO MESES DE
LUTA e a destruição dos famosos fortes, entre os quais,
FORTE BRANCO, FORTE VERMELHO, FORTE
QUEIMADAS e FORTE CATUABA, todos possuidores
de comunicação subterrânea, com cerca de quatrocentos
mortos, entre os quais, o filho do próprio Militão, o Luiz
Rodrigues Coelho, morto em combate no dia 22.04.1919,
quando tinha 20 anos de idade.
Militão Rodrigues Coelho sai de Barra do Mendes,
em agosto de 1919, observado pelo seu jagunço de
confiança Miguel Umbuzeiro. Seu filho Nestor Rodrigues
Coelho(nascido em Barra do Mendes, 20.05.1892) foi
preso pelos jagunços de Horácio de Matos e devolvido
à mãe, com a observação de que não era culpado pelos
atos do pai.
Nestor Coelho se tornaria posteriormente também
líder político da região, eis que, em 1946, elegeu-se
Deputado Estadual, além de ter sido Vereador e Prefeito
Municipal de Brotas de Macaúbas, a partir de 1938. Nesta
época, meu pai, ADÃO FRANCISCO MARTINS(Que havia
nascido em 21.05.1915, em Ipupiara, e estava com 23 anos
de idade), foi seu SECRETÁRIO MUNICIPAL, conforme
documentos escritos e publicados, na mão do autor destas
notas, entre os quais, o “ORÇAMENTO DA PREFEITURA
MUNICIPAL DE BROTAS DE MACAÚBAS, PARA O
EXERCÍCIO DE 1939”(DECRETO-LEI 63, de 5.7.1938),
impresso na LIVRARIA CATILINA, de Romualdo Santos-
Livreiro Editor-Rua Portugal, 20, Salvador, Bahia, onde se
lê: Prefeito Municipal-Nestor Rodrigues Coelho. Secretário
Municipal-Adão Francisco Martins.
Filho de Gasparino Francisco Martins e Jovina Ribeiro
Martins, neto do Coronel Isidório Ribeiro dos Santos,
meu pai, Adão Francisco Martins, enquanto trabalhava na
roça, aprendeu a ler com os antigos professores, “JOÃO
CAPOTE” e “JOÃO PAPAGAIO”. Mas, seu principal
professor foi Arthur Ribeiro Sobrinho, pai do primeiro
médico de Brasília, Dr. Isaque Ribeiro Barreto.
Em 1934, com 19 anos de idade, na cidade de Brotas
de Macaúbas, meu pai Adão, foi nomeado Tabelião de
Notas e Agente de Estatística. Casou-se em Brumado,
hoje Ibitunane, em 29.10.1937, com Francolina Ribeiro
Martins, tornando-se comerciante de Diamantes, em
sociedade com Adelino Alves de Almeida.
Em 1946, foi nomeado Prefeito de Brotas de
Macaúbas, logo após a gestão do Prefeito Nestor
Rodrigues Coelho, que se estendeu de 1934 a 1945,
momento em que o Capitão Nestor Coelho permaneceu
como Presidente do Diretório Municipal de Brotas e se
elegeu Deputado Estadual, a partir de 1946.
Nestor Coelho faleceu em Salvador, Bahia, em
26.12.1953, na condição de Deputado Estadual, tendo
sido sepultado no Mausoléu da família, em Barra do
Mendes.
Nomeado Adão Francisco Martins, Prefeito de
Brotas de Macaúbas, em 1946, pelo Interventor Federal na
Bahia(1946-1947), General Cândido Caldas, permaneceu
no cargo de Prefeito, até abril de 1947, quando, terminada
a “interventoria” na Bahia, o Governo Estadual foi
passado para o Governador eleito pelo povo, Otávio
Mangabeira e realizadas as eleições municipais.
Mas para que meu pai Adão Francisco Martins tomasse
posse como Prefeito de Brotas de Macaúbas, não foi fácil.
Aliás, foi João da Cruz Cunha(um dos parentes) que reuniu
cerca de 60 cavaleiros para garantir a posse do meu pai Adão
Francisco Martins, como Prefeito de Brotas de Macaúbas, na
presença do Juiz de Direito da Comarca, Dr. Sebastião, genro
do Coronel João Arcanjo Ribeiro, em 1946, quando meu pai
foi nomeado Prefeito, pelo Interventor Federal na Bahia,
General Cândido Caldas. É que a população de Brotas, sede
do municipio, não admitia que o prefeito nomeado viesse
do JORDÃO, um dos Distritos.
Como Prefeito nomeado de Brotas, meu pai Adão
Francisco Martins, construiu entre 1946 e 1947, a
ponte de madeira, ainda hoje existente nos povoados de
“Mourão” e “Santa Rosa”, debaixo da qual não passa
mais hoje(2004) nem um pingo de água, onde outrora
fora um pequeno rio.
Em 03.05.1950, Adão Francisco Martins, mudou-se
para Morpará, às margens do Rio São Francisco, onde
fundou a “Loja Primavera”, de tecidos, além de ter sido
Vereador. No mesmo ano, vinculou-se à Loja Maçônica
HARMONIA E AMOR, de Juazeiro, pertencente à
GRANDE LOJA DO ESTADO DA BAHIA.
Em abril de 1957, retornou à sua terra natal, Ipupiara,
como comerciante de tecidos e como Pregador Evangélico,
vinculado ao Protestantismo Batista. Contribuiu,
escrevendo discursos e redigindo documentos, com a
emancipação política de Ipupiara que se tornou município
independente de Brotas, em 09.08.1958, ao lado do Chefe
Político da região, Coronel Arthur Ribeiro.
Colecionou e leu obras famosas, entre as quais,
a “HISTÓRIA UNIVERSAL”, de César Cantu, com
mais de 30 volumes, hoje em poder deste autor. Após
ter fundado a Igreja Batista de Ipupiara, FALECEU
REPENTINAMENTE, com parada cardíaca, no dia
07.01.1970, com 55 anos, depois de ter feito um Sermão
Evangélico, na Praça Principal da cidade, deixando 5
filhos homens e 3 mulheres.
De acordo com o livro de orçamento, em 1938,
o Municipio de Brotas de Macaúbas, era formado dos
seguintes DISTRITOS: Jordão de Brotas(Ipupiara),
Gameleira(Ibipetum), Ouricuri, Aracy, Pé do Morro,
Mata de Dentro, Brejo do Buriti, Barra do Mendes, São
Francisco(Saudável), Paranamirim, Mucambo, Sitio
do Coqueiro e Morpará. Ao longo dos anos, tornaramse
Municipios Independentes de Brotas de Macaúbas,
IPUPIARA, BARRA DO MENDES E MORPARÁ.
Quanto a Militão Rodrigues Coelho, saiu de Barra do
Mendes, em agosto de 1919, vestido de mulher grávida,
conforme a tradição oral na região(versão totalmente
contestada pelo povo de Barra do Mendes, através de seu
historiador maior Edízio Mendonça, mas divulgada nas
regiões de Brotas e Lençóis, não se podendo desprezar,
do ponto de vista histórico, a versão oral), acompanhado
do jagunço Umbuzeiro, passando por Gentio do Ouro,
Gameleira do Assuruá, Santo Inácio, Xique-Xique e Pilão
Arcado, nas margens do Rio São Francisco, refugiando-se
na Fazenda do Coronel Franklin Lins de Albuquerque,
em Pilão Arcado, também na Bahia, de onde ainda tentou
reforço, junto ao Governador do Estado, para retornar a
Barra do Mendes, mas sem sucesso.
Conforme seus descendentes, teria passado pelas serras
de Uibaí, Central, Tiririca, Xique-Xique e Pilão Arcado. O
governo do Estado da Bahia, através de seu Governador
Dr. Antonio Muniz Ferrão de Aragão ainda mandou duas
expedições em socorro do Coronel Militão Rodrigues
Coelho. Uma, comandada pelo Tenente Cláudio. A outra,
comandada pelo Tenente Gomes, conhecido como PISA
MACIO. Já era tarde demais. O FORTE VERMELHO que
era o reduto mais perigoso da praça de guerra de Barra do
Mendes, já tinha sido totalmente destruído pelos jagunços
de Horácio de Matos que sobre o forte lançaram violento
ataque, de dinamite e granada.
Quando da reunião da Comissão Estadual de Trégua,
presidida pelo parente do Coronel Duda Medrado, de
Mucugê, o politico José Joaquim Landulfo da Rocha
Medrado, a pedido do Governador Dr. Antonio Muniz
Ferrão de Aragão, em Lençóis, o Coronel Horácio de
Matos exigiu que Militão fosse afastado da política local
e que a SEDE do municipio de Barra do Mendes fosse
transferida para o Jordão.
Assim, o Fundão, Jordão ou Ipupiara foi Sede do
Município de Barra do Mendes, de agosto de 1919 até
o dia 24.05.1920, quando o Governador José Joaquim
Seabra decretou a extinção do Municipio de Barra do
Mendes, incorporando o seu território ao Municipio
de Brotas de Macaúbas, conforme o combinado no
CONVÊNIO DE LENÇÓIS, acordo assinado entre o
General Alberto Cardoso de Aguiar, Comandante da 5ª
Região Militar e o Coronel Horácio de Matos, quando
da chamada REVOLUÇÃO SERTANEJA.
Na Fazenda do Coronel Albuquerque, onde passou
3 meses(Setembro, Outubro e Novembro), faleceu
Militão Rodrigues Coelho, de desgosto, sem comer e
sem conversar, recluso num quarto, apenas fumando
e tomando Café, no dia 8.12.1919, com 60 anos de
idade(Horácio de Matos, tinha 37 anos), dia da Padroeira
de Barra do Mendes, Nossa Senhora da Conceição, sendo
sepultado no cemitério local, hoje coberto pelas águas
barrentas da barragem de Sobradinho.
Quanto a Horácio de Matos, no dia 15 de maio
de 1931, no Largo do Acioli, em Salvador, ao passar,
descuidado e terno com a filha mais velha Horacina(do
casamento com Augusta), de seis anos de idade, pela
mão, recebe covardemente pelas costas, três tiros de
revólver, disparados por Vicente Dias dos Santos, que
fora contratado por Manuel Dias Machado(também
conhecido como José Machado), tio da viúva do Major
João da Mota Coelho que morrera em combate às portas
da cidade de Lençóis, em 1925, sendo que Horácio de
Matos fora responsabilizado por esta morte.
O criminoso Vicente Dias dos Santos foi condenado
pelo Juri, em Salvador, no primeiro julgamento, a 21 anos
de prisão, mas no segundo julgamento, dois anos depois,
foi ABSOLVIDO. Algum tempo depois, intoxicado por
arsênico, na água que bebia, foi internado no Hospital
Militar, onde morreu.
Ao morrer, em 1931, com 49 anos de idade, Horácio
deixou, além da viúva Augusta Medrado Matos, também
cinco filhos menores: Horacina, a mais velha, com seis
anos. Horácio de Matos Júnior, Tácio Matos, Juth Matos
e Judith Matos.
Um dos filhos de Horácio de Matos, o Horácio
de Matos Júnior(Lençóis,1927), depois de ter sido
Deputado Estadual e Federal, aposentou-se em 1999,
como Conselheiro do Tribunal de Contas da Bahia. Um
dos netos de Horácio de Matos, o Horácio de Matos
Neto, tornou-se Deputado Estadual na Bahia, a partir de
1986, representando exatamente a Região da Chapada
Diamantina.
Apesar de sua importância, Militão Rodrigues Coelho
não é mencionado em BAIANOS ILUSTRES(1979),
de Antonio Loureiro de Souza ou DICIONÁRIO
HISTÓRICO-BIOGRÁFICO BRASILEIRO (2001),
da Fundação Getúlio Vargas e nem, em nenhuma das
enciclopédias nacionais, Delta, Barsa, Larousse, Mirador,
Abril, Koogan/Houaiss, Larousse Cultural, etc.
Foi, no entanto, devidamente estudado, pelo
historiador Edízio Mendonça, que resgatou a memória do
famoso Caudilho, no seu livro O CORONEL MILITÃO
COELHO, publicado em Salvador, Bahia, pela Gráfica
Central, em 1980. A cidade de Barra do Mendes, onde
viveu o Coronel Militão e onde hoje(2010) vivem os seus
familiares, é uma das cidades mais simpáticas do interior
baiano e que soube homenagear o seu velho caudilho, com
nome de escolas, ruas, praças, hospitais, etc, precisando
apenas de uma boa estrada(70 km) que ligue Barra do
Mendes a Ipupiara, sua antiga aliada.
Quanto ao Coronel Militão Coelho, é verbete do
DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO REGIONAL DO
BRASIL, de Mário Ribeiro Martins, via INTERNET,
dentro de ENSAIO, no site www.usinadeletras.com.br
ou www.mariomartins.com.br
*MárioRibeiroMartins
é escritor e Procurador de Justiça.
E-mail: marioribeiromartins@hotmail.com
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UM JUIZ GUERREIRO
Mário Ribeiro Martins*
“Não se trata de nenhum Coronel da Guarda
Nacional, mas de um Juiz que deu a vida pelo Estado do
Tocantins”.
FELICIANO MACHADO BRAGA, de Monte
Alegre de Minas, Minas Gerais, 19.09.1914, escreveu,
entre outros, “MANIFESTO DO TOCANTINS”
(13.05.56), sem dados biográficos.
Filho de João Caetano Machado e de América
Machado Braga.
Após os estudos primários em sua terra natal,
mudou-se, juntamente com os pais, para Goiás, onde
concluiu o secundário.
Fez vestibular no Rio de Janeiro, passando a
cursar a Faculdade de Engenharia. Depois de dois anos,
abandonou o curso por problemas financeiros.
Retornando a Goiás, matriculou-se na Faculdade de
Direito, da Universidade Católica de Goiás, formando-se
Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, tornando-se
Advogado. Fez também curso de Filosofia.
Durante muitos anos foi Promotor de Justiça, atuando
em diferentes cidades, entre as quais, Nerópolis, interior
goiano, quando fez o concurso para Juiz de Direito.
Após passar por várias Comarcas do Estado de
Goiás como Juiz de Direito, foi designado para Porto
Nacional, onde permaneceu de 1956 a 1961. Casou-se
com Hermione de Carvalho Machado, com quem teve
vários filhos, dentre outros, “BRASIL TOCANTINENSE
CARVALHO MACHADO”.
Lutou de tal maneira pela criação do Estado do
Tocantins que chegou a colocar em suas sentenças:
“COMARCA DE PORTO NACIONAL-ESTADO DO
TOCANTINS”.
Fez passeatas, palestras, conferências, comícios
e manifestos pela criação do Estado. Organizou a
“Comissão de Estruturação Jurídica do Estado do
Tocantins”, em 20.05.1956, sendo eleito seu Presidente.
Fundou o jornal “O ESTADO DO TOCANTINS”,
tendo como redatores Fabrício César Freire e João
Quinaud. Mobilizou a população de Porto Nacional
para inaugurar nas dependências do UMUARAMA
CLUBE, uma placa com os dizeres: “VIVA O ESTADO
DO TOCANTINS”.
Sua atuação foi tão forte que o Presidente do Tribunal
de Justiça de Goiás, Desembargador Jorge de Moraes
Jardim, nascido em Goiás Velho, em 1910 e falecido em
1995, obrigou o Juiz Feliciano Machado Braga a requerer
a sua remoção ou promoção para outra Comarca.
De fato, em março de 1960, foi removido para
a Comarca de Luziânia, mas não aceitou a mudança,
conforme entrevista que concedeu ao jornal FOLHA DE
SÃO PAULO.
Com a morte de seu companheiro de luta, jornalista
Trajano Coelho Neto, FUZILADO na cidade de Pium,
em 13 de abril de 1961, não teve outra opção, senão, em
maio de 1961, aceitar a promoção para a Terceira Vara
Civil da Comarca de Anápolis, sendo Presidente do
Tribunal de Justiça de Goiás, o Desembargador Elísio
Taveira. Já em Anápolis, pretendeu fundar o “CORREIO
TOCANTINENSE”, com a finalidade de continuar a
luta pelo Tocantins, mas teve de recuar, em virtude das
perseguições sofridas.
Daí em diante, o “20 DE MAIO” deixou de ser
comemorado em Porto Nacional, pela ausência de seu
líder maior.
Foi Juiz de Direito de Anápolis, junto à Terceira
Vara Civil, de 1961 a 1968. É lembrado na Manchester
Goiana(Anápolis), como o Juiz que andava com o
MAPA DO FUTURO ESTADO DO TOCANTINS,
debaixo do braço.
Em 1965, com o funcionamento da Assembléia
Nacional Constituinte, enviou uma CARTA ao Presidente
Castelo Branco, fazendo um APELO, no sentido de que
fosse criado o Estado do Tocantins. É um documento
histórico porque faz uma radiografia do problema, a partir
da Constituição de 1824 e foi publicado em vários jornais.
Parece ter sido a sua última manifestação pública pelo
Estado do Tocantins.
No fim de 1968, pediu remoção para Goiânia, onde
permaneceu como Juiz de uma das Varas Cíveis.
No ano seguinte, envolveu-se numa briga com
um dos vizinhos, dando-lhe um tiro, tendo ficado em
PRISÃO DOMICILIAR, decretada pelo próprio Tribunal
de Justiça, conforme matéria publicada pelo jornal “O
POPULAR”.
Desgostoso com os seus pares no Judiciário, adoeceu
gravemente, terminando por falecer em 01 de maio de
1972, em Goiânia, quando tinha 58 anos de idade, sendo
alí enterrado.
Em sua homenagem, o auditório principal do
Tribunal de Justiça do Tocantins recebeu o seu nome,
o que não agradou a família, que queria o nome para o
Prédio propriamente dito. Tem também o seu nome o
Prédio do Forum de Porto Nacional.
É verbete do DICIONÁRIO BIOBIBLIO-GRÁFICO
DE GOIÁS, de Mário Ribeiro Martins. Encontra-se na
ESTANTE DO ESCRITOR TOCANTINENSE, da
Biblioteca Pública do Espaço Cultural de Palmas.
Na Academia Tocantinense de Letras é Patrono
da Cadeira 05, cujo Titular é o antigo Juiz Federal e
hoje(2004) Deputado Federal Darci Martins Coelho.
Biografado no DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO
DO TOCANTINS, de Mário Ribeiro Martins,
MASTER, Rio de Janeiro, 2001.
Feliciano Machado Braga foi mencionado e
estudado no livro O DISCURSO AUTONOMISTA
DO TOCANTINS, da escritora goiana de Mara Rosa,
Maria do Espírito Santo Rosa Cavalcante, professora da
Universidade Católica de Goiás que usou os documentos
do acervo particular do Dr. Feliciano, hoje(2004) em
poder da viúva Hermione de Carvalho Machado. Pena
que não tenha falado das perseguições sofridas por ele
no Tribunal de Justiça de Goiás, incluindo sua Prisão e
consequente Morte.
É verbete do DICIONÁRIO BIOBIBLIO-GRÁFICO
REGIONAL DO BRASIL, de Mário Ribeiro Martins, via
INTERNET, dentro de ENSAIO, no site
www.usinadeletras.com.br.
*MárioRibeiroMartins
é escritor e Procurador de Justiça.
E-mail: marioribeiromartins@hotmail.com
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OS DOIS SIQUEIRA CAMPOS
Mário Ribeiro Martins*
Não poderia deixar de incluir neste meu
“CORONELISMO NO ANTIGO FUNDÃO BROTAS”,
dois nomes ilustres da história nacional. Não por serem
Coronéis, no sentido tradicional do termo. Afinal,
Antonio de Siqueira Campos era Primeiro Tenente do
Exército Brasileiro, enquanto o segundo, José Wilson
Siqueira Campos foi o grande Comandante da instalação,
progresso e desenvolvimento do Estado do Tocantins.
SIQUEIRA CAMPOS (ANTONIO DE), de
Rio Claro, São Paulo, 1898, escreveu, entre outros,
“FLANCOS DA COLUNA”, sem dados completos no
livro. Militar e Político brasileiro. Comandou a COLUNA
PRESTES pelo interior de Goiás, passando em várias
ocasiões pelo atual Estado do Tocantins.
Em julho de 1922, como Primeiro Tenente, liderou
um grupo de tenentes do Exército Brasileiro, no Rio de
Janeiro, no Forte de Copacabana, contra a vitória do
Presidente Artur Bernardes sobre Nilo Peçanha.

Como um dos poucos sobreviventes dos “18 DO
FORTE”, CONDENADO, exilou-se na Argentina, mas
terminou por juntar-se, em 1924, ao General do Exército
Isidoro Dias Lopes, bem como a Miguel Costa, Luis
Carlos Prestes, Juarez Távora, Paulo Kruger, Cordeiro de
Faria, João Alberto de Barros e Djalma Dutra, formando
a famosa “COLUNA PRESTES”.
A ele coube as missões mais difíceis da Coluna. Numa
delas, no Maranhão, foi o responsável pelo afundamento do
navio que conduzia tropas do Governo Federal. Em junho
de 1925, o grupo marchou sobre Goiás, passando por Jataí
e depois Caiapônia(Torre do Rio Bonito), onde celebrou
missa campal com a presença de todos os comandantes da
Coluna e mais 1500 homens armados.
Siqueira Campos, com o seu grupo, alcançou
Taguatinga, no hoje Estado do Tocantins, travando com
as forças legalistas, um combate no dia 29 de setembro,
indo depois para Porto Nacional, onde foi recebido pelo
frei dominicano José Maria Audrin, no dia 12 de outubro
de 1925.
Seguiu depois para Tocantínia, Pedro Afonso, em
direção a Carolina, no Maranhão, onde chegou no dia 15
de novembro de 1925, já sob o comando de Cordeiro de
Faria que conseguiu arrecadar DEZ CONTOS DE REIS,
dos comerciantes locais.
O grupo de João Alberto tomou a cidade de Grajaú,
no Maranhão. O grupo de Djalma Dutra tomou a cidade de
Benedito Leite, no Piauí. Juarez Távora é preso em Teresina.
Depois de percorrer vários Estados Brasileiros,
Siqueira Campos retornou a Caiapônia, em março de
1927, de onde seguiu para o exílio, na fronteira do
Paraguai, alí chegando em 24 de março de 1927, indo
depois para a Argentina.
Na sua passagem por Caiapônia, há um fato
interessante. Precisando de medicamentos, foi à única
farmácia da cidade, cujo dono era Joaquim Pio Ramos.
Encontrando a farmácia fechada, Siqueira Campos
determinou o arrombamento da porta, para saqueá-la.
Ao entrar na casa, viu na sua frente, todo ornamentado,
o quadro dos 18 DO FORTE DE COPACABANA.
Ficou emocionado e pediu que ninguem mexesse
em nada. Pegou os remédios que precisava, fez a relação
deles e deixou o dinheiro correspondente, além de ter
mandado recuperar a porta quebrada. Dali seguiu para o
exílio na fronteira do Paraguai, com 64 companheiros.
Em 1930, com a revolução, foi convidado por Getúlio
Vargas para retornar ao Brasil. Pilotando seu avião monomotor,
na companhia do antigo companheiro da Coluna, João Alberto
Lins de Barros, caiu sobre o Rio da Prata, falecendo perto de
Montivideu, no Uruguai, em 1930.
Encontra-se na ESTANTE DO ESCRITOR
TOCANTINENSE, da Biblioteca Pública do Espaço
Cultural de Palmas. Biografado no DICIONÁRIO
BIOBIBLIOGRÁFICO DO TOCANTINS, de Mário
Ribeiro Martins, MASTER, Rio de Janeiro, 2001.
A ele Siqueira Campos e aos demais componentes
da Coluna Prestes, prestou significativa homenagem o
Governador José Wilson Siqueira Campos, ao construir
no centro de Palmas, Capital do Tocantins, na Praça dos
Girassóis, o MEMORIAL COLUNA PRESTES, onde
se encontram os objetos pessoais de Luiz Carlos Prestes,
além de toda a história da Coluna.
SIQUEIRA CAMPOS (JOSÉ WILSON
SIQUEIRA CAMPOS), de Crato, Ceará, 01.08.1928,
escreveu, entre outros, “GOIÁS E O EMERGENTE
ESTADO DO TOCANTINS”, “LIBELO CONTRA UM
MAU GOVERNO E UMA ORDEM ECONÔMICA
INJUSTA”, sem dados biográficos nos livros e sem
qualquer outra informação ao alcance da pesquisa, via
textos publicados. Publicou também “PROJETO PARA
UM NOVO MAPA DO BRASIL”.
Conforme alguns livros, teria nascido em Ouricuri,
Pernambuco, mas foi registrado em Crato, no Ceará.
Para Liberato Póvoa, in “HISTÓRIA DIDÁTICA DO
TOCANTINS”, página 89, teria nascido em Juazeiro do
Norte. Filho de Pacífico Siqueira Campos e Dona Regina.
Neto de Maria Granja de Siqueira, todos descendentes
do Capitão João Siqueira Campos, oriundo do Vale do
Pajeú, em Pernambuco, na década de 1830.
De fato, seu primo, hoje Desembargador Hélio
Siqueira Campos, Corregedor-Geral do Tribunal de
Justiça de Pernambuco, é procedente de Ouricuri.
Saiu do Crato, no Ceará, com 16 anos de idade, indo
para o Rio de Janeiro. Na “Cidade Maravilhosa”, por volta de
1945, foi ajudante de pedreiro e apontador de obras. Depois
que conheceu a Biblioteca Nacional, tornou-se vendedor de
livros, quando se tornou um leitor inveterado.
Do Rio de Janeiro, onde passou cerca de cinco anos,
mudou-se para Campinas, São Paulo, onde viveu cerca de
dezenove anos e onde nasceu o seu filho Eduardo Siqueira
Campos(1959). Mais uma vez se tornou vendedor,
inclusive de INSETICIDA para matar formigas que era o
grande problema do Brasil. Comprava grande quantidade
e dividia em pacotes de cinqüenta gramas.
Nos anos seguintes, com a construção de Brasília,
transferiu-se de Campinas e chegou José Wilson Siqueira
Campos, na Vila de Colinas, município de Tupiratins,
norte de Goiás, na década de 1960.
Antes porém, teve um escritório de representação
em Carolina, Maranhão, onde foi vizinho do ilustre
memorialista Alfredo Maranhão. Logo após a Revolução
de 1964, chegou a ser preso em Araguaína, quando foi
defendido pelo seu amigo e Advogado José Edmar Brito
Miranda. Enfrentando os Coronéis da região, foi eleito
Vereador em Colinas de Goiás e Presidente da Câmara
Municipal, em 1966, quando tinha 38 anos de idade.
Deputado Federal pelo Estado de Goiás a partir
de 1971 e até 1988. Inspirador e Criador do Estado do
Tocantins, por cuja independência chegou a fazer greve
de fome no Congresso Nacional, em Brasília, durante
quatro dias.
Ensaísta, Político, Pensador. Pesquisador,
Memorialista, Polemista. Escritor, Intelectual, Ativista.
Literato, Cronista, Contista. Administrador, Educador,
Ficcionista. Conferencista, Orador, Produtor Cultural.
Condecorado com a MEDALHA DO MÉRITO
SANTOS DUMONT, pelo Ministério da Aeronáutica.
ORDEM DO MÉRITO JUDICIÁRIO DO TRABALHO,
pelo Superior Tribunal do Trabalho. Presidente do
Simpósio Nacional da Amazônia.
Presente na ESTANTE DO ESCRITOR GOIANO,
do Serviço Social do Comércio e em diversos textos de
estudos políticos. Membro de Diferentes Comissões na
Câmara Federal, entre as quais, Comissão de Relações
Exteriores, Comissão de Trabalho e Legislação Social.
Governador do Estado do Tocantins quando da
criação do Estado, pela Constituição de 1988, inicialmente
com Capital em Miracema e, a partir de 1990, com
Capital em Palmas, cuja pedra fundamental foi lançada
em 20.05.1990.
Atualmente(1998), após ter sido Governador, foi
reeleito para um período de mais quatro anos. Com
mais de setenta anos de idade, é exemplo de tenicidade,
coragem e força de vontade.
É também verbete do DICIONÁRIO
BIOBIBLIOGRÁFICO DE GOIÁS, de Mário Ribeiro
Martins. Encontra-se na ESTANTE DO ESCRITOR
TOCANTINENSE, da Biblioteca Pública do Espaço
Cultural de Palmas.
Na Academia Tocantinense de Letras é Titular da
Cadeira 01, cujo Patrono é Joaquim Teotônio Segurado.
Tomou posse na Cadeira 01, a convite dos fundadores da ATL,
no dia 02.03.1991, na cidade de Porto Nacional, conforme
o livro PERFIL DA ACADEMIA TOCANTINENSE DE
LETRAS, de Juarez Moreira Filho.
Biografado no DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO
DO TOCANTINS, de Mário Ribeiro Martins, MASTER,
Rio de Janeiro, 2001. É verbete do DICIONÁRIO
BIOBIBLIOGRÁFICO REGIONAL DO BRASIL, de
Mário Ribeiro Martins, via INTERNET, dentro de ENSAIO,
no site www.usinadeletras.com.br
José Wilson Siqueira Campos nasceu em Crato,
Ceará, no dia 01.08.1928. Filho de Pacífico Siqueira
Campos(Ouricuri-Pe) e Regina Siqueira Campos. Neto de
Maria Granja de Siqueira, todos descendentes do Capitão
João Siqueira Campos, oriundo do Vale do Pajeú, em
Pernambuco, na década de 1830.
Após os estudos primários na terra do Padre Cícero
Romão Batista(Crato-Ce, 1844), deslocou-se para outros
centros, onde também estudou. Durante cinco anos(5),
residiu no Rio de Janeiro, tendo sido camelô.
Mudou-se, posteriormente, para Campinas, São
Paulo, onde viveu por dezoito(18) anos, tendo sido
também vendedor ambulante. Casou-se com Dona
Aureny Siqueira Campos. Nesta cidade(Campinas),
em 1959, nasceu o seu filho Eduardo Siqueira Campos,
hoje(2004) SENADOR DA REPÚBLICA.
Pai também de Regina Siqueira Campos(médica),
Stela Siqueira Campos(psicóloga), Thelma Siqueira
Campos(odontóloga), Júnior(empresário) e Ulemá
Siqueira Campos(funcionária federal e Advogada),
além de outros filhos menores, de seu casamento com a
Promotora de Justiça Dra. Marilúcia.
Em 10.07.1963, com 35 anos de idade, chegou
na Vila de Colinas de Goiás, pertencente ao município
de Tupiratins, norte goiano. Montou um escritório de
representação em Carolina, Maranhão, onde foi vizinho
do ilustre memorialista Alfredo Maranhão.
Como Colinas de Goiás se tornou município, foi
eleito vereador e o mais votado, no dia 03.10.1965.
Eleito Presidente da Câmara Municipal, em 01.02.1966,
ao tomar posse, prometeu lutar pela criação do Estado
do Tocantins.
No dia 03.10.1970, com 42 anos de idade, foi eleito
Deputado Federal pelo Norte de Goiás, passando a residir
também em Brasília, a partir de 01.02.1971, quando
tomou posse. Permaneceu como Deputado Federal por
cinco mandatos sucessivos, até tornar-se Governador do
Tocantins.
Em 29.11.1975, tornou-se Presidente da Comissão
da Amazônia, a partir do que propôs a sua Redivisão
Territorial, com a criação de 12(doze) novas unidades,
inclusive o Estado do Tocantins.
Em 1977, numa Comitiva Parlamentar, visitou a
Inglaterra e outros países do Reino Unido.
No dia 27.06.1978, apresentou à Câmara dos
Deputados, o Projeto de Lei nº 187/78, que criava o
Estado do Tocantins, vetado em duas ocasiões diferentes
pelo Presidente da República José Sarney.
Em 1980, como Parlamentar Brasileiro, visitou
Hong Kong e Japão e fez Conferência na Universidade
Católica de Taipei(Taiwan), a convite de entidades
internacionais.
No ano de 1982, representou o Brasil na Reunião
Mundial da UPI, em Lagos, Nigéria, África. Em 1983,
proferiu conferência sobre a Geopolítica Brasileira e
a criação do Estado do Tocantins, para as guarnições
militares nas fronteiras do Brasil com a Bolívia, Peru,
Colômbia, Guiana e Venezuela.
No dia 13.12.1985, no Congresso Nacional, iniciou
GREVE DE FOME pela criação do Estado do Tocantins.
Tal greve só foi interrompida noventa e oito(98) horas
depois, com a promessa do PDS e do Presidente da
República de instalação da Comissão de Revisão
Territorial, via Ministério do Interior.
Em 1986, foi eleito para a Assembléia Nacional
Constituinte, com expressiva vitória. Em 03.04.1987, foi,
dentre os Constituintes Goianos, o único relator escolhido
para a Subcomissão dos Estados, na Assembléia Nacional.
No dia 29.06.1988, redigiu e entregou ao Presidente
Ulisses Guimarães, a fusão de emendas que criava o
Estado do Tocantins, o que foi votado e aprovado pela
Assembléia Nacional Constituinte.
Em 23.09.1988, o PRODASEN(Centro de
Informações e Processamento de Dados do Senado
Federal) informou que somente o Deputado Siqueira
Campos, mais o Presidente da Constituinte e o 1º
Secretário, compareceram a todas as 911 votações da
Assembléia Nacional Constituinte.
No dia 05.10.1988, participou da Sessão Solene
de Promulgação da Nova Constituição do Brasil que já
trazia o novo Estado do Tocantins.
Em 15.11.1988, após disputar a eleição com o
candidato do PT, o baiano de Uibaí, Advogado da
Comissão Pastoral de Terra(CPT) Osvaldo Alencar
Rocha, então residente em Araguaina, foi, José Wilson
Siqueira Campos eleito o PRIMEIRO GOVERNADOR
do Estado do Tocantins.
No dia 01.01.1989, assumiu o Governo do
Tocantins, tendo como Capital provisória, a cidade de
Miracema do Norte. Em 20.05.1989, lançou a pedra
fundamental da nova Capital, com o nome de PALMAS.
No dia 01.02.1990, transferiu a Capital da cidade
de Miracema do Tocantins para Palmas. Em 15.03.1991,
entregou o cargo ao seu sucessor o médico Moisés
Nogueira Avelino que havia derrotado, nas urnas, o então
Senador Moisés Abrão Neto, candidato do governo.
Em 03.10.1994, foi eleito, no primeiro turno, pela
segunda vez, Governador do Estado do Tocantins. No
dia 01.01.1995, tomou posse como Governador para um
período de quatro anos.
No dia 03.04.1998, faltando seis meses para as
novas eleições, renunciou ao cargo de Governador,
ficando em seu lugar o Vice-Governador Raimundo
Nonato Pires dos Santos, o “Raimundo Boi”, esposo da
Vereadora Warner Pires.
Em 04.10.1998, foi eleito mais uma vez, pela
terceira vez, Governador do Estado, no primeiro turno,
tomando posse no dia 01.01.1999, para um mandato de
quatro anos, a encerrar-se no dia 31.12.2002.
Encerrado o período de Governo, deu posse ao
novo Governador, por ele apoiado, GOVERNADOR
MARCELO MIRANDA, no dia 01.01.2003, até então
Deputado Estadual e Presidente da Assembléia, filho do
político José Edmar Brito Miranda que fora, na década
de 1960, Advogado de Siqueira Campos.
Saiu do governo após cumprir todas as suas
promessas, MENOS UMA, feita no dia 02.03.1991, em
Porto Nacional, e registrada em Ata, quando prometeu uma
SEDE PRÓPRIA para a ACADEMIA TOCANTINENSE
DE LETRAS, o que não existe até hoje(2004), eis que
a Academia se encontra abrigada numa sala nos fundos
da Biblioteca Pública Jaime Câmara, no Espaço Cultural
de Palmas.
Já com 76 anos de idade, a serem completados no dia
01 de agosto de 2004, continua em plena efervescência
política e intelectual, fazendo conferência e produzindo
artigos, entre os quais, “SOBRE KEYNES E OS
PROCESSOS ESTATIZANTES”, Jornal do Tocantins,
Palmas, 12.06.2004.
*MárioRibeiroMartins
é escritor e Procurador de Justiça.
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CHAPADA DIAMANTINA,
UM PARAÍSO PERTO DO CÉU.
TERRA DE GRANDES NOMES DA
LITERATURA BRASILEIRA
(Morada Eterna de Afrânio Peixoto)
Moura Lima*
“O vento frio da manhã açoita-me os cabelos, e,
estático, do meu mirante de rocha, estendo o último olhar
para aquele cenário deslumbrante, onde os nevoeiros
escuros seguem rentes, por cima dos serrotes e morros,
parecendo que uniam a Chapada ao firmamento”.
Moura Lima
A Chapada Diamantina quer o diga, quer o não diga,
ostenta a fama de ser a região mais encantadora do Brasil.
Do painel do meu carro, que rola pelo asfalto da BR
242, sentido Salvador, vou concentrado e em velocidade
moderada para melhor observar a beleza da paisagem, que
se prodigaliza ao longe.
Assim que entro no coração da Chapada, ora subindo,
ora descendo, mas sempre serpenteando os morros, e bem
no alto de uma curva sinuosa que me oferece uma visão
ampla, posso constatar essa verdade, de que a Chapada
é realmente o lugar mais bonito do meu país.
E onde os meus olhos alcançam na linha do
horizonte, só avisto panoramas arrebatadores, como os
verdes boqueirões; o perfil azulado das serranias, que
nos desenham a silhueta da cordilheira; dos gigantescos
monólitos; dos nevoeiros que passam por cima dos
montes, inspirando-nos mansidão e bordejando, no espaço
mágico, sonhos e esperanças de eternidade.
Não obstante, a observação inicial, além, projetame
no espaço visualizado, blocos imensos de granito,
em geral cinzento-ardósia, que desafiam a gravidade
das alturas; são todos esculpidos em paredões talhados
a prumo, que parecem catedrais góticas, e insinua-me
forma invisível de uma procissão de monges rezando. E
todas essas formas geométricas da natureza se proliferam
na multiplicidade das garganta, desfiladeiros, depressões,
precipícios e abismos profundos.
Deslumbrado com a paisagem arrebatadora que
se estende pelos grotões e a imensidade do vale do Pati,
Gerais do Vieira, Capão, Morro do Castelo, Cachoeira
da Fumaça e Cachoeirão, entro, de forma decidida, no
trevo de Lençóis.
A 12km de percurso, por uma estrada asfaltada,
cheia de curvas e bastante perigosa, muito das vezes
cortada na própria rocha, chego à histórica cidade de
Lençóis. A outrora capital das lavras diamantinas, a Vila
Rica da Bahia, o portal obrigatório de entrada da Chapada
Diamantina, chegou a ser um dia produtor mundial de
diamantes, posição hoje ocupada por Angola.
A cidade de Lençóis, segundo a versão dos antigos,
surgiu por volta de 1844, quando, então, o senhor Casusa
Prado, um pioneiro destemido, vindo de Mucugê à
procura de diamantes, depois de muita luta, descobriu-os
na região, e, enchendo os seus piquás com os carbonatos,
que dariam para suprir as despesas iniciais, mandou o
seu escravo Pedro Ferreira vendê-los na Chapada Velha.
Mas o pobre escravo, com uma riqueza daquela
às mãos, foi preso por suspeita de assalto nas estradas
e ajoujado ao tronco. O povo, conhecendo a história,
partiu á procura da nova lavra. E dentro de pouco tempo,
quem chegava do alto da serra podia ver, lá embaixo,
os tetos brancos das barracas estendidas, parecendo
uma “cidade de lençóis”. E desse fato curioso, adveio
o nome da cidade.
Mas há uma outra versão que diz que não foi assim,
e é baseada na correnteza do rio, que desce, correndo e
espumando como se desenrolasse, serra abaixo, um pano
branco imenso, no trecho da cidade, ao longe, que parecia
lençóis. Daí o nome do rio, e, finalmente, da vila.
No apogeu de sua grandeza, no século XIX, Lençóis
teve, também, a sua arrogante aristocracia, que se dava
ao luxo de passear e educar os seus filhos na Europa e
adotava as mais recentes modas provenientes de Paris.
Era a força dos diamantes, do ouro, que jorravam
do seu rico solo e regiões.
Lençóis, neste período de sua realeza, teve também
o seu príncipe afro – baiano – Dom Obá II D’África, que
nasceu na vila, no ano de 1845; era filho de africanos forro
e neto do rei africano Alaáfim Abiodum, do império Oyo.
Lutou na guerra do Paraguaio e pelas suas bravuras, foi
declarado oficial honorário do exército brasileiro. Era
amigo e protegido de D.Pedro II.
Viveu no Rio entre 1875 e 1890, onde se tornou
uma figura folclórica, pois andava pelas ruas, no seu
porte agigantado, de mais de 2 metros de altura, que
impressionava, e como mandava o estilo da nobreza
da época, de cartola, fraque, luvas brancas, bengala
luxuosa e de óculos com aro de ouro reluzente. E uma
de suas manias exóticas era fazer discursos públicos,
numa linguagem, misturada com latim, brasileirismos e
o dialeto africano Ioruba, que causava boas gargalhadas
no povo.
Com esses pensamentos, que me transbordava
da mente, adentro-me pela cidade, através de uma
avenida irregular, a Senhor dos Passos; logo viro à
esquerda e atravesso a ponte do rio Lençóis, que corta
longitudinalmente o centro, saindo-me à Praça dos Nagôs,
subo pela avenida principal, que é calçada de pedras,
aliás, toda a cidade, e vou observando o casario colonial,
herança da arquitetura portuguesa, um pouco desleixado,
reclamando pintura e investimento público.
E chego à conclusão de que todas as cidades
históricas do Brasil são semelhantes, em razão dessa
linhagem arquitetônica. Por exemplo, a cidade de Goiás,
antiga capital do Estado de Goiás, tem uma semelhança
enorme com Lençóis, inclusive na localização topográfica,
entre morros, com o rio Vermelho cortando o centro da
cidade.
Não obstante as comparações de ordem histórica,
que me levam a respirar história e mais história, volvo à
esquerda por uma rua estreita, chamada de Baderna, e saio
na praça do Rosário, onde está edificada a igreja Senhor
dos Passos, que dá nome à praça. É um templo pobre, sem
o luxo das igrejas de Salvador, que me faz pensar que, na
época da riqueza dos diamantes, os grandes da terra – os
abastados -, não deram a mínima para as coisas do céu.
Do lado direito encontra-se a Fundação Cultural
Afrânio Peixoto. Paro o meu carro e entro na fundação,
onde sou bem recebido pela diretora.
Faço as apresentações de praxe e deixo patente a
satisfação da minha visita cultural a Lençóis, e passo
a autografar a minha obra literária, começando pelo
romance Serra dos Pilões – Jagunços e Tropeiros, depois
Chão das Carabinas e Negro-d’Àgua-Mitos e Lendas do
Tocantins.
No final, repasso, juntamente com a minha obra, para
o acervo, o livro de ensaio, Moura Lima: A Voz Pontual da
Alma Tocantinense, da renomada crítica literária brasileira,
Moema de Castro e Silva Olival, hoje uma das maiores
vozes da cultura do Brasil mediterrâneo, deixo também ,
o livro Moura Lima – Do Romance ao Conto – Travessia
Fecunda pelos Sertões de Goiás e Tocantins, do critico
literário piauiense Francisco Miguel.
A gentil diretora agradece-me as doações e,
entusiasticamente, vai mostrando-me a biblioteca, onde
encontro os livros dos escritores da Chapada, que,
por força da vocação, tornaram-se grandes nomes da
Literatura Brasileira, como o de Afrânio Peixoto, filho
de Lençóis. Foi professor, ensaísta, romancista, orador,
cientista, possuindo uma cultura polimorfa. Dono de um
estilo castiço, de fulgurante imaginação criadora, traz em
sua obra os costumes sertanejos de sua terra natal, naquilo
que tem de mais original. Foi eleito para a Academia
Brasileira de Letras, ocupou a sua presidência e durante
a sua gestão, obteve a atual sede da casa de Machado
de Assis. Autor de Bugrinha, Maria Bonita, Fruta do
Mato e outros.
Mário Ribeiro Martins, de Ipupiara, antigo Jordão
ou Fundão de Brotas. Foi alfabetizado em sua terra natal,
e peregrinou estudando por Morpará, Xique-Xique,
Bom Jesus da Lapa e, finalmente, no Recife, onde se
licenciou em Filosofia Pura pela Universidade Federal de
Pernambuco. Depois se formou em Ciências Sociais pela
mesma universidade, e, não satisfeito, ganhou o mundo,
fez viagens culturais a Portugal, França e Inglaterra.
Na Espanha, especializou-se em Educação
Moderna, Sociologia, e Administração Pública, em
Madrid e Alcalá de Henares.
Retornando ao Brasil, tornou-se brilhante professor
universitário, formando-se logo depois em Direito e
ingressando no Ministério Público Estadual de Goiás,
onde se aposentou como Procurador de Justiça.
Mário Martins é membro de várias agremiações
culturais pelo Brasil afora, e também do exterior;
ficou bastante conhecido, como um dos mais notáveis
dicionaristas do país. Autor de vasta obra literária, que
o coloca na galeria dos grandes vultos da literatura
brasileira, notadamente no campo da sociologia, da
filosofia e da história, destacando, dentre elas, Gilberto
Freyre, O Ex-Protestante, O Coronelismo no Antigo
Fundão de Brotas (ensaio), o Dicionário Biobibliográfico
de Goiás, Dicionário Biobibliográfico do Tocantins
e o grande Dicionário Biobibliográfico Regional do
Brasil, lançado recentemente via internet, no site www.
usinadeletras.com.br.
Herbert Sales, de Andaraí, autor do imortal romance
Cascalho, que retrata os tipos regionais das lavras e o
horripilante quadro social dos garimpos. Herbert Sales
cursou o ginásio em Salvador, no internato do Colégio
Antonio Vieira. E, ao declarar ao professor, ter nascido
em Andaraí, este perguntou-lhe – De Andaraí? Quantos
você já matou?
O livro Cascalho, apesar do sucesso e dos aplausos
de Mário de Andrade, causou aborrecimentos em Andaraí,
pois as pessoas se sentiram retratadas. Houve ameaças
dos moradores, que, segundo se afirmava, pretendiam
matar o autor.
Herbert Sales, diante do perigo, então resolveu
mudar-se para o Rio de Janeiro, e a decisão foi acertada,
pois se tornou um grande vulto da literatura brasileira e
membro da Academia Brasileira de Letras.
Américo Chagas, de Palmeiras, autor dos livros
Cangaceiro Montalvão e O Chefe Horácio de Matos.
Era médico, historiador e ensaísta de largos recursos, no
campo da pesquisa regional das lavras.
Mário Chagas, de Campos de São João, no Morro
do Pai Inácio, entre Palmeiras e Lençois, antigo Professor
do Instituto Gammon, em Lavras, Minas Gerais, que
escreveu NA CHAPADA-CRÔNICAS DE UMA
REGIÃO DIAMANTINA, com prefácio de Augusto
Gotardelo.
Pena que o Professor Milton Santos, nascido em
Brotas de Macaúbas, na Bahia, em plena CHAPADA
DIAMANTINA, nada tenha escrito sobre ela, não no
sentido de mencioná-la, mas no sentido de estudo de suas
grandezas, embora tenha produzido excelentes livros de
Geografia.
Porém, após a visita à biblioteca, subo para o
pavimento superior, que é dedicado ao patrono da
instituição, e, ali, encontro todo o acervo e relíquias
pessoais de Afrânio Peixoto, como a sua correspondência,
o fardão de posse na Academia Brasileira de Letras e o
espadim.
Vejo que tudo está em ordem e preservado, mas o
prédio, em razão da notória importância da obra literária
de Afrânio Peixoto - para a cultura nacional -, está a
exigir uma boa reforma e adequação às modernas técnicas
bibliotecárias.
Retorno ao pavimento térreo, agradeço à simpática
diretora pela acolhida e prossigo a minha visita pela
cidade.
Já no meu carro, desço pela rua principal e, na
praça do comércio, vejo na esquina, uma negra bojuda,
retinta, vestida de branco, nos traje de uma baiana
típica, vendendo acarajé. Aqueles bolinhos sedutores da
culinária afro-baiana, feitos de massa de feijão-fradinho,
fritos no óleo – de – dendê, e que se servem com molho
de pimenta malagueta, cebola e camarão seco. Paro o meu
veículo e peço-lhe um acarajé, e ela abri-se num sorriso
de alegria e perguntou-me:
— Com emoção ou frio?
Não entendo o linguajar baiano, mas não dou o braço
a torcer, e digo-lhe com firmeza:
— Com emoção!
Num piscar de olhos, a alegre baiana serve-me, e,
com vontade, vou-me ao acarajé; daí a pouco as lágrimas
saem-me pelos cantos dos olhos, acompanhadas de fogo
pelas ventas, como se eu fosse um dragão!
A lição baiana foi-me amarga, mas compreendi, que,
com emoção, quer dizer – com muita pimenta malagueta;
já o frio é o acarajé sem pimenta. E com a boca afogueada,
ainda ouvindo a gargalhada zombeteira da baiana, vou
para o casarão que pertenceu ao poderoso senhor feudal
sertanejo, coronel Horácio de Matos, e de lá, daquela
fortaleza, fico a observar a beleza da cidade serrana e o
movimento pacífico da boa gente lençoense pelas ruas,
com a chegada do Ministro da Cultura, o cantor baiano
Gilberto Gil.
De longe me chega aos ouvidos o canto afronostálgico
de uma mãe negra, que acalenta nos braços o
filho, na porta de um casebre:
Mucurututu,
Da beira do telhado,
Leva este menino,
Que não quer ficar calado!...
Na praça adjacente, vejo um grupo animado de
baloeiro inflando um balão, que logo sobe majestoso e
colorido para o céu.
Aí, num átimo histórico, projeto-me para o ano
tenebroso de 1892, e vejo essa bela região se transformar
num sangrento palco de guerra sertaneja, na terra do
coronelato, dos jagunços, dos mocozeiros, mandioqueiros,
bocas-vermelhas e sebanceiros, onde se destacaram os
violentos chefes sertanejos:

Coronel Augusto Felisberto de Sá, chefão de
Lençóis; Militão Rodrigues Coelho, de Barra do
Mendes, que passou a dominar toda a região de Brotas
de Macaúbas e Fundão de Brotas, hoje Ipupiara, e que
era um adversário feroz do coronel Horácio de Matos;
Heliodoro de Paula Ribeiro, de Cochó do Malheiro, a duas
léguas de Palmeiras; Clementino de Matos, de Chapada
Velha, que foi mais tarde sucedido pelo seu sobrinho, o
coronel Horácio de Matos, que fez tremer a Chapada, no
comando de mais de cinco mil jagunços; e tamanho era
o seu poder, que chegou a obrigar o presidente Epitácio
Pessoa a propor-lhe um acordo de paz para a região
conflagrada.
Horácio de Matos, em 1926, foi convocado pelo
Presidente Artur Bernardes, ao lado dos coronéis
Franklin Lins de Albuquerque, de Pilão Arcado, e de
Abílio Wolney, de São José do Duro, hoje Dianópolis, no
Tocantins, para combater a Coluna Prestes pelos sertões
do Brasil. E assim o fez, até a internação da coluna
invicta na Bolívia, conforme faz registro Jorge Amado,
em seu livro, publicado em Buenos Aires, em 1942, O
CAVALEIRO DA ESPERANÇA.
De retorno a Lençóis, Horácio de Matos, foi
nomeado intendente. Com o advento da Revolução de
1930, foi preso e conduzido para Salvador. Era um homem
poderoso que, mesmo na desgraça, conseguiu se livrar
da cadeia.
E numa manhã de céu claro, em Salvador, no
largo Acioli, quando passeava com sua filha Horacina,
foi assassinado à traição, com três tiros de revólver
pelas costas.
O coronel Heliodoro de Paula, do Cochó do Malheiro,
era o homem mais rico da Chapada Diamantina, e, quando
passava por Lençóis, exibia a grandeza de sua riqueza com
uma grande cavalhada, composta dos melhores animais
da região.
No meio das centenas de animais iam sempre dois
burros chucros, bravos, para serem montados pelos
melhores peões da cavalhada, que os açoitavam a rabo
de tatu e a esporadas; assim, iam à frente do cortejo, aos
saltos, corcorveios e gritos da peonada, a fim de chamar
a atenção do povo para a passagem do rico, riquíssimo
nababo das lavras diamantinas.
Mas essa epopéia do feudalismo sertanejo, feroz,
teve também os seus monstros sanguinários, que atuavam
nos pequenos povoados.
Eram os chefetes comandados pelos poderosos chefões
de Lençóis. Vejamos um exemplo dos atos desses cascas -
grosssas.
Na Vila da Estiva, hoje Afrânio Peixoto, o chefe
patriarcal era Pedro Mariano, que representava com
mão-de-ferro os três poderes: legislativo, executivo e
judiciário. Pedro Mariano era analfabeto e tinha sob o
seu comando um grupo de jagunços, que lhe obedecia
e defendia o seu feudo — o seu matadouro humano —
como cão de guarda.
A justiça desse alforjado dos coronéis era
sumária — simplesmente pertencia ao primeiro que
apresentasse a queixa — e a sentença condenatória, o
fuzilamento do acusado.
Pedro Mariano mandava os seus cacundeiros
executarem a vítima, normalmente à traição, e tinha um
prazer sádico de ver o cadáver e de contar, às gargalhadas,
com toda calma, os orifícios das balas.
E no meio dessa barafunda infernal, marcada pelo
ódio e as trevas, onde o sangue das vitimas corria a céu
aberto, surgiu o herói da Chapada — o valente Montalvão
— um filho do Norte de Goiás, hoje Tocantins, da Vila de
Conceição, que, fugindo de perseguições, por ter matado
o delegado de policia de Natividade, Major Delfino,
como vingança pela morte de seu padrinho Joaquim Lino
Pereira Póvoa, que fora enforcado no ato de sua prisão,
com uma toalha, dando como causa mortis colapso
cardíaco, adotou de coração o sertão da Bahia.
Era um mulato de caráter nobre e de muita coragem,
que fez os desafetos de seu patrão, coronel Heliodoro de
Paula, tremerem com a simples menção de sua presença.
E um de seus maiores feitos foi a sua entrada secreta
em Lençóis, que estava guarnecida por mais de mil
jagunços, com um pequeno grupo de cabras, destacandose
entre eles Manoel Afro, José Cunegundes e João Baio,
com a missão de arrasar a casa do coronel Felisberto
Augusto de Sá, e, até mesmo, se possível, matá-lo, como
vingança pela destruição do reduto do coronel Heliodoro
— o Cochó do Malheiro.
E, numa noite fechada de breu, Montalvão entrou
sorrateiramente na vila, pelo Tomba-Surrão, e foi direto
para a casa do chefão de Lençóis, onde quebrou tudo e
cortou os móveis a facão, e matou alguns jagunços.
O coronel Felisberto Augusto de Sá só não foi morto,
graças à artimanha do coronel Doca Medrado, hóspede da
casa, que entreteve Montalvão com prosa, dando, assim,
tempo para o coronel Felisberto fugir, todo borrado nos
cueiros.
Montalvão, depois de terminar a sua missão, saiu
tranqüilo da vila, sem ser importunado, pela estrada do
Capão.
O herói da Chapada foi morto à traição, numa
armadilha planejada pelo chefe de Quemadinho João
Sapucaia, com o tenente Alcides José de Lima, que
simulavam amizade com Montalvão, e o convidaram para
um jogo de baralho em Machado Portela.
A empregada da pensão onde se realizava o jogo
trouxe-lhe uma garrafa de vinho, já preparada com uma
droga sonífera. Assim que Montalvão tomou a segunda
dose, tombou para o chão em sono pesado. E o tenente,
sem demora, a mando de João Sapucaia, descarregou o
revólver à queima – roupa em seu corpo.
Montalvão, no estertor da morte, com os estampidos
dos tiros, levantou-se e disse, na sua voz cavernosa, de
cabra macho:
— Não é assim que se mata homem, seus cabras
cornudos!
Não ficou ninguém na sala macabra. Os seus
assassinos abriram as barbas no mundo, numa correria
de doidos, de mais de três léguas paridas, e foram bater
em Quemadinho, sem olhar para trás, julgando haverem
perdido os tiros.
E, ali, do casarão assombrado, contemplo a hoje
pacífica Lençóis, que já foi uma terra violenta de
mineradores, que se disciplinou na miséria aceita, e não
passa de um mundo decadente e esgotado, que só tem a
oferecer a beleza de sua paisagem e o coração alegre de
sua boa gente.
No outro dia, com o sol brilhando por cima dos
montes, despeço-me da hospitaleira Lençóis, e prossigo
viagem para Andaraí, Mucugê, Igatu e Rio de Contas — a
terra do Barão de Macaúbas.
Já em Rio de Contas, fico impressionado com o
centro histórico. É como se viajasse no túnel do tempo
três séculos, pois o ciclo do ouro deixou um legado de
casarões, igrejas e prédios públicos. E o que chama
a atenção é a tranqüilidade de suas ruas coloniais,
são largas e floridas; as belezas de suas cachoeiras
impressionam o visitante, como a do Fraga, a ponte do
Coronel, a Estrada Real, e também, o Pico das Almas —
terceira maior elevação do Nordeste —, que oferece uma
vista espetacular da Chapada Diamantina, e é circulado
pela única estrada asfaltada, que é uma atração, pois é
pintada de verde!
Ao amanhecer, já com o sol dourando o Pico das
Almas e a imensidão da Chapada, com a alma leve e a
paz dos justos, naquele clima agradável de montanha,
dou um adeus à cidade de Rio de Contas e prossigo
a minha viagem com destino a Salvador — terra de
Jorge Amado.
Mas, antes de seguir de rota batida, assim que
chego ao Morro do Pai Inácio, marco de referência da
Chapada, paro, para os registros fotográficos. E, lá do
alto, vislumbro mais uma vez a imensidão da Chapada,
que é um verdadeiro museu de rocha, que levou mais de
um bilhão de anos para se formar; antes era tudo mar,
praia, mangues e dunas.
De lá para cá, desde então, o vento, as chuvas
torrenciais, as águas dos rios e cachoeiras têm contribuído,
de forma mágica, para esculpir as belezas da paisagem.
O vento frio da manhã açoita-me os cabelos, e,
estático, do meu mirante de rocha, estendo o último olhar
para aquele cenário deslumbrante, onde os nevoeiros
escuros seguem rentes, por cima dos serrotes e morros,
parecendo que uniam a Chapada ao firmamento.
E, em sinal de despedida, digo a mim mesmo: A
Chapada Diamantina é um paraíso perto do céu!
*(Moura Lima é escritor regionalista, advogado, pósgraduado
em língua portuguesa, membro da Academia
Tocantinense de Letras e Piauiense, é autor de vasta obra
literária.) e-mail: j.mouralima@zipmaill.com.br

BREVE INFORMAÇÃO
BIOBIBLIOGRÁFICA
DE MÁRIO RIBEIRO MARTINS.
(Este texto está na INTERNET, no seguinte endereço:
http://www.usinadeletras.com.br/exibelocurriculo.
phtml?login=mariorm)
(CAIXA POSTAL, 90, PALMAS, TOCANTINS,
77001-970) FONES: (063) 215 4496-
(063) 99779311 HOME PAGE:
http://www.genetic.com.br/~mario
E-MAIL: (mariormartins@hotmail.com)
1943(07.08). Nasce em Ipupiara(antigo Fundão
ou Jordão de Brotas), Bahia, na Região da Chapada de
Diamantina, criado com a avó Maria Ribeiro dos Santos,
filho de Adão Francisco Martins e Francolina Ribeiro
Martins, sendo seus irmãos, Adão Martins Filho, Eunice
Ribeiro Martins, Marli Ribeiro Martins, Nina Ribeiro
Martins, Filemon Francisco Martins, Gutemberg Ribeiro
Martins e Manoel Ribeiro Neto.
1949. É alfabetizado, ainda em Ipupiara, Bahia,
pela sua tia Almerinda Ribeiro Santos e pela Professora
Miriam Ribeiro Barreto, irmã do Dr. Isaac Ribeiro
Barreto, primeiro Médico de Brasília.
1950. Muda-se para Morpará, Bahia, onde seu pai se
torna comerciante, político e pregador batista. Ajudando
na Loja de Tecidos “A PRIMAVERA”, preocupa-se com
os livros e a pescaria no Rio São Francisco.
1954. Depois de estudar com a Professora
Zélia Magalhães, conclui o PRIMÁRIO, ainda em
Morpará, com a Professora “DONA”(Maria Jerônima
Magalhães Mariani).
1955. Retorna à cidade natal Ipupiara, antigo
Fundão ou Jordão de Brotas, (onde também nascera, em
1859, o Coronel Militão Rodrigues Coelho), dedicandose
à lavoura, inclusive à construção de cercas de pedra
e de arame, roçagem de pastos e outras atividades agropastoris.
1958. Através da instrumentalidade da missionária
batista Zênia Birzniek, sua mãe de criação, de origem leta,
muda-se para Xique-Xique, Bahia, onde estuda durante
algum tempo, residindo com o Pastor Jonas Borges da
Luz.
1959. Transfere-se para Bom Jesus da Lapa,
Bahia, onde passa a residir com o Pastor Pedro Pereira
Nascimento, depois com o Coletor Eliel Barreto e,
finalmente, com Bevenuto Ribeiro, político local, de
quem recebe forte influência, especialmente evangélica,
tornando-se alí pregador batista.
1962. Após ter sido aluno do Ginásio “BOM
JESUS”, dirigido pelo Dr. Antonio Barbosa, conclui o
GINÁSIO no Colégio São Vicente de Paulo, sendo Orador
da Turma e pelo primeiro lugar, recebe “MEDALHA DE
HONRA” e uma viagem a Salvador, acompanhado pelas
Freiras Diretoras do Colégio, quando viaja de avião pela
primeira vez, saindo da cidade de Bom Jesus da Lapa,
interior baiano.
1963. Matricula-se no Colégio Americano
Batista(GILREATH) do Recife, na Rua Dom Bosco, Boa
Vista, (onde também, nos idos do ano de 1907, estudara
Gilberto Freyre). Trabalha para se manter nos estudos,
no Centro Batista, sob a direção da missionária Mattie
Lou Bible.
1964. Como “Carteiro do Colégio” é detido por
algumas horas, nos CORREIOS E TELÉGRAFOS,
do centro do Recife, quando da REVOLUÇÃO DE
MARÇO para verificação da pasta onde se encontram
correspondências retiradas da Caixa Postal do referido
Colégio, destinadas aos professores, algumas delas
oriundas da União Soviética e de Cuba.
1965. 28.02. Estando em Petrolina, Pernambuco,
ganha uma “carona” num avião “Teco-Teco” para chegar
ao Recife, onde estudava. Ao sobrevoar a famosa SERRA
DAS RUSSAS, o avião apresenta defeito e cai, pegando
fogo. É jogado numa “MOITA DE CAPIM”, onde é
encontrado sem sentidos, mas sobrevive sem qualquer
sequela, sendo levado para o Hospital Barão de Lucena,
no Recife. O Piloto e o Fazendeiro(proprietário do avião)
foram “CARBONIZADOS”.
1965. 20.12. Termina, no mesmo Colégio Batista, o
curso CLÁSSICO. Ganha seu primeiro prêmio literário,
o “PRÊMIO MACHADO DE ASSIS”, de cuja Comissão
faz parte o poeta Marcus Accioly, também ex-aluno do
Colégio, hoje, escritor de renome nacional, autor de, entre
outros, “GURIATÃ-UM CORDEL PARA MENINO”.
1966. Após Exame Psicotécnico com o Dr. J. N.
Paternostro, de São Paulo, matricula-se no Seminário
Teológico Batista do Norte do Brasil, também no Recife,
na Rua Padre Inglês, 243, Boa Vista.
1968. É consagrado MINISTRO EVANGÉLICO,
tornando-se Pastor da Igreja Batista de Tejipió, nos
arredores do Recife, onde permanece como Pastor
até 1973, de cujo CONCÍLIO EXAMINATÓRIO
participam os Teólogos DOUTORES DAVID MEIN,
LÍVIO LINDOSO, JOÃO VIRGÍLIO RAMOS ANDRÉ,
RAIMUNDO FROTA DE SÁ NOGUEIRA, H. BARRY
MITCHELL, JOSÉ DE ALMEIDA GUIMARÃES,
RENATO CAVALCANTI, ZACARIAS FERREIRA
LIMA, VALDOMIRO LUIS DE SOUZA, ELIZEU
MARTINS FERNANDES, LUIZ JOSÉ DE SIQUEIRA,
ALCIDES PEREIRA MACHADO, JOSÉ VIANA DE
PAIVA, JONAS BARBOSA DE LIMA, PEDRO BATISTA
DOS REIS, JOÃO LUIS DE SOUZA, MANOEL
NAZÁRIO DA SILVA, GENÉSIO GUIMARÃES LIMA
E OSÉAS CORREIA SANTOS.
1968. Vincula-se ao GRANDE ORIENTE
DE PERNAMBUCO, através da Loja Maçônica
“CAVALEIROS DA CRUZ”, do Recife, onde faz o curso
de “Formação de Veneráveis”.
1970. Bacharela-se em TEOLOGIA, no Seminário
Teológico Batista do Norte do Brasil, tornandose
professor da mesma instituição, nas áreas de
Teologia Bíblica, História do Cristianismo, Teoria do
Conhecimento, História da Filosofia, Sociologia da
Comunidade, entre outras.
1970. Passa a escrever para “O JORNAL DO
COMMERCIO”, “DIÁRIO DE PERNAMBUCO”,
ambos do Recife, e “JORNAL BATISTA”, do Rio de
Janeiro. Publica seu primeiro livro “CORRENTES
IMIGRATÓRIAS DO BRASIL”, sob o pseudônimo de
SNITRAM M. ORIEBIR.
1971. Licencia-se em FILOSOFIA PURA, na
Universidade Católica de Pernambuco, tornando-se
professor de Pesquisa Social, na mesma instituição.
Neste mesmo ano leciona também no Ginásio Manoel
Arão, na Escola Técnica de Comércio da cidade de
Moreno, na Escola Superior de Relações Públicas e na
Faculdade de Turismo e Comunicação. Do casamento
com Elenaide Batista dos Santos, de quem se divorciou
anos depois, nasce sua primeira filha, Nívea Zênia dos
Santos Martins(04.10.1971).
1972. Conclui o curso de MESTRE EM TEOLOGIA,
no Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, com
especialização em História do Cristianismo, defendendo a
tese “O RADICALISMO BATISTA BRASILEIRO”, sob
a orientação do Dr. Zaqueu Moreira de Oliveira.
1972. Termina o curso de BACHAREL EM
CIÊNCIAS SOCIAIS, na Universidade Federal de
Pernambuco, tornando-se professor da Universidade
Federal Rural de Pernambuco, na disciplina Estudo de
Problemas Brasileiros. É Examinador na Comissão de
Vestibular da Escola Superior de Relações Públicas,
no Recife.
1973. Estuda na Espanha, onde se especializa
em EDUCAÇÃO MODERNA, SOCIOLOGIA e
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, em Madrid e Alcalá de
Henares. Seu diploma, assinado por Alfonso de Borbon,
lhe é entregue por Juan Carlos de Borbon, posteriormente
Rei da Espanha.
1973. Participa da Conferência Nacional sobre
Integración del Minusvalido en la Sociedad e do V
Congresso Internacional de Sociologia, em Barcelona.
Profere Conferência no Instituto de Cultura Hispânica de
Madrid, com o tema “LA ALFABETIZACIÓN EN EL
CONTEXTO DE LA EDUCACIÓN PERMANENTE”.
Faz viagens culturais a Portugal, França e Inglaterra.
1973. Retornando ao Recife, é eleito Presidente
da Ordem dos Ministros Batistas de Pernambuco.
Torna-se Diretor do Centro de Educação Teológica por
Extensão, do Seminário Batista do Norte. Faz o curso
de FORMAÇÃO DE VENERÁVEIS DE LOJAS, sob o
patrocínio do Grande Oriente de Pernambuco.
1973. Lança em São Paulo, pela Imprensa
Metodista, o seu livro “GILBERTO FREYRE, O EXPROTESTANTE”,
traduzido para o Espanhol por Jorge
Piñero Marques. Publica também, ainda no Recife, os
livros “MISCELÂNIA POÉTICA”, “SOCIOLOGIA DA
COMUNIDADE”, “SUBDESENVOLVIMENTO: UMA
CONCEITUAÇÃO ESTÁTICA E DINÂMICA”.
1974. Representa o Seminário Teológico Batista
do Norte do Brasil, na Conferência Nacional Teológica,
em Brasília. Faz o curso da Fraternidade Teológica
Latino-Americana. Torna-se componente da Banca
Examinadora dos Exames Vestibulares da Escola
Superior de Relações Públicas. Leciona no Colégio Pré-
Vestibular ESUDA. É biografado por Osvaldo Ronis
no livro “UMA EPOPÉIA DE FÉ-A HISTÓRIA DOS
BATISTAS LETOS NO BRASIL”.
1974. Faz Conferência no COLÉGIO AMERICANO
BATISTA, quando das homenagens prestadas a Gilberto
de Mello Freyre. Funciona como Expositor na II Semana
de Sociologia da Universidade Católica de Pernambuco, o
mesmo ocorrendo no II Seminário de Relações Públicas.
1974. Publica , ainda no Recife, o livro “ESBOÇO
DE SOCIOLOGIA”. Lança também a “HISTÓRIA DAS
IDÉIAS RADICAIS NO BRASIL”, sua tese de mestrado
transformada em livro. Em colaboração com o Dr. Zaqueu
Moreira de Oliveira, publica a “BREVE HISTÓRIA DOS
BATISTAS EM PERNAMBUCO”.
1974. Participa como Expositor do II Simposium de
Direitos Humanos, promoção da Universidade Católica
de Pernambuco. Participa, igualmente, do III Encontro
Nacional de Professores e Orientadores de Moral e Civismo,
numa promoção da Secretaria de Educação e Cultura do
Governo de Pernambuco.
1974. Em Campinas, São Paulo, sob o patrocínio
da JURATEL, conclui o curso de COMUNICAÇÃO
SOCIAL. Torna-se Relator da Comissão de Reestruturação
do Trabalho Cristão entre Universitários, como também
participa do Grupo de Trabalho da Junta Executiva da
Convenção Batista de Pernambuco. É autor do Ante-
Projeto de Criação do Departamento de Educação
Teológica por Extensão do Seminário Teológico Batista
do Norte do Brasil. É referenciado por David Mein no
livro “CATÁLOGO GERAL”.
1975. APÓS 12 ANOS DE ESTUDOS E TRA-BALHOS
NO RECIFE, DEIXA O ESTADO DE PERNAMBUCO,
ONDE MANTEVE CONTATO COM OS MAIS
IMPORTANTES NOMES DO MUNDO LITERÁRIO,
JORNALÍSTICO, TEOLÓGICO E UNIVERSITÁRIO.
1975. Muda-se para Anápolis, Goiás, tornandose
Professor da Faculdade de Direito e da Faculdade
de Filosofia Bernardo Sayão, lecionando, entre outras
matérias, Estudos de Problemas Brasileiros, Introdução
à Filosofia, Orientação Vocacional, Sociologia, Ética
Profissional, Teologia, Filosofia da Educação, Sociologia
do Desenvolvimento, Cultura Religiosa, Estrutura e
Funcionamento do lº e 2º Graus e Prática de Ensino
das Disciplinas Pedagógicas, todas com autorização do
Conselho Federal de Educação, através dos Pareceres
1875/75, 066/77, 2941/77 e 735/78.
1975. Leciona também Moral e Cívica e História,
no Colégio Cosmorama. É referenciado por Lena
Castello Branco Costa no livro “DOCUMENTA 175”,
do Ministério da Educação e Cultura(MEC).
1976. Conclui o curso de DIREITO. Torna-se
Coordenador do Departamento de Filosofia e Teologia da
Faculdade de Filosofia Bernardo Sayão e, posteriormente,
do Departamento de Cultura Geral e Básica, bem como
do Departamento de Direito Público, da Faculdade de
Direito de Anápolis. Vincula-se ao Instituto Histórico e
Geográfico de Anápolis. É conferencista no III Encontro
Nacional de Universitários, no Rio de Janeiro.
1976. Toma posse na Academia de Letras da
Manchester Goiana. Participa do VIII Encontro Regional
do Ensino Superior Isolado, em Brasília, numa promoção
do Ministério da Educação e Cultura(MEC). É entrevistado
pelo jornalista Paulo Nunes Batista, d’O POPULAR, sob
o título “Mais literatura e menos café society”. Torna-se
membro da SOCIEDADE DE HOMENS DE LETRAS
DO BRASIL, no Rio de Janeiro.
1977. Torna-se Co-Pastor da Primeira Igreja Batista
de Anápolis, quando adquiri, juntamente com o Pastor
Isaias Batista dos Santos, na Rua Quintino Bocaiuva,
centro, o terreno da Indústria Nasciutti, onde hoje se
localiza o atual templo. É resenhado por Israel Belo de
Azevedo na CAMPUS-REVISTA DO ESTUDANTE,
do Rio de Janeiro.
1977. Passa a escrever para os jornais
MANCHESTER, O POPULAR, FOLHA DE GOIÁS,
CORREIO DO PLANALTO, O ANÁPOLIS, DIÁRIO
DA MANHÃ, EDUCAÇÃO E REALIDADE(Rio
Grande do Sul), REVISTA CAMPUS(Rio de Janeiro),
JORNAL HOJE(São Paulo). Do casamento com
Elenaide Batista dos Santos, de quem se divorciou anos
depois, nasce sua segunda filha, Nívea Keila dos Santos
Martins(13.03.1977). É entrevistado pelo jornalista
Paulo Nunes Batista d’O POPULAR, sob o título “Vida
e Iniciação Literária”. É referenciado por José Vieira
de Vasconcellos no livro “DOCUMENTA 203”, do
Ministério da Educação e Cultura(MEC).
1978. É aprovado em 13º lugar no CONCURSO
PÚBLICO PARA PROMOTOR DE JUSTIÇA. É
nomeado pelo Governador Irapuan Costa Júnior para
a Comarca de Abadiânia. Quando da posse no Centro
Administrativo de Goiânia, é orador da turma, sendo o
discurso publicado em vários jornais.
1978. Faz curso de Especialização em DIREITO
PENAL e PROCESSUAL PENAL, respectivamente,
com os Doutores Licínio Leal Barbosa e Romeu Pires de
Campos Barros. É referenciado por Lafayette de Azevedo
Pondé no livro “DOCUMENTA 207”, do Ministério da
Educação e Cultura(MEC).
1978. Funda, juntamente com outros, a Academia
Anapolina de Filosofia, Ciências e Letras. Tem seus
trabalhos literários publicados nos livros ANUÁRIO DE
POETAS DO BRASIL E ESCRITORES DO BRASIL,
editados no Rio de Janeiro, por Aparício Fernandes.
1978. Vincula-se à ACADEMIA INTERAMERICANA
DE LITERATURA E JURISPRUDÊNCIA.
Funda o CLUBE BRASILEIRO DE LITERATURA.
É eleito membro da UNIÃO BRASILEIRA DE
ESCRITORES DO AMAZONAS. É resenhado por J.
Heydecker, em São Paulo, no volume “LIVROS NOVOS”.
1979. Publica, pela Editora Oriente, de Goiânia, o
livro “FILOSOFIA DA CIÊNCIA” que recebe elogios
do Boletim Informativo da Fundação Getúlio Vargas, no
Rio de Janeiro. É entrevistado pelo jornalista Brasigóis
Felício, d’O POPULAR, sob o título “Precisamos de
mais literatura”.
1979. Recebe o DIPLOME D’HONNEUR DU
CANNET, do Clube dos Intelectuais Franceses. É eleito
ESCRITOR DO ANO, pelo Clube de Imprensa de
Anápolis. É biografado por Nysa Moraes Figueiredo no
ANUÁRIO DA ACADEMIA DE LETRAS DO ESTADO
DO RIO DE JANEIRO. É elogiado por J. Heydecker no
JORNAL DO BRASIL, Rio de Janeiro.
1979. É entrevistado pelo jornalista Roberto
Pimentel, da FOLHA DE GOIAZ, sob o título “O
momento é de inversão de valores”. Vincula-se ao
INSTITUTO CULTURAL DO VALE CARIRIENSE,
em Juazeiro do Norte, Ceará. Recebe o MÉRITO
BIBLIOGRÁFICO, da Associação Uruguaiense de
Escritores e Editores. Torna-se membro da ACADEMIA
ELDORADENSE DE LETRAS, no Estado de São
Paulo. É referenciado por Sidiney Pimentel no livro “O
MENINO DOURADO”.
1979. É eleito DESTAQUE DO ANO EM
LITERATURA, pelo Jornal TOP NEWS, de Goiânia. É
Examinador na Comissão Julgadora do Concurso Literário
Hugo de Carvalho Ramos, numa promoção da UBE-GO e
patrocínio da Prefeitura Municipal de Goiânia. Vincula-se à
ACADEMIA GOIANIENSE DE LETRAS. É entrevistado
pela jornalista Mariinha Cunha, do TOP NEWS, sob o título
“Literatura como destaque do ano”. É referenciado por Neila
Monteiro no jornal FOLHA DE GOIAZ.
1980. Recebe o MÉRITO FILOSÓFICO, da
Academia Internacional de Ciências Humanísticas. É
eleito para a Academia de Letras do Estado do Rio de
Janeiro, na Cadeira 3, tendo como Patrono Gonzaga
Duque. É referenciado por Sebas Sundfeld no livro
“ROSAS SOBRE O PIANO”.
1980. É recebido como membro do Ateneu
Angrense de Letras e Artes, em Angra dos Reis, Rio de
Janeiro. É entrevistado pelo jornalista Dilmar Ferreira,
do CORREIO DO PLANALTO, sob o título “Filosofia
divulga o nome de Anápolis”. É biografado por Joaryvar
Macedo no BOLETIM DO INSTITUTO CULTURAL
DO VALE CARIRIENSE.
1980. Torna-se membro da INTERNATIONAL
ACADEMY OF LETTERS OF ENGLAND, em
Londres. Recebe a distinção HONRA AO MÉRITO, da
Federação das Entidades Fronteiristas do Rio Grande do
Sul. É Examinador na Comissão Julgadora do Concurso
de Poesia Moderna, promoção do Boletim Perfil, em
Anápolis.
1980. Conclui o curso de ESPECIALIZAÇÃO EM
DIREITO PROCESSUAL PENAL, na Faculdade de
Direito da UFG, sob a orientação do Doutor Romeu Pires
de Campos Barros. É referenciado por Pompília Lopes
dos Santos na REVISTA DA ACADEMIA FEMININA
DE LETRAS DO PARANÁ.
1981. É eleito INTELECTUAL DO ANO EM
GOIÁS, pela Revista Brasília. É biografado por Alípio
Mendes na REVISTA DO ATENEU ANGRENSE DE
LETRAS. É referenciado por Clério José Borges, em
Vitória, no jornal CORREIO POPULAR. Torna-se
membro da Academia Maçônica de Letras do Brasil, no
Rio de Janeiro. É elogiado por Raimundo Araújo no jornal
A VOZ DOS MUNICÍPIOS, Rio de Janeiro.
1981. É Examinador na Comissão Julgadora do
II Concurso de Poesia, promoção do Serviço Social do
Comércio, em Anápolis. É eleito membro da ABRARTE
CULTURA ARTÍSTICA DE PETRÓPOLIS. É entrevistado
pelo jornalista Júlio Alves, da FOLHA DE GOIAZ, sob o
título “A Filosofia ensina a viver e a pensar”. É biografado
por Isaias Batista dos Santos no livro “LIÇÕES QUE O
MINISTÉRIO ENSINA”. É referenciado por Modesto de
Abreu no livro “MEUS 80 ANOS”.
1981. Vincula-se à ACADEMIA DE LETRAS DA
REGIÃO DO ABC, em Santo André, São Paulo. Recebe
a distinção HONRA AO MÉRITO, da Ordem Brasileira
dos Poetas da Literatura de Cordel, em Salvador. É eleito
para a Academia de Letras José de Alencar, em Curitiba,
no Paraná. Recebe a honraria GLORIA AO IMORTAL,
da Ordem Brasileira dos Poetas da Literatura de Cordel,
em Quixadá.
1981. Toma posse na ACADEMIA MAÇÔNICA DE
LETRAS, no Rio de Janeiro. É Examinador na Comissão
Julgadora do III Concurso de Poesia, promoção do Serviço
Social do Comércio, em Anápolis. É referenciado por
Arthur F. Baptista no livro “PRIMAVERA EM TROVAS”.
É biografado por Abdias Lima no jornal O ESTADO, de
Fortaleza.
1981. Toma posse na Academia Anapolina de Letras e
Artes, na Cadeira 37. É entrevistado pelo jornalista Modesto
de Abreu, no ANUÁRIO DA ACADEMIA DE LETRAS
DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, sob o título “Por
que as academias hoje?”. Recebe a distinção “LIDER
DE LA FECHA SIMBOLO”, pela Comissión Argentina
Permanente Pro 20 de Julio.
1981. É resenhado por Benedicto Silva no BOLETIM
INFORMATIVO DA FUNDAÇÃO GETÚLIO
VARGAS. É referenciado por Vanildo de Senna no livro
FUNDAMENTOS JURÍDICOS DA MAÇONARIA
ESPECULATIVA. É referenciado por Abdias Lima no
jornal FORTALEZA.
1981. Recebe o grau de CAVALEIRO ROSA
CRUZ-GRAU 18, do Supremo Conselho do Brasil, no
Rio de Janeiro. É Examinador na Comissão Julgadora
do Concurso de Acrósticos, promoção da AAFCL,
de Anápolis. Torna-se membro da ACADEMIA
DE ESTUDOS LITERÁRIOS E LINGUÍSTICOS,
na Cadeira 15, tendo como Patrono, seu pai Adão
Francisco Martins.
1981. É resenhado por Modesto de Abreu no
ANUÁRIO DA ACADEMIA DE LETRAS DO ESTADO
DO RIO DE JANEIRO. É referenciado por J. Leite
Sobrinho no JORNAL DA PARAÍBA.
1982. Lança o livro “SOCIOLOGIA GERAL &
ESPECIAL”. Publica, no Rio de Janeiro, bem como o
livreto “PERFIL LITERÁRIO”. É empossado na Cadeira
31, da Academia Evangélica de Letras do Brasil, no Rio de
Janeiro, tendo como patrono, o Teólogo Almir Gonçalves.
É eleito titular do Centro Literário de Felgueiras, em
Portugal. É referenciado por Mariinha Mota, em São Paulo,
no JORNAL A RUA.
1982. É entrevistado pelo jornalista Roberto Pimentel,
da FOLHA DE GOIAZ, sob o título “A Literatura Goiana
acompanha o momento atual”. É Examinador na Comissão
Julgadora do Concurso de Sonetos, promoção do Boletim
Perfil. Preside a FEDERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES
CULTURAIS DE ANÁPOLIS. É pesquisado por Betty
Antunes de Oliveira no livro “ANTONIO TEIXEIRA DE
ALBUQUERQUE-O PRIMEIRO PASTOR BATISTA
BRASILEIRO”.
1982. É Expositor no Congresso Maçônico
Internacional do Rio de Janeiro, com o tema “O
MATERIALISMO E A MAÇONARIA”, tese publicada
no CORREIO DO PLANALTO, em l5 de agosto de l982.
É nomeado pelo Decreto 2682/82, Membro do Conselho
Municipal de Cultura de Anápolis, pelo então Prefeito,
Dr. Olimpio Ferreira Sobrinho. É elogiado por Abdias
Lima no jornal CORREIO DO CEARÁ.
1982. É entrevistado pelo jornalista Fernando
Martins, d’O POPULAR, sob o título “Uma Visão
Panorâmica da Realidade Sociológica”. Recebe a honraria
PRIMEIRO PRÊMIO DE PLAQUETE, do Instituto
Histórico e Geográfico de Uruguaiana. É biografado por
Reis de Souza na REVISTA BRASÍLIA. É referenciado
por Maurílio Lemes no jornal DIÁRIO DA MANHÃ.
1983. No dia 19 de março, no Auditório da
FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE
GOIÁS(FIEG), toma posse na Cadeira 37, da ACADEMIA
GOIANA DE LETRAS, tendo como Patrono Crispiniano
Tavares e sendo recebido pelo jornalista Jaime Câmara,
em solenidade presidida pelo acadêmico Ursulino Leão.
É biografado por José Mendonça Teles no livro “GENTE
& LITERATURA”.
1983. Torna-se Diretor da Revista PERFIL, da
Academia Anapolina de Filosofia, Ciências e Letras. É
entrevistado pelo jornalista Roberto Pimentel, da FOLHA
DE GOIAZ, sob o título “A Literatura Goiana atual”.
É Examinador na Comissão Julgadora do Concurso de
Trovas, promoção da AAFCL, de Anápolis. É pesquisado
por José dos Reis Pereira no livro “BREVE HISTÓRIA
DOS BATISTAS DO BRASIL”.
1983. Recebe o diploma de MEMBRE D’HONNEUR,
do Clube dos Intelectuais de Paris. É Expositor na Loja
Maçônica União e Justiça, com o tema “O CÓDIGO
CANÔNICO DO PAPA JOÃO PAULO II”. Prefacia o
livro “NATUREZA DO VENTO”, de Petrônio Botelho
Rocha. É entrevistado pelo jornalista Roberto Pimentel,
da REVISTA NACIONAL, do Rio de Janeiro, sob o título
“Obras de Goiás e sobre Goiás”.
1983. Torna-se Membro Fundador da Academia
de Letras Municipais do Brasil, com sede em São Paulo.
Participa da Comissão Julgadora do “PRÊMIO CULTURAL
FOLHA DE GOIAZ”, focalizando a vida e a obra de James
Fanstone. É examinador do III Concurso de Poesia Moderna,
do SESC, em Anápolis. É referenciado por Renato Baez no
livro “GENEALOGIA E OPINIÕES”.
1983. Figura no livro de José Mendonça Teles
“GENTE & LITERATURA”, como um dos 32
nomes ligados à literatura goiana. É verbete do
“DICIONÁRIO LITERÁRIO BRASILEIRO”, de
Raimundo Menezes. É entrevistado pelo jornalista
Fernando Martins, d’O POPULAR, sob o título
“Pensamento de um novo acadêmico”.
1983. Como membro titular correspondente, vinculase
a diferentes entidades culturais do país, entre as quais,
Academia de Letras e Artes de Pernambuco, Academia
Conquistense de Letras, Academia Internacional de
Ciências Humanísticas, Academia Poços-Caldense
de Letras, Academia Eldoradense de Letras, Instituto
Histórico e Geográfico de Uruguaiana, Instituto Histórico
e Geográfico de Jaguarão.
1983. Tem seus trabalhos literários publicados
em vários jornais e revistas, entre os quais, CORREIO
DO CEARÁ, de Fortaleza, REVISTA NACIONAL, do
Rio de Janeiro, JORNAL DA PARAIBA, de Campina
Grande, REVISTA BRASILIA, do Distrito Federal,
TRIBUNA PIRACICABANA, de Piracicaba. Conclui o
curso de ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO PENAL, na
Faculdade de Direito da UFG, sob a orientação do Doutor
Licínio Leal Barbosa.
1984. É eleito Orador Oficial da Loja Maçônica
LEALDADE E JUSTIÇA II, sob a Presidência do
Venerável Mestre, Dr. Pedro Muniz Coelho. Como
Membro do Conselho Filosófico de Kadosch nº 09, de
Goiânia, presidido pelo Grão Mestre, Dr. Absaí Gomes
Brito, alcança o GRAU 30. Vincula-se como membro
titular correspondente à Academia de Letras de Brasília
e à Academia de Letras do Planalto, em Luziânia.
É biografado por Luiz Vital Duarte no livro “RUY
BARBOSA-SUA OBRA, SUA PERSONALIDADE”.
1984. Publica artigos de crítica literária, em
diferentes jornais, sobre mais de uma centena de
autores goianos e nacionais. Recebe referências
elogiosas, via jornais e revistas, através de artigos de
Gilberto Freyre(FOLHA DE SÃO PAULO), Carlos
Alberto Azevedo(DIÁRIO DE PERNAMBUCO),
Robinson Cavalcanti(JORNAL DO COMMERCIO),
José dos Reis Pereira(JORNAL BATISTA), E.
D’Almeida Vitor(CORREIO BRAZILIENSE), Abdias
Lima(TRIBUNA DO CEARÁ), Sebas Sundfeld(O
MOVIMENTO), Modesto de Abreu(REVISTA DA
ACADEMIA), Reis de Souza(REVISTA BRASÍLIA),
Ângelo Monteiro(JORNAL DE LETRAS), Carlos
Ramos(TRIBUNA DE CAXIAS), etc.
1984. Lança o livro “LETRAS ANAPOLINAS”,
Antologia de Poesia e Prosa, reunindo mais de duzentos
literatos de Anápolis. É Expositor no III Ciclo de
Conferências Jurídicas, em Anápolis, com o tema “OS
CURSOS JURÍDICOS NO BRASIL”. Vincula-se à CASA
DE CULTURA DE ITABERABA, no sertão da Bahia.
Prefacia o livro “ESTILHAÇOS DE SAUDADE”, de
Rosalina Marques da Costa.
1985. É Examinador na Comissão Julgadora do
Concurso Literário José Décio Filho, promoção da
UBE-GO. É referenciado por Eustázio Pereira, em
Santos, no JORNAL DESTAQUE. Recebe “DIPLOME
D’ACADEMICIEN”, da La Fleur des Neiges, France.
É agraciado com o “MÉRITO CULTURAL”, da Escola
Humanista e Cultural do Rio Branco, Acre. É referenciado
por Henriette Kaisser na revista ACADEMIE DE LA
FLEUR DES NEIGES, FRANCE. Recebe a Comenda
“KNIGHT GRAND CROSS”, da Royal Order of Our
Lady of Grand Gothia, Inglaterra.
1985. É referenciado por Anna Leite, de São Paulo,
no jornal A REGIÃO. É eleito para a ACADEMIA
PETROPOLITANA DE EDUCAÇÃO, em Petrópolis. É
referenciado por Enéas Athanázio, em Santa Catarina, no
jornal TRIBUNA DA FRONTEIRA. É referenciado por
Raimundo Araújo, do Rio de Janeiro, no jornal A VOZ
DOS MUNICÍPIOS.
1986. Recebe o título “COMMANDEUR DE
JUSTICE DE L’ORDRE ROYAL DE SAINT-ANDRE
DE SCYTHIE, Inglaterra. É entrevistado pelo jornalista
Júlio Alves, da IMAGEM ATUAL, sob o título “AAFCL
divulga Anápolis no Brasil e exterior”. Recebe a honraria
“COMENDA BISPO AZEREDO COUTINHO”, da
Academia de Letras e Artes de Pernambuco. É biografado
por Altamiro de Moura Pacheco na REVISTA DA
ACADEMIA GOIANA DE LETRAS. É referenciado
por Luiz Vital Duarte no livro A EDUCAÇÃO EM
PERNAMBUCO.
1986. Publica o livro “JORNALISTAS, POETAS
E ESCRITORES DE ANÁPOLIS”, antologia de poesia
e prosa, com 600 páginas. Vincula-se à ACADEMIA
PETROPOLITANA DE POESIA RAUL DE LEONI,
em Petrópolis. É designado Coordenador das atividades
do Ministério Público, em Anápolis. É resenhado por
Apolônia Gastaldi no livro “A FORÇA DO BERÇO”.
É referenciado por Jacy Gomes de Almeida no livro
“IMINÊNCIAS III”. É biografado por Jaime Câmara
na REVISTA DA ACADEMIA GOIANA DE LETRAS.
1987. É Examinador na Comissão Julgadora do
Concurso de Decoração Natalina, numa promoção do
Clube de Diretores Lojistas de Anápolis. É entrevistado
pela jornalista Mirza Seabra Toschi, da GAZETA
POPULAR, sob o título “Academia divulga Anápolis”.
Recebe o “DIPLOME DE MEMBRE D’HONNEUR,
da Societé des Poètes et Ecrivains Régionalistes,
Nimes, França.
1987. É referenciado por Luiz Carlos Mendes
no jornal GAZETA POPULAR. Publica o livreto
“CADEIRA 15-PERFIL BIOGRÁFICO”. Tem seu livro
“FILOSOFIA DA CIÊNCIA” resenhado por Antonio
Paim no volume BIBLIOGRAFIA FILOSÓFICA
BRASILEIRA. É referenciado por Geraldo Coelho Vaz
no livro REVIVENDO.
1987. É entrevistado pelo jornalista Fábio di Souza, da
GAZETA POPULAR, sob o título “Endereçário Cultural
Brasileiro”. Prefacia o livro FUNDO DE GAVETA, de
João Batista Machado. É referenciado por Luiz do Couto
Filho no jornal CIDADE DE GOIÁS. Recebe o título
de PROFESSOR DECANO da Faculdade de Direito de
Anápolis. Toma posse na ACADEMIA PETROPOLITANA
DE LETRAS, em Petrópolis.
1987. Publica o livro “ENDEREÇÁRIO CULTURAL
BRASILEIRO”, com nomes e endereços de instituições
culturais. É biografado por Ari Lins Pedrosa no livro
“O VÉU DO VENTO”. É referenciado por Diniz Felix
Santos, em Brasilia, no boletim POIETIKÉ.
1988. É Examinador na Comissão de Concurso
para Oficial de Registro Civil, em Souzânia, Anápolis,
numa promoção do Tribunal de Justiça de Goiás. Prefacia
o livro FOLHAS ESPARSAS, de Laurentina Murici
de Medeiros. É biografado por Francisco Igreja no
“DICIONÁRIO DE POETAS CONTEMPORÂNEOS”.
É referenciado por Eno Teodoro Wanke no livro “XIXI
NO ABISMO”.
1988. Recebe a distinção MEDALHA COMEMORATIVA
DA ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA, do
Instituto Histórico e Cultural Pero Vaz de Caminha, em
Brasília. Prefacia o livro BARRO DO MESMO BARRO, de
Paulo Valença. É eleito VICE-PRESIDENTE DA UNIÃO
BRASILEIRA DE ESCRITORES DE GOIÁS, sob a
Presidência de Geraldo Coelho Vaz. É resenhado por Haydée
Jayme Ferreira no livro “O CANTO DO CISNE”.
1989. Prefacia o livro A FACE OFENDIDA, de
Paulo Valença. É eleito para a ACADEMIA ACREANA
DE LETRAS, no Acre, Rio Branco. É referenciado por
Ismael Gomes da Silva no livro “SEARA DE ILUSÕES”.
Prefacia o livro UM PEDACINHO DO MEU SONHO,
de Euripedes Balsanulfo de Freitas. Torna-se membro
do Conselho Fiscal da Associação Goiana do Ministério
Público.
1989. 26.12.1989. Casa-se com Amália de Alarcão,
de quem se divorcia alguns anos depois. É referenciado
por José Pinheiro Fernandes no livro “O REAL
INIMAGINÁVEL”. É referenciado por Wanderley de
Medeiros no jornal O POPULAR. É elogiado por Luiz
Vital Duarte no livro “EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO
COMUNISMO NO BRASIL”.
1990. Prefacia o livro RELVA AZUL, de Leonice
Pesci Vidotto. Recebe a distinção PERSONALIDADE
CULTURAL DA DÉCADA NEOTROVISTA, do Clube
dos Trovadores Capixabas, em Vitória, Espírito Santo.
Prefacia o livro “PÔ...EMAS”, de Manoel Messias de
Morais. É biografado como verbete na ENCICLOPÉDIA
DE LITERATURA BRASILEIRA, de Afrânio Coutinho.
É referenciado por Gênio Eurípedes em Jataí no jornal
FOLHA DO SUDOESTE.
1991. É Examinador na Comissão Julgadora do Concurso
Nacional Coplaven de Literatura, numa promoção do Grupo
Coplaven. Toma posse como membro da INTERNATIONAL
WRITERS AND ARTISTS ASSOCIATION, nos Estados
Unidos. É eleito titular do MOVIMENTO POÉTICO EM
SÃO PAULO.
1992. É Examinador na Comissão Julgadora
do Concurso Nacional Master de Literatura, numa
promoção do Grupo Master. É referenciado por
Rosemary Pereira, no jornal O RADAR, no Paraná.
Recebe a honraria DESTAQUE DE IMAGEM, da
Revista Imagem Atual, de Anápolis. Toma posse
como MIEMBRO ACADEMICO “AD HONOREN”,
da ACADEMIA DE BELLAS LETRAS DEL CONO
SUR, Uruguai. É referenciado por Anand Rao no jornal
CORREIO BRAZILIENSE.
1993. Recebe a distinção MÉRITO JUSCELINO
KUBITSCHEK, do Supremo Conselho Internacional,
em Brasília. É Conferencista na Fundação Universidade
Estadual de Anápolis(UNIANA). É referenciado por
Alaor Scisínio, do Rio de Janeiro, no jornal LETRAS
ITAOCARENSES.
1993. Recebe o título de CIDADÃO ANAPOLINO,
da Câmara Municipal de Anápolis, pelo Decreto
Legislativo 001/93, de l6.03.93, de autoria do Vereador
Achiles Mendes Ribeiro, sendo Presidente o Vereador
José Escobar Cavalcante. É biografado por Adrião Neto
no livro “ESCRITORES PIAUIENSES DE TODOS OS
TEMPOS”. É biografado por Lucélia Cunha no jornal
O POPULAR.
1994. Recebe a honraria COMENDA GOMES
DE SOUZA RAMOS, da Prefeitura Municipal de
Anápolis. É resenhado por Nelly Alves de Almeida no
livro “REGISTRO DE UMA OBRA”. Torna-se verbete
do DICIONÁRIO DA INTERNATIONAL WRITERS
AND ARTISTS ASSOCIATION, nos Estados Unidos. É
eleito para a ACADEMIA JATAIENSE DE LETRAS, em
Jataí, Goiás. Toma posse como membro da ACADEMIA
FLUMINENSE DE LETRAS, em Niterói.
1994. É verbete na ENCICLOPÉDIA BRASILEIRA
DE LITERATURA CONTEMPORÂNEA, editada no Rio
de Janeiro. É referenciado por Darcy França Denófrio
no livro “ANTOLOGIA DO CONTO GOIANO I”. É
referenciado por Napoleão Valadares no DICIONÁRIO
DE ESCRITORES DE BRASÍLIA. É mencionado por
Vera Maria Tietzmann Silva no livro “ANTOLOGIA DO
CONTO GOIANO II”.
1995. Lança o livro “ESTUDOS LITERÁRIOS DE
AUTORES GOIANOS”, dicionário biobibliográfico, com
1052 páginas. Assume a Cadeira 59, da ACADEMIA
ITAOCARENSE DE LETRAS, em Itaocara, Rio de
Janeiro. É eleito para a ACADEMIA CATALANA DE
LETRAS, em Catalão, Goiás.
1995. Torna-se membro do INSTITUTO
HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO DISTRITO
FEDERAL, em Brasília. É referenciado por Vera Maria
Tietzmann Silva no livro “ANTOLOGIA DO CONTO
GOIANO II”. É analisado por Gabriel Nascente no jornal
DIÁRIO DA MANHÃ. Publica artigo na ANTOLOGIA
DE VERBETES DA ENCICLOPÉDIA LITERÁRIA, no
Rio de Janeiro.
1995. Recebe OFÍCIO CONGRATULATÓRIO
da Assembléia Legislativa do Estado de Goiás, pelo
lançamento do livro ESTUDOS LITERÁRIOS DE
AUTORES GOIANOS, numa iniciativa do Deputado
José Lopes. Vincula-se à Cadeira 23, da ACADEMIA
TAGUATINGUENSE DE LETRAS, no Distrito Federal,
tendo como Patrona Leodegária de Jesus. É referenciado
por Gabriel Nascente no livro “VENTANIA”.
1996. Pela MASTER, do Rio de Janeiro, publica
o livro “ESCRITORES DE GOIÁS”, dicionário
biobibliográfico, com 815 páginas. Toma posse, na Cadeira
23, do INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE
GOIÁS, tendo como Patrono Crispiniano Tavares, sob a
Presidência de José Mendonça Teles. É referenciado por
Paulo Nunes Batista no livro “O SAL DO TEMPO”.
1996. Prefacia o livro “LIRA LIVRE”, de Celso
Cavalcante Batista. Tem seus livros expostos, na
EXPOSIÇÃO DE ARTE E LITERATURA, de Leonice
Pesci Vidotto, em Osvaldo Cruz, São Paulo. Escreve o
POSFÁCIO do livro ARESTAS DE SEDA, de Francisco
Nascimento. É referenciado por Hugo Ayaviri Amurrio
no livro “CULTURA MUSICAL”.
1996. Torna-se membro da ASSOCIAÇÃO DOS
ESCRITORES DO AMAZONAS, em Manaus. Recebe
a distinção MEDALHA COMEMORATIVA DOS
300 ANOS DA MORTE DE ZUMBI, em Brasília,
DF, através do Supremo Conselho Internacional da
OIC. É Examinador no IV Momento Poético da Rede
Municipal de Ensino. É citado por Joanyr de Oliveira
no livro “PLURICANTO”.
1996. Concede entrevista aos alunos da Universidade
Estadual de Anápolis(UNIANA). É Conferencista na
Aula Inaugural da Faculdade de Educação, Ciências e
Letras de Iporá, Goiás. Prefacia o livro “IMPÉRIO DOS
DESEJOS”, de Maria da Luz. Ao lado de Alaor Barbosa
e Geraldo Coelho Vaz, integra a Comissão que analisa
o CURRICULUM VITAE e opina sobre a candidatura
de Ubirajara Galli à Cadeira 26 da Academia Goiana
de Letras.
1997. Tem sua HOME PAGE publicada na
INTERNET, no seguinte endereço: http://www.genetic.
com.br/~mario, tendo como e-mail: mariorm@terra.
com.br É eleito para a ACADEMIA MANTIQUEIRA
DE ESTUDOS FILOSÓFICOS, em Barbacena, Minas
Gerais. Recebe o segundo lugar no OITAVO CONCURSO
NACIONAL DE OBRAS PUBLICADAS, com o livro
“ESCRITORES DE GOIÁS”, em São Lourenço,
Minas Gerais. No dia 07 de agosto, é promovido pelo
Conselho Superior do Ministério Público, ao cargo
de PROCURADOR DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
GOIÁS, último degrau da carreira ministerial.
1997. Assume a Cadeira 98, da ACADEMIA DE
LETRAS E CIÊNCIAS DE SÃO LOURENÇO, Minas
Gerais, tendo como Patrono o Marquês de Olinda. É
biografado na coluna PERSONALIDADES-VULTOS
ANAPOLINOS, do Jornal “A NOTÍCIA”, pelo jornalista
Júlio Alves. Profere palestra na Universidade Estadual
de Anápolis(UNIANA), focalizando a literatura goiana.
Tem seus poemas publicados na antologia OFICINA
CADERNOS DE POESIA, de Sérgio Gerônimo, do
Rio de Janeiro. É bibliografado no livro LITERATURA
PIAUIENSE PARA ESTUDANTES, de Adrião Neto.
É referenciado no livro MEIO SÉCULO FORMANDO
GERAÇÕES, de Olimpio Ferreira Sobrinho.
1998. Em 24 de abril, é publicada no DIÁRIO
OFICIAL, sua aposentadoria como Procurador de Justiça
do Estado de Goiás. Passa a residir também na cidade
Palmas, Capital do Estado do Tocantins.
1999. Pela Editora Master, do Rio de Janeiro, publica
o seu livro DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DE
GOIÁS, com 1230 páginas, apresentando a obra e a
biografia de todos os escritores que nasceram ou viveram
no Estado de Goiás.
2000. Dedica-se exclusivamente a atividades
literárias, fazendo palestras, seminários e conferências
sobre literatura goiana e tocantinense, bem como
pesquisando material para o seu novo dicionário.
2001. Pela Editora Master, do Rio de Janeiro, publica
o seu livro DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DO
TOCANTINS, com 924 páginas, focalizando a obra e a
biografia de todos os escritores que nasceram, passaram
ou viveram no antigo Norte de Goiás e no hoje Estado do
Tocantins.
2001. Faz Pós-Graduação em Administração
Pública, no III CEPE(CICLO DE ESTUDOS DE
POLÍTICA E ESTRATÉGIA), num convênio entre a
UNITINS (UNIVERSIDADE DO TOCANTINS) e a
ADESG (ASSOCIAÇÃO DOS DIPLOMADOS DA
ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA), quando estuda no
Rio de Janeiro para complementação do curso, através de
visitas aos diferentes Ministérios e Instituições Públicas.
2001. 28.9. Recebe o título de “PERSONA
INTELECTUAL”, pela Casa de Letras, de Paraiso, no
Tocantins, em solenidade pública realizada no Teatro
Municipal “Cora Coralina” daquela cidade.
2002. No dia 05.04.2002, sob a Presidência do Dr.
Juarez Moreira, toma posse como membro da Academia
Tocantinense de Letras, Cadeira 37, tendo como Patrono
o Frei José Maria Audrin, sendo recebido pelo orador da
Academia, o maranhense, de Alto Parnaíba, José Cardeal
dos Santos.
2002. Como resultado de trabalho feito juntamente com
Mery Ab-Jaudi Ferreira Lopes e Vânio José Simoneto, seu
texto “REFLEXOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE
FISCAL NAS FINANÇAS MUNICIPAIS” é publicado
no livro CURSO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
CONTEMPORÂNEA, editado pela EDUCON/UNITINS,
com apresentação do professor Galileu Marcos Guarenghi,
Diretor do Projeto Telepresencial.
2003. Continuou suas atividades literárias,
proferindo palestras, seminários e conferências sobre
literatura goiana e tocantinense. Com o título de
DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO REGIONAL
DO BRASIL, inseriu na Internet, todas as biografias
do dito dicionário, no site www.usinadeletras.com.br,
no seguinteendereço:http://www.usinadeletras.com.br/
exibelotexto.php? cod=3763&cat=Ensaios
2004. 14.01. Concede entrevista à Rádio Comunitária
de Ipupiara, também chamada de “FORTALEZA DE
SÃO JOÃO”, sobre sua infância na cidade e suas
atividades profissionais e literárias, ocasião em que é
entrevistado pelos locutores Paula Saldanha, Aristides
Silva, Mary e André, além de seu Diretor Renato. Além
da atualização constante do DICIONÁRIO, via internet,
continua produzindo artigos literários e proferindo
palestras sobre literatura.
2004. 12.03. Pela Portaria 003/2004, da Presidente
Isabel Dias Neves, foi nomeado Coordenador do Projeto
PATRONO, da Academia Tocantinense de Letras, em
Palmas, com a finalidade de levantar a vida e obra de ca-da
um dos PATRONOS da Academia, em número de 40.

BIBLIOGRAFIA
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Janeiro, Master, 2001.

FORTUNA CRÍTICA
(COMENTÁRIOS SOBRE OS LIVROS DE
MÁRIO RIBEIRO MARTINS)
ABDIAS LIMA, in TRIBUNA DO CEARÁ. Fortaleza,
20 de julho de l979: “FILOSOFIA DA CIÊNCIA é o novo
livro de reflexão filosófica de Mário Ribeiro Martins. É
uma outra dimensão didática da filosofia, em linguagem
simples, clara e com apresentação metódica. Utilizado
por diferentes segmentos, o livro tem recebido os maiores
elogios da crítica especializada, especialmente pela
forma objetiva como a matéria é apresentada. O autor,
Mário Ribeiro Martins, é Bacharel e Mestre em Teologia,
Licenciado em Filosofia Pura, Bacharel em Ciências
Sociais e Direito. Especializou-se em Educação Moderna
e Administração Pública, respectivamente, em Madrid e
Alcalá de Henares, na Espanha. Seu livro é indispensável
aos estudantes e estudiosos de filosofia, podendo servir
também para leituras complementares em outros cursos”.
ABEL BEATRIZ PEREIRA, via Correspondência.
Florianópolis, SC, 16.02.1998: “Muito me vali e tenho
me valido até hoje, de seu ENDEREÇÁRIO CULTURAL
BRASILEIRO. Se houver uma 2ª Edição ou quando houver,
se houver, não esqueça de A FIGUEIRA. Eu é que me
esqueci do eminente amigo, o dr. Mario Martins. Onde é
que eu estou com esta minha cabeça? Ou será ingratidão
mesmo? Você é o “endereçarista cultural impar” no Brasil
e, quiçá, no mundo”.
ABSAÍ GOMES BRITO, in LIBERDADE E UNIÃO.
Goiânia, 30 de março de 1983: “A Academia Goiana de
Letras tem, desde a noite de sábado, novo integrante-
-Mário Ribeiro Martins-empossado na Cadeira 37, cujo
Patrono é Crispiniano Tavares que, como Mário Martins,
era também baiano, mas tornou-se goiano por adoção.
Autor de vários livros, nas áreas de filosofia, teologia,
sociologia, literatura, destacando-se, entre outros, “GILBERTO
FREYRE, O EX-PROTESTANTE”, “FILOSOFIA
DA CIÊNCIA”, “MISCELÂNIA POÉTICA”, o novo
acadêmico é também Professor Universitário e Promotor
de Justiça na Manchester Goiana, onde se destaca como
Presidente da Federação das Entidades Culturais de
Anápolis”.
ACADEMIA CARIOCA DE LETRAS, via Correspondência.
Rio de Janeiro, 08.06.2007: “Prezado Mario Ribeiro
Martins, Muito grata! Acabo de receber DICIONÁ-
RIO BIOBIBLIOGRÁFICO DE MEMBROS DA ACADEMIA
BRASILEIRA DE LETRAS, CORONELISMO
NO ANTIGO FUNDÃO DE BROTAS, DICIONÁRIO
GENEALÓGICO DA FAMILIA RIBEIRO MARTINS
e MISSIONÁRIOS AMERICANOS E ALGUMAS FIGURAS
DO BRASIL EVANGÉLICO. Na Biblioteca da
Academia Carioca de Letras serão lidos com a devida
atenção e cuidado que merecem, a começar por mim,
atual Presidente da Academia. Tudo de bom, bonito e
um abraço fraterno da Stella Leonardos, secretária geral
da UBE”.
ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA, via Correspondência.
Salvador, Bahia, 27.06.2007: “Prezado
Escritor Dr. Mario Ribeiro Martins, tenho a satisfação
de acusar e agradecer o recebimento das seguintes obras
de sua autoria-DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO
DE MEMBROS DA ACADEMIA BRASILEIRA DE
LETRAS, CORONELISMO NO ANTIGO FUNDÃO
DE BROTAS, DICIONÁRIO GENEALÓGICO DA
FAMILIA RIBEIRO MARTINS e MISSIONÁRIOS
AMERICANOS E ALGUMAS FIGURAS DO BRASIL
EVANGELICO, já inseridos na biblioteca desta casa, o
que é uma honra, eis que Vossa Excelência é também
um baiano da Chapada Diamantina. Atenciosamente,
Edivaldo Boaventura, Presidente em exercício”.
ADRIÃO NETO, via e-mail. Teresina, Piauí, 25.11.2004.
“Pelo inestimável valor e magnitude de sua gigantesca
obra, Mário Ribeiro Martins tem lugar garantido na
honrosa galeria dos maiores escritores e homens de letras
do Brasil. Com a construção desta obra, de colossal
importância para a Literatura Nacional, Mário Ribeiro
Martins – um dos mais notáveis dicionaristas biográficos
e homens de letras do país –, pode e deve ser considerado
com o seu conterrâneo, o baiano Sacramento Blake da
Literatura Brasileira”.
AFFONSO ARINOS DE MELLO FRANCO FILHO,
via e-mail. Rio de Janeiro, 20.12.2006: “Agradeço,
penhorado, a amável gentileza do seu fecundo DICIONÁRIO
BIOBIBLIOGRÁFICO DE MEMBROS DA
ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS, com 1.034
páginas, eis que, além do meu nome na Cadeira 17, lá
estão também muito bem retratados meu pai Afonso
Arinos de Mello Franco(1905), na Cadeira 25 e o velho
Affonso Arinos de Mello Franco(1868), na Cadeira 40.
Parabéns pelo excelente livro”.
AFRÂNIO COUTINHO et al, in ENCICLOPÉDIA DE
LITERATURA BRASILEIRA. Rio de Janeiro: Mec/Fae,
1990, II vol, página 870: “Mário Ribeiro Martins, nascido
em 07 de agosto de 1943, Ipupiara, Bahia, poeta, biógrafo,
Promotor de Justiça, Professor Universitário, diplomado
em Ciências Sociais, Teologia e Direito. Membro da Academia
Goiana de Letras, da Academia de Letras e Artes
de Pernambuco, da Academia de Letras José de Alencar,
entre outras. Autor de vários livros, entre os quais, GILBERTO
FREYRE, O EX-PROTESTANTE, PERFIL
LITERÁRIO, MISCELÂNIA POÉTICA, SOCIOLOGIA
DA COMUNIDADE, CORRENTES IMIGRATÓRIAS
NO BRASIL, ESBOÇO DE SOCIOLOGIA, etc”.
AIDENOR AIRES, via correspondência. Goiânia,
21.07.2008: “Ilustre escritor Mário Ribeiro Martins, com
meus cumprimentos, dirijo-me ao prezado confrade para
agradecer a sua especial gentileza de enviar ao Instituto
Histórico e Geográfico de Goiás exemplares de suas importantes
obras: Dicionário Biobibliográfico da Academia
Goianiense de Letras, Dicionário Biobibliográfico da
Academia Goiana de Letras, Dicionário Biobibliográfico
da Academia Evangélica de Letras do Brasil, Dicionário
Biobibliográfico da Academia Feminina de Letras e
Artes de Goiás, Dicionário Biobibliográfico do Instituto
Histórico e Geográfico de Goiás. Saliento a relevância
destes trabalhos para o acervo do IHGG, como também
para divulgação das Instituições e dos intelectuais goianos.
Nestes trabalhos, como no restante de sua vasta
produção cultural, destaca-se o acurado tino de pesqui-
sador, historiador e amoroso trabalhador de nossas letras.
Reiterando meus cumprimentos, renovo, ao ensejo, em
nome da comunidade do IHGG, as expressões de nossa
admiração e reconhecimento”.
ALAN BARBIERO (Reitor da UFT), via Oficio. Palmas,
20.10.2009: “Assunto: Parabenizar pelo lançamento do
livro CONFLITO DE GERAÇÕES E OUTRAS PROVOCAÇÕES.
Prezado Mario, agradeço ao eminente escritor
a gentileza de repassar-me o livro com o titulo acima.
Parabenizo-o por mais esta conquista com a certeza de
que seu trabalho ocupará um lugar de destaque no acervo
literário da humanidade. Lamento não ter comparecido à
sessão de autógrafos em razão de viagem a Porto Alegre,
para reunião da ANDIFES. Renovamos o nosso voto de
estima e consideração. Atenciosamente, Alan Barbiero”.
ALARICO VELLASCO, in O POPULAR. Goiânia,
17 de abril de 1995: “Ainda há pouco o escritor Mário
Ribeiro Martins- que é também Promotor de Justiça,
em Anápolis, Goiás- acaba de lançar o livro ESTUDOS
LITERÁRIOS DE AUTORES GOIANOS, com l.052
páginas, de extraordinária qualidade, onde o autor consigna
à página 93, entre os l.500 nomes ali focalizados,
um verbete especial sobre o Professor Benedicto Silva,
goiano, de Campo Formoso, hoje Orizona, que completa
nesta data os noventa anos de idade e a quem homenageamos,
nesta festa realizada no salão da CASA SUIÇA,
aqui no Rio de Janeiro”.
ALINE FRANÇA-LENA TALITA (via orkut, em
30.10.2011) oi mário, amo essas fotografias com parentes
e amigos.. ví muitas... vi a riqueza de felicidade na
companhia deles; as coisas boas e natural da vida simples
que os grilhões da sofisticação não conseguem mudar;
entendes, não falo contra o que é prático e bom no contexto
do que o dinheiro pode oferecer, mas da alegria de
desfrutar com muita felicidade tudo o que se tem... nos
reporta ao passado, também. você é fantástico e julguei
que eras muito sofisticado, talvez, hoje, não... claro que
o meio que se vive torna o homem, produto... mas, gosto
imensamente dessa naturalidade de vida... e como apesar
de tudo quanto já amealhaste ... tua alma é simples....
beijos.LENA TALITA
ALOISIO MIGUEL MARQUES, in JORNAL DA SEGUNDA.
Goiânia, 16 de maio de 1995: “Mário Ribeiro
Martins enriquece o acervo da cultura goiana com mais
uma obra de peso. O livro ESTUDOS LITERÁRIOS
DE AUTORES GOIANOS, com 1.052 páginas, já nas
melhores livrarias do ramo, transcende o comum das
pesquisas. É obra de consulta obrigatória e indispensável
para se conhecer melhor a história do pensamento escrito
nesta parte do Brasil, cobrindo os séculos XVIII, XIX e
XX, com mais de 1500 verbetes apresentados em ordem
alfabética e entrada pelo nome de batismo, focalizando
autores que nasceram, viveram ou passaram pelo Estado
de Goiás”.
ANA BRAGA, in IMAGEM ATUAL. Anápolis, l5 de
fevereiro de 1995: “ESTUDOS LITERÁRIOS DE AUTORES
GOIANOS é fruto de uma pesquisa literária de
mérito incomensurável. Trabalho de fôlego, como costumamos
dizer. Texto onde o autor se revela um notável
pesquisador, um analista dos gêneros literários e um
coordenador organizado, conhecedor de nossos valores
literários e, acima de tudo, o idealista que soube garimpar
nomes ilustres, desde o século dezoito até a modernidade,
resumo dos nossos autores, ressaltados os gêneros e as
obras dos mesmos. Seu livro, Mário Ribeiro Martins, foi
um presente régio para a literatura goiana”.
ANA CLELIA DE FREITAS, via email. Recife,
25.09.2011(anaklelia@gmail.com).MARIO RIBEIRO
MARTINS, “Gostei do seu trabalho sobre a Academia
Evangelica do Brasil. Só gostaria de comentar a ausência
do meu pai, Desembargador José Vidal de Freitas, que não
teve a honra de ser membro da mesma. Vidal de Freitas
foi o primeiro e único pastor a se tornar desembargador
no Brasil. Foi membro da Academia Piauiense de Letras,
Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, dentre outros.
Escritor, poeta e contista, foi também juiz do Tribunal
de Contas e professor de Direito Civil na Faculdade de
Direito. Tem PhD pela USP em Direito Civil. Foi um dos
autores da Constituição do Estado do Piaui. A sua biografia
encontra-se no site Usina de letras. Foi pastor da
Primeira Igreja Batista do Recife, dentre outras. Obrigada.
Parabens pelo seu trabalho”.
ANN HARTNESS, in THE GENERAL LIBRARIES.
UNIVERSITY OF TEXAS AT AUSTIN. 20.06.2000:
Mário Ribeiro Martins, agradeço o envio do seu interessante
livro DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DE
GOIÁS. Ele representa uma contribuição importante
para a bibliografia de Goiás. Eu sei o quanto é trabalhoso
escrever uma obra de referência como esta. Muito me
agrada saber que o amigo gostou do meu livro BRASIL:
OBRAS DE REFERÊNCIA- 1965-1998. Este foi um
projeto muito interessante que levou quase dez anos e eu
já estou trabalhando na próxima edição.
ANTONIO GERALDO RAMOS JUBÉ, in O POPULAR.
Goiânia, 24 de setembro de 1978: “Fiquei bastante
sensibilizado com a sua apreciação crítica de meu despretensioso
livro SINTESE DA HISTÓRIA LITERÁRIA
DE GOIÁS, publicado pela Editora Oriente, em Goiânia.
Não conhecia eu- do Mário Ribeiro Martins- essa face de
seu talento multiforme. De significação profunda e bela,
seu artigo “A LUCIDEZ DO SENSO CRÍTICO NOS
ENSAIOS DE RAMOS JUBÊ”, publicado no jornal O
POPULAR, é uma excelente contribuição para a construção
da crítica literária em Goiás”.
ANTONIO LISBOA, in O POPULAR. Goiânia, 17 de
abril de 1995: “Possuidor de vasto currículo, o Promotor
de Justiça Mário Ribeiro Martins- residente em Anápolis-
terminou recentemente uma pesquisa de muito
fôlego. Trata-se do volumoso(1051 páginas) ESTUDOS
LITERÁRIOS DE AUTORES GOIANOS, um conjunto
de textos publicados em jornais, revistas e livros sobre
autores goianos. Há também entrevistas do autor concedidas
a diversos periódicos, discursos e outros fatos
literários. Num trabalho de mais de duas décadas, Mário
Martins relaciona os nomes mais expressivos das letras
em Goiás e no Brasil”.
ANTONIO MONTEIRO, via correspondência. São
Paulo, 04.12.2006: “Em anexo, estou enviando para
você, 8 páginas de um jornal com narração, fatos e fotos
totalmente coloridas, retratando uma inesquecível viagem
pelo Rio São Francisco, através do Vapor Benjamin
Guimarães, com data de 24.04.1976, conforme você
verá no Logotipo da então Revista Manchete, daquela
época. A meu ver, esta belíssima reportagem, além de
histórica, é inédita também. Tenho uma leve impressão
de que você deverá colocar(todas essas fotos num só
quadro), transformando-os numa só fotografia e acredito
que, feita por um excelente profissional, tornar-se-á um
quadro com uma foto invejável, jamais vista em qualquer
lugar de nosso país. Gostei muito da referencia que você
fez no seu DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁ- FICO DE
GOIÁS(páginas 11 e 12). ‘Pode haver erros graves que
a consciência me diz ter premeditado e cometido, mas,
ainda assim, é preciso relembrar aos que falarem do
livro, que ninguém me arrebatará o direito de ter sido o
primeiro, EMBORA SENDO BAIANO, a escrever um
dicionário exclusivamente sobre os escritores goianos,
o que fiz com o maior desvelo, EIS QUE GOIANO DE
CORAÇÃO”.
ANTONIO MONTEIRO, via Correspondência. São
Paulo, 17.05.2008: “Gostaria de destacar que seus livros
são muito específicos, preciosidades raras e verdadeiras
Obras Literárias, ricas em informações precisas, em conhecimentos,
além de fáceis de interpretar e bons para ler.
Um homem extremamente organizado, muito dedicado
em tudo que faz, com empenho, entusiasmo, força de
vontade, inteligência e principalmente, com a sabedoria
divina que Deus lhe deu. Um excelente pesquisador dos
tempos contemporâneos, pois através dos seus livros,
tem dado uma grande parcela de colaboração e contribuição
para o desenvolvimento e o enriquecimento para
a cultura do povo dos Estados de Goiás, do Tocantins e
porque não dizer do Brasil. Com o seu caráter, sua personalidade
própria e sua maneira simples de ser, possui
dentro do seu interior,uma das coisas mais ricas que a vida
possa oferecer ao ser humano: A sua simplicidade. Você
se identifica muito com uma pessoa que não se encontra
mais presente nesta terra, Adão Francisco Martins, seu
pai, já que Deus o levara tão cedo para a vida eterna.
Lembro-me muito bem dele por volta dos idos dos anos
60, eu, ainda adolescente, quando o conheci, na sua pequena
loja de tecidos em Ipupiara, um homem simples,
humilde, prestativo, atencioso, íntegro, na verdade uma
pessoa de conduta e caráter exemplar. Parabenizo-lhe
pelo privilégio de ter tido um pai tão honrado quanto o
saudoso Adão Martins”.
ALBERTO CUNHA MELO, in JORNAL DO COMMERCIO.
Recife, 15 de março de 1973: “O Sociólogo
Mário Ribeiro Martins está preparando a edição de um
ensaio de sua autoria, cujo título GILBERTO FREYRE,
O EX-PROTESTANTE, a ser publicado pela Imprensa
Metodista, de São Paulo, inclui artigos publicados na
secção literária deste jornal e do JORNAL BATISTA, do
Rio de Janeiro, devendo trazer novos dados sobre a vida
evangélica, no Recife e nos Estados Unidos da América,
do internacional mestre de Apipucos”.
ÂNGELO MONTEIRO, in JORNAL DE LETRAS.
Rio de Janeiro, 10 de novembro de 1972: “Mário Ribeiro
Martins está concluindo um ensaio que terá o título de
GILBERTO FREYRE, O EX-PROTESTANTE, estudando
as atividades intelectuais do escritor pernambucano,
antes de CASA GRANDE & SENZALA”, quando se
dedicou ao evangelismo, ainda que ligado ao Colégio
Americano Batista Gilreath, onde estudou nos idos de
1917, bacharelando-se em Ciências e Letras, tendo como
colegas, os pastores Tertuliano Cerqueira, Manoel Dias,
Fernando Wanderley e Antonio Neves de Mesquita”.
APARÍCIO FERNANDES, in ANUÁRIO DE POETAS
DO BRASIL. Rio de Janeiro: Folha Carioca Editora, 1980,
IV volume, página 405: “Mário Ribeiro Martins passou a
infância e parte da adolescência nas cidades de Ipupiara,
Morpará, Xique-Xique e Bom Jesus da Lapa. Escreveu para
o DIARIO DE PERNAMBUCO e JORNAL DO COMMERCIO,
ambos do Recife. Possui os seguintes livros publicados,
entre outros: SOCIOLOGIA DA COMUNIDADE,
ESBOÇO DE SOCIOLOGIA, MISCELÂNIA POÉTICA,
FILOSOFIA DA CIÊNCIA, etc”.
A. RODRIGUES MENEZES, in JORNAL DE HOJE.
São Paulo, dezembro de 1972: “Gilberto Freyre e a
Primeira Igreja Batista do Recife. Sob o título acima,
escreveu para as páginas de um dos nossos matutinos em
Recife, o confrade Mário Ribeiro Martins, focalizando o
nome do nosso eminente Sociólogo e Antropólogo Gilberto
Freyre, não somente como membro daquela igreja
pernambucana, no Recife, mas também como membro e
pregador da SEVENTH & JAMES BAPTIST CHURCH,
em Waco, Texas, nos Estados Unidos”.
ARTHUR REZENDE, in O POPULAR. Goiânia, 22
de fevereiro de 1995: “COMPLETÍSSIMO. A coluna
acaba de receber exemplar de ESTUDOS LITERÁRIOS
DE AUTORES GOIANOS, de Mário Ribeiro Martins,
opúsculo de 1.052 páginas. O livro já se encontra nas
livrarias. Vale dizer que se trata da mais completa publicação
no gênero por aqui. Cerca de 1.500 nomes são
focalizados no Dicionário Biobibliográfico dos Escritores,
além outras informações importantíssimas sobre os
diferentes aspectos da literatura goiana. Ideal para consultas
e indispensável para se conhecer melhor a história
do pensamento escrito da região. Tão completo que até
referência ao titular da Coluna lá está”.
ÁTICO VILAS BOAS DA MOTA, via carta. Bucareste,
Romênia, 11.01.2000. “Prezado amigo Professor Mario:
Recebi, com muita alegria e honra, o volume do seu precioso
DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DE GOIAS,
obra de suma importância para a memória cultural brasileira,
pois, sem ele, muitas personalidades estariam condenadas
ao limbo do esquecimento. Espero que essa obra
tenha muitas reedições e que seja enriquecida e corrigidas
algumas lacunas ou pequenas contradições. Por exemplo,
o verbete que trata de Vivaldo Vieira da Silva apresenta-
-o como Carioca. Ele é baiano. Foi professor na antiga
Faculdade de Filosofia e Letras da UFG(atual Instituto
de Letras). Vivaldo faleceu em Goiás, mas nasceu, se não
estou enganado no Sul ou Sudoeste da Bahia. Gostaria
que nas próximas edições fosse incluído o nome da poetisa
goiana Leontina Silva(Nenzinha). Endereço: Rua
83-A, numero 47, Setor Sul, Goiânia, Goiás, 74.083.030,
telefone 3223 2345. Acredito que sua obra devia merecer
um patrocínio constante, a fim de ser reeditada constantemente,
isto é, de tempo em tempo, a fim de torná-la, cada
vez mais, uma obra exaustiva. O seu trabalho em favor da
cultura brasileira em Goiás já merece uma homenagem
publica. Agradeço-lhe, mais uma vez, comovido e feliz
em poder contar com mais um instrumento de pesquisa
cultural. Abraço de gratidão, do Ático Vilas Boas da
Mota. CALEA VICTORIEI, 102/108, APT. 24- ETAJ 8,
BUCARESTI-I-ROMÂNIA(ROUMANIE).
BELKISS SPENCIERI CARNEIRO DE MENDONÇA,
in IMAGEM ATUAL. Anápolis, 13 de dezembro de l996:
“Ao ler “ESCRITORES DE GOIÁS”, de sua autoria- Mário
Ribeiro Martins- muito admirei sua capacidade de, em
pesquisa meticulosa e valorizadora, relacionar tão grande
número de escritores de nosso Estado. Constitui- se numa
grande realização sua, demonstrando ser possuidor de
“força superior às circunstâncias”. Louvo, também, sua
decisão de fazer constar, em livro, sua preciosa produção
literária, que, pela transitoriedade da publicação jornalística,
estaria fadada ao esquecimento”.
BENEDICTO SILVA, in INFORMATIVO FUNDAÇÃO
GETÚLIO VARGAS. Rio de Janeiro, 10 de junho
de 1981: “O presente trabalho- FILOSOFIA DA CIÊNCIA-,
publicado pela Editora Oriente, em Goiânia, de
autoria do ilustre professor Mário Ribeiro Martins, não
se restringe aos seus objetivos pedagógicos, mas busca,
sobretudo, reafirmar a grandeza e a significação da investigação
filosófica, através da qual o homem se descobre
como ser no mundo, daí a razão por que se trata de um
livro do mais alto valor, essencial à reflexão filosófica”.
BIBLIOTECA DO MUSEU PAULISTA, via carta.
São Paulo, 28.02.2008: “Prezado Senhor Mario Ribeiro
Martins. A Biblioteca do Museu Paulista da Universidade
de São Paulo agradece os livros enviados DICIONÁRIO
BIOBIBLIOGRÁFICO DE MEMBROS DA ACADEMIA
BRASILEIRA DE LETRAS, DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO
DE MEMBROS DA ACADEMIA
GOIANA DE LETRAS, CORONELISMO NO ANTIGO
FUNDÃO DE BROTAS, os quais enriquecerão nosso
acervo proporcionando mais uma opção de pesquisa aos
usuários que normalmente freqüentam e acessam nossa
biblioteca. Sem mais para o momento, firmamo-nos,
cordialmente, Célia Maria de Sant’Anna, Bibliotecária
Responsável pela Aquisição de Livros”
BRASIGÓIS FELÍCIO, in O POPULAR. Goiânia, 05
de outubro de 1984: “O escritor e professor Mário Ribeiro
Martins, membro da Academia Goiana de Letras,
está colocando nas livrarias um livro que é importante
contribuição ao conhecimento da história e atualidade das
letras de Anápolis. Trata-se de LETRAS ANAPOLINAS,
antologia de poesia e prosa, com mais de seiscentas páginas
e trezentos nomes estudados, notas de orelha de José Mendonça
Teles e prefácio de Ursulino Leão, focalizando nomes
de Jornalistas, Poetas e Escritores da Manchester Goiana”.
BRAZ LIMONGI, in O ARAUTO. Florianópolis, SC,
08 de dezembro de 1978: “Radicado em Anápolis, Goiás,
Mário Ribeiro Martins, Promotor de Justiça e Professor
Universitário, com seus trinta e cinco anos apenas, é um
autor fecundo, produzindo obras sociológicas, literárias,
filosóficas e teológicas, como se observa em SOCIOLOGIA
DA COMUNIDADE, ESBOÇO DE SOCIOLOGIA,
MISCELÂNIA POÉTICA, O MISTICISMO DE BERNARDO
DE CLAIRVAUX ou ainda no ARGUMENTO
ONTOLÓGICO DE ANSELMO, bem como em VIDA E
OBRA DE THOMAS HELWYS, entre outros”.
CARLOS ALBERTO AZEVEDO, in JORNAL DO
COMMERCIO. Recife, 6 de agosto de 1974: “O teólogo
e sociólogo Mário Ribeiro Martins é fruto de poucas
gerações, ex-aluno do Colégio Americano Batista e do
Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, onde
também é professor, bem como da Universidade Federal
Rural de Pernambuco e Universidade Católica, tem-se
inquietado com problemas escolásticos, entre os quais,
O ARGUMENTO ONTOLÓGICO DE ANSELMO, O
MISTICISMO DE BERNARDO DE CLAIRVAUX, etc”.
CARLOS CAVALCANTE, in DIÁRIO DE PERNAMBUCO.
Recife, 06 de setembro de 1974: “Habitualmente
leio o Diário de Pernambuco e, por último, artigos bem
produzidos do Sociólogo e Teólogo Mário Ribeiro Martins,
formado em Ciências Sociais, pela Universidade
Federal de Pernambuco, mas também em Teologia e
Filosofia, respectivamente, pelo Seminário Protestante
da Rua Padre Inglês e pela Universidade Católica do Recife.
Este jornal, que já tinha nomes como Mauro Mota,
Orlando Parahym, Glaucio Veiga e outros, enriqueceu
ainda mais as suas páginas seculares”.
CARLOS RAMOS, in TRIBUNA DE CAXIAS. Caxias,
RJ, 20 de janeiro de 1981: “Mário Ribeiro Martins é natural
de Ipupiara, Bahia, mas radicado hoje em Goiás, onde
é Ministro Evangélico, Promotor Público e Professor,
volta-se para a atividade literária e cultural, como autor
de diversos livros, sendo um dos mais interessantes, o
GILBERTO FREYRE, O EX-PROTESTANTE que focaliza
a adolescência evangélica do Mestre de Apipucos
no Recife, trazendo histórias fascinantes como aquela do
missinário americano que vendeu seu piano para ajudar
na passagem de Gilberto para os Estados Unidos”.
CASAGRANDE (Osmar), via e-mail, em 04.08.2011, In
NOTICIAS CULTURAIS: “Produção do Mário Martins.
Mais uma vez aconteceu o festival de livros patrocinado
pelo Mário Martins. Já é tradição que o profícuo Mário
faça expressiva doação de exemplares de seus livros
sempre que haja alguma festividade literária, notadamen-
te quando ocorrem lançamentos de suas obras. Desta vez
não foi diferente. Mário desdobrou-se. Primeiramente,
porque lançou 3 livros e porque tenho a impressão de
que os livros estão cada vez mais fornidos. Aí aconteceu
o tradicional sorteio... com o Casagrande cantando os
números. Chegou um momento que não havia mais número
para cantar (eu já tinha perdido o tom, o ritmo e o
rebolado com esse “cantar” dos números) e o pessoal lá,
desmanchando pacotes e mais pacotes para doar os livros
ao público presente. Se a FLIT crescer na proporção em
que cresce o acervo lançado pelo Mário Martins, a FLIP
que se cuide...”
CELSO ALOYSIO SANTOS BARBOSA, via e-mail.
Rio de Janeiro, 09.07.2007: “Prezado Dr. Mário Martins.
Li tudo o que escreveu sobre José Cabral de Vasconcelos
e sou de opinião que o texto não pode ser melhor, por
falta absoluta de informações. SUGIRO PUBLICAR
ASSIM. Parabenizo-o pelo esforço e por ter chegado ao
final do livro. Estaremos todos orando a Deus pelo irmão e
aguardando o produto final de seu trabalho. Continuamos
a sua disposição para qualquer ajuda que ainda esteja em
nosso alcance. Forte abraço, CELSO ALOÍSIO”.
CLAUDETE RIBEIRO DE ARAUJO, via e-mail: “Floriano,
Piauí, 12.12.2010. Meu nome é Claudete Ribeiro de
Araújo, sou filha de Alvino Ribeiro, filho do velho Chico
de França na cidade de Ipupiara. Não conheci meu avô,
mas todas as vezes que acompanhei meu pai em Ipupiara,
ouvia as histórias dele e da família. Fui muitas vezes com
meu pai para Ipupiara, e fiquei apaixonada pela cidade
e maravilhada em saber que escreveu livros sobre a história
de nossa terra e da Igreja Batista. Eu também sou
da Igreja Batista e estou morando há dois anos aqui no
Piauí, na cidade de Floriano. Estou vendo a possibilidade
de visitar Ipupiara em janeiro...se não der, irei em julho
que tenho férias aqui. Gostaria de saber como posso adquirir
seus livros sobre a Igreja Batista, sobre os missionários e
sobre o coronelismo, pois minhas pesquisas aqui no nordeste
estão em torno desses temas. Que bom saber que você
se interessou em manter o vínculo com sua história, pois
muitos migram e esquecem de sua gente. Eu, apesar de ter
apenas os vínculos familiares com a cidade, sinto que tudo
é parte da minha história e do que herdei e morando hoje
no nordeste, vejo o quanto é importante a gente não perder
nossas raízes e contribuir com nossas pesquisas. Parabéns
pelo seu trabalho!Atenciosamente. Claudete Araújo”.
CLEBER PEREIRA DE OLIVEIRA, via e-mail.
Goiânia, 09.06.2008: “Boa tarde Dr. Mário, inicialmente
gostaria de manifestar aqui a minha satisfação em poder
descobrir que em nossa família temos um membro tão
ilustre e que desenvolve um trabalho de tão importância
para o conhecimento e a cultura dos povos. Na casa de
minha tia Diva na cidade de Coribe, Estado da Bahia,
tive o primeiro contato com uma publicação sua. Olhei-a,
mas não pude lê-la, pois estava de viagem para Goiânia.
Trata-se da publicação “Coronelismo no Antigo Fundão
de Brotas”, trabalho que pude apreciá-lo recentemente,
quando fui presenteado por minha tia Germínia com um
exemplar de tão bem elaborada pesquisa. Hoje estive
novamente com a minha tia Germínia e ela me mostrou
um outro trabalho seu, intitulado “Dicionário da Árvore
Genealógica da Família Ribeiro Martins”. O livro me
interessou, já que nele pude perceber o registro da história
e as origens de meus ancestrais. Gostaria de obter um
exemplar desse título e para tal gostaria de seu auxílio,
pois a minha tia me disse que através desse contato com
certeza eu iria obtê-lo. Quero mais uma vez manifestar
minha alegria por esse primeiro contato e dizer que gostaria
muito de conhecê-lo pessoalmente. Sou também
um Ribeiro, do Distrito de Ramalho, antigo município
de Carinhanha e hoje município de Feira da Mata, onde
meu avô José Ribeiro se estabeleceu e formou família,
depois retornando para Ipupiara, precisamente ao lugar
denominado Chiquita. De lá conheci alguns parentes, entre
eles o tio Durval, tia Izidória, tia Maria, a Margarida,
o Euclides entre outros. Aguardo ancioso por um contato
seu. Um forte abraço. Cléber Pereira de Oliveira”.
CLOVIS DE ALMEIDA MATOS, VIA ORKUT, em
17.10.2011: “Olá Dr. Mário! Saiba que me sinto muito
lisonjeado em fazer parte do seu rol de amigos, mesmo
que virtual. Não o conheço, mas saiba que sou um grande
admirador. Leio tudo que o Sr. publica no “usinadeletras”
e que recebo automaticamente no meu e-mail e já até
já publiquei alguns comentários. Quando leio as suas
publicações, minha mente divaga sobre quem é Mário
Martins? Por fim, termina concluindo que, certamente,
Mario Martins é mais um daqueles seres iluminados que,
quem tem o privilégio de conhecer, conviver, ouvir falar,
discursar, ver trabalhar, ouvir suas histórias, seus “causos”...
torna-se um ser humano mais rico, mais evoluído,
enfim, um ser humano mais humano. Um grande abraço”.
CONDESSA DE MEIA-PONTE (VERA LOPES DE
SIQUEIRA), in A NOTÍCIA. Anápolis, 19 de outubro de
1997: “FILHA DILETA DO SENHOR. Para o eminente
Promotor, Professor e Escritor Mário Ribeiro Martins.
Um elogio feito com sinceridade, não há coisa melhor
para nos ajudar a procurar olhar sempre para frente e ver
que o mundo continua lindo. Assim me senti, ao tomar
conhecimento do livro ESCRITORES DE GOIÁS. Fui
premiada. Se há um nome que tem enriquecido a cultura
em Goiás, este é Mário Ribeiro Martins. Seu livro focaliza,
entre outros, meu pai, José Assuero de Siqueira
que, sendo jornalista, ao fundar o jornal O PIRINEUS,
em 1931, escrevia os seus artigos com o pseudônimo de
Conde de Meia-Ponte, de que me apropriei para também
escrever meus artigos”.
CONSELHO REGIONAL DE ADMINISTRAÇÃO
DE GOIÁS, via Correspondência. Goiânia, 18.12.2006:
“Senhor Escritor Dr. Mario Ribeiro Martins, agradecemos
a Vossa Senhoria a gentileza de enviar-nos um exemplar
do livro RETRATO DA ACADEMIA TOCANTINENSE
DE LETRAS, de sua autoria, trabalho que demonstra
o ótimo desempenho e a seriedade com que o nobre
escritor trata as questões relativas à instituição cultural
tocantinense. Receba nossos parabéns pela iniciativa.
Atenciosamente, Samuel Albernaz, Presidente”.
DILMAR FERREIRA, in CORREIO DO PLANALTO.
Anápolis, 08 de setembro de 1978: “CANTO DE MORTE
NOS POETAS NACIONAIS, publicado no livro ESCRITORES
DO BRASIL, editado por Aparício Fernandes,
no Rio de Janeiro, é um trabalho de análise que Mário
Ribeiro Martins elaborou, estudando as composições
poéticas de vários autores brasileiros, não somente contemporâneos,
como também pertencentes a várias escolas
literárias, chamando a atenção do leitor para a constante
presença da expressão MORTE nos escritores do Brasil”.
DIONÍSIO S. MARTINS, via e-mail (dsmartins@
hoteldelencois. com). Lençóis, 05.05.2008: “Manuseando
a estante de livros na sala de estar do nosso Hotel
de Lençóis tivemos a grata satisfação de encontrar o
“Dicionário Biobibliográfico de Membros do Instituto
Histórico e Geográfico de Goiás” importante trabalho de
autoria de V.Sa. Ficamos lisonjeados e honrados quando
verificamos que esta obra tinha sido oferecida pelo autor
ao nosso Hotel. Em nome da diretoria e de toda equipe
do nosso Hotel queremos expressar toda nossa gratidão
pela delicadeza e generosidade de V.Sa”.
DIVALDO SURUAGY, in O ANÁPOLIS. Anápolis, 23
de junho de 1999: “Gostaria de parabenizá-lo pela magnífica
compilação realizada sobre os ESCRITORES DE
GOIÁS. Imagino não existir, em nenhum outro Estado
do País, uma obra de tão grande vulto. Receba minha
admiração com os votos de que prossiga utilizando sua
sólida cultura, aliada à imensa capacidade de trabalho e
dedicação à pesquisa, para continuar engrandecendo a
literatura brasileira”.
DOMICIO PEREIRA DE MATTOS, via Correspondência.
Rio de Janeiro, 28.06.2007: “Dr. Mario Ribeiro
Martins, atendendo circular do confrade Ebenezer Soares
Ferreira, estou lhe remetendo 4 dos 8 livros por mim editados.
Neles o nobre confrade encontrará subsídios sobre
o titular da Cadeira 10, da AELB, Domicio Pereira de
Mattos, aliás, um dos 40 patronos. Presentes ainda hoje
apenas 2, eu e o querido companheiro Ebenezer(cadeira
27). Veja no livro DEVANEIOS, ligeiro resumo de como
nasceu a nossa Academia(capitulo 27, página 117). Valorizo
a sua tarefa e peço a Deus que lhe dê animo para
completá-la”.
EBENÉZER GOMES CAVALCANTI, in GILBERTO
FREYRE, O EX-PROTESTANTE. São Paulo, Imprensa
Metodista, 1973, página 15: “Mário Ribeiro Martins
reclama dos arquivos de mais de meio século uns traços
da influência protestante na adolescência de Gilberto
Freyre, pesquisa a que acode o sociólogo com indisfarçável
sentimento de ternura pelo reencontro com o passado
remoto, num artigo intitulado DEPOIMENTO DE UM EX-
-MENINO PREGADOR, publicado no DIARIO DE PERNAMBUCO.
Seu tranquilo depoimento nada tem de amargo
ou evasivo, antes confirma os registros de Mário Martins,
dando-lhes mais sabor, mais vida e mais evocações”.
EBENÉZER SOARES FERREIRA, in CORRESPONDÊNCIA.
Rio de Janeiro, 30.05.2007: “Recebi, ontem, os
três exemplares do livro MISSIONÁRIOS AMERICANOS E
ALGUMAS FIGURAS DO BRASIL EVANGELICO. Estarei
entregando o exemplar do Seminário do Sul e da Academia
Evangélica. Comecei a ler a obra e fui me deliciando, pois sou
fascinado por esse tipo de literatura. Agradeço-lhe o envio da
referida obra, bem como o exemplar do DICIONÁRIO DE
MEMBROS DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS,
que é o atestado eloqüente da sua grande veia de pesquisador beneditino.
Imagino quanto tempo não gastou nessa garimpagem
intelectual, para oferecer ao leitor ávido de conhecimentos a sua
incomensurável contribuição. Sei que sua pena destra vai nos
legar uma preciosidade: o DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁ-
FICO DE MEMBROS DA ACADEMIA EVANGÉLICA
DE LETRAS DO BRASIL. Rogando ao Senhor abençoá-lo,
sempre, firma-se o amigo e colega.”
E. D’ALMEIDA VITOR, in CORREIO BRAZILIENSE.
Brasília, 28 de março de 1979: “GILBERTO
FREYRE, O EX-PROTESTANTE, de Mário Ribeiro
Martins é uma pesquisa que objetiva contribuir para a
biografia global do eminente sociólogo pernambucano,
focalizando aspectos interessantíssimos, inclusive as fontes
pesquisadas, entre as quais se destaca o ANNUAL OF
THE SOUTHERN BAPTIST CONVENTION, datado de
1915, nos Estados Unidos. Mas Mário Ribeiro Martins é
também colaborador em jornais e revistas especializadas.
Seu outro livro-FILOSOFIA DA CIÊNCIA- de caráter
essencialmente didático, interessa a todos os que participam
dos problemas do homem e que queiram refletir
sobre a vida e o mundo, de uma perspectiva filosófica,
daí a razão por que tem recebido os maiores encômios
da crítica nacional”.
EDUARDO SILVA DE ALMEIDA. SOBRE O LIVRO
“GILBERTO FREYRE, O EX- PROTESTANTE” DE
MÁRIO MARTINS. Para os que conhecem a trajetória
do escritor Mário Ribeiro Martins, não chega a ser
surpreendente tomar conhecimento de esmeradas pesquisas
que realiza, ou que tenha realizado, ao longo de
seus laboriosos estudos, buscando a verdade dos fatos
que ornamentam a vida de ilustres figuras da intelectualidade
brasileira. Os inúmeros livros de sua autoria, se
listados por ordem cronológica de edição, nos demonstram
a sua dedicação ao gênero de biografias, no qual
se especializou.O que surpreende é que lá pelos idos de
1972/73, Mário Martins publicou no Jornal do Commercio
do Recife uma série de artigos sobre aspectos pouco
conhecidos da vida de Gilberto Freyre, trazendo a lume a
adolescência do mestre de Apipucos, vivida no seio e sob
proteção de uma comunidade de missionários evangélicos.
Significativa foi a publicação dos artigos de Mário
Martins, tanto é verdade que Gilberto Freyre, de maneira
educada e com muita sinceridade, houve por bem dar a
sua resposta, publicada no Diário de Pernambuco. Com
fidelidade ao culto à verdade histórica, Mário Martins
fez uma coletânea dos artigos de sua autoria, juntou,
com comentários, a resposta que mereceram de Gilberto
Freyre e publicou, em 1973, “Gilberto Freyre, o ex-
-protestante”(São Paulo, Imprensa Metodista, 1973), um
pequeno livro de grande importância para os estudiosos
da influência da vida no meio religioso na obra do autor
de Casa Grande & Senzala. Decorridos mais de trinta
anos, o livro de Mário Martins não perdeu, nem pode
perder, a atualidade, pois trata de assunto com perpetuidade
de interesse, dada a importância literária da obra do
escritor alvo da pesquisa(Palmas, Tocantins, 07.07.2009).
*Eduardo Silva Almeida é Procurador de Justiça Aposentado
do Ministério Público do Tocantins. Presidente
da Academia Tocantinense de Letras.
ELIEL BARRETO FILHO, via e-mail: (Sobre Eliel, recebi
o seguinte e-mail de Elielzinho: Enviado Por: ELIEL
BARRETO FILHO - eliel.barreto@uol.com.br Da cidade
: Salvador-Bahia(04.04.2010). “Querido e grande amigo
Mário: acabo de ler seus escritos e fiquei muito emocionado
ao ver você mencionar nossos nomes. Minha mãe
faleceu em dezembro/98, vítima de câncer generalizado
no intestino. Meu pai também faleceu em 2007, também
vítima de câncer, quando pastoreava a Igreja Batista em
Conceição da Feira-Bahia. Elide já tem filhos e netos.
Eliane também tem e mora em Cruz das Almas-Bahia.
Eu moro em Salvador, fui professor durante muitos anos
e estou aposentado, tenho 3 filhos e ainda não tenho netos.
Confesso minha alegria em poder enviar-lhe nossas
notícias. Qualquer outra informação, pode procurar-me.
Um grande abraço,Elielzinho”).
ELISANGELA FARIAS, in JORNAL DO TOCANTINS.
Palmas(TO), 15.09.2004: “Fundão de Brotas, hoje
Ipupiara, este é o cenário da obra CORONELISMO NO
ANTIGO FUNDÃO DE BROTAS, do autor e membro
das Academias Goiana e Tocantinense de Letras, Mário
Ribeiro Martins que foi lançado recentemente na cidade
de Lençóis, Bahia e já pode ser encontrado nas livrarias
de Palmas, Capital do Tocantins. O livro que fala sobre os
Coronéis Horácio de Matos e Militão Rodrigues Coelho,
focaliza também um outro Coronel baiano, Franklin Lins
de Albuquerque, do médio São Francisco, bem como a
figura do Coronel Abílio Wolney, do antigo Norte de
Goiás, hoje Dianópolis e ainda trata de outros assuntos
interessantes, entre os quais, OS DOIS SIQUEIRA CAMPOS
e um JUIZ GUERREIRO”.
ELIZABETH DE ABREU CALDEIRA BRITO, in
DIARIO DA MANHÃ. Goiânia, 11.03.2011 “A produção
literária de Mário Martins é recheada de completude.
Informa, com pormenores de pesquisador meticuloso e
metódico, detalhes que só quem esmiúça, ousa alcançar.
Destaca-se como um dos mais notáveis dicionaristas biobibliográficos
do país. Pesquisou e publicou biografias
dos membros das mais significativas instituições culturais
de Goiás, Tocantins, Bahia e da Academia Brasileira de
Letras. O Dicionário Biobibliográfico de Membros da
Academia Brasileira de Letras, com 1034 páginas, retrata
a vida e obra dos imortais da atualidade e dos saudosos
preclaros da ficção, da crítica, da lírica e da eloqüência
no Brasil. Registra pormenores dos nobres letrados que
compõem as “páginas de nossa vida brasileira”, nas palavras
de Machado de Assis, no discurso de instalação
da Academia, em 20 de julho de 1897. Mário Martins,
em seus trinta livros publicados, produziu dicionários
biobibliográficos dos membros do Instituto Histórico e
Geográfico de Goiás e das Academias: Goiana de Letras,
Feminina de Letras e Artes de Goiás, Goianiense de
Letras, Evangélica de Letras do Brasil e Tocantinense
de Letras. Além de apresentar completa pesquisa nos
Dicionários Biobibliográfico do Tocantins, de Goiás e
Regional do Brasil”.
ENÉAS ATHANÁZIO, via carta de Camboriú, Santa
Catarina, 12.11.2004: “Refiro-me ao pequeno e substancioso
livro “GILBERTO FREYRE, O EX-PROTESTANTE”,
de autoria de Mário Ribeiro Martins, publicado em
1973, pela Imprensa Metodista, de São Paulo e que tem o
esclarecedor subtítulo de “uma contribuição biográfica”.
Embora se trate de obra esgotada, é interessante comentá-
-la em face do ineditismo do tema e as consequências para
o biografado. Nessas páginas, o autor mergulha fundo no
tema, rebuscando papéis e variadas fontes em laboriosas
pesquisas. Mostra ele que o Dr. Alfredo Freyre, pai do
Mestre de Apipucos, manteve estreitas relações com os
batistas de Pernambuco, com eles colaborando(tendo
sido Diretor do Colégio Americano Batista Gilreath) e
professando sua fé, embora nunca batizado”.
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA
DE PERNAMBUCO, via Correspondência. Recife,
26.02.2007: “Dr. Mario Ribeiro Martins, é com satisfação
que recebemos e agradecemos os livros RETRATO
DA ACADEMIA TOCANTINENSE DE LETRAS E
DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DE MEMBROS
DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS de sua autoria.
Informamos, outrossim, que as publicações ficarão
à disposição dos alunos, professores e magistrados, bem
como do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco,
sendo uma grande fonte de consulta. Atenciosamente,
Joseane Ramos Duarte Soares, Gestora da Biblioteca”.
ESCOLA TECNICA FEDERAL DE PALMAS, via
Correspondência. Palmas, 01.06.2007: “Dr. Mario Ribeiro
Martins, Recebemos e agradecemos os livros DICIONÁRIO
BIOBIBLIOGRÁFICO DE MEMBROS DA
ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS, DICIONÁ-
RIO GENEALÓGICO DA FAMILIA RIBEIRO MARTINS
e MISSIONÁRIOS AMERICANOS E ALGUMAS
FIGURAS DO BRASIL EVANGELICOS todos de sua
autoria, já inseridos na Biblioteca João Paulo II, desta
escola. Atenciosamente, Ana Cristina Schmidt Salgado”.
EUZÉBIO CARDOZO NETO - ecarneto@yahoo.
com.br, em 25.11.2008. Da cidade : America Dourada,
Bahia. Festejado Mário Martins, “O livro caindo n’alma
é germe que faz a palma É chuva que faz o mar”.. Fiquei
encantadíssimo com o seu comentário sobre o livro de
Otávio Barros da Silva. Riquíssimo e muitíssimo didático.
Só me resta fazer-lhe um apelo: POR GENTILEZA ME
CONCEDA UMA CORTESIA DO REFERENCIADO
LIVRO. Colho o ensejo para renovar meus protestos
de estima e elevada consideração. Soli Deo Gloria, Pr.
EUZÉBIO CARDOZO NETO Praça do Comércio s/n -
IPANEMA AMÉRICA DOURADA - BAHIA44910-000
(74) 3692-7084 / 99712726.
EVERARDO GUERRA, in DIÁRIO DE PERNAMBUCO.
Recife, 10 de novembro de 1974: “ Um dos
seus mais recentes biógrafos, Mário Ribeiro Martins, no
epílogo de seu precioso livro GILBERTO FREYRE, O
EX-PROTESTANTE, afirma: Há homens que nascem
em determinadas épocas e lugares para realizar grandes
obras. É o caso de Gilberto de Mello Freyre, cuja
biografia, focalizando especialmente a sua adolescência
protestante no Colégio Americano Batista Gilreath, no
Recife e em Fort Worth, no Texas, Estados Unidos, revela
a importância da obra escrita pelo Ministro Evangélico,
Sociólogo e Professor Mário Martins”.
FACULDADE TEOLOGICA BATISTA DE SÃO
PAULO, via Correspondência. São Paulo, 04.06.2007:
“Dr. Mario Ribeiro Martins, pela presente expressamos
a nossa palavra de gratidão pelos exemplares dos livros
DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRAFICO DE MEMBROS
DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS, CORONELISMO
NO ANTIGO FUNDÃO DE BROTAS,
DICIONÁRIO GENEALÓGICO DA FAMILIA RIBEIRO
MARTINS e MISSIONÁRIOS AMERICANOS E
ALGUMAS FIGURAS DO BRASIL EVANGÉLICO.
Informamos que os livros já se encontram no acervo de
nossa biblioteca. Rogamos a Deus as mais ricas bênçãos
pela sua vida e ministério. Atenciosamente, Marilza
Delgado”.
FENELON TEODORO REIS, in IMAGEM ATUAL.
Anápolis, 26 de setembro de l996: “Tenho a honra de
acusar o recebimento do exemplar de seu livro que ostenta
o apropriado título “ESCRITORES DE GOIÁS”,
onde o nobre escritor traça o perfil dos grandes nomes
da literatura goiana. Mário Ribeiro Martins, realmente
merece aplauso essa sua iniciativa, sempre tão rara, entre
nós, porém, próprias de homens cuja inteligência não é
apenas direcionada ao próprio intelecto, e sim, a utiliza
também para enaltecer os valores de outras pessoas que
se dedicam ao mesmo ramo de atividade, ou seja, levar
conhecimento e as experiências de vida a quem gosta de
atualizar-se através de uma boa leitura”.
FERNANDA DIAS. Via Site CLEBER TOLEDO. Palmas,
29.07.2011. Mário Ribeiro Martins lança três obras
no Café Literário, da FLIT. 29/07/11 21h53. Especial
para o CT. “Com muito humor, o escritor Mário Ribeiro
Martins lançou suas três obras no espaço do Café Literário
na tarde dessa sexta-feira, 29. São elas: ‘Retrato da
Academia Tocantinense de Letras’, ‘Razão do meu Viver
e Outras Amenidades’ e o ‘Dicionário Bibliográfico do
Tocantins’. Natural da Bahia e morador de Palmas desde
de 1998, Mário Martins tem um grande legado em seu
currículo: é membro da Academia Tocantinense de Letras,
da Academia Goiana de Letras, da Academia de Letras do
Estado do Rio de Janeiro e da Academia Pernambucana
de Letras e Artes. No Retrato da Academia Tocantinense
de Letras apresenta a biografia de todos os membros da
academia e tem a biografia também daqueles que foram
convidados para fazer parte da academia e não eleitos. No
Dicionário Bibliográfico do Tocantins retrata a biográfica
de todos que nasceram e viveram ou moram no Tocantins
e que publicaram livros. São cerca de 3 mil biografias.
Já o livro Razão do meu viver e Outras Amenidades é
uma obra com vários artigos de jornais e revistas. Mário
Ribeiro Martins já lançou 35 livros, entre eles dicionários,
bibliografias e assuntos gerais. O escritor disse que sorteou
150 livros no Café Literário e no stand da Academia
Tocantinense de Letras, no Espaço Girassol da Flit. Nestas
ocasiões, ele não vende os livros. Faz o sorteio entre os
presentes, o que é uma festa”.
FERNANDO LINS, in E-MAIL FERLINS@ZAZ.
COM.BR Palmas, 09 de julho de 1998. “Uma das maiores
satisfações que tive aqui em Palmas, Tocantins, foi
conhecer tanto pessoalmente quanto a grandiosa obra literária,
filosófica e sociológica de Mário Ribeiro Martins.
Missionário da fé e homem imbuído dos mais elevados
valores morais e espirituais, com refinado senso de justiça,
de generosidade, de amizade e de humildade. Você
é daquelas pessoas que nós, seus contemporâneos, não
temos como avaliar devidamente, pois seu pensamento
iluminado está acima das nossas mensurações. Mas os
pósteros saberão reconhecer e apreciar a sua verdadeira
grandeza”.
FERNANDO MARTINS, in O POPULAR. Goiânia,
12 de maio de 1982: “O presente livro, SOCIOLOGIA
GERAL & ESPECIAL, é o resultado das experiências
vividas por Mário Ribeiro Martins dentro do Magistério
Superior. Pretende o autor conferir uma visão panorâmica
da realidade sociológica. Não se trata de uma tradução que
reflita uma concepção sociológica de outros centros de
cultura, mas de um conjunto de experimentos, todos eles
vividos nas salas de aula, como Professor de Sociologia
nos Cursos de Ciências Sociais, Filosofia e Direito”.
FERNANDO PY, in DIÁRIO DE PETRÓPOLIS.
Petrópolis, RJ, 08 de dezembro de l996: “ESTUDOS
LITERÁRIOS DE AUTORES GOIANOS, de Mário
Ribeiro Martins. O autor, Promotor de Justiça e Professor
Universitário, membro da Academia Goiana de Letras,
elaborou uma obra valiosíssima de referência, com mais
de mil páginas, onde faz um Dicionário Biobibliográfico
de Autores de Goiás, extremamente minucioso, e mais
estudos sobre escritores goianos e outros, além do registro
de jornalistas e mais intelectuais do Estado. Excelente
fonte de informação”.
FILADELFO BORGES DE LIMA, in O POPULAR.
Goiânia, 02 de abril de 1995: “Adquiri em Goiânia, o livro
ESTUDOS LITERÁ- RIOS DE AUTORES GOIANOS,
de Mário Ribeiro Martins. Deleitei- me no manuseio das
suas páginas e muito ainda o farei. A obra é completa.
Completíssima, conforme a definiu o mestre e jornalista
Arthur Rezende. Com 1.052 páginas e mais de 1.500
verbetes estudados e focalizados, todos eles referentes
aos escritores de Goiás, há também temas como Ministério
Público, Academia Goiana de Letras, entre outros.
O autor a escreveu para a imortalidade. Cumprimento- o
de pé e me alegro sobremaneira”.
FILEMON FRANCISCO MARTINS, in email, filemonmartins@
bol.com.br: “O escritor Mário Ribeiro
Martins acaba de nos brindar com mais um livro de
sua brilhante pena. Desta feita, “CORONELISMO NO
ANTIGO FUNDÃO DE BROTAS”, que retrata fatos
importantes ocorridos nas cidades interioranas da Bahia e
do Brasil, envolvendo figuras notáveis e polêmicas, como
Horácio de Matos, Militão Rodrigues Coelho, Abílio Wolney
e Franklin Lins de Albuquerque. O autor, competente
e talentoso, tem-se mostrado um dos mais experientes e
pacientes pesquisadores da atualidade. É festejado como
cronista, poeta, dicionarista criterioso, crítico consciente
e cultor exemplar da verdade histórica, trazendo à luz da
publicidade, através do seu livro, episódios interessantes
da vida destes líderes, pouco conhecidos do grande público
leitor. Essas reflexões nos vêm à mente com a leitura
amena e prazerosa de “CORONELISMO NO ANTIGO
FUNDÃO DE BROTAS” que prova tratar-se de uma obra
de fôlego, contribuindo para resgatar a memória quase
sempre esquecida de nossos antepassados.
FRANCISCO DE ASSIS NASCIMENTO, in LETRAS
ITAOCARENSES. Itaocara, RJ, 15 de maio de 1995: “No
MOSAICO de março, deparei-me com o nome ilustre do
intelectual goiano, Dr. Mário Ribeiro Martins no rol dos
acadêmicos correspondentes da distinta Academia Itaocarense
de Letras. Pesquisador talentoso da literatura de
Goiás, editou em livro, com l.051 páginas, cerca de l.500
verbetes, focalizando homens e mulheres que ao longo
dos séculos XVIII, XIX e XX escreveram e publicaram
livros no Estado de Goiás e várias críticas literárias, incluindo
prefácios, entrevistas, discursos, etc, com o título
ESTUDOS LITERÁRIOS DE AUTORES GOIANOS, já
considerado pela crítica como completíssimo”.
FRANCISCO IGREJA, in DICIONÁRIO DE POETAS
CONTEMPORÂNEOS. Rio de Janeiro: OFICINA, 1991,
página 228: “Mário Ribeiro Martins nasceu em Ipupiara,
Bahia, em 1943. Bacharel em Teologia, Filosofia, Sociologia
e Direito. Promotor de Justiça e Professor Universitário.
Detém prêmios literários e condecorações diversas. Produtor
cultural, organizador de antologias, publicou livros didáticos,
biográficos e ensaios literários, entre os quais, GILBERTO
FREYRE, O EX-PROTESTANTE; SOCIOLOGIA DA
COMUNIDADE, ESBOÇO DE SOCIOLOGIA, HISTÓ-
RIA DAS IDÉIAS RADICAIS NO BRASIL, CORRENTES
IMIGRATÓRIAS NO BRASIL”.
FUNDAÇÃO CASA DE JOSÉ AMÉRICO, via Correspondência.
João Pessoa, Paraíba, 26.06.2007: “Dr. Mario
Ribeiro Martins, recebemos e agradecemos os livros DICIONÁRIO
BIOBIBLIOGRÁFICO DE MEMBROS DA
ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS, RETRATO
DA ACADEMIA TOCANTINENSE DE LETRAS, CORONELISMO
NO ANTIGO FUNDÃO DE BROTAS,
GENEALOGIA DA FAMILIA RIBEIRO MARTINS e
MISSIONARIOS AMERICANOS E ALGUMAS FIGURAS
DO BRASIL EVANGELICO, todos reveladores de
seu talento multiforme e de sua capacidade de produzir
obras realmente úteis para a pesquisa. Atenciosamente,
Maria de Fátima Bezerra da Silva Duarte Cruz”.
GABRIEL NASCENTE, in DIÁRIO DA MANHÃ.
Goiânia, 19 de março de 1995: “Ufa! Haja fôlego! O
livro do Professor Mário Ribeiro Martins- ESTUDOS
LITERÁRIOS DE AUTORES GOIANOSchegou de
carreta. É provável que, para o seu traslado, de Anápolis
a Goiânia, precisou de bons ombros, muita vitamina e
sol... visto, naturalmente, como um tijolaço, tal o número
de páginas: l052. A mais completa bibliografia de autores
goianos feita até hoje entre os escribas da terra. Um
verdadeiro arrastão da cultura goiana, com investidas até
lá pelos rincões do século XVIII, onde o autor foi buscar
elementos para edificar o seu catatau bibliográfico”.
GERALDO BONADIO, in JORNAL CRUZEIRO DO
SUL. Sorocaba, SP, 23 de julho de 1995: “Nos ESTUDOS
LITERÁRIOS DE AUTORES GOIANOS agora editados
por Mário Ribeiro Martins, além de analisar a produção
de escritores nacionais como Almir Gonçalves, Carlos
Rocha, Crispiniano Tavares, Érico Veríssimo, Gilberto
Freyre, Joaquim Nabuco, Jorge Amado, Machado de
Assis, entre outros, entrega ao público uma obra de referência
de fundamental importância que é o Dicionário
Biobibliográfico dos Autores de Goiás, com mais de l.500
verbetes apresentados em ordem alfabética, bem como
uma listagem de jornalistas e articulistas de Goiás, de
todos os tempos”.
GERALDO COELHO VAZ, in O POPULAR. Goiânia,
30 de maio de 1985: “O escritor e professor Mário Ribeiro
Martins publicou LETRAS ANAPOLINAS, antologia
de poesia e prosa, que não é seu primeiro livro, mas é de
grande importância para as letras goianas, uma vez que
traz no seu bojo a história literária da próspera cidade
de Anápolis. Estudando mais de trezentos nomes, entre
jornalistas, poetas e escritores, o autor se preocupou em
divulgar os dados biográficos de cada um, além de algum
tipo de produção literária, recolhida de livros, jornais e
revistas”.
GERALDO OLIVEIRA, in O TAUBATEANO. Taubaté,
SP, 30 de abril de 1979: “FILOSOFIA DA CIÊNCIA”
é o novo livro de reflexão filosófica do escritor, professor
e Promotor de Justiça Mário Ribeiro Martins, de Anápolis,
Goiás, também Presidente da Academia Anapolina
de Filosofia, Ciências e Letras. Com sua diversidade de
temas, entre os quais, ÂMBITO GERAL DA FILOSOFIA,
PERSPECTIVA HISTÓRICA DA FILOSOFIA,
PROBLEMAS GERAIS DA FILOSOFIA, FILOSOFIA
E EDUCAÇÃO, FILOSOFIA NO BRASIL, ANTROPOLOGIA
FILOSÓFICA, FILOSOFIA E DIREITO,
FILOSOFIA E CIÊNCIA, o autor fornece uma visão
completa de toda a problemática filosófica”.
GESSY SABALA, in IMAGEM ATUAL. Anápolis, 30
de outubro de 1995: “Sobre ESTUDOS LITERÁRIOS
DE AUTORES GOIANOS, que tive o prazer de comprar
aqui em Santa Maria, Rio Grande do Sul, talvez, por ser
o senhor um autor consagrado, entre os grandes literatos
nacionais, com a grande experiência da arte de bem escrever,
seu trabalho se agiganta e torna-se notável em todos
os sentidos, dentro da técnica, do tema e do entendimento,
de tal forma que se torna fácil para o leitor compreender
e aquilatar o valor das 1.051 páginas que formam um
verdadeiro monumento à cultura goiana”.
GÊZA MARIA, in O POPULAR. Goiânia, 07 de maio de
1999: “Já está pronto o primeiro DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO
DE GOIÁS. Depois de muita pesquisa
e dedicação, o escritor e Procurador de Justiça Mário
Ribeiro Martins, um baiano que se diz goiano de coração,
fez o lançamento da obra na Biblioteca Pública de Salvador,
no dia 23. O local foi escolhido para homenagear
Sacramento Blake, autor do Dicionário Bibliográfico
Brasileiro, o primeiro livro do gênero, publicado há 116
anos. São mais de 1200 páginas contendo informações
sobre a vida e a produção de mais de dois mil autores que
publicaram livros em Goiás”.
GILBERTO FREYRE, in FOLHA DE SÃO PAULO.
São Paulo, 29 de março de l98l: “Um simpático Dr.
Mário Ribeiro Martins publicou há pouco um opúsculo-
-GILBERTO FREYRE, O EX-PROTESTANTE. São
Paulo, Imprensa Metodista, 1973. Pena que não me
tenha ouvido outras vezes. Eu lhe teria contado coisas
mais, talvez de interesse para o seu estudo. Aliás, anteriormente,
num jornal do Recife - JORNAL DO COMMERCIO- este simpático e bem intencionado cronista de
coisas evangélicas no Brasil já vinha recordando meus
contatos de adolescente -o que também o fizera no DIARIO
DE PERNAMBUCO-com o evangelismo, quando
quase menino de l7 anos. Contatos e tendências de que
me orgulho. Duraram ano e meio. Mas ano e meio que
me enriqueceram a vida e o conhecimento da natureza
humana, no sentido de relações dos homens com Deus e
com o Cristo, que é um sentido de que ainda hoje guardo
comigo parte nada insignificante.”.
GILBERTO MENDONÇA TELES, in CORRESPONDÊNCIA.
Rio de Janeiro, 27.02.2007: “MÁRIO RIBEIRO
MARTINS é meu companheiro na Academia Goiana
de Letras, mas ambos vivemos fora de Goiânia: ele em
Palmas, no Tocantins; eu no Rio de Janeiro, de modo que
raramente nos vemos em Goiânia. Mas no ano passado
fui fazer uma conferência em Palmas e tive o prazer de
encontrá-lo, com Isabel dos Santos Neves (Belinha), à
minha espera no aeroporto. Os passeios, os jantares, a
conversa agradável na sua possante caminhonete com ar
refrigerado, tudo me foi revelando uma pessoa admirável,
que eu só conhecia mesmo pelo trabalho de pesquisador
cultural do Centro-Oeste. Homem cordial, culto, de conversa
cativante e conhecedor apaixonado da realidade em
que vive — Goiás e Tocantins, por onde fluem os mais
importantes rios do Brasil — Mário Martins realmente
me cativou e me deu consciência da sua importância na
consolidação cultural do novo Estado. Livros como Escritores
de Goiás, Dicionário biobibliográfico de Goiás
e Dicionário biobibliográfico do Tocantins, para ficar
apenas nesses, são uma notável trilogia que dá bem uma
amostra de seu poder de pesquisa e organização, suficien-
tes para comprovar o valor da sua contribuição na leitura
do mapa cultural da região do Centro-Oeste. Daí a minha
admiração pelo seu trabalho intelectual, que reitero”.
GILSON VALADARES, via e-mail (gilson@tjto.jus.br).
JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL, Palmas, Tocantins,
08.12.2008: “Evidentemente que não tenho o conhecimento
e a perspicácia do dileto amigo (Mário Ribeiro
Martins), no que diz respeito ao uso do vernáculo. O
teor do mencionado artigo condiz com a realidade do
Juizado do qual tenho a honra de dirigir há alguns anos.
O sucesso de meu trabalho certamente não seria possível
não fosse a dedicação de minhas diletas auxiliares
(Nerineire, Valquiria, Silvana, Fabrísia, Liliana, Bruna
e Lucivani). O Juiz sem o servidor é como um carro de
grande porte com um motor de mil cilindradas, não saiu
do lugar. Estou juiz, porém, não sou juiz. No ônibus da
vida, quase nunca atuamos como motoristas e geralmente
somos passageiros. Mantenhamos contato. Um ótimo
natal e um 2009 muito venturoso. Um forte abraço”.
GINO FREY, in LETRAS ITAOCARENSES. Itaocara,
RJ, 8 de setembro de l995: “O intelectual de Anápolis,
Goiás, Mário Ribeiro Martins, lançou o seu livro ESTUDOS
LITERÁRIOS DE AUTORES GOIANOS, obra que
já se encontra nas livrarias. São mais de 1.500 verbetes
dentro do Dicionário Biobibliográfico dos Escritores
de Goiás, além de outros assuntos importantes, entre os
quais, Poetas e Escritores do Evangelismo Brasileiro,
Academia Goiana de Letras, Ministério Público, Escritores
Nacionais, Jornalistas e Articulistas de Goiás, etc”.
GUIDO BILHARINHO, in DIMENSÃO. Uberaba, MG,
25 de agosto de 1995: “Recebi e agradeço o exemplar de
ESTUDOS LITERÁRIOS DE AUTORES GOIANOS,
com 1.052 páginas, livro de Mário Ribeiro Martins, cuja
aquisição me foi por demais proveitosa. Dada a histórica,
geográfica e cultural ligação de Goiás com o (futuro)
ESTADO DO TRIÂNGULO, a obra em referência, com
centenas de nomes procedentes das Minas Gerais e agora
radicados em terras goianas, é da mais alta importância
para todos que, aqui, participam, de um modo ou de outro,
da construção de um patrimônio cultural comum”.
GUILHERMINO CUNHA (Reverendo), Presidente
da AELB, via carta. Rio de Janeiro, 29.02.2008: “Ilustre
Confrade Mario Ribeiro Martins- A Academia Evangélica
de Letras do Brasil, através de sua Diretoria, deseja externar
ao brilhante escritor e jornalista, ilimitada gratidão
pela magnífica obra com que agraciou esta Árcade, o
DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DE MEMBROS
DA ACADEMIA EVANGELICA DE LETRAS DO
BRASIL. Tanto pela excelência da apresentação de cunho
bibliográfico, fruto de análise e pesquisas trabalhosas,
quanto bonita obra gráfica, o Dicionário Biobibliográfico
com o qual nos favorece, figurará como régio presente
à AELB pelos seus 45 anos de vida atuante. Assinando
pelo Presidente em Exercício, Acadêmico Guilhermino
Cunha, a Diretora Primeira Secretária, Acadêmica Daria
Gláucia Vaz de Andrade”.
GUIMARÃES LIMA, in O POPULAR. Goiânia, 22
de março de l983: “E poucas academias têm o privilégio
de possuir em seu seio os cultores da Ciência de Platão-
-a Filosofia. Mário Ribeiro Martins será a sua estrela
solitária. Com suas idéias, ele vai abastecer a Academia
Goiana de Letras. Autor de um livro específico sobre o
assunto-o FILOSOFIA DA CIÊNCIA, além de centenas
de artigos publicados em jornais e revistas, sobre os
problemas filosóficos. Mário Martins, escritor, professor
universitário e Promotor de Justiça chega à Academia de
Colemar Natal e Silva com um cabedal de conhecimentos
extraordinariamente grande que só contribui para engrandecer
as letras goianas”.
HAYDÉE JAYME FERREIRA, in CORREIO DO
PLANALTO. Anápolis, 18 de outubro de 1980: “O interessante,
Professor Mário, é que deve ter havido entre nós, uma
comunicação telepática, independente da nossa vontade e
do nosso conhecimento. Lendo os seus artigos, quando da
revisão, aqui na redação do jornal, verifiquei tratar-se de um
mestre da lingua portuguesa, dada a forma escorreita como
escreve e transmite suas idéias. Claro, objetivo, conciso, seu
estilo agrada sobremaneira e permite concluir a razão por
que a sua presença está inserida em jornais como DIARIO
DE PERNAMBUCO, JORNAL DO COMMERCIO DO
RECIFE, JORNAL BATISTA, do Rio de Janeiro, O POPULAR,
FOLHA DE GOIAZ, DIÁRIO DA MANHÃ e tantos
outros espalhados pelo Brasil”.
HÉLIO DE BRITO, in CÂMARA MUNICIPAL DE
GOIÂNIA. Goiânia, 26 de maio de 1999: “Com anuência
do PLENÁRIO, envia correspondência ao escritor Mário
Ribeiro Martins, expressando-se efusivos cumprimentos
deste poder LEGISLATIVO, pelo lançamento do seu livro
DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DE GOIÁS.
Muito nos deixa orgulhosos a ilustre iniciativa de Mário
Ribeiro Martins, ao formular o vasto Dicionário Bio-
bibliográfico de Goiás, obra esta que, sem resquício de
dúvida, irá corroborar com o fortalecimento dos alicerces
sustentadores da literatura goiana. Mais do que um eficiente
meio de pesquisa, o livro possui a notável proposta
de reestruturar e conservar nomes inolvidáveis, responsáveis
pela formação e consolidação da história literária de
Goiás. Além disso, assume a importante incumbência de
difundir o trabalho de escritores de nossa atualidade, que,
por sua vez, jamais deverá se tornar imemorável perante
as gerações seguintes”.
HENRIQUE MENDONÇA, in CONTEXTO CULTURAL,
“LETRAS & LIVROS”, Anápolis, Goiás,
17.01.2008: “O POLIGRAFO MÁRIO RIBEIRO MARTINS.
Um dos escritores mais produtivos de Goiás é o polígrafo
Mário Ribeiro Martins (Ipupiara, Ba, 07.08.1943),
que residiu por muitos anos em Anápolis, desde 1975 e
deu continuidade à sua veia literária, discorrendo sobre
os mais variados assuntos, como já fazia desde bem
jovem e mesmo antes de sua publicação “GILBERTO
FREYRE, O EX-PROTESTANTE” (São Paulo, Imprensa
Metodista, 1972). Em Recife, concluiu bacharelado e
mestrado em Teologia, tendo também estudado Ciências
Sociais e Filosofia e lecionado na Universidade Católica
de Pernambuco, no Seminário Teológico Batista do Norte
do Brasil, na Universidade Federal Rural e na Escola
Superior de Relações Publicas. Estudou na Espanha e foi
Pastor Batista, tanto no Recife, quanto em Anápolis. Mario
Ribeiro Martins é antes de tudo pesquisador dedicado
e disciplinado. O numero de seus livros soma algumas
dezenas, que vão de biografias e historia e sociologia a
filosofia, antologias e dicionários biobibliográficos. Seu
trabalho é de incalculável importância para a memória das
letras em Anápolis, Goiás e Tocantins, porquanto os registros
reunidos em seus livros dificilmente são encontrados
em outras fontes sem grandes dificuldades. Obra lapidar e
de cabeceira de sua autoria é “LETRAS ANAPOLINAS”
(Goiânia, O Popular, 1984), alentado trabalho que reúne
nomes antesinos desde o século retrasado. Publicou
ainda, dentre outros livros, FILOSOFIA DA CIÊNCIA
(Goiânia, Oriente, 1979), SOCIOLOGIA GERAL & ESPECIAL
(Anápolis, Walt Disney, 1980), ESCRITORES
DE GOIAS (Rio de Janeiro, Master, 1996), ESTUDOS
LITERÁRIOS DE AUTORES GOIANOS (Anápolis,
Fica, 1995), DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DE
GOIÁS (Rio de Janeiro, Master, 1999), DICIONÁRIO
BIOBIBLIOGRAFICO DO TOCANTINS (Rio de Janeiro,
Master, 2001), CORONELISMO NO ANTIGO
FUNDÃO DE BROTAS (Goiânia, Kelps, 2004), DICIONÁRIO
BIOBIBLIOGRÁFICO DE MEMBROS
DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS (Goiânia,
Kelps, 2007), RETRATO DA ACADEMIA TOCANTINENSE
DE LETRAS (Goiânia, Kelps, 2005), DICIONÁRIO
GENEALÓGICO DA FAMILIA RIBEIRO
MARTINS (Goiânia, Kelps, 2007), MISSIONÁRIOS
AMERICANOS E ALGUMAS FIGURAS DO BRASIL
EVANGÉLICO (Goiânia, Kelps, 2007), DICIONÁ- RIO
BIOBIBLIOGRÁFICO DE MEMBROS DA ACADEMIA
EVANGELICA DE LETRAS DO BRASIL (Goiânia,
Kelps, 2007), DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁ-
FICO DE MEMBROS DA ACADEMIA GOIANA DE
LETRAS (Goiânia, Kelps, 2007), DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO
DE MEMBROS DO INSTITUTO
HISTORICO E GEOGRAFICO DE GOIAS (Goiânia,
Kelps, 2007), DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO
DE MEMBROS DA ACADEMIA FEMININA DE LE-
TRAS E ARTES DE GOIAS (Goiânia, Kelps, 2008),
DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DE MEMBROS
DA ACADEMIA GOIANIENSE DE LETRAS (Goiânia,
Kelps, 2008), A CONSCIÊNCIA DA LIBERDADE E
OUTROS TEMAS (Goiânia, Kelps, 2008), MANIFESTO
CONTRA O ÓBVIO E OUTROS ASSUNTOS (Goiânia,
Kelps, 2009), ENCANTAMENTO DO MUNDO E OUTRAS
IDÉIAS (Goiânia, Kelps, 2009), CONFLITO DE
GERAÇÕES E OUTRAS PROVOCAÇÕES (Goiânia,
Kelps, 2010). Sua contribuição para a imprensa anapolina
e goiana é também apreciável e seus escritos dentro
das letras jurídicas são cristalinos e de personalidade,
marcados pelo inédito do pensamento. Aposentou-se no
cargo de Procurador de Justiça do Estado de Goiás, em
abril de 1998. Reside atualmente em Palmas, Tocantins
e mantém o site www.mariomartins.com.br
ILDIBAS ANTONIO DO NASCIMENTO (Diretor
Geral do CAB), in CORRESPONDÊNCIA. Recife,
13.02.2007: “Com imensa satis497 fação o Colégio
Americano Batista expressa sua gratidão pelo DICIONÁRIO
BIOBIBLIOGRÁFICO DE MEMBROS DA
ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Enviamos
um carinhoso abraço ao nosso ilustre EX-ALUNO e relembramos
que o CAB continua zelando pela divulgação
dos valores eternos que foram defendidos pelos pioneiros
fundadores desta casa nos idos de 1906”.
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO
BRASILEIRO, via Correspondência. Rio de Janeiro,
29.03.2007: “Dr. Mario Ribeiro Martins, o IHGB, reconhecido
à cativante gentileza de Vossa Senhoria, agradece-
lhe as publicações, a seguir mencionadas RETRATO
DA ACADEMIA TOCANTINENSE DE LETRAS e
DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DE MEMBROS
DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS que enriquecerão
sua biblioteca. Atenciosas saudações, Corrêa
e Castro”.
INOCÊNCIO CANDELÁRIA, in DIARIO DE MOGI.
Mogi das Cruzes, SP, 05 de julho de 1979: “Em sequência
a esse fato, tomamos conhecimento do talento, da cultura
e da produção literária de Mário Ribeiro Martins, escritor,
professor universitário e Promotor de Justiça na cidade de
Anápolis, em Goiás, autor de vários livrosdestacando-se
GILBERTO FREYRE, O EX-PROTESTANTE e FILOSOFIA
DA CIÊNCIA- e nome dos mais expressivos da
cultura goiana, eis que, membro de dezenas de entidades
culturais no Brasil e exterior, além de Presidente da Federação
das Instituições Culturais de Anápolis”.
IRON JUNQUEIRA, in JORNAL O TOPNEWS. Goiânia,
25 de novembro de l996: “A mais completa enciclopédia
de autores goianos, a que mais abrange escritores,
jornalistas e intelectuais, é de autoria de um garimpeiro
tenaz e meticulosamente indagador, o Professor Mário
Ribeiro Martins que escreveu o livro ESTUDOS LITERÁ-
RIOS DE AUTORES GOIANOS e mais recentemente
ESCRITORES DE GOIÁS. Não há quem milite
nas letras que escape desse intelectual que, antes de ser
Promotor de Justiça, devia ser Promotor de Cultura. Seu
livro recebeu avaliação dos mais consagrados críticos e
é conhecido por todo o Brasil, estando presente nas mais
diferentes bibliotecas particulares, municipais, estaduais
e nacionais. Uma coisa se pode garantir: SE ELE NÃO
CONHECE UM ESCRITOR ESTREANTE, ANÔNIMO,
É SÓ POR ENQUANTO. UM DIA ELE VAI BATER À
SUA PORTA OU LHE TELEFONAR”.
ISVALDINO DOS SANTOS, via e-mail (isvaldino@
gmail.com). Rio de Janeiro, 19.02.2010. “Prezado Mário
Ribeiro Martins: Sou leitor dos seus textos e quero parabenizá-
lo por seu trabalho e suas publicações através da
internet. Na oportunidade, peço permissão para citar parte
das informações do vosso texto sobre B. H. Foreman,
o missionário batista que deixou sua terra (Arkansas) e
evangelizou minha cidade (Campos Belos) e região, no
Nordeste Goiano, na década de trinta. Estou preparando
um trabalho sobre “Vida e obra de B. H. Foreman”. Já faz
algum tempo venho recolhendo dados e informações sobre
o mesmo e acredito que estarei brindando a literatura
goiana e aquela região com dados nunca dantes publicado
sobre Foreman. Eu tinha quatro anos de idade quando ele
foi evangelizar em nossa fazenda, a Petrolina, próxima a
Campos Belos, em 1955. Lembro-me como hoje, mesmo
criança, quando ele entrou em casa, colocando na mesa
da sala a sua vitrola (rotação 78) para tocar hinos batistas.
Minha infância em Campos Belos foi ao lado de sua obra
missionária e social, até que aos 14 anos fui para Porto
Nacional, onde fui seminarista de D. Alano, entre 1965
a 1969. Sobre Foreman, lembro-me que após o acidente
com o seu monomotor, os seus ossos chegaram depois a
Campos Belos, sendo enterrado numa tarde no cemitério
local. Lembro ainda, num fim de tarde chuvosa, quando
desabou o seu hangar, num barulho que ecoou fortemente,
ao tempo em que corri para ver os escombros, tendo,
inclusive, furado o meu pé num prego em taboas daquele
hangar. Anos depois (1983), como jornalista, fui trabalhar
na JUERP, editora da Convenção Batista, convivendo
com as principais lideranças batistas e missionárias. Por
fim, estava agora em Jerusalém, entre 6 e 15 de janeiro de
2010, quando conheci um pastor batista de Pernambuco,
que estudou morou nos Estados Unidos; e que conviveu
com B.H.Foreman no Seminário Batista do Nordeste,
em Recife, e estará fornecendo dados importantes sobre
ele para esta publicação. Estou colhendo todos os passos
possíveis de Foreman para esta obra e creio que a citação
de vosso nome será importante para a literatura goiana e
também honrar a sua pesquisa. Sobre Francisco Cardoso
(Chiquinho), ele era o procurador de minha mãe em Campos
Belos, para venda de gado e terra. Meu pai foi dono da
fazenda Fundação (vendida posteriormente aos Meireles),
tendo adquirido depois a fazenda Petrolina, onde conheci
B.H.Foreman pessoalmente pela primeira e única vez.
Outro fato importante, é que estou terminando de colher
dados sobre Dom Alano para uma possível publicação,
pois fui o seu secretário particular por cerca de três anos,
quando cursei o seminário menor em Porto Nacional,
entre 1965 e 1969. Convivi com Dom Alano não só como
seminarista, mas principalmente pelo privilégio, naquele
período, de cuidar do seu escritório dentro do seminário.
Depois que deixei Porto, mais tarde ele optou por morar
em minha cidade, Campos Belos. Após colher dados de
sua história, tem-me intrigado o seguinte fato: o que teria
levado realmente aquele jovem francês trocar Paris pelo
Tocantins e por fim Campos Belos. Após a vida militar,
veja bem que a sua vinda para o Brasil coincidiu com o
crescimento do Nazismo e a Segunda Guerra Mundial.
Estou pesquisando o assunto. Passei por Paris três vezes
rapidamente, numa delas fiz cerca de 500 fotos do Palais
du Versalles e do Louvre, mas pretendo, na próxima vez,
fazer uma pausa maior para colher informações sobre o
seu tempo no exército francês e sobre a sua família em
Saint Servant. Acredito que as impressões publicadas
pelos ex-padre Samuel Aureliano da Silva e o professor
Rui Rodrigues da Silva são dados importantes, mas não
revelam, de forma informativa, o que foi a figura de Dom
Alano Marie Du Noday, principalmente sua presença no
Rio de Janeiro, onde foi professor universitário. Estarei,
portanto, relatando de forma histórica e informativa estas
lacunas, sem agredir qualquer sentimento ou publicações
em torno dele. É isso o que eu pretendo! Se não conseguir,
é porque Deus, o Senhor, não permitiu. Mas como
jornalista e pesquisador, a tarefa está sendo trabalhada
para uma obra de consulta aos pesquisadores e admiradores”.
Pastor Isvaldino dos Santos é Bacharel em Teologia
(IBP), Comunicação Social (UGF), Direito (UGF), Pós-
-graduado em Direito do Estado e Administrativo (UGF).
É assessor parlamentar (Câmara dos Deputados).
IVAN MENDONÇA, in O POPULAR. Goiânia, 28 de
julho de l996: “Já nas melhores livrarias, o livro ESCRITORES
DE GOIÁS, de Mário Ribeiro Martins. O autor,
Professor Universitário, Promotor de Justiça na cidade
de Anápolis, membro da Academia Goiana de Letras,
escreveu um livro para a posteridade, destacando aspectos
interessantíssimos da literatura goiana, além de incursões
pela literatura nacional. Com 815 páginas e mais de 1.800
verbetes, focalizando nomes de pessoas que nasceram,
viveram ou escreveram sobre Goiás. Trata-se de texto de
leitura obrigatória”.
IVES GANDRA DA SILVA MARTINS (Presidente
da Academia Paulista de Letras), in DEDICATÓRIA do
Livro CEM SONETOS. São Paulo, 07.12.2006: “Preza-
do acadêmico Mario Martins, agradeço, sensibilizado, o
obséquio de 2(dois) exemplares(para a Academia e para
mim), de seu belo DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO
DE MEMBROS DA ACADEMIA BRASILEIRA DE
LETRAS, de fina sensibilidade e de importância histórica
para as letras nacionais, retribuindo-lhe com o meu CEM
SONETOS, publicado em 2006”.
JAIME CÂMARA, in O POPULAR. Goiânia, 22 de
março de 1983: “Mário Ribeiro Martins chega à Academia
Goiana de Letras com uma bibliografia interessantíssima.
Poderia discorrer aqui, por muitas horas sobre a
vida e a obra desse cultor da ciência de Platão, tão rica de
exemplos edificantes, tão cheia de episódios que não só o
engrandecem, mas dignificam a Casa que, agora, ele passa
a integrar. Há homens que enchem a sua época, pelas
qualidades que possuem, pela atividade que desenvolvem,
pelos serviços que prestam à coletividade. São expoentes
da cultura, repositórios da sabedoria, da inteligência, do
talento, da criatividade. São homens simples, na maioria
das vezes, mas de uma imensa grandeza de coração.
Mário Ribeiro Martins que hoje transpõe os umbrais da
Academia Goiana de Letras é um desses homens”.
JARLENE SOUZA, in JORNAL DO TOCANTINS.
Palmas, 12.12.2010: “O escritor Mario Ribeiro Martins
reuniu a trajetória e os acontecimentos de duas décadas
de história da Academia Tocantinense de Letras no livro
RETRATO DA ACADEMIA TOCANTINENSE DE
LETRAS(Goiânia, Kelps, 2011). A obra apresenta a
biografia de todos os 40 titulares da Academia e também
de todos os 40 patronos. Segundo Martins, a pesquisa do
livro foi baseada no currículo de cada um, na historia e
obras de cada imortal. Na Academia tem o currículo de
cada um deles, mas fica guardado. Muitas vezes, os alunos
das escolas perguntam sobre os membros da Academia
e fica difícil o acesso a estes currículos. Achei mais fácil
reunir todas as informações em livro, explica o escritor,
acrescentando que a obra está atualizada porque traz a
historia e trajetória do mais novo membro empossado, o
escritor Célio Pedreira”.
JERUZA BORGES, via e-mail. Brasília, DF, 10.06.2007:
“Ontem eu dei uma lida no livro sobre os americanos e
também brasileiros que ajudaram no trabalho evagelístico
no Brasil, e vi sobre D. Zênia, que bom!!! Acho que ela
gostaria de saber. Não sei se vc já se comunicou com ela
ou enviou p/ ela. Nós, eu, Luiz Carlos e Paulo estivemos
com ela em janeiro/2007. Fomos lá em Pirambu onde ela
mora. Ela ficou muito feliz em nos ver e quis notícias suas.
Ela sempre fala em vc, querendo algum contato. Acho que
ela ficaria muito feliz se vc enviasse esse livro e escrevesse
algo p/ ela ou ligasse. Nós ficamos até procupados
porque ela mora só e vive somente com a aposentadoria
dela, parece que as igrejas onde ela trabalhou não a ajudam.
Ela tem uma vida bem simples e acredito que só não
passa dificuldades porque Deus é fiel. A oração dela em
relação a isso é que Lula dê aumento para os aposentados.
Ele deu agora parece-me que 3,5% o que deve representar
uns R$ 20,00 reais de aumento p/ ela que ganha menos
de dois sal. Mínimos. Quanto aos americanos, acredito
que a colaboração deles para o evangelho no Brasil foi
muito valiosa e a homenagem e reconhcimento que vc
faz no seu livro é louvável. Foram eles que trouxeram o
evangelho para nós, colaborando demais com construção
de templos e escolas. Lembrei-me dos americanos
que iniciaram a Faculdade Teológica Batista de Brasília
- FTBB. O Pr Dwey Muholland e sua esposa Edith, a
Miss. Mabel Sheldon iniciaram seu ministério aqui lá no
Piauí, num Instituto Bíblico que foi transferido p/ Brasília
se tornando na FTBB. Eles se aposentaram e voltaram
para os EUA, mas o filho do casal (que nasceu no PI) é
o vice-reitor da UNB - Timothy Muholland. Temos um
outro casal Laurence e Maria Rea que se aposentaram
e escolheram viver aqui em Valparaizo-GO. São boas
lembranças e que bom que alguém reconhece o trabalho
deles. P A R A B É N S!!!”.
J. LEITE SOBRINHO, in JORNAL DA PARAÍBA.
Campina Grande, PB, 12 de novembro de 1981: “ Mário
Ribeiro Martins, Promotor de Justiça, escritor, poeta,
jornalista e professor é um dos mais ilustres nomes das
letras em Goiás, exercendo também outros papéis relevantes
na cultura daquele Estado. Autor de centenas de
artigos em jornais e revistas especializadas, bem como
de dezenas de livros, entre os quais, poder-se-ia relembrar
CORRENTES IMIGRATÓRIAS NO BRASIL,
SUBDESENVOLVIMENTO-UMA CONCEITUAÇÃO
ESTÁTICA E DINÂMICA, ESBOÇO DE SOCIOLOGIA,
SOCIOLOGIA DA COMUNIDADE, etc”.
JOANYR DE OLIVEIRA, in IMAGEM ATUAL. Anápolis,
18 de agosto de 1995: “No último domingo, por
acaso, vi em mãos de um amigo, um exemplar de seu livro
ESTUDOS LITERÁRIOS DE AUTORES GOIANOS.
Tive a grata surpresa de nele encontrar dois verbetes
sobre mim, razão por que me apresso em escrever para
agradecer-lhe pelo privilégio de estar presente em tão
valiosa obra, certamente a mais importante no gênero
editada no Planalto Central. Meus calorosos aplausos
por páginas tão ricas de informações, que passam a ser
de consulta obrigatória, especialmente por escritores,
professores e estudantes de literatura”.
JOÃO ROSA, in O COMERCIÁRIO. Anápolis, 10 de
maio de 1996: “Mário Ribeiro Martins, embora Promotor
de Justiça, dedica boa parte de seu tempo, ao levantamento
das letras em Goiás, daí o seu livro ESTUDOS
LITERÁRIOS DE AUTORES GOIANOS, com mais
de 1.051 páginas, focalizando nomes interessantíssimos
de pessoas que já escreveram livros e estão, de alguma
forma, ligados à literatura goiana. Formado em Teologia,
Filosofia, Sociologia e Direito, além de curso de
Mestrado. Membro da Academia Goiana de Letras, está
também vinculado a várias outras instituições no Brasil
e Exterior”.
JOAQUIM ROSA, in JORNAL OPÇÃO. Goiânia, 18
de maio de 1979: “Moral da história- FILOSOFIA DA
CIÊNCIA- de Mário Ribeiro Martins, é um livro que deve
ser lido até por quem sofre de alergia por filosofias, mas
gosta de aprender, ainda que dobrando o famoso Cabo das
Tormentas, como este escrevinhador. O texto produzido
pelo Promotor de Justiça e Professor Universitário de
Anápolis é extraordinário e tem recebido os melhores elogios.
Quanto a mim, continuo com o mesmo pensamento
sobre o assunto: A FILOSOFIAÉ TÃO IMPORTANTE
PARA A VIDA, QUE A VIDA, SEM ELA, SERIA A
MESMA COISA”.
JOEL DE SANT’ANNA BRAGA (Presidente do Colégio
de Procuradores de Justiça), via Correspondência.
Goiânia, 28.03.1983: “Cumpre-me, em virtude de decisão
unânime desse Colendo Colégio de Procuradores, apresentar
a Vossa Excelência, congratulações pelo ingresso
brilhante e merecido na Augusta Academia Goiana de Letras,
o que enobrece e dignifica a Instituição do Ministério
Publico Goiano, fileiras a que pertence o nobre colega,
como Promotor de Justiça da Comarca de Anápolis. Ao
ensejo, receba os cumprimentos do Colegiado, com os
protestos de elevada estima e apreço”.
JOSE BRITTO BARROS (prj33arros@ig.com.br), via
e-mail. João Pessoa, Paraiba, 25.12.2008: “Pastor Dr. Mário,
Cordiais saudações. Como vai aquele sorriso? Sempre
que menciono ou escrevo teu nome é só o que me chega ao
pensamento....Desejo que o Natal e as comemorações do
fim de ano te tragam muito prazer. Para não tomar muito
do teu tempo aí vai o meu poema de Natal e outros escritos
assim como notícias da Cruzada que continua em franca
atividade. Deus te bendiga sempre. Não esqueci que me
prometeste responder aquela carta... quem sabe um dia ela
chegará ANTES DE EU PARTIR pois depois tudo será
perfeito e já não precisaremos de mais nada deste vale
de lágrimas. Eu te amo, meu prezado e querido rapaz de
outrora, do qual sempre recordo com amor e saudades.
Pastor Britto”.(Veja carta do Pastor Brito, no meu orkut,
no album FOTOS INTERESSANTES).
JOSÉ DE MOURA FILHO, in IMAGEM ATUAL.
Anápolis, l2 de setembro de l996: “Foi motivo de júbilo
para este Desembargador receber tão importante obra,
aqui em Palmas, no Tribunal de Justiça do Tocantins,
intitulada ESCRITORES DE GOIÁS, de sua autoria,
publicada agora em l996. Trata-se, na verdade, de livro
indispensável para conhecermos melhor a história e os
valores literários dos escritos e escritores de nossa região,
incluindo nomes de relevância tanto em Goiás quanto
no atual Estado do Tocantins. Continue, nobre escritor
Mário Ribeiro Martins, pois o seu continuar é também o
seu preservar na imortalidade”.
JOSÉ DOS REIS PEREIRA, in JORNAL BATISTA.
Rio de Janeiro, l5 de novembro de 1972: “Mário Ribeiro
Martins foi lançado por este jornal com uma série de
artigos sobre Gilberto Freyre e sua adolescência religiosa,
sendo hoje, um dos melhores articulistas deste e de
outros órgãos da imprensa nacional. Quanto ao seu livro
recentemente lançado, o GILBERTO FREYRE, O EX-
-PROTESTANTE, publicado pela Imprensa Metodista,
em São Paulo, é o resultado da série de artigos produzidos
por Mário Martins, tanto para este jornal, como para o
JORNAL DO COMMERCIO, do Recife, focalizando a
adolescência protestante de Gilberto Freyre vivida, tanto
no Brasil quanto nos Estados Unidos da América”.
JOSÉ FARIA NUNES, in JORNAL DA TERRA. Caçu,
Goiás, 15 de setembro de 1999: “Ao ser lançado em Caçu,
no dia 26 de agosto de 1999, alcançou extraordinário
sucesso, o livro do Procurador de Justiça e Escritor Mário
Ribeiro Martins. Trata-se do DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO
DE GOIÁS, com 1230 páginas e 2.500
biografias. É um trabalho esmerado que retrata pessoas
que nasceram, viveram ou passaram pelos Estados de
Goiás e Tocantins e que, efetivamente, tiveram os seus
livros individuais publicados, entre os quais, o autor desta
nota, caçuense nato, que publicou seu primeiro livro com
o título: CAÇU-UMA CULTURA EM ASCENSÃO”.
JOSÉ JAMIL FERNANDES MARTINS, Presidente
do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins, via Correspondência.
Palmas, 17.11.2005: “Agradeço a gentileza
do livro de sua autoria RETRATO DA ACADEMIA
TOCANTINENSE DE LETRAS, oportunidade em que
parabenizo-o pela obra e apresento meus sinceros votos de
pleno e continuado êxito na carreira literária, já tão bem
solidificada através de livros como DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO
DO TOCANTINS, DICIONÁRIO
BIOBIBLIOGRÁFICO DE GOIÁS, CORONELISMO
NO ANTIGO FUNDÃO DE BROTAS e muitos outros”.
JOSÉ MENDONÇA TELES, in GENTE & LITERATURA.
Goiânia: UCG, 1983, página 127: “As obras de
Mário Ribeiro Martins refletem a inquietação de um moço
diante de um mundo em constante movimentação, com
bruscas e amargas transformações, e, como testemunho
de seu tempo, acredita na força da criação literária, como
medida capaz de conduzir os homens às universalidades
da cultura e do pensamento. Sua vida literária é das
mais profícuas. Participante ativo de vários congressos
e seminários sobre cultura, tem prestado excelente
contribuição, como articulista, nos jornais e revistas de
Goiânia, Anápolis, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e
Rio Grande do Sul, entre outros, escrevendo sobre temas
sociológicos, educacionais, filosóficos, teológicos,
econômicos, psicológicos e de crítica literária. Seu livro
LETRAS ANAPOLINAS é uma antologia que fica e há
de ensebar-se nas mãos do tempo, pois só se conhece a
história de uma cidade, depois de conhecer a história dos
homens que a cantaram em prosa e verso”.
JOSÉ PEREIRA DA COSTA, in BOLETIM INFORMATIVO
DA AGMP. Goiânia, 10 de novembro de 1984:
“Lançado, em reunião festiva nesta Associação, o livro
LETRAS ANAPOLINAS, de autoria do ilustre colega
Promotor de Justiça Mário Ribeiro Martins. Com prefácio
do Ex-Procurador Geral de Justiça do Estado de Goiás, Dr.
Ursulino Tavares Leão e notas de orelha do escritor José
Mendonça Teles, o texto é uma antologia muito bem cuidada,
de poesia e prosa, com mais de seiscentas páginas
e cerca de duzentos nomes estudados, entre jornalistas,
poetas e escritores da próspera cidade de Anápolis, onde
o autor se destaca também como Professor Universitário”.
JOYCE ESTUMANO, via correspondência. Santa Luzia
do Pará, Pará, 17.08.2010: “Querido escritor Mario
Martins. Peço-lhe desculpas pela minha demora em lhe
responder. Primeiro, ocorreu a greve dos professores e a
escola ficou paralisada. Segundo, com a volta às aulas,
tive de fazer muitos trabalhos escolares. Agradeço pelo
livro que você me enviou. Eu e o meu Clube ficamos
muito felizes. Já li com muita atenção e carinho, com toda
a satisfação de uma leitora, ao ganhar um livro de tal importância,
de um autor tão sublime e especial como você.
Espero que continuemos nos correspondendo. Continuo
esperando sua visita em minha cidade. Venha nos dar a
honra de conhecê-lo pessoalmente. Abraços com todo
respeito e carinho, de sua leitora e eterna fã”.
JUAREZ MOREIRA FILHO, in PERFIL DA ACADEMIA
TOCANTINENSE DE LETRAS. Palmas, 2004:
“Mário Ribeiro Martins, Procurador de Justiça, ensaísta,
dicionarista, historiador e pesquisador brasileiro. Portanto,
trata-se de um homem culto, preparado e que pertence
a várias entidades culturais, sociais e de classe. É membro
de dezenas de academias, excelente conferencista, orador,
pesquisador assíduo, jurista, sociólogo, filósofo, teólogo
e educador. Tomou posse como membro da Academia
Tocantinense de Letras, na minha gestão como Presidente,
no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil, em
Palmas, no dia 05.04.2002”.
JUCA FERNANDES (Produtor e Diretor de TV), via
e-mail: “Caro Mario Ribeiro Martins, foi com extrema
alegria que encontrei na internet, o verbete escrito pelo
senhor sobre o Arquiteto e Urbanista Atílio Correia Lima.
Fiquei feliz, pois são muito poucas as informações que
consegui até agora sobre este homem que desenhou o
traçado urbano e alguns prédios públicos de Goiânia.
Gostaria muito de sua colaboração neste resgate que
pretendo fazer. Realizarei no mês de julho de 2007, uma
viagem para filmar em Miami(prédios art decô), em
Washington(traçado urbano), Londres(traçado urbano),
Paris(Sorbone) e Roma(cidade natal de Atílio). No Brasil,
Volta Redonda(traçado urbano), Universidade Federal do
Rio de Janeiro(Escola de Belas Artes), etc”.
JUCA MACHADO, via e-mail. Ibipeba, Bahia,
13.05.2008: “Sou cidadão de Ibipeba-BAHIA. Acabei
de ler sua matéria no site Usina de Letras sobre a Barragem
de Mirorós. Concordo com você e acho uma falta
de organização e interesse do Governo do Estado que
deixa uma obra tão valiosa para o município de Ibipeba
, para a toda a micro-região de Irecê e para o próprio
Estado da Bahia, de uma certa forma, sub utilizada. Não
se aproveita quase nada, não se comenta, não se discute,
não se movimenta muito para fazer qualquer coisa. Estou
desenvolvendo agora o site da Prefeitura Municipal de
Ibipeba e pretendo colocar um especial sobre Mirorós:
o povoado, a barragem, a produção, etc. Quando estiver
pronto espero que possa dar uma olhada”.
JULIMAR RIBEIRO, via e-mail. Xique-Xique, Bahia,
06.03.2011: “Realmente, Mario Ribeiro Martins, o que
você possui de arquivo é um grande tesouro.Meu pai
sempre comenta sobre estas pessoas que o marcaram.Tem
todos vocês no coração, ama-os muito.Assim como todos
nós.É bom ver como estão atualmente nossos parentes,
como eram os mais idosos, como eram os já falecidos.E
como são alguns que embora não os conheça pessoalmente,
são importantes, pois, família é um laço inquebrável
e embora distante, o laço puxa-nos com suavidade e carinho,
esperando estar em um momento em uma posição
do referido objeto, em que estejamos próximos dos que
no momento estão afastados.” J
JULIMAR RIBEIRO, via e-mail. Salvador, Bahia,
05.09.2011. “Você mais do que escreve, pois, seu talento
não pode ser tido como simples escrever, pois, trazer a nós
tantas coisas fantásticas, você eterniza tudo que executa
em papel, Word, seja lá onde for. Na verdade, você quis
dizer: Posso continuar a eternizar meus pensamentos,
para você que é extraordinário, talvez seja um simples
ato, mas para seus leitores, um marco de grande produtividade
literária”.
JULIO ALVES, in FOLHA DE GOIAZ. Goiânia, 13 de
março de l982: “SOCIOLOGIA GERAL & ESPECIAL
é o mais novo livro do professor Mário Ribeiro Martins.
Com mais de quatrocentas páginas, o compêndio aborda
os principais temas da disciplina. Trata-se, na verdade,
de uma outra dimensão didática da Sociologia, em são
focalizados assuntos como o ÂMBITO GERAL DA
SOCIOLOGIA, CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA,
CATEGORIAS SOCIAIS, DESENVOLVIMENTO
E URBANIZAÇÃO, SOCIOLOGIAS ESPECIAIS, SOCIOLOGIA
E DIREITO, A SOCIOLOGIA NO BRASIL
E EM OUTROS PAISES”.
LAILA NAVARRETE, in JORNAL OPÇÃO. Goiânia,
12 de março de 1995: “Do Promotor de Justiça de Anápolis
e Escritor Mário Ribeiro Martins, recebemos o livro
ESTUDOS LITERÁRIOS DE AUTORES GOIANOS,
levantamento completo da literatura goiana, incluindo até
Dicionário de escritores, com 1.051 páginas, em que um
dos 1.500 verbetes, biografa a autora desta coluna que,
nos idos de 1974, publicou o livro de poesias ESPELHO
FOSCO, com prefácio de Ursulino Leão e notas de orelha
de Anatole Ramos”.
LEILA MICCOLIS, in BLOCOS. Rio de Janeiro, 15 de
agosto de 1995: “ESTUDOS LITERÁRIOS DE AUTORES
GOIANOS é o mais novo livro de Mário Ribeiro
Martins, contendo 1051 páginas(não é erro gráfico não:
são 1051 páginas, mesmo!), abrangendo Dicionário
Biográfico dos Escritores de Goiás, além de textos do
autor sobre personalidades da Literatura Nacional, do
Evangelismo Brasileiro, do Ministério Público, da Academia
Goiana de Letras, incluindo entrevistas culturais,
prefácios, referências literárias, bem como relação das
obras publicadas pelo autor nas mais diferentes áreas”.
LENA BORGES, in FOLHA POPULAR. Palmas, Tocantins,
17.10.2004: “CORONELISMO NO ANTIGO
FUNDÃO DE BROTAS” é um resgate histórico dos
Coronéis da Chapada Diamantina, Bahia, onde Mario
Ribeiro Martins homenageia sua terra natal que hoje
tem o nome de Ipupiara e tambem seus bisavós, antigos
Coroneis da Guarda Nacional, entre os quais, Coronel
Isidório Ribeiro dos Santos, que foi Comandante do 298º
Batalhão de Infantaria da Guarda Nacional, sediado na
Chapada Velha, Bahia, entre os anos de 1918 a 1930”.
LENNA BORGES, in JORNAL DO TOCANTINS.
Palmas, Tocantins, 10.06.2007: “Livro retrata missionários
americanos. O escritor Mario Ribeiro Martins,
membro da Academia Goiana de Letras e da Academia
Tocantinense de Letras, autor do DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO
DE MEMBROS DA ACADEMIA
BRASILEIRA DE LETRAS, lançou, recentemente, o
livro MISSIONÁRIOS AMERICANOS E ALGUMAS
FIGURAS DO BRASIL EVANGÉLICO, em Goiânia e
Anápolis. A obra já está nas livrarias de Palmas”.
LEONICE PESCI VIDOTTO, in JORNAL DA COMARCA.
Osvaldo Cruz, SP, 25 de agosto de 1995: “Seu
livro ESTUDOS LITERÁ506 RIOS DE AUTORES
GOIANOS é obra-prima que faz o Brasil se orgulhar
de seu autor. Para reunir autores tantos e desenvolver o
trabalho em si, só mesmo um gênio escolhido pelo olhar
de Deus. Seu carisma floriu a messe cultural brasileira...
e, ao me incluir... me fez também a sua jornada, caminho,
incentivo e esperança. Lutador sem fronteiras, Mário Ribeiro
Martins, além de tudo, é um ser humano consciente
de sua importante missão no mundo”.
LIBERATO PÓVOA (JOSÉ LIBERATO COSTA
PÓVOA), in FOLHA DE ANÁPOLIS. Anápolis, 27 de
janeiro de 1998: “Mário Ribeiro Martins, conceituado
estudioso da literatura e autor de incontáveis obras nos
campos da Sociologia, Biografia, História, Literatura,
Filosofia e outros, além de ensaísta, crítico literário, traz
a público sua valiosa obra ESTUDOS LITERÁRIOS DE
AUTORES GOIANOS, que vem preencher uma grande
lacuna nesta parte específica da literatura. A par de trazer
um estudo biobibliográfico de centenas de autores das
mais diferentes procedências, mas que produziram frutos
em Goiás e no Tocantins, mostra ser uma obra imprescindível
a todos os que militam no campo literário, mormente
da pesquisa, demonstrando, de forma irrefutável, a
riqueza literária e cultural de que são detentores estes dois
Estados. É uma obra de referência, não só pela pesquisa
séria que levou a sua publicação, mas também porque
mostra as diversas facetas deste literato, que considero
polivalente, posto que desincumbe com a mesma desenvoltura
e versatilidade nos diversos campos em que atua,
haja vista os ensaios e estudos que compõem a metade
das mais de mil páginas desta obra, que mostra tratar-se
de um autor consciente, imparcial, que sabe escrever e- o
que é mais importante- gosta do que faz, porque faz bem”.
LICÍNIO LEAL BARBOSA, in O POPULAR. Goiânia,
16 de junho de 1986: “Em primeiro lugar, os cumprimentos
pelo paciente levantamento dos autores que
produziram literatura na acolhedora cidade de Anápolis.
Gostaria, em seguida, de lhe agradecer a lembrança de
me haver incluído o nome entre os escritores anapolinos,
cidade que considero o meu berço goiano. Louvo-lhe, por
último, o contributo que oferece ao estudo da literatura
goiana, através do livro JORNALISTAS, POETAS E
ESCRITORES DE ANÁPOLIS, na qual a Manchester
Goiana se situa com destaque, augurando-lhe continuar
na pesquisa e na divulgação da literatura goiana, com a
segurança que o caracteriza”.
- 225 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
LIVALDO FREGONA, via e-mail. Imperatriz, MA,
12.07.2007: “Caro Mário Martins- Não imagina a inveja
que sinto de sua coragem e disposição em produzir tanto
e em tão boa qualidade. Entreguei os destinados à Biblioteca
da Academia Imperatrizense de Letras e estou lendo
o que a mim foi oferecido. O presidente Agostinho Noleto
fez constar em ata e disse que correspondentes como você
e o Zacarias nada ficam devendo aos melhores membros
fundadores de nossa entidade. Agradecemos, pois, de
coração, sua participação e ajuda. Que Deus continue
mantendo em você essa coragem de garantir às gerações
futuras, tanta história que o tempo corrói”.
LIVALDO FREGONA, em 30.04.2010, via e-mail:
“Caro Mário Martins: Exatamente quando eu tomava
o carro para seguir para o aeroporto, a campainha do
portão tocou: era sua grande e pesada caixa de livros
que, mais uma vez chegava. (Estive no Espírito Santo,
mais precisamente na cidade de Linhares, onde mora boa
parte de meus familiares. Passei lá quase 40 dias. Daí o
atraso em lhe comunicar o recebimento.) Nem sei como
agradecê-lo pela deferência, mas o certo é que gostaria
de ser um mago das palavras para expressar o quanto
lhe sou grato por, todas as vezes, merecer sua lembrança.
Admiro, sobremaneira, seu fôlego em produzir tanta
literatura, salvaguardar tantos fatos históricos, passando
para a posteridade, fatos e pessoas que se destacaram
nos mais diversos cenários da vida. A Academia Imperatrizense
de Letras agradece penhoradamente os livros
que enviou para a Biblioteca ; os acadêmicos que foram
listados, também. Os livros excedentes foram disputados
pelos presentes à reunião. Enfim, nossos parabéns pelos
trabalhos realizados; parabéns pela coragem e espírito
- 226 -
Mário Ribeiro Martins
de trabalho; parabéns por ser um dos nossos membros
correspondentes mais ativos e produtivos. E aqui vale
registrar o desabafo cheio de humor de um de nossos
acadêmicos: “O Martins é um jumento para escrever”.
Aqui se traduz como um grande elogio. Obrigado e...
vamos que vamos”.
LUCÉLIA BRAZ DA CUNHA, in O POPULAR. Goiânia,
17 de março de 1995: “O escritor baiano- radicado em
Anápolis desde 1975, onde exerce o cargo de Promotor
de Justiça e Professor Universitário-Mário Ribeiro Martins
acaba de lançar mais uma obra. Desta vez, ele apresenta
o livro ESTUDOS LITERÁRIOS DE AUTORES
GOIANOS, onde reúne, em um só volume de mais de
mil páginas, produções literárias publicadas em Jornais,
Revistas e Livros, além de um bem elaborado DICIONÁRIO
BIOBIBLIOGRÁFICO DOS ESCRITORES DE
GOIÁS, focalizando, em órdem alfabética pelo nome de
batismo, mais de mil e quinhentos autores que nasceram,
viveram ou escreveram sobre as terras goianas”.
LUCIANE GOEBEL, in JORNAL DO TOCANTINS.
Palmas, 24 de junho de 1999: “O escritor Mário Ribeiro
Martins acaba de lançar o DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO
DE GOIÁS(Editora Master), uma obra completa
que registra vida e obra de autores que nasce508
ram, viveram ou passaram pelo Estado, a partir do século
XVIII. São 1.230 páginas e mais de dois mil verbetes,
resultantes de quase três anos de pesquisa. O autor também
faz referência a Sebastião Rocha Lima, pai de Luiz
Fernando Rocha Lima, ex-diretor geral da Organização
Jaime Câmara no Tocantins”.
- 227 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
LUIZ CARLOS MENDES, in CORREIO DO PLANALTO.
Anápolis, 19 de janeiro de 1980: “ Em virtude
desta divulgação realizada pela Editora Oriente, o professor
Mário Ribeiro Martins vem tendo suas obras-entre as
quais FILOSOFIA DA CIÊNCIA-conhecidas em outros
países e também laureadas. É o caso da honraria recentemente
recebida, qual seja, o DIPLOME DE MEMBRE
D’HONNEUR, do Club des Intellectuels Français, em
Paris, França, bem como ainda, a distinção LIDER DE LA
FECHA SIMBOLO, da Comissión Argentina Permanente
Pro 20 de Julio, em Buenos Aires”.
LUIZ GINTNER, via Correspondência. Rio de Janeiro,
20.01.2008: “Mario Ribeiro Martins, de surpresa em surpresa!
Mais um magnífico Dicionário Biobibliográfico.
Desta vez do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás.
Procurei com afinco o nome do Sócio Honorário Luiz J.
Gintner, mas não o achei. Quando estive em Goiânia há
alguns anos a convite do IHG dei uma palestra no mesmo
e fiz doação de (uma primeira edição) de uma obra rara
de um viajante britânico. Apresentado pelo nosso amigo
Getúlio fui indicado membro honorário do Instituto, tendo
na ocasião sido contemplado com uma pintura de Fé
Córdula, que se encontra na parede de minha sala. Bons
momentos. Certamente, esqueceram de fazer o devido
registro, eis que meu nome não se encontra no seu Dicionário
e nem no site do Instituto, na Internet.”
LUIZ OTÁVIO SOARES, in O POPULAR. Goiânia,
19 de junho de l979: “O Promotor de Justiça e Professor
Universitário Mário Ribeiro Martins lançou há pouco o
livro FILOSOFIA DA CIÊNCIA, editado pela Oriente.
É um trabalho de novas proposições didáti509 cas, con-
228 -
Mário Ribeiro Martins
tendo, inclusive, um pequeno dicionário filosófico, além
de temas atuais, entre os quais, a questão da filosofia e
da liberdade, reflexões sobre o homem e os movimentos
filosóficos com repercussão no Brasil, daí a razão por
que o livro tem recebido os melhores elogios da crítica
especializada”.
LUIZ PIMENTEL, Goiânia, 15.07.2008, via e-mail:
“Quero mais uma vez agradecer pela sua gentileza em
presentear-me com esta obra. Sinto-me bastante honrado e
ficaria feliz se algum dia me fosse possível retribuir. Aproveito
para parabenizá-lo pelo trabalho. Ficou magnífico,
a meu ver, bem além da minha expectativa. Aproveito
também para perguntar se posso fazer uma foto da capa
e expor no site da Academia”.
MARA ROBERTA, in JORNAL DO TOCANTINS.
Palmas(TO), 01.10.2002: “Autores na Internet. Quem
ainda não teve a oportunidade de ler o DICIONÁRIO
BIOBIBLIOGRÁFICO REGIONAL DO BRASIL, do
escritor Mário Ribeiro Martins, poderá fazê-lo pela web.
É só acessar o site www.usinadeletras.com.br ou www.
mariomartins. com.br. O referido Dicionário é uma obra
extremamente necessária. Através dele é possível conhecer
a biografia e a obra literária de centenas de pessoas que
publicaram livros, nascidas ou que viveram ou passaram
pelos Estados de Goiás e Tocantins, além de outras regiões
do Brasil”.MARCELO TOSTA, in EMAIL 01@FFE.
MAR.MIL.BR (COMANDANTE). Rio de Janeiro, 02 de
fevereiro de 2000: “Apraz-me, sobremodo, comunicar a
aquisição do DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DE
GOIÁS, uma magnífica obra que retrata a pujança da
literatura goiana e do Tocantins, por herança. Laços de
- 229 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
amizade ligam-me a Tocantins, pela especial deferência
da Turma 1999 da Associação dos Diplomados da Escola
Superior de Guerra-ADESG. Assim, agradeço ter tido
a oportunidade de conhecer melhor Goiás e Tocantins,
através de seu extraordinário livro”.
MARCO MACIEL (Senador), via correspondência.
Brasília, DF, 18.07.2007: “Ao prezado Acadêmico Mário
Ribeiro Martins, tenho a satisfação de registrar o recebimento
do livro MISSIONÁRIOS AMERICANOS E
ALGUMAS FIGURAS DO BRASIL EVANGÉLICO,
enriquecido com amável dedicatória. Cumprimentando-o
pela obra, agradeço a gentileza com que me distinguiu”.
MARCUS TULIUS CICERO BARROS LOUREIRO,
via e-mail. Gurupi, Tocantins, 21.12.2010: “Terminei de
ler seu livro antes de ontem. Obrigado por me presentear
com esta obra maravilhosa. O livro “Gilberto Freyre, o
ex-protestante” é fruto de uma pesquisa profunda nos
arquivos de igrejas. Assemelha-se a procurar agulha em
um palheiro. Mas, este é o aspecto que caracteriza o pesquisador.
Ele traz às pessoas informações há muito caídas
no esquecimento. Um parágrafo foi de especial agrado:
“Somente levado por um tolo narcisismo pode o grande
estudioso nacional isentar-se da contribuição protestante
para a sua formação nos diversos aspectos da vida.” Seu
tom de relato dos fatos e finalização de que ele poderia ter
contribuído com este aspecto de sua vida foi fantástico.
A descrição de uma personalidade importante não pode
isentar-se de seus aspectos negativos. Se fizesse tal coisa,
não seria descrição. É um prazer conhecê-lo. Grande
abraço. Feliz Natal e Feliz 2011.”
- 230 -
Mário Ribeiro Martins
MARIÁ SOARES, in JORNAL DO TOCANTINS. Palmas,
23 de março de 2000: “O Procurador de Justiça e
escritor Mário Martins pretende ainda este ano elaborar o
Dicionário Biobibliográfico do Tocantins. Neste sentido,
Martins está recebendo doações de livros e biografias
de escritores para comporem o dicionário. A proposta é
dar continuidade ao DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁ-
FICO DE GOIÁS que ele elaborou em 1998. O nome
do governador José Wilson Siqueira Campos está no
dicionário de Goiás, na página 1038, por ter escrito o
excelente livro “GOIÁS E O EMERGENTE ESTADO
DO TOCANTINS”.
MARIA ELIZABETH FLEURY TEIXEIRA, in IMAGEM
ATUAL. Anápolis, 31 de março de 1995: “Fiquei
realmente surpresa e encantada com seu livro ESTUDOS
LITERÁRIOS DE AUTORES GOIANOS. Verdadeira
obra prima, de minunciosa pesquisa e de valor inestimável
para a literatura goiana, especialmente para seus
estudantes e estudiosos. Parabéns pelo fôlego de longo
alcance. De coração, agradeço as bonitas palavras sobre
mamãe e sua obra. Sei que ela nos acompanha de perto
e também está contente com seu livro”.
MARIA THEREZA CAVALHEIRO, via carta. São
Paulo, 28.04.2011: “Escritor Amigo Mario Ribeiro Martins.
Recebi, sensibilizada, seu livro RAZÃO DO MEU
VIVER E OUTRAS AMENIDADES(Goiânia, Kelps,
2011), em bem cuidada edição e revisão. Felicito o escritor
amigo por mais essa obra de grande envergadura, que
dá bem a dimensão de sua cultura, espírito de pesquisa,
amor às suas raízes e criatividade. Felizmente o acidente
de avião não nos privou de contar com seu talento, a
- 231 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
bem da literatura pátria e da sua distinta família. Foi bom
também conhecer mais de suas atividades pessoais e de
suas andanças por este nosso mundo, sempre norteado
pela palavra de Deus. Renovo agradecimentos pelo meu
enfoque na internet, feito com muito cuidado por seu irmão
Filemon, e agora incluído na página 177 de seu novo
livro, o que muito me honra. Fico-lhe grata por todas as
atenções e que Deus o conserve nesse luminoso caminho.
Desejo-lhe alegria, felicidade e sucesso, cordialmente,
Maria Thereza Cavalheiro, Caixa Postal, 1944, Agencia
Central, São Paulo, SP, 01031-970”.
MARIETTA TELES MACHADO, in O POPULAR.
Goiânia, 25 de junho de 1978: “De todos os que se manifestaram
sobre a minha obra em conjunto, nenhum nela
penetrou com mais sabedoria, com mais profundeza, com
mais inteligência, dizendo exatamente o que sou e penso,
do que Mário Ribeiro Martins. Promotor de Justiça e Professor
Universitário, seu trabalho como crítico literário,
tem sido dos mais profícuos, focalizando e estudando os
diferentes nomes da literatura goiana, desvendando-lhes
os segredos, bem como interpretando- os para o mundo
literário”.
MARIINHA MOTA, in PRESENÇA DE LORENA. Lorena,
SP, 09 de novembro de 1978: “O livro GILBERTO
FREYRE, O EX-PROTESTANTE, do ilustre mestre de
Anápolis, Mário Ribeiro Martins, é um documentário
importante de fatos até então desconhecidos da crítica,
sobre a religiosidade, nos primeiros anos de existência,
do conhecido autor de CASA GRANDE & SENZALA.
Publicado pela Imprensa Metodista, em São Paulo, o
texto se apresenta como excelente contribuição para se
- 232 -
Mário Ribeiro Martins
conhecer melhor a história da vida de um dos homens
mais notáveis deste país, o sociólogo e antropólogo Gilberto
de Mello Freyre”.
MARILENE DANTAS, Diretora da Escola Municipal
Olga Benário, via orkut. Palmas, 30.10.2011:“Olá Mário!
Obrigada pelo carinho. Li sobre a Olga no seu blog. Mas
devo dizer a você que li o livro Olga Benário de Fernando
Morais, quando eu tinha 13 anos. Foi uma leitura cheia
de descobertas, que marcaram profundamente a minha
inserção no mundo da política. Conheci os porões da
ditadura e o perigo de exercer a liberdade num estado
ditatorial. Enfim eu era muito menina, acredito que essa
leitura foi um divisor de águas na minha formação. Abraços
para você. Seu blog é muito rico. Parabéns”. Muito
obrigado pela visita. Volte sempre. Com estima, Mario.
Leia sobre a Escola Olga Benário no meu blog(WWW.
BLOGDOMARIOMARTINS.ZIP.NET) e tambem no
NETLOG(//PT.NETLOG.COM/MARIORMARTINS.
Parabens pela sua palestra no PENSAR.
MARINEUSA RIBEIRO, in FOLHA DE GOIAZ. Goiânia,
24 de julho de 1982: “O Promotor de Justiça Mário
Ribeiro Martins se destaca em todos os setores culturais
de Anápolis, daí a razão por que foi eleito o MELHOR
DO ANO, EM LITERATURA, pelo Clube de Imprensa
de Anápolis e também DESTAQUE DO ANO, na mesma
área, pelo jornal TOP NEWS, de Goiânia. Autor de
vários livros, entre os quais, FILOSOFIA DA CIÊNCIA,
SOCIOLOGIA GERAL & ESPECIAL, tem contribuido
para a divulgação do nome de Anápolis, no Brasil e exterior,
através das entidades culturais, de que é membro
honorário e correspondente”.
- 233 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
MARISTELA RODRIGUES, via e-mail. Anápolis,
07.02.2012: “Como fiquei feliz ao receber os seus livros
, foi o presente mais especial que já recebi. Saiba que
você é uma PESSOA QUE ADMIRO muito, alguém
REALMENTE ESPECIAL, e receber esta SURPRESA
fez o meu dia muito mais feliz. Tomara que a gente
continue assim, sempre trocando gestos de AMIZADE
e CONSIDERAÇÃO. Acho que a gente deveria viver
assim, DISTRIBUINDO PALAVRAS AMIGAS e fazendo
com que a AMIZADE se alastre pelo mundo. As
palavras são impregnadas de VIBRAÇÕES, por isso não
devemos PERDER nenhuma oportunidade de manifestar
bons sentimentos. SEJA MUITO FELIZ...Neste mundo
multifacetado, Onde o conhecimento é o único bem
que não pode ser roubado. Sinto-me feliz em receber
livros tão magnificos , que nem sei por onde começar ,
estou como uma criança que acaba que ganhar vários
presentes de Natal , é não sabe com qual brincar primeiro,
fica encantada olhando para todos sem se decidir !
Assim estou eu, agora, os livros na minha frente, pego
um veio o prefácio, mais vejo a titulo de outro, quero
lê todos ao mesmo tempo ,o que é impossivel!!!Estou
fascinada , diante de todos os seus livros, e que todo o
seu conhecimento!!! E eternamente grata, meu querido
mestre, nos meus tempo de faculdade tantos ensinamentos
deixou em minha alma! Nesta etapa de minha
vida Vivo um momento de transição! Não sou mais uma
mera aprendiz, é Sou agora do mestre tambem tenho a
honra de ser uma amiga . O conhecimento nos agrega!
O conhecimento nos torna Vencedores de todas as etapa
da nossa vida. A você que muito me influenciou Desejo
espelhar-me na sua postura No seu modo de conduzir
a vida . Na sua desenvoltura. Obrigado querido mestre
- 234 -
Mário Ribeiro Martins
amado, Pela resiliência, Parabéns pela inteligência, E
sua grandiosa competência, É incrível a sua força de
vontade, Obrigado por despertar em mim A sabedoria
adormecida A criatividade esquecida . Por me fazer entrar
nos sonhos , nas histórias , que os seus livros nos leva.
MUITO OBRIGADA !!!”.
MÁRIO SOUTO MAIOR, in O ANÁPOLIS. Anápolis,
30 de abrilde 2000: “Trata-se do excelente DICIONÁRIO
BIOBIBLIOGRÁFICODE GOIÁS, de Mário Ribeiro
Martins que, em boa hora, me veio ter às mãos, no momento
exato em que estou trabalhando na segunda edição
do nosso Dicionário de Folcloristas Brasileiros. Pesquisando
no trabalho de Mário R. Martins encontrei mais
de vinte folcloristas goianos. E o nosso dicionário estava
muito pobre de folcloristas de Goiás. O DICIONARÃO,
de Mário Martins, só tem um inconveniente- não pode
ser lido na cama, como é do meu costume, eis que tem
cerca de 1230 páginas”.
MERVAL ROSA, via e-mail. Recife, 15.06.2007:
“Acompanho com muita alegria sua rica produção literária.
Muito grato pelos livros que doou para o STBNB
e para o velho professor e amigo que lhe tem grande
admiração. Que Deus continue a abençoar esse relevante
ministério que você exerce. O STBNB se sente muito
honrado por ter no rol de seus ex-alunos um autor de seu
nível que muito honra nossa instituição. Muito obrigado
por tudo que tem representado para o STBNB. Esperamos
que sua produção científica seja uma inspiração para
muitas vidas. Um abraço fraterno de seu velho amigo e
professor, Merval Rosa”.
- 235 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
MIGUEL JORGE, in O POPULAR. Goiânia, 25 de junho
de 1978: “Está surgindo um novo crítico literário em
Goiás, Mário Ribeiro Martins, ocupando-se dos escritores
goianos com um carinho especial e fazendo um levantamento
crítico da literatura feita em Goiás. Procedente
do interior da Bahia, nascido em Ipupiara, na Chapada
de Diamantina, mas recém-chegado do Recife, onde se
formou em Teologia, Filosofia, Sociologia e Direito, é
também Jornalista, Articulista e Professor na cidade de
Anápolis. Autor de vários livros, entre os quais, GILBERTO
FREYRE, O EX-PROTESTANTE, HISTÓRIA
DAS IDÉIAS RADICAIS NO BRASIL, é um nome que
já desponta no meio intelectual goiano”.
MIGUEL REALE, in O POPULAR. Goiânia, 23 de
outubro de 1979: “Quero cumprimentá-lo pelo seu livro
“FILOSOFIA DA CIÊNCIA”, de excepcional qualidade,
pela modernidade do texto, onde faz referência não
somente às minhas obras, entre as quais, FILOSOFIA
DO DIREITO, mas também ao Instituto Brasileiro de
Filosofia que tive o prazer de fundar, em 1949, na capital
paulista, esclarecendo-lhe que o Instituto é formado
de secções estaduais, não existindo, em funcionamento
efetivo, uma secção goiana, o que é deveras lamentável.
Gostaria que escrevesse, nesse sentido, aos seus colegas
de Goiânia, inclusive ao Professor Jônatas Silva, cujo endereço
é Avenida Goiás, 636, Sala 706, Goiânia, Goiás”.
MODESTO DE ABREU, in ANUÁRIO DA ACLERJ.
Rio de Janeiro, dezembro de l98l: “Este Anuário está
reproduzindo uma entrevista concedida pelo escritor
Mário Ribeiro Martins, Presidente da Academia Anapolina
de Filosofia, Ciências e Letras, ao jornal CORREIO
- 236 -
Mário Ribeiro Martins
DO PLANALTO, da cidade de Anápolis. O entrevistado
responde a perguntas interessantíssimas, relembrando
inclusive a resposta dada por Olavo Bilac, quando lhe
perguntaram, por que os membros das academias eram
chamados de imortais, ao que disse o poeta: É PORQUE
NÃO TÊM ONDE CAIR MORTOS. Mário Martins,
como se sabe, é autor de diferentes livros, entre os
quais, “GILBERTO FREYRE, O EX-PROTESTANTE”,
“SOCIOLOGIA DA COMUNIDADE”, “ESBOÇO DE
SOCIOLOGIA”, etc”.
MOURA LIMA, in FOLHA DA CIDADE. Gurupi, To,
31 de março de 2004: “Mário Ribeiro Martins, de Ipupiara,
antigo Jordão ou Fundão de Brotas... Retornando
ao Brasil, tornou-se brilhante Professor Universitário...
Ficou bastante conhecido, como um dos mais notáveis
dicionaristas do país... Autor de vasta obra literária, que
o coloca na galeria dos grandes vultos da literatura brasileira,
notadamente no campo da Sociologia, da Filosofia
e da História, destacando- se, dentre elas, GILBERTO
FREYRE, O EX-PROTESTANTE, CORONELISMO
NO ANTIGO FUNDÃO DE BROTAS, DICIONÁRIO
BIOBIBLIOGRÁFICO DE GOIÁS, DICIONÁRIO
BIOBIBLIOGRÁFICO DO TOCANTINS e o grande
DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO REGIONAL DO
BRASIL, via INTERNET, no site www.usinadeletras.
com.br ou www.mariomartins.com.br”
MURILO BADARÓ, via e-mail. Belo Horizonte, MG,
19.12.2006, atendimento@academiamineiradeletras.org.
br: “A Academia Mineira de Letras agradece o envio dos
exemplares do livro DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁ-
FICO DE MEMBROS DA ACADEMIA BRASILEIRA
- 237 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
DE LETRAS, que, além de enriquecer o nosso acervo,
constitui excelente fonte de pesquisa para se conhecer
melhor todos aqueles que, no passado e no presente estão
vinculados à Academia Brasileira de Letras no Rio
de Janeiro”.
NAPOLEÃO VALADARES (Presidente da Associação
Nacional de Escritores-ANE), via CORRESPONDÊNCIA.
Brasília, DF, 15.12.2006: “Agradecemos pelo
precioso livro DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO
DE MEMBROS DA ACADEMIA BRASILEIRA DE
LETRAS que enriquecerá nossa biblioteca. Temos certeza
de que o livro em apreço é mais uma obra importante e
uma excelente contribuição para a Literatura Brasileira.
Aproveitamos a oportunidade para manifestar a nossa
admiração pelo seu excepcional trabalho literário”.
NATAN FERNANDES SILVA (prnatan@yahoo.com.
br) Enviada:domingo, 17 de outubro de 2010 14:47:10
Para: mariormartins@hotmail.com: Prezado Mário Martins:
Outro dia, “fuçando” nas prateleiras da Biblioteca do
IAENE(INSTITUTO ADVENTISTA DE ENSINO DO
NORDESTE), encontrei o seu volumoso livro “Missionários
Americanos e Algumas Figuras do Brasil Evangélico”.
Sentei-me numa poltrona, virei as páginas no maior
interesse em saber alguns nomes que eu só conhecia as
iniciais e a vida de alguns homens dos quais eu conhecia
muitos livros. Foi uma experiência muito prazerosa,
confesso. Meu interesse por biografias é bem aguçado. E
conhecer, nem que seja brevemente, a vida de alguns dos
meus autores preferidos, é muito interessante. Contudo,
senti falta de uma figura que foi muito importante no
meio evangélico brasileiro: GUILHERME KERR, autor
- 238 -
Mário Ribeiro Martins
da antiga Gramática Elementar da Língua Hebraica, Alta
Crítica, ABC Doutrinário, etc. Seria possível encontrar
uma biografia deste autor? Ou seria possível que o sr.
pudesse produzir uma biografia dele? Parabéns, pelo bom
trabalho ao público evangélico na forma daquele livro!
Ele é uma importante ferramenta para se conhecer pessoas
que exerceram (e ainda exercem) influência sobre tantos
no Brasil e no mundo.
NEILA VIEIRA MONTEIRO, in CORREIO DO
PLANALTO. Anápolis, 20 de setembro de 1978: “Mário
Ribeiro Martins, o novo Promotor de Justiça, recentemente
concursado, além de ser Professor da Faculdade de
Direito de Anápolis, é também autor de vários livros, fez
curso de Especialização em Educação Moderna e Sociologia
Espanhola na Europa e faz parte da União Brasileira
de Escritores de Goiás, sendo também colaborador em
diferentes jornais e revistas do país. Entre seus livros,
já publicados, destacam-se CORRENTES IMIGRATÓ-
RIAS NO BRASIL, SUBDESENVOLVIMENTOUMA
CONCEITUAÇÃO ESTÁTICA E DINÂMICA, MISCELÂ-
NIA POÉTICA, etc”.
NELLY ALVES DE ALMEIDA, in IMAGEM ATUAL.
Anápolis, 10 de abril de 1995: “Nada há de mais sublime,
na nossa sincera opinião, que o trabalho bem definido,
sobretudo se ele se insere na área cultural, dignificando
a inteligência, sublimando o espírito. É o que sentimos
ao ter à frente o substancioso volume ESTUDOS LITERÁRIOS
DE AUTORES GOIANOS, de autoria de
Mário Ribeiro Martins. Convencemo-nos, então, de que
o homem, pondo-se a serviço de causas nobres, cumpre,
sem dúvida, o mais alto dos destinos. Caminho seguro
- 239 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
para pesquisa, ressaltando sua visão de mestre, altamente
experimentado. Muito passamos a lhe dever, os escritores
goianos”.
NELCI SILVÉRIO DE OLIVEIRA, via Correspondência.
Goiânia, 04.09.2008: “Mário Ribeiro Martins é
um expoente da cultura brasileira. Espírito versátil, ele
domina vastas áreas do conhecimento, a começar pelo
Direito, em que se sobressai doutrinaria e profissionalmente.
Incursiona ainda com elegância, leveza e muito
sucesso nos campos da religião, da filosofia, da ciência,
da sociologia, da historia, da pedagogia, da biografia, da
critica literária, da poesia e muito mais, tendo inúmeras
obras publicadas em todos esses diferentes domínios do
saber. Alem de festejado escritor e brilhante pesquisador,
é também professor reconhecido e grande conferencista”.
NENITA NAVARRO, in A FEDERAÇÃO. Itu, São
Paulo, 08 de março de 1997: “O jornalista e acadêmico
Ednan Mariano Leme da Costa, agradece, por meio desta
coluna, ao escritor Mário Ribeiro Martins, Promotor de
Justiça, Professor Universitário e membro da Academia
Goiana de Letras, a gentileza do livro ESCRITORES DE
GOIÁS. Trata-se do retrato completo da Literatura Goiana(
817 páginas), contendo, inclusive, Artigos Literários,
Dicionário Biobibliográfico, Referências Literárias e
belo CURRICULUM VITAE do autor, que nasceu a 7 de
agosto de 1943, em Ipupiara, Bahia e reside em Anápolis,
Estado de Goiás”.
NICE MONTEIRO DAHER, in FOLHA DE ANÁPOLIS.
Anápolis, 07 de agosto de 1997: “Escritor Mário
Ribeiro Martins. Acabei de ler, mais uma vez, o seu va-
240 -
Mário Ribeiro Martins
lioso livro “ESCRITORES DE GOIÁS”, em cujas 817
páginas, encontrei verdadeiras preciosidades literárias.
E, mais uma vez, vendo meu nome no rol de tanta gente
que honra nossa cultura, senti que me seria agradável
agradecer-lhe sinceramente. Seu livro, tão especial em
nosso meio intelectual, traz aos escritores nele aconchegados,
uma simpática e formidável confiança que nem
sempre é nossa companheira”.
NIVALDO SILVA, via carta. Morpará, Bahia, 29.08.2007:
“Mário Ribeiro Martins, tive a grande honra de receber
do meu amigo Antonio Monteiro, um exemplar do livro
DICIONÁRIO GENEALÓGICO DA FAMILIA RIBEIRO
MARTINS, escrito e bem elaborado por você e
seu irmão Filemon. Fiz uma varredura no livro, desde a
primeira página até a ultima, lendo com bastante atenção
e observando detalhadamente os membros da família
Martins que conheci tão bem em Morpará, onde residiram
e comercializaram. Por informação de meu amigo
Antonio, tornei-me sabedor de suas visitas a Ipupiara,
pelo menos, duas vezes ao ano. Quem sabe, numa dessas
não podemos nos encontrar?”
NYSA MORAES DE FIGUEIREDO, in ANUÁRIO
DA ACADEMIA DE LETRAS DO ESTADO DO RIO
DE JANEIRO. Rio de Janeiro, 0l de dezembro de 1979:
“Dr. Mário Ribeiro Martins, Promotor de Justiça do Estado
de Goiás, radicado em Anápolis, mas também baiano
de nascimento, jornalista, poeta e professor da Faculdade
de Direito daquela cidade, é um dos nomes mais representativos
da cultura e das letras naquele promissor Estado.
Seu livro, GILBERTO FREYRE, O EX-PROTESTANTE,
publicado pela Imprensa Metodista, em São Paulo,
- 241 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
nos conduz a momentos interessantíssimos, ao focalizar a
adolescência evangélica do famoso mestre de Apipucos,
no Recife, Pernambuco”.
ODILON ALVES ROSA, in DIÁRIO DA MANHÃ.
Goiânia, 29 de abril de 1982: “O livro do Professor Mário
Ribeiro Martins- SOCIOLOGIA GERAL & ESPECIALtem
cunho essencialmente didático, sendo destinado aos
estudantes do ciclo básico universitário, numa linguagem
clara e acessível. Trata-se de um texto altamente
informativo. Não é uma tradução que reflita uma visão
sociológica de outros centros de cultura ou que use uma
terminologia complexa e abstrata, mas é, antes de tudo,
uma experiência já vivida nas salas de aula, com a participação
direta dos alunos ou em cursos rápidos, oferecidos
em oportunidades diferentes”.
OLGA SAVARY, via carta. Rio de Janeiro, 01.07.1999.
“Ao nobre amigo Mario Ribeiro Martins que empreendeu
a tarefa hercúlia de seu DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO
DE GOIÁS, tão belo e útil para todos nós
brasileiros, agradecendo o envio de bela obra, enviando
eu alguma coisa mais para que conheça um pouco do meu
trabalho. A Biblioteca Nacional está editando minha obra
resumida, 12 livros num volume, coisa rara, senão única
na vida do escritor. Abraço amigo da admiradora e goiana
honorária, Olga Savary, Escritora, Jornalista, Tradutora.
Rua Sá Ferreira, 161/604, Copacabana, Rio de Janeiro,
22.071-100. Fone (021) 287 6539.
OLIMPIO FERREIRA SOBRINHO, in O POPULAR.
Goiânia, 27 de dezembro de 1978: “Mário Ribeiro Martins
que foi escolhido como Orador Oficial na cerimônia
- 242 -
Mário Ribeiro Martins
de posse dos novos Promotores de Justiça, aprovado em
Concurso Público, realizado pelo Ministério Público do
Estado de Goiás, é a expressão maior desta nova geração
de intelectuais. Seu discurso, em nome dos trinta e dois
novos Promotores de Justiça, todos empossados na presença
do Governador do Estado, Dr. Irapuan Costa Júnior,
primou pela elegância e pela inteligência, terminando por
concitar a todos para refletir na expressão latina- OMNIA
SUB LEGE ET CONSTITUTIONE-tudo e todos, sob o
império da Lei e da Constituição”.
OTHON ÁVILA AMARAL, in O JORNAL BATISTA.
Rio de Janeiro, 19.08.2007: “Mário Ribeiro Martins realiza
com seus livros biobibliográficos um trabalho de
paciência beneditina e da mais elevada dedicação à causa
da cultura. Seus dicionários, particularmente, o da Academia
Brasileira de Letras, em que focaliza em sínteses
biográficas os seus membros, cadeira por cadeira, desde
os fundadores, é uma obra preciosíssima. Tê-los em nossas
estantes é uma demonstração de nosso apreço àqueles
que se dedicaram à formação intelectual do Brasil”.
PAULO BERTRAN, in O ANÁPOLIS. Anápolis, 28
de setembro de 1998: “Ao prezadíssimo Dr. Mário- Historiador
e Memorialista, com meus cumprimentos especiais
por seus “salvados” históricos importantíssimos,
seja através de “LETRAS ANAPOLINAS”, “JORNALISTAS,
POETAS E ESCRITORES DE ANÁPOLIS”,
“ESTUDOS LITERÁRIOS DE AUTORES GOIANOS”,
“ESCRITORES DE GOIÁS” ou “DICIONÁRIO
BIOBIBLIOGRÁFICO DE GOIÁS”. Com os abraços
“ANTESINOS”(é nosso verdadeiro gentílico anapolino,
das Antas). Foi inventado por Moisés Santana em
- 243 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
homenagem que virou Grupo Escolar- “O ANTESINA
SANTANA”, primeira filha do Moisés. A nascida em
Antas, portanto ANTESINA, um belo gentílico. Com o
carinho do ANTESINO, Paulo Bertran”.
PAULO CÉSAR DOS SANTOS, in CASCATA DE
VERSOS. Petrópolis, RJ: Editora Pirilampo, 1987, página
145: “Mário Ribeiro Martins é Promotor de Justiça e Presidente
de várias entidades culturais e seculares. Autor de
diversos livros, entre os quais, LETRAS ANAPOLINAS,
FILOSOFIA DA CIÊNCIA, JORNALISTAS, POETAS E
ESCRITORES DE ANÁPOLIS, SOCIOLOGIA GERAL
& ESPECIAL. Membro honorário e correspondente de
inúmeras instituições literárias, dentre outras, Academia
de Letras do Estado do Rio de Janeiro, Academia Petropolitana
de Poesia Raul de Leoni, Academia de Letras e
Artes de Pernambuco”.
PAULO NUNES BATISTA, in O POPULAR. Goiânia,
7 de novembro de 1976: “É que Mário Ribeiro Martins
é dono de um invulgar poder de síntese, aliado a uma
cultura geral respeitável. Dominando o idioma com total
segurança, estudioso do evangelismo nacional em todos
os seus aspectos, o autor de GILBERTO FREYRE, O
EXPROTESTANTE trouxe revelações importante sobre
a vida do mais ilustre sociólogo e antropólogo brasileiro.
Seu livro, editado pela Imprensa Metodista de São
Paulo, com prefácio do Pastor batista Ebenézer Gomes
Cavalcanti e observações do Professor Universitário
Robinson Cavalcanti, trata exatamente da adolescência
evangélica do produtor da obra classica CASA GRANDE
& SENZALA”.
- 244 -
Mário Ribeiro Martins
PAULO VERANO, via e-mail(paulo.verano@barsaplaneta.
com.br). São Paulo, 10.07.2007: “Prezado Dr.
Mario Ribeiro Martins, acuso o recebimento dos livros
DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRAFICO DE MEMBROS
DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS e MISSIONÁRIOS
AMERICANOS E ALGUMAS FIGURAS DO
BRASIL EVANGÉLICO, cuja qualidade é extraordinária,
capas bem produzidas, diagramação perfeita, aproveitando
para parabenizar pelas duas obras publicadas.
Atenciosamente, Paulo Verano, Diretor Editorial Barsa
Planeta Internacional Ltda”.
PEDRO PEREIRA, via e-mail, pepemana2004@yahoo.
com.br.Salvador, Ba, 15.04.2010: “Sobre CONFLITO DE
GERAÇÕES E OUTRAS PROVOCAÇÕES(de Mario
Ribeiro Martins). Olá! Como está “primo longínquo”,
no tempo e no espaço. Desejo encontrá-lo com saúde
plena. Desde já quero agradecer pelo exemplar “conflito
de gerações e outras provocações”. Meu pai esteve aqui
em casa este ano e trouxe um exemplar. Comecei a ler
e antes que terminasse a Jeruza enviou-me o exemplar
com sua dedicatória. Então, continuei a leitura a partir do
meu exemplar. Posso assegurar-lhe ter sido uma leitura
vibrante. Uma das razões foi o caráter diverso. Situações
como o da professora Francisquinha Laranjeira,
entretanto, a presença de assuntos de ordem espiritual,
existencial, filosóficos, apresentação biobibliográficas
interessantíssimas. Aliás, como bem mostrado, estas,
por demais ricas que nós faltam como conhecimento e
informação a respeito de personalidade que poderiam se
somar ao ostracismo por faltarem ao grande público. A
internet é um veículo de informação muito bom e na velocidade
deste tempo pós moderno e tão dinâmico na era
- 245 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
da informação. Apesar de seu aspecto descartável quanto
a velocidade das informações que nem bem chegam e
num lapso de tempo bem exíguo desfrutamos delas e já
precisamos assimilar outras tantas que fluem de modo
muito frenético o que corriqueiramente nos faz esquecer
o que ainda está presente. Por estas e outras o velho livro
ainda é insubstituível e mais prazeroso. Desde já muito
obrigado pois é uma satisfação e certamente será mais
uma fonte muito útil e a qual poderei recorrer indefinidamente.
Um forte abraço e continue profícuo nas letras”.
RAIMUNDO RODRIGUES DE ALBUQUERQUE, in
IMAGEM ATUAL. Anápolis, 31 de dezembro de 1995:
“Estou roubando-lhe o tempo para lhe dar os parabéns por
esta obra extraordinária “ESTUDOS LITERÁRIOS DE
AUTORES GOIANOS” que recebi ontem, como presente
do irmão maçon Aristóteles de Lacerda Júnior. Fico-lhe
grato, Mário Martins, e obrigado por me ter incluído em
tão excelente volume. O livro é de um valor inimaginável.
Apesar dos meus setenta e seis anos, estou em plena
atividade literária. Morei muitos anos em Vianópolis,
Paraúna, Inhumas, Palmeiras de Goiás, fundando ginásios
e jornais. Iniciei no magistério o Modesto Gomes da
Silva, filho do extraordinário poeta Floriano Gomes que,
infelizmente, não publicou suas poesias. Em Vianópolis,
junto com Issy Quinan, nos idos de 48, fundei o jornal
local. Seu livro me trouxe gratas recordações de homens
e mulheres, jovens e adultos que se tornaram grandes
literatos em Goiás”.
RÁQUIA RABELO [raquia.sescler@gmail.com], em
30.10.2011: “Ficamos honrados com sua vinda à nossa
Escola Olga Benário. Sua presença e do Dr.Odir Rocha
- 246 -
Mário Ribeiro Martins
fez-me lembrar do que o educador Paulo Freire disse,
quando citou que[...]”não há como falar em esperança se
o braços se cruzam e passivamente se espera. Na verdade,
quem espera na pura espera vive um tempo de espera vã.
A espera só tem sentido quando, cheios de esperança,
lutamos para concretizar o futuro anunciado”. Por terem
se disponibilizado a irem a escola p/ participarem desse
Projeto Literário que estamos desenvolvendo desde o
mês de agosto, deram sem sombra de dúvida uma excelente
contribuição. Posso afirmar com toda clareza
que a presença de vocês influenciou cada um de nossos
educandos de maneira diferente, e que todos saíram do
evento com um pouco mais de conhecimento. Esse conhecimento,
gradativamente agregado a outros que virão,
poderá transformá-los em adultos críticos e atuantes na
sociedade. Sendo assim, mais uma vez, Mario Martins e
Dr. Odir Rocha, queremos agradecê-los pela presença”.
REGINA CÉLIA TORMIN, via e-mail. Em 08.07.2007:
“Olá, Mário, sou eu novamente incomodando você.
Porém, é para dar boas notícias. Entrei em contato com
Bariani e José Mendonça Teles e grata foi a surpresa por
encontrar pessoas tão atenciosas e disponíveis em ajudar.
Bariani parece ser encantador e grande conhecedor de
dicionários, já que esta é a sua profissão: dicionarista.
José Mendonça não mediu esforços em me ajudar e enviará
o material que tem sobre a obra. Estou muito feliz e
grata a você que é o responsável por eu estar conseguindo
elaborar o meu projeto. Ambos perguntaram o meu
grau de parentesco com Dr. Paulo Tormin o que talvez
até exista. Esse sobrenome é do meu marido, natural de
Araxá. O pai dele era de Sacramento, próximo a Uberaba
e coincidentemente, os familiares do Dr. Paulo também.
- 247 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
Bariani me disse que ele havia acabado de se encontrar
com Dr. Paulo que estava fazendo caminhada como ele.
Gostaria muito de, um dia, conhecê-los pessoalmente.
Porém, enquanto isso não ocorre, sempre que puder
manterei contato e espero que você mande “bilhetinhos”
para mim. Minha mãe sempre falava que a gratidão é o
sentimento que torna as pessoas diferentes, melhores.
E é esse sentimento que tenho agora em mim e me faz
melhor. Obrigada e que Deus o proteja”.
REIS DE SOUZA (Dirmar Reis Caiereyt de Souza), in
REVISTA BRASÍLIA. Brasília, DF, 02 de abril de 1982:
“Professor Universitário, Promotor de Justiça, Escritor
fecundo, Mário Ribeiro Martins é o INTELECTUAL DO
ANO DE GOIÁS, em pesquisa realizada pela Agência de
Notícias Brasília, com diversificada atividade literária e
biobibliografia impressionante para um jovem de trinta
e poucos anos. Baiano de nascimento, Pernambucano de
formação intelectual, mas radicado em Anápolis, onde
preside diferentes instituições literárias, o autor de SOCIOLOGIA
GERAL & ESPECIAL fez cursos de Especialização
em Madrid e Alcalá de Henares, na Espanha,
além de viagens culturais a Portugal, Inglaterra e França”.
RENATO BERBERT DE CASTRO, in IMAGEM
ATUAL. Anápolis, 10 de março de 1996: “Tive a oportunidade
de examinar, na Fundação Clemente Mariani,
aqui em Salvador, na Bahia, a obra do também baiano,
Escritor, Professor Universitário e Promotor de Justiça
Mário Ribeiro Martins. Seu belo trabalho sobre os escritores
de Goiás, intitulado ESTUDOS LITERÁRIOS
DE AUTORES GOIANOS, é um importante estudo, de
consulta permanente, que não pode faltar em qualquer
- 248 -
Mário Ribeiro Martins
boa biblioteca. Chamou-me especial atenção seu artigo alí
inserido, denominado “JORGE AMADO E O COLÉGIO
ESPERANÇA”, no qual há informações pouco conhecidas
de algumas facetas da vida do autor de GABRIELA,
CRAVO & CANELA”.
RICARDO ALFAYA, in INFORMATIVO NOZARTE.
Rio de Janeiro, 25 de setembro de 1995: “Com 1.051
páginas, o livro ESTUDOS LITERÁRIOS DE AUTORES
GOIANOS, de Mário Ribeiro Martins, trata da
vida e obra de centenas de escritores de Goiás, trazendo
vários trabalhos literários do autor, além de informações
especialíssimas sobre consagrados autores nacionais,
entre os quais, Gilberto Freyre, Érico Veríssimo, Jorge
Amado, Joaquim Nabuco, todos estudados com carinho
especial pelo ilustre baiano que se encontra radicado em
terras goianas”.
ROBERTO DE SOUZA SALLES (Reitor da Universidade
Federal Fluminense), via CORRESPONDENCIA.
Niterói, 14.06.2007: “Ao Dr. Mario Martins. Agradeço
a Vossa Senhoria, a gentileza do envio dos livros DICIONÁRIO
BIOBIBLIOGRÁFICO DE MEMBROS
DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS, CORONELISMO
NO ANTIGO FUNDÃO DE BROTAS,
DICIONÁRIO GENEALÓGICO DA FAMILIA RIBEIRO
MARTINS e MISSIONÁRIOS AMERICANOS E
ALGUMAS FIGURAS DO BRASIL EVANGÉ- LICO,
traçando um retrato da História do Brasil. Em nome da
Universidade Federal Fluminense, coloco-me à disposição
para colaborar no que for preciso para o engrandecimento
das letras em nosso país”.
- 249 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
ROBERTO PIMENTEL, in FOLHA DE GOIAZ.
Goiânia, 05 de agosto de l979: “Entre os nomes que focalizaram
a obra de Ursulino Tavares Leão, está o crítico
literário Mário Ribeiro Martins que se apresenta como
um dos mais significativos autores vivendo hoje no Estado
de Goiás. Seu trabalho, na divulgação dos escritores
goianos, através de artigos de jornais e revistas, tem sido
formidável e recebido os melhores elogios. Pela instrumentalidade
do BOLETIM PERFIL, órgão noticioso da
Academia Anapolina de Filosofia, Ciências e Letras, de
que também é Presidente, tem conduzido o nome de Goiás
aos demais Estados da Federação”.
ROBINSON CAVALCANTI, in JORNAL DO COMMERCIO.
Recife, 21 de fevereiro de 1973: “Mário Ribeiro
Martins focaliza, neste jornal, o evangélico Gilberto
Freyre não somente no Brasil, mas também nos Estados
Unidos. Aqui, quando era aluno do Colégio Americano
Batista Gilreath do Recife, de que seu pai, Alfredo Freyre,
era Diretor. E lá, como membro da SEVENTH & JAMES
BAPTIST CHURCH, em Waco, Texas, além de aluno de
vários seminários e universidades protestantes, entre os
quais, a Universidade Batista de Baylor. Nesta, defendeu
sua tese de mestrado “SOCIAL LIFE IN BRAZIL IN THE
MIDDLE OF THE 19TH CENTURY”, posteriormente
transformada em CASA GRANDE & SENZALA. De
parabéns, o historiador Mário Ribeiro Martins pela série
de crônicas que tem escrito nesta jornal sobre o período
evangélico da vida do MESTRE DE APIPUCOS”.
ROSEMARY LOPES PEREIRA, in O RADAR. Apucarana,
PR, 01 de agosto de l996: “Mário Ribeiro Martins,
Promotor de Justiça, Professor Universitário, membro da
- 250 -
Mário Ribeiro Martins
Academia Goiana de Letras, historiador, grande estudioso
da literatura nacional, dedicou sua mais recente pesquisa
aos escritores goianos que são muitos e bons, lançando o
livro “ESCRITORES DE GOIÁS”, proporcionando aos
leitores profundos conhecimentos sobre a vida e a obra de
magníficos autores, dando uma visão do trabalho literário
e cultural daquele Estado que empresta brilho às letras
brasileiras, destacando, entre outros, a figura de Cora
Coralina que encantou a todos, falando da natureza e da
vida em seu BECOS DE GOIÁS E ESTÓRIAS MAIS”.
ROSENWAL FERREIRA, in JORNAL OPÇÃO. Goiânia,
19 de março de 1995: “Adquiri o grosso volume-
1.051 páginas- do livro ESTUDOS LITERÁRIOS DE
AUTORES GOIANOS, e logo nas primeiras duzentas
páginas percebe-se que é uma obra criteriosa, equilibrada,
escrita com a seriedade de quem pesquisou muito: o
autor é o conhecido e respeitado Professor Universitário,
Promotor de Justiça, membro da Academia Goiana
de Letras, Mário Ribeiro Martins. Vale a pena conferir.
E certamente será uma história dos textos literários de
nossa terra”.
RUBENS GONÇALVES, in JORNAL DO TOCANTINS.
Palmas, 14.11.2002: “Conhecido por sua extensa
pesquisa sobre autores goianos e tocantinenses, o escritor
Mário Ribeiro Martins resolveu inovar. Lançou no início
deste ano, o DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO REGIONAL
DO BRASIL. Até aí, nada demais, não fosse o
fato de o material estar disponível apenas na Internet, no
seguinte endereço: www.usinadeletras.com.br ou www.
mariomartins.com. br Constantemente atualizado, o Dicionário
já reune a biografia de mais de dez mil escritores,
- 251 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
com livros efetivamente publicados. O objetivo é fazer
com que pesquisadores e as pessoas de modo geral, conheçam
autores de difícil acesso ou seja aqueles que não
são facilmente encontrados em Enciclopédias.”SANDRA
SORAIA DE MOURA LIMA, via e-mail(dra_sandrasoraia@
ig.com.br), São Paulo. Boa Tarde dr. Mario! Tomo
a liberdade de lhe encaminhar este email porque sou neta
de ANISIA ROSA DE MOURA. Minha mãe, que hoje
conta com 75 anos de idade, vive na expectativa de realizar
o sonho de minha avó materna, hoje, infelizmente
falecida; o de ter notícias desses parentes que saíram de
Brotas e Macaúbas, Pé do Morro, para Goiás. Tentei por
outras formas, no entanto não obtive retorno. Não sei se
o senhor possui orkut ou algum de seus familiares; postei
tópicos em comunidades tentando localizá-los. Todavia,
não obtive êxito e hoje, pesquisei no google com o nome
de minha avó materna e consegui! Não imagina a felicidade
que nos encontramos! Caso, puderem realizar este
desejo de minha mãe, que se tornou meu também por
favor respondam ao email ou se puderem liguem para
(11) 3902-3324 ou 3901-0298. Desde já agradecida!
SEBAS SUNDFELD, in O MOVIMENTO. Pirassununga,
SP, 15 de outubro de 1978: “Mário Ribeiro Martins,
Professor Universitário e Promotor de Justiça, é autor
de vários livros de qualidade, entre os quais, CORRENTES
IMIGRATÓRIAS DO BRASIL, HISTÓRIA DAS
IDÉIAS RADICAIS NO BRASIL, SUBDESENVOLVIMENTO-
UMA CONCEITUAÇÃO ESTÁTICA E
DINÂMICA, MISCELÂNIA POÉTICA, etc. Chamou-
-nos, no entanto, atenção especial, seu livro intitulado
GILBERTO FREYRE, O EX-PROTESTANTE, em que
a vida do antropólogo pernambucano é focalizada, sob
- 252 -
Mário Ribeiro Martins
um prisma diferente ou seja, o enfoque evangélico de sua
adolescência, questão pouco divulgada ou mesmo não
divulgada pelos seus biógrafos”
SILVIO LOBO, via e-mail. Anápolis, 19.10.2006: “É
um prazer enorme comunicar-me com você. Desculpe-me
o grande atraso no meu desejo de agradecê-lo pela sua
gentileza e lembrança de minha pessoa, presenteando-me
com o seu livro “CORONELISMO NO ANTIGO FUNDÃO
DE BROTAS”. Como faz tempo que não nos vemos
pessoalmente, senti-me muito lisonjeado pelo referido
presente. Já o li todo. Excelente, como os outros livros
também. Mais uma vez impressionaram-me seus dados
biográficos, sua intensa caminhada de produção cultural.
SÓCRATES OLIVEIRA DE SOUZA, via dedicatória
do livro 100 ANOS DA JUNTA DE MISSÕES NACIONAIS
DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA. Rio
de Janeiro, 24.05.2007: “Ao meu amigo Mario Ribeiro
Martins, uma das mentes mais brilhantes que conheço”.
SÓCRATES OLIVEIRA, via e-mail. Rio de Janeiro,
27.11.2009: “Meu caro Dr Mario, por favor receba meu
pedido de desculpas pelo atendimento não correto. Já
tomei as providencias e sua assinatura do JORNAL
BATISTA já esta renovada. Agradeço penhoradamente
sua compreensão. Aproveito para agradecer o envio dos
exemplares do livro CONFLITO DE GERAÇÕES E
OUTRAS PROVOCAÇÕES, de sua autoria. O Primeiro
exemplar o Othon Avila logo que viu apanhou para ele.
Já encaminhei para a Mãe-Ruth e para os parentes do Pai
e dois ex-colegas dele no Seminário. Ebenezer Ferreira e
Itamar de Souza. Abraços Fraternos, Sócrates”.
- 253 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
SOLANGE DUAILIBE, via carta. “Palmas, 03.05.2010.
Prezado Procurador, Dr. Mario Ribeiro Martins. É com
grande prazer que acuso o recebimento de um exemplar
da sua obra DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DO
TOCANTINS(Goiânia, Kelps, 2010, 1035 páginas),
motivo pelo qual venho agradecer imensamente a lembrança,
oportunidade em que parabenizo pela brilhante
publicação, tendo em vista sua importância, por reunir
informações bibliográficas daqueles estudiosos que
efetivamente contribuíram para o desenvolvimento da
literatura no Estado do Tocantins. Contando com a sua
peculiar atenção, manifestamos votos de estima e apreço,
deixando nosso Gabinete a seu inteiro dispor, reiterando
nossos agradecimentos pelo belo presente recebido e
carinho demonstrado na dedicatória. Atenciosamente,
Solange Duailibe, Deputada Estadual”.
SONIA MARIA FERREIRA, in JORNAL ATUAL.
Goiânia, 0l de julho de l996: “A Estante do Livro do
CECULCO(CENTRO DE CULTURA DO CENTRO-
-OESTE) recebeu um exemplar do livro ESTUDOS
LITERÁRIOS DE AUTORES GOIANOS, de autoria
do escritor Mário Ribeiro Martins. O autor, membro da
Academia Goiana de Letras, da União Brasileira de Escritores
e do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás,
além de outras instituições nacionais e internacionais,
faz uma análise completa dos diferentes aspectos da
literatura goiana, incluindo em seu dicionário verbetes
sobre jornalistas, articulistas e literatos de Goiás, bem
como discursos e artigos sobre alguns escritores de outros
Estados Brasileiros”.
STELLA LEONARDOS, in IMAGEM ATUAL. Anápolis,
10 de julho de 1995: “Muito grata pela oportunidade
- 254 -
Mário Ribeiro Martins
de adquirir ESTUDOS LITERÁRIOS DE AUTORES
GOIANOS. Não há a menor dúvida de que o amigo contribuiu-
e como!- para a divulgação da literatura goiana.
Amanhã mesmo, vou mostrar o livro a Plínio Doyle(no
famoso SABADOYLE) e a Sylvia Jacinto, que lá estará,
entre outros escritores. Seu livro constará do MUSEU DA
CASA DE RUI BARBOSA, o que é importante, eis que
obra meritória, digna de aplauso geral”.
STELLA MARIS, via e-mail. Palmas, outubro de 2010:
Acabo de ler Gilberto Freyre- o ex-protestante. Aprendi
tanta coisa! Sou grata a Deus por termos tido essa oportunidade
especial, conhecendo-o nesta semana. Que
bom poder continuar esse encontro através das linhas e
entrelinhas dos seus livros! Emocionante seu “Acidente
de avião”. No dia desse acontecimento, André e eu estávamos
decidindo a data do nosso casamento, lá na Suíça!
Gosto muito de ler sobre a vida dos outros. Sempre escrevi
fatos sobre a minha mas só para mim mesma! Agora,
como você me pediu que lhe enviasse minha biografia e,
para me orientar melhor, decidi lhe fazer duas perguntinhas:-
o texto deve ter limite de linhas ou “páginas”?-
devo redigí-lo na primeira ou terceira pessoa? Olhamos
o seu blog e ficamos muito contentes. Agradecendo-lhe
por tanta atenção, o nosso abraço.
STELLA MARIS, via e-mail. Palmas, 17.01.2012: “Caro
Mário: Para variar do meu batido “muito obrigada”,
agradecemos-lhe em alemão, com um sincero e sonoro
“danke schön”, por esse dia praticamente passado em sua
companhia! De manhã, tivemos o prazer de encontrá-lo
na ATL. Batemos ali um papinho gostoso e descontraído.
Depois, gentilmente, você nos trouxe para casa e nos
- 255 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
entregou os dois lindos livros de sua autoria, com dedicatória
caprichada. Li alguns textos seus do “Encantamento
do Mundo”, fiquei conhecendo a filha Nívea Zênia, ao
ler inteirinha sua monografia “Família Monoparental”.
E, agora pouco, vi nossas fotos no seu Orkut: os mortais
suíços entre os imortais brasileiros daqui do Tocantins!
Comecei a ler “Manifesto contra o óbvio e outros assuntos”
e estou me empolgando bastante. Fico me lembrando
de tantas outras pessoas amigas, que poderiam também
curtir seus textos, tão oportunos e inspirados. Quem
sabe haverá uma ocasião para você presenteá-las. Nosso
convite continua em pé: venha nos ver, quando puder.
Abraços do André e meus, Stella Maris”.
STÊNIO CARVALHO DE LIMA, in NÁUTICO NOTÍ-
CIAS. Fortaleza, CE, 10 de dezembro de 1995: “Desejo,
neste espaço de A FALA DO PRESIDENTE, destacar o
recebimento de precioso livro ESTUDOS LITERÁRIOS
DE AUTORES GOIANOS, de autoria do Promotor de
Justiça e Professor Universitário Mário Ribeiro Martins,
também membro da Academia Goiana de Letras, texto
editado pela Federação das Instituições Culturais de Anápolis,
obra valiosíssima que já se encontra incorporada
ao acervo da Biblioteca do Náutico Atlético Cearense”.
SUZANA BORGES, via e-mail. Cuiabá, MT, 08.08.2011.
Recebemos Sim, muito obrigada, ficamos muito contentes,
principalmente meu vô(Pastor Jonas Borges da Luz-
-Babaçulandia, Goias, hoje Tocantins, 23.05.1931). Agradeço
em nome de todos. Que Deus continue abençoando o
Senhor.(Nota: A biografia do Pastor Jonas Borges da Luz
está no meu livro RAZÃO DO MEU VIVER(Goiania,
Kelps, 2011) e no meu site www.mariomartins.com.br,
sob o titulo QUEM É JONAS BORGES DA LUZ).
- 256 -
Mário Ribeiro Martins
TÁCITO DA GAMA LEITE FILHO, in O POPULAR.
Goiânia, 16 de janeiro de 1977: “O livro de autoria de
Mário Ribeiro Martins- GILBERTO FREYRE, O EX-
-PROTESTANTE-, enriqueceu ainda mais a literatura
biográfica brasileira. Se o sociólogo pernambucano não
tivesse um biógrafo tão inteligente, a fase mais importante
de sua vida não seria conhecida por nós, amantes do saber.
Baseada em documentos irrefutáveis, como o ANNUAL
OF THE SOUTHERN BAPTIST CONVENTION OF
THE UNITED STATES OF AMERICA, A BRIEF SURVEY
OF THE HISTORY OF BRAZILIAN BAPTIST
DOCTRINE e carta da SEVENTH & JAMES BAPTIST
CHURCH, Waco, Texas, entre outros, a pesquisa trouxe
excelente contribuição para se conhecer melhor este momento
da vida de Gilberto Freyre”.
TEREZY FLEURI DE GODOI, in IMAGEM ATUAL.
Anápolis, 3l de agosto de l996: “Com atraso de mais de
um ano, estou lhe enviando estes livros. Incrível, mas
isto acontece. Logo que tive a oportunidade de conhecê-
-lo, pessoalmente, no Instituto Histórico e Geográfico de
Goiás, lembrei-me dos livros, mas os dias correm céleres,
e... ‘antes tarde do que nunca’. Excelente o seu livro
“ESTUDOS LITERÁRIOS DE AUTORES GOIANOS”,
que sempre tenho às mãos aqui em Brasília. Um trabalho
precioso, que enriquece as nossas letras, fruto de sua ilustre
e brilhante pena. Com sua vasta e valiosa bibliografia,
além de notável CURRICULUM, pelo qual parabenizo,
sinto no dever de afirmar que seu trabalho sobre aqueles
que nasceram, viveram ou escreveram sobre Goiás, é uma
verdadeira preciosidade, excelente contribuição para se
conhecer melhor a literatura feita no Estado de Goiás”.
- 257 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
THE LIBRARY OF CONGRESS, via Correspondência.
Rio de Janeiro, 11.07.2008: “A Biblioteca do Congresso
dos Estados Unidos tem a grande satisfação de agradecer
os livros abaixo mencionados para compor o acervo da
Biblioteca, em Washington, D.C. Caso sejam necessárias
outra informações, favor entrar em contato com Marli Gomes
Soares e Débora Mckern. Livros contidos na relação:
DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DE MEMBROS
DA ACADEMIA FEMININA DE LETRAS E ARTES DE
GOIAS (Goiânia, Kelps, 2008), DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO
DE MEMBROS DO INSTITUTO HISTÓRICO
E GEOGRÁFICO DE GOIAS (Goiânia, Kelps,
2007), DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DE MEMBROS
DA ACADEMIA GOIANA DE LETRAS (Goiânia,
Kelps, 2007), DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO
DE MEMBROS DA ACADEMIA EVANGÉLICA DE
LETRAS DO BRASIL (Goiânia, Kelps, 2007), MISSIONÁRIOS
AMERICANOS E ALGUMAS FIGURAS
DO BRASIL EVANGÉLICO (Goiânia, Kelps, 2007),
DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DE MEMBROS
DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS (Goiânia,
Kelps, 2007), DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DO
TOCANTINS (Goiânia, Kelps, 2001), DICIONÁRIO
BIOBIBLIOGRÁFICO DE GOIÁS (Goiânia, Kelps,
1999), RETRATO DA ACADEMIA TOCANTINENSE
DE LETRAS (Goiânia, Kelps, 2005).
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS, via Correspondência.
Goiânia, 31.05.2007: “Dr. Mario Ribeiro
Martins, o sistema de bibliotecas da Universidade Católica
de Goiás tem a satisfação de agradecer o envio do
material encaminhado por Vossa Senhoria, constituído
dos seguintes livros- DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁ-
258 -
Mário Ribeiro Martins
FICO DE MEMBROS DA ACADEMIA BRASILEIRA
DE LETRAS, CORONELISMO NO ANTIGO FUNDÃO
DE BROTAS, DICIONÁRIO GENEALÓGICO
DA FAMILIA RIBEIRO MARTINS e MISSIONÁRIOS
AMERICANOS E ALGUMAS FIGURAS DO BRASIL
EVANGELICO. Acreditamos que ações como essas podem
contribuir para o crescente aprimoramento de nossas
bibliotecas, apoiando as atividades de Ensino, Pesquisa
e Extensão. Atenciosamente, Daniel Marinho”.
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE, via
Correspondência. Niterói, 14.06.2007: “Ao Dr. Mario
Ribeiro Martins. Agradeço a Vossa Excelência, em nome
da Universidade Federal Fluminense a gentileza do envio
dos livros DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO
DE MEMBROS DA ACADEMIA BRASILEIRA DE
LETRAS, CORONELISMO NO ANTIGO FUNDÃO
DE BROTAS, DICIONÁRIO GENEALÓGICO DA
FAMILIA RIBEIRO MARTINS e MISSIONÁRIOS
AMERICANOS E ALGUMAS FIGURAS DO BRASIL
EVANGÉLICO, traçando um retrato da História do
Brasil. Coloco-me à disposição para colaborar no que for
preciso para o engrandecimento das letras em nosso país.
ROBERTO DE SOUZA SALLES-Reitor”.
URSULINO LEÃO, in O POPULAR. Goiânia, 26 de
fevereiro de 1978: “Somente agora é que tive o prazer
de ler o seu lúcido(e generoso) estudo sobre a minha
modesta obra publicado no jornal O POPULAR, do dia
13 de novembro de 1977. A mim, me parece, seja esta a
verdadeira missão do crítico-ir até onde o escritor esteve
e não tentar mostrar-lhe aonde ele deveria ter ido. Este e
outros trabalhos de sua lavra focalizando os autores goia-
259 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
nos, com a seriedade que lhe é peculiar, só contribuem
para engrandecer a literatura feita em Goiás, tornando-a
muito mais conhecida, além das margens do Paranaíba”.
VALDETE REIS, via e-mail. Palmas, 12.12.2010. “Amigo,
a felicidade minha é tamanha que não tenho mais palavras
para agradecer a você, Eduardo e Yone, pelo apoio
e incentivo na concretização do evento. Para mim, Vocês
são mais que especiais, amigos e companheiros. São
pessoas que eu quero guardar na memória e no coração,
principalmente no coração. Nossa festa não teria a menor
graça, se não fosse a presença marcante de vocês. Estou
feliz como pessoa, amiga e educadora só em notar o interesse
dos meus alunos em querer conhecer um pouco mais
os nossos escritores. Isto é gratificante! E vocês estão de
parabéns conseguiram conquistar a galera. Não se falava
em outra coisa, só em Mário, Eduardo e Casagrande. é
sério! isso me causou uma alegria por saber que de certa
forma ajudei a proporcionar esse interesse. claro! tenho
que admitir, não fiz absolutamente nada, Vocês com essa
simpatia toda que têm fizeram tudo sozinhos. Por isso
Mário, meus parabéns são para vocês! Vocês, com certeza,
são as pessoas que merecem a honra e o mérito. Muito
obrigada mesmo. E quanto à questão de marcar algo com
meus alunos mais espertos, deixe comigo! vou preparar
um momento mui gostoso com você e eles, um “bate-
-papo” bem legal. que achas?Acredito que eles vão amar.
Pena que o ano letivo está acabando senão marcaria para
este ano ainda, mas o tempo não vai dá. Mas no próximo
ano, logo no inicio do semestre estarei articulando com
você. ok? Amigo, um beijão e um cheirão bem cheiroso.
Com carinho, Valdete Reis.
- 260 -
Mário Ribeiro Martins
VALDETE REIS, via e-mail. Palmas, 10.04.2011:
“Mario estou lendo seu livro “Razão do meu viver e
outras amenidades” e olha devo dizer que estou amando
conhecer um pouco da história da família Martins, Gente
importante heim? “Tua árvore genealógica”. Teu livro é
muito gostoso de se ler, linguagem simples e com histórias
interessantes de um pedacinho do nosso Brasil. Sertão
baiano, Obrigada pelo livro. bom dia.”
VALDETE REIS, via e-mail. Palmas, 16.04.2011: “Oi
amigo boa noite, quero parabenizar-te pelo livro “Razão
do meu viver”. Cada dia, cada página, me sinto mais
presa a essa literatura. Pense na alegria que senti quando
cheguei na Pagina. 71 - João Leda meu conterrâneo. Que
história linda! Que trajetória! fiquei encantada. Confesso
que há muito um livro não me prendia tanto, só você mesmo.
Um livro que é minha cara, sabia? Tem de tudo um
pouco, lutas, vitórias, derrotas, o cômico (O vai-Quem-
-Quer) muito bom! e o trágico (Quinta-feira sangrenta)
e ... não terminei mas já estou ansiosa só de imaginar o
que posso encontrar nas próximas páginas”
VALMIR JARDIM, via e-mail. Araguaina, To,
23.04.2010: “Meu caro e conceituado professor Dr. Mário
Ribeiro Martins. A Bahia se orgulha por ter sido berço
de nascimento de uma das mais expressivas e expoente
figura da cultura tanto religiosa quanto literária, principalmente
a pequena cidade de Ipupiara encravada no
sertão da Chapada Diamantina - região da qual também
sou filho (Mucugê) onde emanado pela beleza e encanto
da Serra do Sincorá, pela suavidade da brisa que sopra
de suas campinas e pela fascinante história das lavras
diamantíferas, aonde, numa noite de glória, pela primeira
- 261 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
vez, ouviram-se o forte e iluminado choro de um menino
que acabara de nascer, trazendo consigo a inspiradora
predestinação da sabedoria. O tempo foi passando e, no
engatinhar desse menino, Ipupiara acompanhava de perto
os seus primeiros passos rumo ao porvir, onde o destino
reservava-lhe os mais auspiciosos horizontes. Mais tarde,
no alvorecer irradiante do futuro, seguiu para plagas distante
e, como um cometa em busca de sua direção certa,
foi aterrissar no norte, definindo inicialmente como ponto
de pouso de seu destino, Recife. Lá, não encontrou moleza,
porém, como é óbvio em pessoas de bem que buscam
os seus ideais, fascinado pelo conhecimento religioso e
teórico, foi à luta, estudando e trabalhando para sua manutenção
pessoal. Depois de alguns anos peregrinando
pelos corredores e salas de aulas, alisando bancos nas
diversas universidades, enveredando pelos caminhos do
saber, graças ao seu talento, esforço e dedicação, galgou
o primeiro degrau da intelectualidade bacharelando-se em
Teologia, depois, numa pirâmide seqüencial, continuando
sua incansável batalha pela causa nobre dos estudos e
pesquisas, obteve com espetacular sucesso e brilho várias
outras formaturas de cursos superiores como Ciências
Sociais, Filosofia e Direito, credenciando-o ao patamar
cultural dos mais admiráveis e, com a polivalência das experiências
adquiridas, tornou-se em um homem dotado de
vasto conhecimento religioso e teórico, onde, simultaneamente,
dedicou-se por muitos anos a sua função pública
de Promotor de Justiça de Abadiânia, Corumbá e posteriormente
Anápolis em Goiás, aposentando-se em tempo
hábil como Procurador de Justiça do Estado de Goiás.
Vocacionado e predestinado a nobre arte de escrever,
numa visão panorâmica além dos horizontes passados,
mesmo depois de aposentado não se deu por vencido, con-
262 -
Mário Ribeiro Martins
tinuou seus estudos e pesquisas focalizando com muita
dedicação, esforço e empenho próprio, galgando cada vez
mais os sublimes degraus do saber, subindo a escalada
rumo ao consagrado ápice da literatura brasileira numa
invejável dimensão curricular alcançado muito além da
normalidade que temos conhecimento, oferecendo-nos
valorosos volumes em autêntica enciclopédia, abrangente
em seus conteúdos os mais talentosos vultos, escritores do
Brasil central, expressando no mosaico de suas palavras
simples, porém, com muita sensibilidade e evidência,
publicações através de seus livros nunca escrito antes por
nenhum outro renomado escritor, com tamanha dimensão
e profundeza de conhecimentos da história cultural e literária
desses notáveis imortais acadêmicos, que brilham
os raios da sabedoria no Brasil e no mundo. O professor
Mário Ribeiro Martins, na sua contemporaneidade, também
enfileira à ala desses nobres intelectuais que nasceram
ou viveram em terras goianas, destacando-se como
um profundo pesquisador e conhecedor do currículo de
cada um deles, portanto, para consolidar cada vez mais
sua imortalidade, em face do seu esmerado e profícuo
trabalho não só profissional quanto literário de significativa
importância e relevância contributiva ao país, pelo
reconhecimento e orgulho do povo brasileiro, o professor
Mário Ribeiro Martins, pastor evangélico, jornalista,
conferencista, escritor e membro de diversas Academias
de Letras do país e fora dele, muito faz jus a uma honrosa
homenagem, desejando-lhe sucesso em sua vida e
pedindo ao Supremo Criador que o ilumine cada vez mais,
oportunidade em que fica aqui também os meus sinceros
agradecimentos pelos cinco volumes a mim enviados:
Dicionário Biobibliográfico de Membros da Academia
Goiana de Letras - Dicionário Biobibliográfico de Mem-
263 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
bros da Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás
- Dicionário Biobibliográfico da Academia Goianiense
de Letras - Dicionário Biobibliográfico de Membros da
Academia Evangélica de Letras do Brasil - Missionários
Americanos e Algumas Figuras do Brasil Evangélico.
Para o meu deleite, recebi-os no dia 12/02/2010, os quais
vieram em boa hora trazendo-me grande prazer. Deste
admirador e anônimo amigo, Valmir Jardim. Araguaina
- TO, 23/04/2010”
VIRGINIA FREIRE DA COSTA, in CORRESPONDÊNCIA.
Rio de Janeiro, 09.03.2006: “Divisão de
Depósito Legal da Fundação Biblioteca Nacional. Agradecemos
e confirmamos o recebimento das publicações
RETRATO DA ACADEMIA TOCANTINENSE DE
LETRAS e DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DE
GOIÁS enviadas à Biblioteca Nacional, em cumprimento
à Lei 10.994, contribuindo significativamente para o enriquecimento
do “Acervo Memória Nacional. A divulgação
de sua produção editorial dar-se-á através da Bibliografia
Brasileira, distribuída no Brasil e Exterior via nosso site:
www.bn.br”.
WALDIR AZEVEDO BRAGA, in FOLHA DO MARANHÃO
DO SUL. Carolina(MA), 05.06.2001: “Em
nossa visita à cidade de Pal527 mas, dia 20.05.2001,
conhecemos o escritor Mário Ribeiro Martins que, ao
lado do Deputado Darci Coelho nos cercou de muita
atenção e carinho. Mário Martins já escreveu dezenas de
livros, entre os quais, destacamos “Gilberto Freyre, o Ex-
-Protestante”, “Filosofia da Ciência”, “Sociologia Geral
& Especial” e “Estudos Literários de Autores Goianos”.
Não podemos deixar de citar dois importantes dicionários,
- 264 -
Mário Ribeiro Martins
o DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DE GOIÁS e
o DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DO TOCANTINS,
lançados recentemente”.
WILLAMARA LEILA (Desembargadora, Presidente).
Palmas, 09.12.2009: “Dr. Mario Martins, em nome do
Poder Judiciário do Estado do Tocantins, meus sinceros
agradecimentos pela sua colaboração, via Academia
Tocantinense de Letras na realização do 1º Concurso de
Poesias e Contos Dalva Lucas Kertesz”.
WILLIAM PALHA DIAS, via e-mail. Teresina, Piauí,
29.06.2007: “Caro Amigo Mário R. Martins, saúde e paz!
Recebi com muito prazer o pacote de livros de sua autoria
em número de 04, sendo, um, para a Biblioteca Estadual
e os demais para o meu deleite. Quanto ao destinado à
biblioteca do Estado, fiz sua entrega no dia 25 do fluente
mês, conforme recibo. Em relação aos demais, tão logo
permita-me o tempo, estarei degustando a convincente
leitura de seus bem elaborados textos. Com um abraço
de agradecimento, receba os meus efusivos parabéns por
tão oportunas obras”.
WILSON DA SILVA BÓIA, in IMAGEM ATUAL.
Anápolis, 20 de setembro de 1995: “Recebeu a Academia
Paranaense de Letras, aqui em Curitiba, no Paraná, o seu
maravilhoso e alentado livro ESTUDOS LITERÁRIOS
DE AUTORES GOIANOS, com l052 páginas e cerca de
l500 verbetes no capítulo referente ao Dicionário Biobibliográfico.
Acreditamos no enorme esforço dispendido
pelo confrade na execução de tão gigantesco trabalho. É
uma obra que dignifica o seu autor e enobrece as letras
goianas. A Academia considerou o seu livro uma exce-
265 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
lente obra de referência e um repositório inesgotável de
informações de ordem cultural”.
ZANOTO (JOSÉ DE SOUZA PINTO)-DIVERSOS
CAMINHOS, in CORREIO DO SUL. Varginha, MG,
01 de agosto de 1995: “ESTUDOS LITERÁRIOS DE
AUTORES GOIANOS, de Mário Ribeiro Martins, tem
o mérito especial de ressaltar, acima de tudo, a Literatura
Goiana. De pronto, o autor apresenta um bem elaborado
Dicionário Biobibliográfico dos Autores de Goiás.
Focaliza Jornalistas e Articulistas de épocas diferentes,
no Estado. Reproduz referências literárias sobre o autor,
entrevistas concedidas, prefácios publicados em livros de
outros autores e fala sobre alguns escritores, bem como
sobre Ministério Público e Academia Goiana de Letras,
instituições a que pertence”.
ZAQUEU MOREIRA DE OLIVEIRA, via dedicatória
do livro 100 ANOS DA JUNTA DE MISSÕES NACIONAIS
DA CBB. Rio de Janeiro, 24.05.2007: “Ao colega
Mario Ribeiro Martins, recordando os tempos em que
pesquisávamos juntos na Biblioteca do Seminário Teológico
Batista do Norte do Brasil, na Rua Padre Inglês,
no Recife. Um abraço”. Recife, Pe, 10.12.2010: “Prezado
Mario, reforço a minha amizade àquele que conheci ainda
“menino”, quando tentei ajudar ou orientar no seu Mestrado
sobre o RADICALISMO BATISTA BRASILEIRO.
Um abraço, Zaqueu”.
ZULEIDE D`ANGELO, in JORNAL DO TOCANTINS.
Palmas, 04.05.2001: “UM DICIONÁRIO PARA
OS ESCRITORES TOCANTINENSES. Estudiosos da
literatura tocantinense e leitores que se dedicam a pesqui-
266 -
Mário Ribeiro Martins
sar sobre a historia de escritores do Tocantins contarão,
a partir de agora, com um banco de dados de 925 páginas.
O Dicionário Biobibliográfico do Tocantins, escrito
pelo baiano Mario Ribeiro Martins. A obra será lançada
hoje em Palmas, na Galeria de Artes, da Secretaria Estadual
de Cultura, a partir das 20 horas. A apresentação
do livro será feita pelo Juiz Marco Anthony Vilas Boas,
Vice-Presidente da Academia Tocantinense de Letras. O
Dicionário apresenta um Índice Onomástico com 1.500
autores e suas respectivas obras, duas páginas em média
para cada um. As informações começam pelo Curriculum
Vitae do escritor, estendendo-se pela análise de suas
obras”.
- 267 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
MAIS SOBRE CORONELISMO
NO ANTIGO FUNDÃO DE BROTAS
SOBRE O BAIANO MILTON SANTOS
QUEM FOI MILTON SANTOS?
Mario Ribeiro Martins*
MILTON SANTOS(Milton de Almeida Santos), de
Brotas de Macaúbas, Bahia, 03.05.1926, escreveu, entre
outros, “O CENTRO DA CIDADE DE SALVADOR”
(1959), “O TRABALHO DO GEÓGRAFO NO TERCEIRO
MUNDO”(1971), “O ESPAÇO DIVIDIDO” (1975),
“POR UMA GEOGRAFIA NOVA”(1978), “ESPAÇO E
SOCIEDADE” (1979), “PENSANDO O ESPAÇO DO
HOMEM” (1982), “ESPAÇO E MÉTODO” (1985), sem
dados biográficos nos livros e sem qualquer outra informação
ao alcance da pesquisa, via textos publicados. Após
os estudos primários em sua terra natal(de onde também
procede o autor destas notas), deslocou-se para outros
centros, onde também estudou.
Filho de professores primários, aprendeu a ler e a
escrever aos cinco anos de idade, sem freqüentar qualquer
- 268 -
Mário Ribeiro Martins
escola, pois era orientado pelos pais, na vetusta Brotas de
Macaúbas. Filho de Adalgisa Umbelina de Almeida Santos
e Francisco Irineu dos Santos. Aos oito, já dominava
a álgebra e dava os primeiros passos no francês.
Em 1936, mudou-se para Salvador, sendo matriculado,
com dez(10) anos de idade, no Instituto Baiano de
Ensino. Descendente de escravos emancipados antes da
Abolição, pensou fazer engenharia, mas desistiu ao saber
da discriminação contra negros na Escola Politécnica de
Salvador.
Concluído o Ginásio, matriculou-se na Faculdade
de Direito, da Universidade da Bahia, onde se formou
em 1948, quando tinha 22 anos de idade. Tornou-se
Advogado em Ilhéus, no interior baiano, durante algum
tempo, quando também lecionou Geografia nas escolas
da cidade. De volta a Salvador, continuou lecionando e
trabalhando como Repórter do jornal A TARDE.
Nos anos seguintes, viajou para a França. Em 1958,
quando tinha 32 anos, terminou o Doutorado em Geografia,
pela Universidade de Estrasburgo, no interior da
França. De volta à Bahia, em 1959, escreveu seu primeiro
livro sobre a cidade de Salvador.
Atuou como jornalista, tendo acompanhado Jânio
Quadros numa viagem a Cuba, em 1960, época em que
já era um geógrafo conhecido em seu Estado. Tornou-se
- 269 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
amigo e profundo admirador de Jânio, chegando a ser
subchefe da Casa Civil e representante do governo federal
em seu Estado. Mas se decepcionou com a renúncia do
então presidente, em agosto de 1961.
Em 1964, presidiu a Comissão Estadual de Planejamento
Econômico, órgão do governo baiano. Durante
sua permanência na comissão, foi autor de propostas
polêmicas, como a de criar um imposto sobre fortunas.
Durante o regime militar, combinou as atividades de
redator do jornal “A Tarde”, de Salvador, e a de professor
universitário. Na época, defendeu posições nacionalistas
e denunciou as precárias condições de vida dos trabalhadores
do campo.
Por causa de suas posições políticas, acabou sendo
demitido da Universidade Federal da Bahia e passou 60
dias preso no quartel do Bairro de Cabula, em Salvador.
Só foi libertado porque sofreu um princípio de infarto e
um derrame facial.
Aconselhado por amigos, aceitou convite para lecionar
no exterior. Nomeado Professor da Universidade
de Bordeaux(interior da França), lecionou também na
Universidade de Sorbonne, em Paris. Seguiu para os Estados
Unidos, tendo trabalhado no Instituto de Tecnologia
de Massachusetts. Foi professor das Universidades de
Paris (França), Columbia, em Nova York (EUA), Toronto
- 270 -
Mário Ribeiro Martins
(Canadá) e Dar Assalaam (Tanzânia). Também lecionou
na Venezuela e Reino Unido.
Só regressou ao Brasil em 1977, com 51 anos de
idade, na época da “distensão”. Mudou-se para São
Paulo, tornando-se professor, em 1984, da Faculdade de
Filosofia, Ciências Humanas e Letras da USP (FFLCH),
consultor da OIT (Organização Internacional do Trabalho),
da OEA (Organização dos Estados Americanos)
e da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a
Educação, Ciência e Cultura).
Com o passar do tempo, tornou-se especialista em
problemas urbanos dos países subdesenvolvidos, tendo
sido Consultor dos Governos da Argélia e de Guiné-Bissau.
Fez-se reconhecido internacionalmente, tendo sido
professor na França, nos Estados Unidos, na Tanzânia e
na Venezuela, entre outros. Expoente do movimento de
renovação crítica da Geografia. Por concurso público de
provas e títulos, tornou-se Professor Titular da Universidade
de São Paulo. GEÓGRAFO BRASILEIRO.
Escritor, Ensaísta, Pesquisador. Memorialista, Intelectual,
Educador.
Cronista, Contista, Ficcionista. Literato, Conferencista,
Produtor Cultural. Administrador, Orador, Poeta.
Em 1994, ganhou o Prêmio Internacional de Geografia
VAUTRIN LUD, bem como o Prêmio Homem de
- 271 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
Idéias, do JORNAL DO BRASIL e ainda o Prêmio Gilberto
Freyre de Brasilidade, da Federação do Comércio
de São Paulo.
Ao longo de sua carreira de mestre, recebeu 12(doze)
títulos de DOUTOR HONORIS CAUSA, de diferentes
Universidades estrangeiras. Era membro da Comissão de
Justiça e Paz, da Arquidiocese de São Paulo, desde 1991.
Em 1997, com 71 anos de idade, esteve na Universidade
Federal de Goiás, em Goiânia, quando falou sobre
“O PAPEL DO INTELECTUAL NO SÉCULO XXI”.
Escrevia para o jornal FOLHA DE SÃO PAULO.
Faleceu em São Paulo, em 24.06.2001, com 75 anos
de idade, sendo enterrado no Cemitério da Paz, no Morumbi.
Pai de dois filhos, um deles Rafael Santos.
Na MOSTRA MULTICULTURAL MILTON SANTOS,
promoção da Universidade Federal de Goiás, em
junho de 2002, uma homenagem lhe foi prestada pelo
professor de Geografia da USP, Francisco Capuano Scarlato,
que fez conferência sobre a sua vida e obra.
O grande pecado do baiano Milton Santos foi, tendo
nascido em Brotas de Macaúbas, na Chapada, jamais ter
dado a devida importância à CHAPADA DIAMANTINA,
não no sentido de mencionar em seus livros de Geografia,
mas no sentido de estudá-la e DIVULGÁ--LA com mais
vigor, eis que nela nascera.
- 272 -
Mário Ribeiro Martins
Apesar de sua importância, não é mencionado no
livro BAIANOS ILUSTRES, de Antonio Loureiro de
Souza, não é referido na ENCICLOPÉDIA DE LITERATURA
BRASILEIRA, de Afrânio Coutinho e J. Galante,
edição do MEC, 1990, com revisão de Graça Coutinho
e Rita Moutinho, em 2001 ou DICIONÁRIO HISTÓRICOBIOGRÁFICO
BRASILEIRO(2001, 5 VOLUMES),
da Fundação Getúlio Vargas e nem, em nenhuma das
enciclopédias nacionais, Delta, Barsa, Larousse, Mirador,
Abril, Koogan/Houaiss, Larousse Cultural, etc.
É verbete do DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO
REGIONAL DO BRASIL, de Mário Ribeiro Martins,
via INTERNET, dentro de ENSAIO, no site www.usinadeletras.
com.br.
*Mário Ribeiro Martins
é escritor e Procurador de Justiça.
(mariormartins@hotmail.com)
Site: www.mariomartins.com.br
Fones:(063)32154496Celular:(063) 9977 93 11.
Caixa Postal, 90, Palmas,Tocantins,77001-970.
- 273 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
MAIS SOBRE MILTON SANTOS
Por Maria Auxiliadora da Silva*
Professora do Departamento e
Mestrado de Geografia do
IGEO-UFBA
Brotas de Macaúbas, Chapada Diamantina, 3 de
maio de 1926, nasce Milton Santos, filho de Adalgisa Umbelina
de Almeida Santos e Francisco Irineu dos Santos,
ambos professores primários formados pelo ICEIA. No
ano de seu nascimento, o Brasil passa por uma grande
agitação política e social, com a impopularidade do então
Presidente da República Artur Bernardes e a eleição de
Washington Luís.
É a época da Coluna Prestes.
A família de sua mãe, cujos pais eram também professores
primários, gozava de prestígio por onde passava.
Já a família paterna era mais humilde e descendia de
escravos. Os pais de Milton sabiam que o caminho para
a liberdade era a educação.
Conheceram-se em 1921, a poucos dias da festa de
formatura do Sr. Francisco, na escola Normal de Salva-
274 -
Mário Ribeiro Martins
dor. D. Adalgisa ingressaria na mesma escola em 1924,
casando-se nesse mesmo ano. Partiram, então, para Brotas
de Macaúbas, onde morava um irmão mais velho de
D. Adalgisa, Dr. Agenor, advogado brilhante na região,
conhecedor do latim e do grego.
Sua clientela era importante, e seu projeto de vida
deu certo, a ponto de ser proprietário de um Ford Bigode,
que às vezes desaparecia de circulação, já que a gasolina
vinha de Salvador e nem sempre chegava regularmente.
O curso primário, Milton o fez em Brotas de
Macaúbas e Alcobaça, com os pais, que lhe ensinaram o
francês, entre os oito e dez anos. Ali nasceram Nailton
e Yeda, seus irmãos. Aos 10 anos, prestou exame de admissão
no Instituto Baiano de Ensino, tradicional colégio
de Salvador, dirigido pelo Professor Hugo Balthazar da
Silveira. Passou em primeiro lugar e foi aceito como
aluno interno.
Pela primeira vez longe da família, conhece o significado
da palavra saudade. Foi colega e amigo de Dr.
Geraldo Milton da Silveira, Dezildo Menezes Pereira,
Methódio Coelho, Bernardo Leone, entre outros.
Criou e dirigiu o jornal “O Farol”, que promovia debates
literários e difundia conceitos filosóficos. Mais tarde
fundou “O Luzeiro”, para o qual “redigia textos, incentivava
os colegas a fazê-los, revisava-os, fazia a paginação e distribuía
o jornal”, segundo Geraldo Milton, que acrescenta:
- 275 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
“Nele eram publicadas obras de romancistas, contistas,
poetas pobres e iniciantes e literatura de cordel.”
“Na minha geração, ser cultivado fazia parte da vida”.
Havia o culto a escritores e intelectuais, como Castro Alves,
Rui Barbosa, Gilberto Freyre, Machado de Assis, Eça de
Queiroz, cujas obras eram lidas e comentadas. Milton Santos
sempre se distinguiu em Matemática e Filosofia.
Na Geografia, era admirador de Josué de Castro, que
descobriu através de seu professor do Curso secundário,
Oswaldo Imbassay. Bem mais tarde, os dois, Milton e
Josué, exilados na França, reencontraram-se, infelizmente
pouco tempo, pois Josué veio a falecer, sem receber as
homenagens que o Brasil lhe devia.
Nessa época, como Milton costumava dizer, a Bahia
era uma “ilha”,
uma cultura não industrializada.
Terminado o curso no Baiano de Ensino, Milton se
preparava, no Colégio da Bahia, para entrar na Faculdade.
A influência do tio Agenor foi fundamental na escolha
da carreira.
Milton fez a Faculdade de Direito. O Brasil declarava
guerra aos países do eixo, Alemanha, Itália e Japão.
Nessa época, criou o PEP – Partido Estudantil Popular e
a ABES (Associação Brasileira de Estudantes Secundaristas,
uma alternativa da UNE).
- 276 -
Mário Ribeiro Martins
Chegou a ser candidato à presidência da UNE,
mas foi aconselhado a trocar sua candidatura para vice,
deixando a presidência para um amigo comunista, Mário
Alves, com o argumento de que um negro teria dificuldades
em interagir com as autoridades.
A chapa foi eleita, Milton aceitou o cargo de vice,
mas nunca esqueceu esse fato.
Participa também da embaixada pró-construção do
mausoléu de Castro Alves, e sai com caravana de estudantes
pelo interior do Estado, para arrecadar fundos.
Foi seu companheiro, entre outros, Geraldo Milton.
Nessa ocasião, ministrava aulas de Geografia Humana,
explicando aos alunos “os novos rumos das relações políticas
que a guerra vinha determinando no planeta.”
Já na Faculdade de Direito, Milton empolgava seus
colegas com discursos pela democracia. De seu grupo de
intelectuais faziam parte Fernando Santana, João Falcão,
Jacó Gorender, entre outros.
O término do curso de Direito coincide com a morte
do seu Tio Agenor, numa travessia do Rio São Francisco,
quando voltava de Salvador, onde fora articular sua campanha
para deputado estadual.
Um episódio entre dois grupos pela disputa do grêmio
estudantil fez com que Simões Filho, ex-ministro
- 277 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
da educação e dono do poderoso jornal A TARDE, conhecesse
Milton e o convidasse para trabalhar na redação
do jornal quando terminasse a Faculdade.
Esse foi o início de uma amizade profunda e duradoura
entre os dois. Era uma época movimentada, com
o fim do Estado Novo e da 2ª Guerra Mundial.
Os pais de Milton, após a longa estada no interior,
voltaram para Salvador em 1940, estabelecendo-se na
casa de D. Maria José, tia de Milton, no Gravatá, localidade
no entorno da Baixa dos Sapateiros.
Poucos anos depois, com financiamento da Caixa
Econômica, compram a casa da Estrada da Rainha, onde
fundaram uma escolinha que até hoje funciona sob a direção
da Profª. Altair Gabrielli, prima de Milton.
Depois de formado, Milton foi professor de Geografia
do ICEIA e do Colégio Central. Submeteu-se a
concurso com a tese Povoamento da Bahia, passando,
então, a ocupar, como catedrático, a cadeira de Geografia
Humana do Ginásio Municipal de Ilhéus, ocasião em que
já era correspondente do jornal A TARDE.
A maneira como descrevia os fatos e a elegância
dos textos fez de Simões Filho um seu admirador. Auta
Rosa Calazans Neto, em conversa informal, conta que,
ainda menina, no colégio das freiras, ela e suas colegas,
- 278 -
Mário Ribeiro Martins
em Ilhéus, admiravam aquele professor que dava aulas
no Ginásio Estadual, sempre elegantemente vestido, sem
dispensar o colete.
Uma dessas meninas, Maria da Conceição Malta
(morta recentemente), veio a ser, posteriormente, uma das
suas colaboradoras no Laboratório que mais tarde seria
fundado para os trabalhos de pesquisa em Geografia na
UFBA. Incentivada por ele, como o foram muitos outros,
seguiu a França, para curso de Pós-Graduação, onde se
casa, tornando-se Lecarpentier.
Recebeu apoio intelectual e financeiro do Dr.Milton e
da “família” do Laboratório para a primeira viagem à França.
Durante todo tempo, permaneceram sempre amigos.
Ilhéus foi fundamental para Milton. Lá ele escreve
artigos de grande importância para o jornal e publica o livro
“ A Zona do Cacau, onde já aconselha veementemente
as autoridades e os proprietários de terra a abandonarem a
monocultura, sob pena de sofrerem um desastre econômico
mais tarde. Nessa época, começa a se interessar pela
AGB, Associação de Geógrafos Brasileiros, após uma das
viagens ao Rio de Janeiro para curso de férias promovido
pelo IBGE e onde conhece Aroldo de Azevedo e outros
grandes nomes da Geografia da época.
É em Ilhéus também que conhece Jandira Rocha,
com quem se casa e tem o primeiro filho, Milton Santos
- 279 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
Filho mais tarde, brilhante professor da Faculdade de Economia
da UFBA e ex- Secretário de Finanças da gestão Lídice
da Mata. Milton Filho, falecido prematuramente em plena
fase de produção intelectual, foi casado com a Ana Fernandes,
professora doutora, atual diretora da Faculdade de Arquitetura
da UFBA, com quem teve dois filhos, Nina e Alei.
A morte de seu filho em 96, bem como a de seu
irmão Nailton, pouco depois, é um duro golpe para esse
homem tão ligado aos dois.
Por volta de 1955 ou 56, vem para Salvador já casado,
e assiste à formatura de Nailton, seu irmão, também
bacharel em Direito. Yeda, sua irmã, então estudante de
Medicina, ministrava cursos de inglês, alemão, latim, e
espanhol na casa da Estrada da Rainha. Milton aluga um
apartamento no Loteamento Lanat, muda-se em seguida
para o Tororó, e, finalmente, para o Chame-Chame.
A essa época, ocupava o cargo de editorialista do jornal
A TARDE e de professor da Faculdade Católica de Filosofia,
cujo diretor, Irmão Gonzaga, dedicava uma grande amizade
e admiração ao jovem professor. Do jornal A TARDE tinha
como amigos o professor Ari Guimarães e Jorge Calmon,
esse último, redator chefe do jornal.
Nesse tempo, as amizades tinham um significado
maior. Durante o tempo em que permaneceu nesse jornal,
escreveu 116 artigos versando sobre a zona do cacau, a
- 280 -
Mário Ribeiro Martins
cidade do Salvador, Europa e África e outros temas locais
e globais.
A formação de Milton muito se deve a Simões
Filho, cuja admiração era mútua. Uma grande e afetuosa
família: esse era o caráter que Simões Filho quis imprimir
à redação do seu jornal. Mais tarde, esse exemplo seria seguido
por Milton Santos, com sua equipe do Laboratório
de Pesquisa em Geografia, fundado em 1959.
Em 1956, por ocasião do Congresso Internacional
de Geografia no Rio de Janeiro, Milton encontra-se com
os grande geógrafos que já conhecia por suas obras, tais
como Orlando Ribeiro, de Portugal, Pierre Monbeig,
Pierre Deffontaines, Pierre Birot, André Cailleux e o seu
mestre maior Jean Tricart. “Com ele aprendi o rigor, a
vontade de disciplina, a obediência a projetos e o gosto
de discutir” dizia Milton.
Impressionado com a inteligência e a cultura do
jovem professor, Tricart, convida-o para um curso de
Doutorado no Instituto de Geografia da Universidade
de Strasbourg, um dos mais renomados da Europa. Assim,
Milton Santos fez a sua primeira grande travessia
do Atlântico, em direção ao que seria, mais tarde, seu
segundo país, ao recebê-lo, anos depois, como exilado.
Em Strasbourg, apesar de ser tratado como professor,
tinha contatos diretos e agradáveis com os estudantes do
mundo inteiro que freqüentavam essa grande Universidade.
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Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
Sobre ele, escreveu o professor Tricart: “O humor,
a alegria, e o sorriso de Milton, classificado como inimitável,
conquistaram a simpatia de toda a equipe da
Universidade”. Milton Santos costumava dizer que essa
primeira longa viagem foi a “grande mudança da sua
visão de mundo e na sua concepção política”.
A partir da Europa, seguiu para o seu primeiro contato
com a África, e a compreensão dos dois continentes
o inspirou a escrever “Marianne em preto e branco”
(Marianne, figura feminina, que simboliza a França),
publicado em 1960.
Diz Milton, “...a herança francesa é muito forte, embora
eu tente me libertar dela até com certa brutalidade.
Mas ela é responsável por um estilo independente que
aprendi com Sartre, distante de toda forma de militância,
exceto a das idéias”.
Volta a Bahia, após defender com brilhantismo sua
tese de doutorado “O Centro da Cidade do Salvador”, um
clássico da Geografia, tão atual como se fosse hoje escrito.
Ainda como professor da Faculdade Católica de
Filosofia, trazia professores franceses (Jean Tricart, Pierre
George, Jacqueline Beaujeu-Garnier, Etienne Juillard,
Michel Rochefort, Pierre Monbeig, Guy Lassèrre, Bernard
Kayser, dentre outros) , portugueses (Orlando Ribeiro,
Raquel Soeiro de Brito, Fernandes Martins e outros)
- 282 -
Mário Ribeiro Martins
e brasileiros (Manoel Correia de Andrade, Araújo Filho,
Aziz Ab’Saber, Aroldo de Azevedo, Orlando Valverde,
Penteado, Luís Rodrigues e Lyzia e Nilo Bernardes, entre
outros) para conferências abertas ao público.
Entre esses professores encontravam-se também as
jovens professoras Teresa Cardoso da Silva, Nilda Guerra
de Macedo e Ana Dias da Silva Carvalho, as duas primeiras
também recém-doutoras por Strasbourg.
Em fins da década de 50, Milton inscreve-se no
concurso para livre docência da Faculdade de Filosofia
da Universidade da Bahia mas, surpreendentemente, o
concurso não se realiza, por razões que o professor Délio
Pinheiro classifica como vinculadas a uma “oligárquica
e segregacionista sociedade baiana de belas gravatas e
verdades encobertas.”
Milton Santos recorre à justiça, tendo como advogado
o então Deputado Federal e futuro Senador Nelson
Carneiro, vencendo em todas as instâncias e tendo se
submetido com brilhantismo ao concurso em 1960, com
a tese “Os Estudos Regionais e o Futuro da Geografia”.
Após a chegada à Bahia, em 1958, vindo da França,
instala seu escritório no Edifício Antônio Ferreira, na rua
Chile. Nessa ocasião, conhece, numa cerimônia, o então
reitor da Universidade, Edgard Santos. Como é de costume
na França o cumprimento com um aperto de mão,
- 283 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
Milton faz esse gesto em direção ao Reitor, tido como
aristocrata, que fica impressionado com o gesto, com
a simpatia e elegância do jovem professor e, por isso,
num encontro dias depois, encarregou-o de organizar um
grupo de pesquisa, em cujo nome, entretanto não deveria
figurar a palavra Geografia, já que a direção não seria dos
professores da Faculdade.
Assim, com o apoio do reitor Edgard Santos e do encontro
como o professor Tricart, no Hotel da Bahia (único
hotel moderno da cidade daquele tempo), representando
a Cooperação Técnica Francesa, cria-se o Laboratório de
Geomorfologia e Estudos Regionais da Universidade da
Bahia em 1º de Janeiro de 1959.
A França – com o General De Gaulle na Presidência
e o Ministro da Educação, André Malraux – abria-se,
sobretudo para a América Latina. A essa altura, com
equipe já organizada, formada pelas três jovens professoras
acima citadas, por jovens estudantes de Geografia
e de História e por recém-formados, inicia-se a fase da
pesquisa de Geografia da Bahia, cujo ensino, na Universidade
da Bahia, já contava com nomes de peso como
o dos professores Dalmo Guimarães Pontual e Waldir
Freitas Oliveira.
Para sediar os trabalhos do grupo, o professor Hélio
Simões cedeu um espaço do seu laboratório de Estudos
Portugueses, nos fundos da Faculdade de Filosofia.
- 284 -
Mário Ribeiro Martins
Nesse mesmo ano, Milton Santos organiza o IV
Colóquio Internacional Luso-Brasileiro, com o patrocínio
da Universidade da Bahia e da UNESCO. Nessa ocasião,
professores vindos de várias partes do mundo trocaram
idéias no campo da Geografia e das ciências sociais.
A década de 60 pode ser considerada como a época
áurea de Geografia na Bahia, pois o Laboratório de
Geomorfologia e Estudos Regionais representou uma
proposta acadêmica renovadora. Nele, a ciência geográfica
era tratada não apenas como técnica, mas com
reflexão. Além de atrair jovens vindos de todo o Brasil
e da França, no Laboratório a motivação era constante:
trabalhos de campo, seminários, cursos, apresentações
de trabalhos, leituras comentadas, reuniões científicas,
enfim, um ambiente de efervescência cultural e científica.
Estudos e diagnósticos sobre Salvador e o Estado da Bahia
foram realizados pela equipe, a partir de solicitações de
organismos administrativos.
O ambiente era de troca intelectual sem competições
negativas. Dessa forma, Milton Santos promove a Geografia
ao status de disciplina nobre, aproximando-a de
outras ciências: política, economia, história, sociologia
e filosofia.
É desse tempo (entre 1959 e 1964) o trabalho exaustivo
denominado Programa de Estudos Geomorfológicos
e de Geografia Humana da bacia do Rio Paraguaçu, estudo
- 285 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
que teve o objetivo de contribuir para a melhoria das
condições de vida das populações locais, realizado por
solicitação da Comissão de Planejamento do Estado e com
o apoio do Instituto Joaquim Nabuco de Pernambuco.
Um outro grande projeto foi o estudo sobre o uso da
terra nas zonas cacaueira e ocidental do recôncavo, para o
Serviço Social Rural, já com análise aerofotogramétrica.
Entre 1958 e 1964 foram publicados mais de 60 títulos,
livros e artigos de revistas, de autoria de professores
brasileiros e estrangeiros. Os deslocamentos eram feitos
em um Citroën deux-chevaux, modelo especial para trabalho
de campo, oferecido pela Cooperação Francesa, que
também doou equipamento para o LGERUB, e no ônibus
da recém fundada Escola de Geologia da Universidade.
Era nessa época que o Dr. Thales de Azevedo,
então diretor da Fundação para o Desenvolvimento da
Ciência, na Bahia, mantinha um seminário freqüentado
por sociólogos, geógrafos, economistas, antropólogos.
Nele, distinguiam-se intelectuais como Jorge Calmon,
Frederico Edelweiss, Raymond Vander Haegen, cônsul da
França e diretor da excelente Casa da França, Clarival do
Prado Valadares, Pinto de Aguiar, Luis Navarro de Brito,
Valentin Calderon, José Calazans, Luis Henrique Tavares,
Edite da Gama e Abreu, Isaias Alves, Lísia e Vital Duarte,
Fernando Santana, e os muito jovens Fernando Pedrão,
Severo Salles e Remy de Souza, entre outros.
- 286 -
Mário Ribeiro Martins
Nesse ambiente, cria-se o Boletim Baiano de Geografia,
que se manteve até 1969, que publicava artigos de
geógrafos do Brasil e da França. Nessa época, destacamse
, ainda outros centros de ensino e pesquisa, tais como o
Instituto de Economia e Finanças, o Gabinete de Estudos
Portugueses, o Laboratório de Fonética e o Gabinete de
Filologia Românica.
Durante todo esse período, a equipe do laboratório
participava ativamente das reuniões anuais da Associação
de Geógrafos Brasileiros (AGB) nas quais se estudava,
exaustivamente, a cidade sede do encontro e seu entorno.
Durante 15 dias a AGB era um espaço intelectual
importante na época. Em 63, Milton Santos foi eleito presidente
da AGB não sem enfrentar, em Penedo-Alagoas,
sede da reunião da AGB em 1962, preconceitos quanto à
sua candidatura, sendo veementemente defendido, na ocasião,
por Caio Prado Júnior, então editor da Brasiliense.
Um ano depois, realizou-se com grande sucesso a
AGB em Jequié, sob a presidência de Milton. A brilhante
carreira do Professor tomou vários rumos quando Jânio
Quadros, eleito Presidente da República, mostrou desejo
de levar, na sua viagem a Cuba, um dos redatores do
jornal A TARDE, e o Prof. Jorge Calmon, redator-chefe
do jornal, indicou Milton Santos.
Essa viagem aproximou os dois, Jânio e Milton,
e, logo após ser empossado, Jânio o convidou para ser
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Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
subchefe da casa civil na Bahia, cargo que exerceu
durante o curto mandato do presidente. Nessa ocasião,
propôs a Jânio medidas como punições a bancos e exportadores
e imposto sobre as grandes fortunas, o que foi
acatado pelo presidente.
Logo depois, o governador Lomanto Júnior o nomeou
presidente da Comissão de Planejamento Econômico
(CPE), cargo que ele deixou em 1964. Durante o exercício
desse cargo, entre 1963 e 1964, Milton Santos tratou de
temas de política econômica e planejamento regional,
a partir de uma perspectiva científica, utilizando-se da
linguagem acadêmica.
Apesar de exercer cargos tão importantes, nunca
negligenciou seu trabalho no Laboratório. Aquela casa
de pesquisa e de trabalho funcionava como uma grande
família, onde a confiança, a solidariedade e o companheirismo
eram a tônica. Todos que desejaram tiveram
a oportunidade de realizar cursos de pós-graduação na
França ou na África, desenvolvendo suas aptidões, sempre
estimulados pelo prof. Milton Santos, que transmitia,
além de ensinamentos, motivações e autoconfiança,
através do pensamento autônomo, crítico e criativo.
Com sua capacidade inconteste de gestor, compreendia
diferenças e incentivava a produção. A implantação
de uma nova filosofia de trabalho em Geografia, até
então inexistente no Brasil, abre espaços para a geração
- 288 -
Mário Ribeiro Martins
de pesquisas, capazes de movimentar outras mentes e
acionar novas idéias.
Em meio a esse clima, é colhido pela longa noite
iniciada em 1964. Avisado de que corria perigo, é convidado
pelo prof. Van der Haegen, cônsul honorário da
França, para abrigar-se em sua casa, ao tempo em que
Nailton, seu irmão, é acolhido na casa de Celso Furtado.
De nada adiantou para Milton: enquanto Nailton,
ainda em abril, partia para o México de onde, só lá chegando,
comunicou-se com a família, Milton era preso e
enviado para o 19 BC, no Cabula, um fim de mundo, na
época, onde parte de sua equipe do laboratório e seus
amigos iam diariamente visitá-lo, sem poder aproximarse
muito.
Com ele, na cela, no “espaço doméstico”, ficaram
Auto de Castro, professor de Filosofia da Universidade da
Bahia, e o engenheiro Ernesto Dremher, superintendente
da Refinaria Landulfo Alves, de Mataripe.
Sobre Milton, diz Auto de Castro: “Em 1949, conheci
Milton. A Bahia, nessa época, era muito pequena.
Havia uma convergência social para a rua Chile; a elite
da Bahia se reunia no Café de Bernadete, que era a sede
do Partido Socialista. Era uma portinha junto a Livraria
Civilização Brasileira, mais tarde sede da VASP.
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Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
Intelectuais, poetas, gente da Academia de Letras
e políticos aí se reuniam, enquanto moças casadouras,
senhoras da sociedade e até a burguesia baiana desfilavam
entre ás 16 e 18:30 na rua famosa.
Naquela época, havia um espirito na cidade: comentários,
anedotas e todos os fatos políticos eram imediatamente
conhecidos na rua Chile, devidamente desdobrados
e criticados. Hoje não existe mais isso – a cidade cresceu
muito e perdeu esse espírito.”
Enquanto esteve na prisão, chegavam cartas e convites
de várias Universidades francesas. O próprio Van der
Haegen serviu de intermediário entre o governo francês
e o Coronel Humberto Melo, responsável pelo 19 BC,
segundo ainda Auto de Castro.
Na véspera de São João, devido a um inicio de derrame,
foi levado ao hospital e depois solto. Tentou ainda
continuar sua vida de cidadão e de intelectual, mas o
Brasil fechou-lhe as fronteiras.
Em dezembro, conheceu uma das suas experiências
mais dolorosas: deixar o Brasil, seu filho Miltinho – o
casamento já tinha terminado –, sua família, seus amigos,
suas raízes.
Partiu para a Universidade de Toulouse Le Mirail,
onde seu “irmão” francês, prof. Bernard Kaiser, o esper-
290 -
Mário Ribeiro Martins
ava, tentando proporcionar-lhe um ambiente de trabalho
favorável e oferecendo-lhe amizade de irmão. Mais tarde,
na mesma Universidade, recebeu o título de Dr. Honoris
Causa, o primeiro dos 20 que receberia durante toda a
sua vida.
É preciso dizer que, embora afastado fisicamente,
Milton esteve intelectual e emocionalmente ligado á Bahia,
e foram muitos os trabalhos que aqui continuaram a
se realizar sob sua orientação.
As professoras Antônia Dea Erdens e, posteriormente,
Tereza Cardoso da Silva, no Laboratório, continuavam
o trabalho de Milton, dirigindo a equipe por
ele formada.
De Toulouse, onde ficou por três anos, Milton Santos
fixa-se em Bordeaux. Lá, entre os seus alunos, havia uma
que se distinguia dos demais, Marie Hélène Tiercelin,
que mais tarde viria a ser sua mulher, nos últimos quase
trinta anos, mãe de seu segundo filho, Rafael.
Marie Hélène foi um marco em sua vida pessoal e
intelectual. Proporcionou-lhe, no ambiente de trabalho,
a paz, a tranqüilidade e o equilíbrio necessários ao seu
mister de grande pensador. E, sendo geógrafa, trocava
com ele déias de trabalho, além de ter feito as traduções
de vários de seus livros.
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Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
Observa-se que a fase de grande produção intelectual
de Milton começou em início de 70, com Marie Hélène.
A partir de 1964, também começa a sua longa trajetória
pelo mundo. De Bordeaux, onde fica durante um
ano vai para Paris, onde convive com amigos franceses,
entre os quais Michel Rochefort, Jacqueline Beaujeu-
Garnier, Pierre George, Guy Lassère, George e Niki
Coutsinas, Oliver Dolffus, Jacques Levi e brasileiros
entre os quais Miota e Luís Navarro de Brito, Miguel
Arraes, Celso Furtado, além de alunos brasileiros que se
encontravam cursando o doutorado nas diversas universidades
francesas.
Para a Venezuela, onde foi contratado para estudar
Caracas no programa “Venezuela Hoje”, financiado pelo
governo da Venezuela e pela ONU, segundo informações
da Profª. Drª Antônia Dea Erdens, leva consigo alguns
colaboradores: dois brasileiros, a própria Antônia Dea e
Licia do Prado Valadares, e duas francesas: profª Hélène
Lamicq – hoje reitora da Universidade de Creteil (FR) – e
Marie Hélène Tiercelin.
Antes de seguir para Toronto, casa-se, no Haiti, em
1972, com Marie Hélène. Viajam, assim, para a Universidade
Politécnica de Lima (73), Dar-es-Salaam (74-76),
onde se torna amigo do então presidente Nyerere. Daí
segue para a Columbia (NY 76-77) e volta à Venezuela
(75-76). Foi também professor pesquisador durante dois
- 292 -
Mário Ribeiro Martins
anos do Massachuselts Institute of Technology, Cambridge
(71-72), quando então é convidado para fundar
um Laboratório de Geografia na Nigéria, África.
Marie Hélène está grávida de Rafael. Como um
presente para Milton, para que seu filho nascesse baiano,
Marie Hélène decide vir à Bahia. Era o pretexto que ele
precisava para voltar em definitivo ao Brasil, já que as
duas vezes que aqui esteve, antes de 1977 – uma das
quais para a SBPC e a convite da Profª Maria de Azevedo
Brandão – foram passagens rápidas.
Durante os treze anos fora do país, estruturou a base
do pensamento que analisa o impacto social provocado
pelo desenvolvimento urbano político e econômico. Milton
volta, conhecido e admirado mundialmente, já com
várias obras publicadas.
Trazia um novo livro que iria revolucionar a Geografia
pelos seus conceitos, Por uma Geografia Nova, dedicado
a Lígia Ferraro, sua amiga, morta prematuramente.
O lançamento do livro aconteceu na Livraria Civilização
Brasileira da Avenida Sete, nas Mercês.
No mesmo ano, professor Milton enche um auditório
do Instituto de Geociências da UFBA, com cerca de 200
pessoas vindas de todas as partes da Bahia e do Brasil num
curso de extensão sobre “A Cidade Mundial de Nossos
Dias”. Nasce Rafael, em julho de 1977.
- 293 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
A UFBA, entretanto, não se interessa por reintegrálo
como professor. Em anos anteriores, vários reitores
foram procurados para que trouxessem Milton do seu
exílio. Algumas promessas foram feitas, em vão.
A UFBA, em 1977, continuou em silêncio, assim
como as demais universidades do Brasil, com exceção
do Rio Grande do Sul.
Milton Santos vai para o sul, trabalha entre São
Paulo e Rio de Janeiro como consultor. Em São Paulo,
é convidado por sua amiga Maria Adélia Aparecida de
Souza, na época coordenadora de Ação Regional do governo
Paulo Egydio Martins, como consultor, enquanto
não conseguia uma função na Universidade.
Em 1979, com 53 anos, vai para o Rio de Janeiro
onde é contratado como professor assistente. Continuou
realizando trabalhos esporádicos. Foram anos difíceis,
pelo fato de não saber o que lhe reservava o futuro, para
ele e sua pequena família.
Finalmente, em 1984, com 58 anos e com o apoio de
jovens professores, submete- se ao concurso para titular na
USP. Foi fundamental, nesse momento, o apoio dos amigos
Maria Adélia Souza e Araújo Filho, da mesma forma que a
Professora Maria do Carmo tinha sido, na UFRJ.
Na USP, manteve um grupo de pesquisadores nos
mesmos moldes do antigo Laboratório de Geomorfolo-
294 -
Mário Ribeiro Martins
gia, os quais continuam até hoje. A partir daí, a carreira
brilhante de Milton Santos começou a decolar no Brasil,
apesar de já ser conhecido no mundo inteiro.
Os convites do exterior continuaram. Foi professor
visitante da Universidade de Stanford, na Cátedra
e Joaquim Nabuco (97-98). Foi Diretor de Estudos em
Ciências Sociais, Escola de Altos Estudos em Ciências
Sociais (Paris 1998).
Consultor das Nações Unidas, OIT, OEA e UNESCO.
Consultor junto aos governos da Argélia e Guiné
Bissau. Consultor junto ao Senado Federal da Venezuela
para questões metropolitanas.
Membro do comitê assessor do CNPq e ex-coordenador
da Comissão de Coordenação dos Comitês
Assessores do CNPq (82-85). Coordenador da área de
Arquitetura e Urbanismo da FAPESP (Fundação para o
Amparo a Pesquisa no Estado de São Paulo, 91-94).
Membro da Comissão de Alto nível do Ministério
da Educação, encarregada de estudar a situação de ensino
no pais (98-90). Membro da comissão especial da Assembléia
Constituinte do Estado da Bahia, encarregado
de redigir um ante-projeto de Constituição Estadual (89).
Presidente da Associação Nacional de Pós-graduação
e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional
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Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
(ANPUR 91-93). Presidente da Associação de Pósgraduação
e Pesquisa em Geografia (ANPEGE 93-95).
Em 1994, com 68 anos de idade, recebeu o Prêmio
Internacional Vautrin Lud, correspondente ao Nobel da
Geografia, tendo como proponente o professor Jorge
Gaspar, da Universidade de Lisboa. Costumava dizer
que, a partir desse prêmio, a mídia brasileira lhe abrira
as portas. Recebeu-o na pequena cidade de Saint-Dié
des Vosges, coincidentemente na região da cidade de
Strasbourg onde havia defendido, na década de 50, o seu
doutorado. Pela primeira vez na história desse prêmio,
ele era outorgado a um geógrafo que não era nem francês
nem norte-americano.
Milton Santos recebeu ainda mais de duas dezenas
de medalhas, tais como: Medalha de Mérito, Universidad
de La Habana, Cuba, 1994; Colar do Centenário
(Conjunto de Obra em Geografia) Instituto Histórico e
Geográfico de São Paulo, 1997; Ordem 16 de setembro
– Primeira Classe, Estado de Mérida, Venezuela, 1998;
11ª Medalha Chico Mendes de Resistência, Grupo Tortura
Nunca Mais, Rio de Janeiro, 1999; Medalha do Mérito,
Fundação Joaquim Nabuco, Recife,1999, entre outras.
Dentre os prêmios destacam-se: Vozes Expressivas
do Final do Milênio, Universidade Gama Filho, Rio
de Janeiro, 1997; Personalidade do Ano, Instituto de
Arquitetos do Brasil, Rio de Janeiro,1997; Homem de
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Mário Ribeiro Martins
Idéias, 1998, Caderno Idéias, Jornal do Brasil, Rio de Janeiro,
1998; O Brasileiro do Século, Revista Isto É, 1999
(laureado na categoria Educação, Ciência e Tecnologia,
entre 20 personalidades); Prêmio Jabuti (melhor livro de
Ciências Humanas) 1997, com A natureza do Espaço.
Técnica e Tempo. Razão e Emoção, Hucitec, São Paulo,
1996; prêmio UNESCO na categoria Ciência, 2ª edição,
Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência
e Cultura, Brasília, 2000.
Seu último prêmio foi o Multicultural Estadão
Cultura, em junho de 2000, concorrendo com inúmeras
personalidades e sendo votado por milhares de brasileiros.
Numa cerimônia carregada de emoção e beleza,
disse: “Considero a indicação do prêmio Multicultural
Estadão Cultura como um presente expressivo que coroa,
de alguma forma, o meu trabalho intelectual [...]
Meu desejo secreto, o desejo dos pensadores, e é
difícil confessá-lo, é que o seu trabalho possa ter alguma
repercussão, sobretudo quando ele ultrapassa os limites
da sua própria área e da universidade. O fato de seu trabalho
ter uma visibilidade em camadas mais amplas da
sociedade dá ao seu autor, não a certeza que ele tenha o
aplauso geral, mas um certo conforto de ver que o seu
discurso não é um discurso fechado. Agradeço a todos
que votaram em mim, aos meus amigos e ofereço esse
prêmio a todos os brasileiros que tanto esperam de seus
intelectuais.”
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Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
Entre 1980 e 2000, Milton recebeu vinte títulos
de Dr. Honoris Causa de Universidades do Brasil, da
América Latina e da Europa. Publicou mais de quarenta
livros e mais de 300 artigos em revistas cientificas, em
português, francês e espanhol e inglês.
Seu último livro, publicado em 2001 pela editora
Record, foi : O Brasil: Território e Sociedade no Inicio
do Século XXI. Organizou diversos livros, números especiais
de revistas cientificas em português, francês e inglês.
Fez pesquisas e conferências em diversos países,
dentre os quais: Japão, México, Colômbia, Costa Rica,
Índia, Argentina, Uruguai, Tunísia, Argélia, Costa do
Marfim, Benin, Togo, Gana, Panamá, Nicarágua, Espanha,
Portugal, República Dominicana, Cuba, Estados
Unidos, França, Tanzânia, Venezuela, Peru, Inglaterra,
Suíça, Bélgica, Senegal e Itália.
Concedeu inúmeras entrevistas à mídia falada e
escrita, a entidades diversas, a estudantes etc.
Em 1996, para os seus 70 anos, amigos se reuniram
para prestar-lhe uma homenagem, num Seminário Internacional,
em São Paulo, denominado O mundo do
Cidadão. Um cidadão do mundo.
Nessa ocasião, foi lançado um livro com o mesmo
nome, com depoimentos de 67 intelectuais e amigos de
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Mário Ribeiro Martins
todas as partes do mundo, acolhidos na ocasião pela USP,
entre os quais, Manoel Correia de Andrade, Maurício
Abreu, Aurora Garcia Ballesteros, Paul Claval, Leila
Dias, Inês Costa Ferreira, Octavio Ianni, Rosa Ester
Rossini, Armen Mamigonian, Joaquim Bosque Maurel,
Rui Moreira, Aldo Paviani, Richard Peet, Ana Clara Torres
Ribeiro, Teresa Barata Salgueiro, David Slater, Neil
Smith, Marlene d`Aragão Carneiro, Teresa Cardoso da
Silva, José Estebanez Alvarez, Jacques Lévy, Creuza
Santos Lage, Neyde Maria Gonçalves, Sílvio Dvorecki,
Saskia Sassen. E mais ainda Maria Azevedo Brandão,
Délio Ferraz Pinheiro, Carlos Reboratti, Graciela Ortega,
Daniel Hiernaux-Nicolas, Jorge Gaspar, Pedro Geiger,
Ruy Moreira, Adir Rodrigues, Ana Fani Carlos, Pablo
Ciccolella, José Borzacchiello, Ana Clara Ribeiro, José
Estabanez Álvarez, Miguel Panadero, Ana Maria Gicoechea,
Terence Mc- Gee, Germân Wettstein, Maria
Auxiliadora da Silva, Remy Knafou, Pedro Vasconcelos
e Sílvio Bandeira de Melo entre muitos outros.
A Profª. Maria Adélia Aparecida de Souza e o grupo
de jovens mestrandos e doutorandos do Profº. Milton
Santos na USP, organizaram a cerimônia.
O livro foi organizado pela Profª. Maria Adélia de
Souza, que contou com a colaboração dos Profs. George
Benko, de Paris-Sorbonne; Hélène Lamicq da Universidade
de Creteil, Milton Santos Filho da Faculdade de
Economia da UFBA; Luiz Cruz Lima da Universidade
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Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
do Ceará e Maria Auxiliadora da Silva da UFBA. Esta
cerimônia marcou o reconhecimento pleno da importância
do Milton Santos.
Segundo Maria Adélia de Souza, “Milton foi exilado
político. Mas, como poucos não tira proveito disso, exerce
vivamente a ética na política. Jamais se comportou como
vitrine do regime militar [...] Sofreu todas as dificuldades
para se estabelecer e sobretudo, reingressar na vida e nas
universidades brasileiras.
Apesar das vicissitudes, procura exercer o seu labor
e construir, aí sim, um profundo pensamento teórico e
político que o Brasil e os brasileiros necessariamente,
aos poucos estão tendo de conhecer e admirar.
Milton se instala, não como herói que volta carregado
nos braços do povo mas, difícil, cautelosa e
profundamente vai se impondo como um dos principais
pensadores e intelectuais brasileiros, com um pensamento
e uma posição política profundos e inarredáveis. No
exílio, se dedica obstinadamente aos estudos. É aí que
fundamenta, sem dúvida nenhuma, sua obra posterior.”
Além das universidades francesas, americanas e
latino-americanas, da África e da Ásia, Milton Santos
colaborou ainda com a Complutense de Madrid, de Barcelona
e de Lisboa.
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Mário Ribeiro Martins
Na trajetória de Milton Santos é importante relembrar
sua disponibilidade para com os amigos, para com
os jovens, seu interesse por eles, sua percepção aguçada
que fez de cada um que privou de sua amizade, sentir-se
o único.
Essa afeição também atingiu amigos como Octávio
Ianni, Gervásio Neves e Michel Patty, Joaquim Bosque
Maurel, Paul Claval, Jacques Hubschman.
Estar ao lado do Profº Milton Santos traz a segurança
de estar perto da sabedoria. Sua presença é forte e
ao mesmo tempo suave e sua energia, vontade e alegria
são contagiantes.
Em 24 de junho de 2001(faleceu com 75 anos de
idade). A saudade toma o lugar de sua presença generosa,
do seu sorriso aberto, de sua fala firme e suave, ficando
a certeza de termos convivido com quem soube, mais do
que ninguém, defender a construção de um mundo mais
humano”.
* Maria Auxiliadora da Silva. Possui graduação
em Licenciatura História pela Universidade Federal da
Bahia(1964). Especialização em Geografia Agrária pela
Universidade de Lisboa(1966). Doutorado em Geografia
pela Universidade de Strasbourg(1972). Pós-Doutorado
pela Universidade de Rouen(1975). Pós-Doutorado pela
Universidade de Toulous II(Le Mirail)-1981. Atualmente,
- 301 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
é Professora Adjunta IV. Doutora da Universidade Federal
da Bahia. Tem experiência na área de Geografia, com
ênfase em Geografia Humana. Atua, principalmente, nos
seguintes temas: População, petróleo, migração, etc. Currículo
Lates: http://lattes.cnpq.br/4012356272117551.

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Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
UM BAIANO QUE
NÃO NASCEU NA BAHIA
SOBRE EBENÉZER GOMES CAVALCANTI
(CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DO
PASTOR EBENÉZER GOMES CAVALCANTI.)
QUEM FOI EBENÉZER GOMES CAVALCANTI?
Mário Ribeiro Martins*
EBENÉZER GOMES CAVALCANTI, de Santa
Maria do Belém, Pará, 19.10.1911, escreveu, entre outros,
OS BATISTAS E O ECUMENISMO, A GAZELA
DE JOPE(Romance), sem dados biográficos completos
nos livros e sem qualquer outra informação ao alcance
da pesquisa, via textos publicados.
Filho de Antonio Gomes Cavalcanti e Dia Rodrigues
Cavalcanti. Seu pai era alto funcionário do Banco
Comercial do Pará e faleceu com 92 anos, em Belém,
em 27.07.1967. Sua mãe faleceu em 1918, de gripe espanhola.
- 304 -
Mário Ribeiro Martins
Foi criado pela avó materna Rita Nunes Nogueira(de
Baturité, Ceará) que também cuidou dos demais irmãos
Elieser, Antonio, Ruth, Olir e Adiel.
Seu pai se casou a segunda vez com Ernestina
Farias Cavalcante, com quem teve os filhos Omar e Eliel.
Casou-se a terceira vez com Eunice Pinheiro da Câmara
Cavalcante, com quem teve o filho Fernando.
Quanto a Ebenézer, após os estudos primários em
sua terra natal, deslocou-se para outros centros, onde também
estudou. Freqüentou a Escola da professora Mestra
Elisa e depois o Grupo Escolar Barão do Rio Branco.
Concluiu o Curso Comercial, na Escola de Comércio de
Belém, recebendo o título de “GUARDA-LIVRO”.
Passou também pelo internato do Colégio Moderno.
Formado na área, passou a trabalhar na Casa Bancária
Moreira Gomes, ganhando cem mil reis por mês.
Quando tinha 17 anos de idade, em 06.05.1928, foi
batizado na Primeira Igreja Batista de Belém, pelo Pastor
João Daniel do Nascimento,
chegando a Presidente da União de Mocidade.
Em 1930, quando tinha 19 anos, seguiu para o Recife,
na busca de estudos teológicos, tendo ficado hospedado
na Biblioteca da casa do Dr. Antonio Neves de
Mesquita, até o início das aulas.
- 305 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
Sob a direção do Dr. William Carey Taylor, passou
a estudar no Seminário Teológico Batista do Norte do
Brasil, enquanto cursava o secundário no Ginásio Oficial
do Estado.
Terminou o curso de Bacharel em Teologia, em
1936, com 25 anos, e no ano seguinte-1937- diplomou-se
Mestre em Teologia. Fundou, junto com Jônathas Braga
e outros, o jornal A VOZ DO SEMINARISTA. Para se
sustentar, trabalhou como Auxiliar do Bibliotecário do
Seminário.
Como estudante do Seminário, ganhou o PRÊMIO
ZACARIAS TAYLOR. Foi Seminarista Auxiliar do Pastor
Munguba Sobrinho, na Igreja Batista da Capunga, no
Recife.
No dia 08.05.1936, foi consagrado Pastor da Igreja
Batista de Vitória de Santo Antão, interior de Pernambuco,
tendo passado também pelas Igrejas de Limoeiro
do Norte, Afogados, Concórdia e Olinda.
Fizeram parte do Concílio Consagratório, os pastores:
José Munguba Sobrinho, José Florêncio Rodrigues,
Jonas B. de Macedo Filho, Pedro Cerqueira, Leslie Leônidas
Johnson(L.L.Johnson), Orlando do Rego Falcão,
Severino Batista, R. Elton Johnson, W. C. Harrison e
Lívio Lindoso.
Ainda no Recife, foi professor concursado de Português,
no Ginásio da Madalena, do Dr. Aderbal Jurema,
- 306 -
Mário Ribeiro Martins
entre 1935 e 1936. No dia 08.06.1937, no navio NEPTUNIA,
chegou em Salvador, Bahia, sendo recebido pelo
Pastor Alfredo Mignac e uma Comissão da Igreja Batista
Dois de Julho.
Mas, só tomou posse na Igreja Dois de Julho, em
22.11.1937. Esta Igreja tinha tido, desde sua fundação
em 21.11.1923, apenas quatro pastores: M. G. White,
John Mein, Manoel Ignácio Sampaio e Alfredo Mignac.
Em 14.02.1938, com 27 anos, casou-se em Santo
Antonio de Jesus, interior baiano, com a filha do Pastor
João Martins de Almeida e de Maria Andrelina de
Almeida, de nome NOEME MARTINS DE ALMEIDA,
com quem teve os filhos Eneida Cavalcanti Heber, Enéas
de Almeida Cavalcanti e Élvia Mirian Cavalcanti Fadul.
Em 08.12.1944, com 33 anos, Bacharelou-se em
Ciências Jurídicas e Sociais, pela Faculdade de Direito
da Bahia, tornando-se Advogado. Em 1948, foi Consultor
Jurídico da Secretaria da Agricultura da Bahia.
Em 1950, com 39 anos, foi eleito Deputado Estadual,
na Bahia. Em 1956, foi nomeado Conselheiro do Tribunal
de Contas do Município, tendo sido seu Presidente e onde
também se aposentou.
Em 1958, viajou pela Europa, visitando 12 países.
Em 20.12.1964, recebeu o título de Cidadão de Salvador,
pela Câmara Municipal.
- 307 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
Em fevereiro de 1973, fez o prefácio do livro GILBERTO
FREYRE-O EX-PROTESTANTE, do autor
destas notas, publicado pela Imprensa Metodista, de
São Paulo, prefácio este que se acha no site www.mariomartins.
com.br
Na década de 1940, foi um dos mais autênticos
representantes do RADICALISMO BATISTA BRASILEIRO,
tendo publicado artigos em Jornais e Revistas,
como se vê no livro HISTÓRIA DAS IDÉIAS RADICAIS
NO BRASIL(Recife, Acácia Publicações, 1974) ou
no site www.mariomartins.com.br
Além de escritor, pesquisador, orador, polemista, foi
um dos maiores articulistas d`O JORNAL BATISTA, com
sede no Rio de Janeiro, mas distribuído para todo o Brasil.
Em 1949 e depois em 1969, foi Orador Oficial
da Convenção Batista Brasileira, de que foi seu Vice-
Presidente, em 1962.
Faleceu no Hospital Português, de Salvador, no dia
01.06.1979, quando tinha 68 anos de idade, tendo sido
Pastor da Igreja Batista Dois de Julho, em Salvador, durante
41 anos, 6 meses e 11 dias.
Sobre ele foi escrito o excelente livro O PENSAMENTO
VIVO DE EBENÉZER GOMES CAVALCANTI(Rio
de Janeiro, Souza Marques, 1982), por Celso Aloísio
Santos Barbosa, hoje vendido na ESTANTEVIRTUAL.
- 308 -
Mário Ribeiro Martins
É referido em dezenas de livros, especialmente os
que tratam da História dos Batistas no Brasil.
Apesar de sua importância, não é mencionado no livro
BAIANOS ILUSTRES, de Antonio Loureiro de Souza,
editado em 1979 e nem é estudado na ENCICLOPÉDIA
DE LITERATURA BRASILEIRA, de Afrânio Coutinho
e J. Galante, edição do MEC, 1990, com revisão de Graça
Coutinho e Rita Moutinho, em 2001 ou DICIONÁRIO
HISTÓRICO-BIOGRÁFICO BRASILEIRO(2001, 5
volumes, 6.211 páginas), da Fundação Getúlio Vargas e
nem é convenientemente referido, em nenhuma das enciclopédias
nacionais, Delta, Barsa, Larousse, Mirador,
Abril, Koogan/Houaiss, Larousse Cultural, etc.
Embora tenha vivido em Salvador, Bahia, de 1937
até 1979, portanto, 42 anos e onde também foi Deputado
Estadual e Conselheiro do Tribunal de Contas do
Município, não é referido no livro DICIONÁRIO DE
AUTORES BAIANOS(Secretaria da Cultura e Turismo
da Bahia, 2006).
Dizer-se que não nasceu na Bahia não é argumento,
porque dezenas de outros nomes também não
nasceram na Bahia e são biografados no Dicionário,
entre os quais, Salete Aguiar(RGS), Lelea Amaral(MG),
Argentino Amoedo(Espanha), Enio Araújo(SE), Fabricia
Miranda(RJ), Nelson Araújo(SE), Luciete de
Cássia(MG), Vanessa Bufoni(RJ), Maria Burgos(SE),
Rodolfo Cavalcanti(AL) e centenas de outros nomes.
- 309 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
Como é que se pode publicar um DICIONÁRIO DE
AUTORES BAIANOS, com mais de 400 páginas, em
2006, e não incluir nele a figura do escritor EBENÉZER
GOMES CAVALCANTI, cujo romance a GAZELA DE
JOPE(Rio de Janeiro, JUERP, 1971)(hoje vendido na
www.estantevirtual.com.br) foi premiado nacionalmente,
alem de o autor ter sido Deputado Estadual, Conselheiro
do Tribunal de Contas dos Municípios, Pastor da Igreja
Batista Dois de Julho e ter residido em Salvador por mais
de 40 anos?
O que houve mesmo foi DESCUIDO da parte dos
PESQUISADORES e ORGANIZADORES, destacandose
Marisa Baqueiro Costa e Guilherme Augusto Figueiredo
Castro, responsáveis por estes setores.
É verbete do DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO
REGIONAL DO BRASIL, de Mário Ribeiro Martins, via
INTERNET, dentro de ENSAIO, no site www.usinadeletras.
com.br ou www.mariomartins. com.br
*Mário Ribeiro Martins, Procurador de Justiça, Escritor.
Membro da Academia Goiana de Letras, da Academia
Tocantinense de Letras. Membro do Instituto Histórico e
Geográfico de Goiás e da Academia Goianiense de Letras.
www.mariomartins.com.br. www.blogdomariomartins.zip.
net. http://pt.netlog.com/mariormartins.

- 311 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
OUTRO BAIANO ILUSTRE
QUEM FOI CARLOS RIBEIRO ROCHA?
Mario Ribeiro Martins*
Filemon Francisco Martins*
SOBRE CARLOS RIBEIRO ROCHA
CARLOS RIBEIRO ROCHA E SUA POESIA
Filemon F. Martins*
Um dos mais notáveis poetas do Brasil. Nascido na cidade
de Ipupiara, Bahia, próximo à Chapada Diamantina,
Carlos Ribeiro Rocha é no dizer do sociólogo e crítico
literário, Mário Ribeiro Martins, “o poeta da natureza,
para quem a oportunidade não sorriu, mas cuja poesia é
um sorriso eterno.”
Autodidata, o poeta baiano, com o apoio da comunidade,
fundou em Santo Inácio, o Ginásio Diamantino
(CNEC), do qual foi professor de Português durante dois
anos seguidos. No início de sua carreira também fora
- 312 -
Mário Ribeiro Martins
professor municipal e particular em Ibitunane, Ibipeba
e Ipupiara. Por concurso público, tornou-se Coletor
Federal, tendo residido em Santo Inácio, Xique-Xique,
Itamaraju e Salvador, mas foi no interior da Bahia, onde
teceu a maioria dos seus versos.
Cronista, sonetista e trovador fluente, aprendeu com
a natureza e com os livros, sem freqüentar, contudo, as
salas de um Colégio, como ele mesmo afirma em suas
trovas:
“Colégio sem endereço/é o que me fez bacharel.../
Nas trovas que sempre teço/é que brilha o meu anel.”
“Sem Colégio, encontro tudo/ no livro da Natureza,/e
como não tive estudo,/sou ave no visgo presa.” “O nome
do meu Colégio?/Ninguém suas letras soma:/Nunca tive
o privilégio/de receber um diploma.”
Carlos Ribeiro Rocha escreve com o coração, porque
sua lavra poética é uma fonte inesgotável que continua
jorrando tanto no soneto, quanto no trovismo. O poeta,
pesquisador, cronista e trovador já editou alguns livros,
entre outros: “HARPA SERTANEJA”, “PINGOS DE
MIM”, “MEDITAÇÕES, LIÇÕES”, “CAFÉ REQUENTADO”,
“28 SONS” e “COROA DE SONETOS”. Mas
possui diversos livros inéditos, contendo poemas, crônicas,
sonetos e trovas.
Humberto Del Maestro, poeta e intelectual do Espírito
Santo, prefaciando “MEDITAÇÕES, LIÇÕES”,
afirma “ o vate e trovador das terras de Rui Barbosa e
Castro Alves foi além das expectativas, criando instantes
maravilhosos, mágicos não apenas em versos com lin-
313 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
guagem clássica, ritmados, quando deu asas à sua inspiração
elástica e farta, mas construindo momentos de
grande profundidade, na poesia livre.”
Já o professor e escritor Osmar Barbosa, do Colégio
Estadual de Nova Friburgo, RJ, diz: “Vê-se que
você é inspirado poeta, pois, quem talha sonetos como
“Cigarras e Formigas”, “Velha Mangueira”, “Borboletas”,
etc., tem a poesia na alma, a arte nas veias.”
O poeta não se prendeu a formas e a nenhuma corrente
literária, por isso sua poesia é gostosa de ser lida, é
harmônica e livre, como ele mesmo diz:
“Não sou parnasiano, não pertenço/a escola alguma
da arte modernista,/porquanto escrevo como sinto
e penso... Se anel não tenho, mesmo de ametista,/ nas
maravilhas desse livro imenso/ hei de encontrar a glória
da conquista.”
Sensível aos problemas brasileiros, especialmente
do trabalhador simples e desvalido do Nordeste, empunha
sua pena e diz: “ Pega da enxada – seu fuzil sagrado, e as
ervas más fulmina do roçado, cantando sempre a chula
da vitória. Eu te amo, lavrador abandonado... Se não
podes por mim ser amparado, quero, ao menos, contar a
tua história!”
Não esqueceu, porém, das crianças abandonadas:
“Cheirando cola, sem comida, sem escola, sem um barraco
ao menos como lar, dá pena ver meninos a cumprir
duros destinos, só aprendendo a roubar!... Faz vergonha
aos Presidentes ver meninos nas vielas, com as bocas
cheias de dentes e sem nada nas panelas”...
- 314 -
Mário Ribeiro Martins
Com um toque de mestre, ele fala dos garimpeiros:
“Ousado e firme, o garimpeiro busca,/no seio virginal
do solo amado,/ a gema rara, que deslumbra e ofusca,/
apagando as agruras do passado... Aquela jóia pondo
sobre a palma,/o altivo garimpeiro sente na alma/a brisa
da ventura, tão serena! Também o bardo, com valor e
calma,/um verso vai buscar no fundo da alma,/coberto
ainda de saudade e pena!”
Em correspondência ao autor destas linhas, o poeta numa
deferência que me honra, encaminha alguns trabalhos
abrangendo temas políticos, filosóficos, sociológicos, etc.
Eis alguns exemplos: “Político sabichão promete a cada
eleitor, a casa, saúde e pão, qual um “santo” protetor.”
“Se o povo cai na conversa, vai eleito, faz a festa, e aí a
coisa é diversa, não realiza o que presta.”
Em OBSERVAÇÕES, CONCLUSÕES, escreveu: “
Olhando nossas matas e cerrados, nossas caatingas, descubro,
vejo florescências de Poder, cachos de Sabedoria...
E assim, este humilde sertanejo vai tecendo a poesia e
confessando que Deus está criando noite e dia. Levantando
mais os olhos, vejo estrelas lá no Espaço, que aos
olhos causam cansaço, mas, trazem reflexões e conclusões
acertadas. Com razão e sapiência afirmou o Cristo: - “
Na casa de meu pai há muitas moradas” – e, pouca gente
consegue entender isto!”
Seus sonetos são belos e perfeitos, à moda de Olavo
Bilac e entre outros, transcrevo AMAR SEMPRE, que
- 315 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
o poeta a partir de uma trova minha, “No mundo do desamor
ao poeta, nada importa, se na saudade e na dor, a
inspiração o conforta.” escreveu o belíssimo soneto.
“No mundo de seqüestros, males, dores,/ da humanidade
foge o sentimento/maior de fraternismo,
e só horrores/a criar o ambiente mais nojento! Confrade
amigo, no lugar que fores,/semeia, sem mostrar
constrangimento,/o amor que faz brotar somente flores,/
que a todos leva só contentamento. Amar sempre, o Evangelho
assim exorta,/porque do bem o amor é larga porta/a
nos mostrar futuro promissor. O mundo de egoísmo e
desamor,/ao poeta, em verdade, nada importa,/porque a
inspiração é que o conforta.”
Muito mais se poderia dizer da poesia de Carlos Ribeiro
Rocha, que, não obstante ter participado do Anuário de
Poetas do Brasil, Rio de Janeiro, organizado pelo saudoso
APARÍCIO FERNANDES, em 1978, volume 1, página
105 e 1979, volume 4, página 63, infelizmente só é conhecido
na Bahia e nos meios alternativos, onde goza de
prestígio e do merecido respeito, mas seu nome consta
no DICIONÁRIO BIO BIBLIOGRÁFICO REGIONAL
DO BRASIL, do escritor Mário Ribeiro Martins, no site
usinadeletras.com.br em ENSAIOS ou no www.mariomartins.
com.br.
Sua poesia, seu trabalho e seu nome, com certeza,
estarão incrustados no panorama da Literatura Brasileira.
- 316 -
Mário Ribeiro Martins
Comovente! Muito comovente é a historia que passo
a narrar, sem um fiapo de fábula, porque é biografia verdadeira,
real, de uma menina que foi gerada num período
de apenas seis meses e alguns dias de gestação, não havendo,
em vista disto, a mais leve esperança de sobreviver.
Colocaram-na numa caixa de sapatos, para sepultá-la.
Foi aí que sua avó Antoninha ouviu o primeiro vagido,
o choro daquela menina. (Era, em Santo Inácio, Bahia,
20.09.1930).
Assustada, sua avó bradou: A MENINA CHOROU,
ESTÁ VIVA. Jogou-a em seu seio, como se fosse uma
gatinha, afim de sentir seu calor que faz ressuscitar, pois,
é o calor do afeto, da amizade sincera.
Avó é duas vezes mãe. Nem que se suprima a exclamação,
a história é comovente, um exemplo que brilha
mais do que um espelho diante de todas as pessoas ao
seu redor.
Atualmente(2011), o nome daquela menina é MARIA
PIRES RIBEIRO(MARIAZINHA). Casou-se em
Santo Inácio, Bahia, com o poeta e cronista CARLOS
RIBEIRO ROCHA(Jordão, Bahia, 04.11.1923), com
quem teve vários filhos.
Como estamos no ANO INTERNACIONAL DA
MULHER, falaremos primeiro das filhas e, em segundo
lugar, dos homens.
- 317 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
a- Mulheres:
1) JACY RIBEIRO OLIVEIRA(Santo Inácio
BA, 11.03.1951), filha de Carlos Ribeiro Rocha
(Olhodaguinha,Jordão,BA, 04.11.1923) e Maria Pires
Ribeiro-Mariazinha(Santo Inácio, BA, 20.09.30).
Jacy casou-se com Elson Oliveira, com quem tem
Lílian Ribeiro Oliveira(Utinga-Ba, 29.03.1979), Vivian
Ribeiro Oliveira(Utinga, Ba, 28.01.1983) e Elson
Júnior(Utinga,31. 01.1985).
2) MARIA LUIZA RIBEIRO DE MIRANDA(Santo
Inácio, BA, 31.05.1953), filha de Carlos Ribeiro
Rocha(Olhodaguinha,Jordão,BA, 04.11.1923) e Maria
Pires Ribeiro (Mariazinha). Maria Luiza casou-se com
Antonio Gonçalves Miranda, com quem tem Carla
Jacy(Xique-Xique, 11.12.1976), Naíra Ribeiro(Xique-
Xique, 22.06.1980), Jaqueline Ribeiro(Xique-Xique,
02.05.1982) e Vivianne Ribeiro(Xique-Xique,
29.04.1993).
3) CELIA PIRES RIBEIRO PASSINHO(Santo
Inácio, BA, 05.08.1959), filha de Carlos Ribeiro
Rocha(Olhodaguinha,Jordão,BA, 04.11.1923) e Maria
Pires Ribeiro (Mariazinha). Célia casou-se com Elvânio
Alves Passinho, com quem tem os filhos: Bruno Ribeiro
Passinho(Ilhéus, BA, 07.10.1987), Flavio Ribeiro
Passinho(Itabuna,BA, 29.09.1982), Fabio Ribeiro
Passinho(Xique-Xique, BA, 17.10.1980). Fabio é pai de
- 318 -
Mário Ribeiro Martins
Ana Julia(Teófilo Otoni, MG, 08.07.2006). Bruno tem
sido um excelente colaborador dos autores.
4) HELENICE RIBEIRO FERNANDES(Santo
Inácio, BA, 26.01.1965) filha de Carlos Ribeiro
Rocha(Olhodaguinha,Jordão,BA, 04.11.1923) e Maria
Pires Ribeiro (Mariazinha). Helenice casou-se com
Hermelino Misael Fernandes Bandeira, com quem tem
Verônica Luiza Ribeiro Fernandes(Salvador, BA, 21.6.94,
Jean Victor Ribeiro Fernandes(Salvador, BA, 09/05/88) e
Giovanna Ribeiro Fernandes(Salvador, Ba, 11.10.2003).
5) CARLENE PIRES RIBEIRO LACERDA(Barra,
BA, 16/09/1969) , filha de Car los Ribei ro
Rocha(Olhodaguinha,Jordão,BA, 04.11.1923) e Maria
Pires Ribeiro (Mariazinha). Carlene casou-se com
Onilton(Deusdete Lacerda), com quem tem Caroline e
Stefany, residente em São Paulo.
6) EUNICE RIBEIRO DE CARVALHO(Santo
Inácio, BA, 30/12/1965), filha de Carlos Ribeiro
Rocha(Olhodaguinha,Jordão,BA, 04.11.1923) e Maria
Pires Ribeiro (Mariazinha). Eunice casou-se com Ernilton
Barreto(falecido), com quem teve Hilston Ribeiro de
Carvalho(Xique-Xique, 16.12.85), Michelle Ribeiro de
Carvalho(Xique-Xique, 19.07.1987), Michaella Ribeiro
de Carvalho(Xique-Xique, 26.10.1990). Irmã gêmea de
Eunice, nasceu BERENICE que faleceu em fevereiro de
1966. (Berenice morreu aos 2 meses vítima de crupe.)
- 319 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
7) CLAUDICE PIRES RIBEIRO(Gentio
do Ouro,BA,16.08.1972), filha de Carlos Ribeiro
Rocha(Olhodaguinha,Jordão,BA, 04.11.1923) e Maria
Pires Ribeiro (Mariazinha). Claudice é Assistente
Social e casou-se com Wilson Bittencourt dos Santos
Filho(Salvador, BA), com quem tem Wilson Ribeiro
Bittencourt(São Félix, BA, 20.05.2005). Reside em Eunápolis,
Ba.
b- Homens:
1) AGENOR EDUARDO PIRES RIBEIRO
GOMES(Santo Inácio, BA, 28.08.1956), filho de Carlos
Ribeiro Rocha(Olhodaguinha,Jordão,BA, 04.11.1923) e
Maria Pires Ribeiro (Mariazinha). Agenor casou-se com
Gilsonia Rodrigues Gomes, com quem tem Laila, Toni
Eduardo, Gilcarlos e Weber.
2)SAMUEL PIRES RIBEIRO(Santo Inácio,
BA, 23/11/1961), filho de Carlos Ribeiro
Rocha(Olhodaguinha,Jordão,BA, 04.11.1923) e Maria
Pires Ribeiro (Mariazinha). Samuel casou-se com Gicelia
Rodrigues, com quem tem Aline, Carlos e Sandro. De
outro relacionamento, tem Diego.
3) WASHINGTON GUTEMBERG PIRES
RIBEIRO(Santo Inácio, BA, 22.06.1968), filho de Carlos
Ribeiro Rocha(Olhodaguinha,Jordão,BA, 04.11.1923) e
Maria Pires Ribeiro (Mariazinha). Solteiro ainda, Washington
é Juiz do Trabalho em Salvador, Bahia, na 36 VT.
- 320 -
Mário Ribeiro Martins
4) CARLOS OMAR PIRES RIBEIRO(Xique-
Xique, BA, 17.11.1975), filho de Carlos Ribeiro
Rocha(Olhodaguinha,Jordão,BA, 04.11.1923) e Maria
Pires Ribeiro (Mariazinha). Carlos Omar é Procurador
Federal e se casou com Isabella Suzanne de Castro Teixeira
e Ribeiro, com quem tem o filho Carlos Eduardo de
Castro Teixeira Ribeiro.
5) CARLOS RIBEIRO JUNIOR(falecido), (Xique-
Xique, 18.05.1955/Salvador, 13.08.1975), filho de Carlos
Ribeiro Rocha(Olhodaguinha,Jordão,BA, 04.11.1923)
e Maria Pires Ribeiro-Mariazinha(Santo Inácio, BA,
20.09.30).
6)JULIMAR PIRES RIBEIRO(Xique-
Xique, BA, 27.07.1979), filho de Carlos Ribeiro
Rocha(Olhodaguinha,Jordão,BA, 04.11.1923) e Maria
Pires Ribeiro-Mariazinha(Santo Inácio, BA, 20.09.1930).
Julimar é solteiro(2011) e formado em Comunicação e
um dos colaboradores dos autores Mario Martins e Filemon
Martins. É especialista em FACEBOOK. Gosta
de escrever. Raciocina bem. Seu e-mail: julimarribeiro@
hotmail.com
Maria Pires Ribeiro-Mar iaz inha(Santo
Inácio, BA, 20.09.1930) e Carlos Ribeiro
Rocha(Olhodaguinha,Jordão,BA, 04.11.1923)tornaramse
BISAVÓS de Stefanny Leilane e também de Gabriel,
filhos de Carla Jacy e Marcelo, tendo igualmente outros
bisnetos.
- 321 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
Como se pode observar, o tio Carlos e Mariazinha
tiveram 13 filhos e só seus familiares, entre genros, netos
e bisnetos, com dados completos, dariam um livro. Fica,
portanto, a sugestão para que um dos filhos, netos ou
bisnetos, faça um trabalho mais completo sobre a família
PIRES RIBEIRO. Alguem se junte ao Julimar para esta
tarefa.
QUEM É CARLOS RIBEIRO ROCHA?
CARLOS RIBEIRO ROCHA, de Olho d`Aguinha,
Ipupiara, Bahia, (04.11.1923-Salvador 28.11.2011), escreveu,
entre outros, “HARPA SERTANEJA”(POEMAS),
“PINGOS DE MIM”(TROVAS ) , “ P O R -
TA ABERTA”(REDONDILHAS), “COROA
DE SONETOS”(AUTOBIOGRÁFICOS),
“ C A F É R E Q U E N TA D O ” ( T R O VA S ) ,
“MEDITAÇÕES”(POEMAS), “COROA DE SONETOS”,
“DESAFIANDO HISTORIA SEM CORTAR
O FIO”, este, com prefácio de José Aragão, sem dados
biográficos completos nos livros e sem qualquer outra
informação ao alcance da pesquisa, via textos publicados.
Tio do autor destas notas(Filemon Francisco Martins).
Filho de Manoel Ribeiro dos Santos e de Maria
Ribeiro. Nascido em Ipupiara, foi registrado em Gentio
do Ouro, Bahia. Foi criado pelo seu pai adotivo Herculano
Rocha e dona Bibi. Durante muito tempo viveu em Santo
Inácio, Bahia. Mudou-se para Xiquexique, tornando-se
- 322 -
Mário Ribeiro Martins
contador. Transferiu-se para Salvador e depois para Itamaraju,
Bahia, onde um de seus filhos é Juiz do Trabalho.
Atualmente(2002), retornou a Xiquexique, residindo
ao lado de suas filhas Maria Luiza e Eunice. Poeta, Trovador.
Filósofo, Espiritualista, Místico. Escritor, Ensaísta,
Produtor Cultural. Pesquisador, Conferencista, Memorialista.
Intelectual, Pensador, Ativista. Literato, Cronista,
Contista. Administrador, Educador, Ficcionista.
Membro de diferentes entidades sociais, culturais
e de classe, entre as quais, Academia Anapolina de
Filosofia, Ciências e Letras, Ordem Brasileira de Poetas
Sonetistas, Clube Baiano de Trovas, Academia Brasileira
de Trova. Fundou, juntamente com outros confrades, a
Academia de Letras de Xiquexique, onde ocupa a Cadeira
01, sendo hoje(2002), seu Presidente.
Colaborador de vários jornais brasileiros, dentre
outros, “A VOZ”, de Xiquexique, Bahia. Um dos nomes
mais ilustres da intelectualidade brasileira de hoje. Atualmente(
2010), reside em Salvador, Bahia. Biografado no
livro DICIONÁRIO DE AUTORES BAIANOS(Salvador,
Secretaria da Cultura, 2006, p. 299).
Apesar de sua importância, não é mencionado na
ENCICLOPÉDIA DE LITERATURA BRASILEIRA,
de Afrânio Coutinho, edição do MEC, 1990, com revisão
de Graça Coutinho e Rita Moutinho, em 2001, em
- 323 -
Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
BAIANOS ILUSTRES, de Antonio Loureiro de Souza
ou DICIONÁRIO HISTÓRICO-BIOGRÁFICO BRASILEIRO(
2001), da Fundação Getúlio Vargas e nem,
em nenhuma das enciclopédias nacionais, Delta, Barsa,
Larousse, Mirador, Abril, Koogan/Houaiss, Larousse
Cultural, etc.
É verbete do DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO
REGIONAL DO BRASIL, de Mário Ribeiro Martins, via
INTERNET, dentro de ENSAIO, no site www.usinadeletras.
com.br ou www.mariomartins.com.br
*FILEMON F. MARTINS, de Ipupiara, Bahia. Cursou
Administração de Empresas. Por concurso público,
tornou-se funcionário do Tribunal Regional Federal da
3ª Região, onde se aposentou. Escreveu, entre outros,
“FLORES DO MEU JARDIM” (poesias-1997), esgotado.
“ANSEIOS D’ALMA” (poemas), inédito. “ANSEIOS
DO CORAÇÃO” (poemas, sonetos e trovas), inédito.
“FAGULHAS” (artigos, crônicas e ensaios), inédito.
Escreve Crônicas, Artigos, Contos e Poesias nos sites
http://www.usinadeletras.com.br/exibelotextoautor.
php?user=filemonf e www.prefacio.net – www.filemonmartins.
blogspot.com e-mail: filemon.martins@uol.com.
br. Caixa Postal 64 - Itanhaém – SP. 11740-970

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Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
DIONÍZIO CURADOR,
MEU PARENTE
(REPRODUÇÃO PERMITIDA, DESDE QUE CITADOS
ESTE AUTOR E O TÍTULO, ALEM DA FONTE).
Mário Ribeiro Martins*
DIONÍZIO MARTINS DE SOUZA(DIONÍZIO CURADOR)
nasceu em FUNDÃO DE BROTAS(Jordão de Brotas,
hoje Ipupiara, Bahia), em 1898, mas foi registrado alguns
anos depois em Morro do Chapéu, também na Bahia.
Estudou as primeiras letras, em sua terra natal(Jordão), com os
professores primários JOÃO CAPOTE e JOÃO PAPAGAIO.
Filho de Roberto Martins de Souza e Marcolina Rosa de
Jesus. Teve vários irmãos, entre os quais, José Martins
de Souza(Professor Zé Martins), Felisberto Martins de
Souza, Nelsina Martins de Souza, Liana Martins de Souza
e Alexandrina Martins de Souza, casada com o “finado”
Baio (Liberino Francisco Martins), irmão, por sua vez, de
Gasparino Francisco Martins(avô do autor destas notas),
em Ipupiara, Bahia.
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Mário Ribeiro Martins
Casou-se, a primeira vez, com 20 anos de idade, em 1918,
ficando viúvo alguns anos depois, tendo deste casamento os
filhos Isaias Martins, Geremias Martins e Alípio Martins.
Em 1926, com 28 anos de idade, sob o comando do
Coronel Horário de Matos, passou a fazer parte do grupo que
combateu a Coluna Prestes, com a patente de Tenente Farmacêutico,
indo até a Bolívia, quando a coluna desbaratada,
penetrou no território boliviano, em outubro de 1926.
Relembre-se que, sob a orientação do General
Mariante(Álvaro Guilherme Mariante), Representante
do Ministério da Guerra, o Coronel Horácio, com 560
homens armados, lançou-se contra a Coluna, comandando
o Batalhão Patriótico Lavras Diamantinas.
No ano seguinte (1927), Dionízio retornou ao
Fundão de Brotas, de onde tinha saído para acompanhar
o Coronel Horácio.
Em 1931, quando tinha 33 anos de idade, mudouse
para Canoão, Bahia, onde se casou, pela segunda vez,
com Raimunda Martins de Souza, com quem teve vários
filhos, entre os quais, Alcina Martins de Souza, Eliane
Souza Rocha(ou Aleônia, LIÓ, nascida em 1934, em
Canoão, Bahia)e Samuel Martins de Souza.
No dia 22 de dezembro de 1934, quando tinha 36
anos de idade, foi TESTEMUNHA, junto com Adelino
Pereira de Novais(Adelino Rupiado), do sepultamento
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Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
de ANGÉLICA ALVES BARRETO(MINHA BISAVÓ
PATERNA, EIS QUE FILHA DE ISIDORO ALVES
BARRETO E DEONATA ALVES BARRETO).
Tendo retornado ao JORDÃO, lá viveu até 1940,
como Curandeiro e Fazedor de remédios, via ervas medicinais.
Mudou-se para Canabrava do Gonçalo(hoje
Uibaí), Bahia, também como Curador.
Durante muito tempo viveu em Irecê, Bahia, onde
ficou conhecido como “DIONÍZIO CURADOR”,
encontrando-se no elenco dos curadores mais famosos
da região, ao lado de Zé Rocha, Antônio Batista, Albino
Serra Grande e Astolfo Dourado.
Deslocou-se para o garimpo de Gilbués, Piauí, onde
foi garimpeiro e curandeiro e onde também nasceu sua filha
Noeme. Esteve em Lizarda, norte de Goiás, hoje Tocantins,
onde chegou a ser proprietário de uma Fazenda. Mudou-se
para Pedro Afonso, norte de Goiás, hoje Tocantins, quando
esta cidade era a Capital Administrativa do norte goiano.
Retornou à Bahia e casou-se a terceira vez, com 71
anos de idade, em 1969, com Leonízia Pereira Leite, em
Mato Verde de Ibititá, Bahia, com quem teve o último
filho Merandolino Martins Pereira, nascido em Circo de
Ibititá, em 14.12.1971, sendo que seu pai faleceu logo
depois, em 1973, só que em Goiânia.
Graças à interferência de sua filha Eliane Souza
Rocha(Dona Lió), DIONÍZIO, já idoso, transferiu-se para
Goiânia, Goiás, onde faleceu em 1973, com 75 anos de idade.
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Mário Ribeiro Martins
Vários de seus filhos permaneceram em Goiás, ocupando
funções diferentes, alguns como militares, entre
os quais, Geremias Martins e Alípio Martins.
Quanto às filhas, Eliane Souza Rocha, que havia se
casado primeiro com o baiano Celso Rocha, em Uibaí,
Bahia, tornou-se enfermeira e mãe do Promotor de
Justiça Célio de Souza Rocha, bem como da Advogada
Consuelo Rocha e do Advogado Celso Rocha. De outro
casamento, Eliane(Lió)teve a filha Sheila. Do casamento
com Dona Santa, Celso também teve Dorisdei Alencar
Rocha(Professora), Délio Rocha(Advogado) e Sara
Rocha(Publicitária).
Uma outra filha de DIONÍZIO, Noeme Martins de
Souza, tornou-se mãe de Dorisdai(Engenheira Civil),
Sílvia(Engenheira Eletricista) e Aguinaldo(Odontólogo).
Quanto ao seu filho caçula Merandolino, nascido
quando o pai já tinha 73 anos de idade, fez o segundo grau
e tornou-se agricultor, residindo hoje em Circo de Ibititá,
Bahia, juntamente com sua mãe que, atualmente(2002)
conta com 76 anos de idade. Com o falecimento de sua
mãe, mudou-se para Palmas.
Entre os parentes de Dionízio Curador, destaca-se
Marcolino Martins de Souza que foi Capitão da Guarda
Nacional, em 1918, em Fundão de Brotas, na Bahia. A
este ramo dos “martins”, estão também vinculados Alvino
Francisco Martins, Jovito Francisco Martins, Gasparino
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Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
Francisco Martins e Adão Francisco Martins. Este último,
pai do autor destas notas.
Como se vê, minha tia Alexandrina Martins de
Souza(irmã do velho Dionízio Curador), foi casada com
o “finado” Baio (Liberino Francisco Martins), irmão, por
sua vez, de Gasparino Francisco Martins(avô do autor
destas notas).
DIONÍZIO MARTINS DE SOUZA é mencionado
no livro “IRECÊ-HISTÓRIA, CASOS E LENDAS”, do
escritor Jackson Rubem, na página 55, como “Dionízio
Curador”.
Eliane Souza Rocha(Dona Lió), como era chamada,
faleceu em Palmas, Tocantins, no dia 26.07.2008, com
74 anos de idade.
*Mário Ribeiro Martins
é Procurador de Justiça e Escritor.
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Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
O ACIDENTE DE AVIÃO
Mário Ribeiro Martins*
(REPRODUÇÃO PERMITIDA, DESDE QUE CITADOS
ESTE AUTOR E O TÍTULO, ALEM DA FONTE)
1965.28.02. Estando em Petrolina, Pernambuco,
ganha uma “carona” num avião “Teco-Teco” para chegar
ao Recife, onde estudava. Ao sobrevoar a famosa SERRA
DAS RUSSAS, o avião apresenta defeito e cai, pegando
fogo. É jogado numa “MOITA DE CAPIM”, onde é
encontrado sem sentidos, mas sobrevive sem qualquer
seqüela, sendo levado para o Hospital Barão de Lucena,
no Recife. O Piloto e o Fazendeiro (proprietário do avião)
foram “CARBONIZADOS”.
Em todos os meus livros aparece este texto. E, as pessoas,
ao lerem, ficam ainda muito mais curiosas. Resolvi
então contar o fato todo. Na época, fazia o curso clássico,
no Colégio Americano Batista Gilreath, do Recife.
Tinha ido de férias para a minha cidade natal -Ipupiara-
na Bahia. Ao retornar, peguei um caminhão, car-
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Mário Ribeiro Martins
regado de fumo e fui para Morpará, na Bahia, distante
cerca de 100 quilômetros. Em Morpará, embarquei num
vapor, com destino a Juazeiro, na Bahia. Foram cerca de
7(sete) dias, descendo o Rio São Francisco.
Do outro lado de Juazeiro, atravessando a ponte, está
Petrolina, em Pernambuco, de onde se pegava o ônibus
para chegar ao Recife. Enquanto aguardava o ônibus,
que só viajava duas vezes por semana, fiquei hospedado
num pequeno Hotel.
Pois bem, na noite do dia 27.02.1965(sábado),
aproximou-se de mim, ainda jovem(22 anos), um cidadão
simpático que me disse: “E aí, menino, você vai pra
onde?” Em resposta, retruquei: vou para o Recife, onde
estudo, no Colégio Americano Batista.
Então, ele disse: “Você não quer pegar uma carona
com a gente? Nós estamos indo para Natal, no Rio Grande
do Norte, mas temos de descer no Recife para abastecer?”
Acertada a viagem, no outro dia, domingo,
28.02.1965, fomos para o pequeno aeroporto de Petrolina.
Ao entrar no avião, primeiro o piloto, depois o
fazendeiro(dono do avião) e finalmente eu. O piloto
falou: “coloque o cinto de segurança”. Peguei o cinto e
coloquei sobre as pernas, sem travar, mesmo porque não
sabia como travá-lo.
Viagem excelente, até que, em certo momento, o
piloto começou a apertar todos os comandos e, finalmente,
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Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
gritou: “O MOTOR PAROU E NÓS VAMOS CAIR”.
Não se viu mais nada.
O resto da história só fiquei sabendo dois dias depois,
através de terceiros. É que o avião desgovernado,
caiu fazendo piruetas e eu, que estava sem o cinto, fui
jogado fora do avião, caindo numa MOITA DE CAPIM
VERDE, enquanto o avião caiu a cerca de 150 metros
dali, espatifando-se e pegando fogo.
Quando os vaqueiros da região chegaram o avião
tinha acabado de explodir e os corpos do piloto e fazendeiro
já estavam se CARBONIZANDO.
Mas eles permaneceram perto do avião, na esperança
de encontrar algo de valor. Já estavam indo embora,
quando um deles, ouviu um gemido fraco, na direção
da MOITA DE CAPIM. Correu para lá e me encontrou
ENSANGUENTADO(pelos cortes do capim), mas ainda
respirando.
Disseram eles: “Este deve morrer logo. Mas, como
ainda está vivo, vamos fazer uma maca de madeira, descer
a Serra e entregar para o primeiro que passar na estrada”.
De fato, eu fui conduzido por um dono de caminhão para
o Hospital Barão de Lucena, no Recife.
Estava eu com as roupas rasgadas e sem documento,
porque os documentos estavam na mala que queimou.
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Mário Ribeiro Martins
Por volta de 5 horas da manhã, depois dos remédios
que me deram, comecei a voltar, meio zonzo ainda
e perguntei à enfermeira: onde estou?. Ela respondeu:
“Nós é que estamos querendo saber quem é você. Sem
documento e quase sem roupa. Disseram que você foi o
único sobrevivente de um avião que caiu”.
Contei que era aluno do Colégio Americano Batista,
concluinte do curso Clássico. O Diretor foi me buscar e
os colegas fizeram uma “vaquinha” para me dar algumas
peças de roupa. Evidente, tive de tirar todos os documentos,
porque eles estavam na mala que se queimou.
Sobre esta mala, há um fato interessante: Quando
eu estava na Bahia, na casa do meu avô, Gasparino Francisco
Martins, conhecido como VELHO DOUTOR, este
se aproximou de mim e disse: “Mario, este ano você vai se
formar no Recife e eu vou lhe dar algum dinheiro”. Pegou
um jornal velho e colocou alguns maços de dinheiro. Quando
cheguei na casa dos meus pais, contei o dinheiro e tinha o
correspondente hoje(2008), a VINTE MIL REAIS. Pois
bem, o dinheiro estava na mala que se queimou.
A felicidade é que eu era ajudado pela enfermeira
missionária Zênia Birkniek e não me faltou recursos para
tirar os novos documentos, comprar roupas, etc.
Alguns meses depois do acidente, estava eu viajando
com uns missionários americanos, quando passamos
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Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
pela estrada, próxima do local do acidente. Falei com os
missionários que o avião tinha caído naquela serra. Um
deles, entusiasmado, resolveu conhecer o local e olhar
os destroços do avião.
Pois bem, ao subirmos a serra, encontramos o
casebre de um vaqueiro. Este então disse que o local era
distante e de difícil acesso. Mas que poderia nos levar lá.
Ao chegar onde estavam os destroços do avião,
suas ferragens, o vaqueiro disse: “Quando nós chegamos
aqui, o avião já estava se queimando e dois corpos
carbonizados. Mas, na moita de capim, havia um muito
ensangüentado que deve ter morrido logo. Nós colocamos
numa maca e levamos para a estrada, porque ele ainda
respirava”.
Foi aí que o missionário disse para ele que o da
MOITA DE CAPIM era eu, ali ao lado. O vaqueiro tomou
aquele susto, fez o sinal da cruz e exclamou: FOI
MILAGRE!
Na volta, ainda passamos nos casebres de outros
vaqueiros que tomaram o mesmo susto, sendo que um
deles chegou a ajoelhar-se para agradecer a Deus, a minha
ressurreição.
Como os três missionários eram generosos, aproveitaram
a oportunidade para pregar o Evangelho, deixando
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Mário Ribeiro Martins
também com suas famílias alguns trocados em dinheiro,
o que foi uma festa.
Relembre-se que o ano era 1965, em plena ditadura
militar que tinha eclodido no dia 31.03.1964. Chegou-se
a especular que o avião tinha sido atingido por guerrilheiros,
o que contrariava os interesses da Revolução. Nada
disto, o avião caiu porque apresentou defeito no único
motor que tinha.
Eis aí, a história completa do meu acidente de avião.
Mas, não fiquei com medo de avião, tanto é que, em janeiro
de 1973, viajei num avião da TAP(TRANSPORTES
AÉREOS PORTUGUESES), do Recife para Lisboa,
sobrevoando o Oceano Atlântico durante 9(nove) horas,
quando fui estudar em Madrid, na Espanha, no Instituto
de Cultura Hispânica.
Na verdade, a primeira vez em que viajei de avião
foi de Bom Jesus da Lapa, na Bahia, para Salvador, em
dezembro de 1962. Como fui o primeiro colocado no
término do Curso Ginasial no Colégio São Vicente de
Paulo e Orador da Turma, ganhei uma viagem de avião
para Salvador, acompanhado das Freiras do Colégio.
Como eu era evangélico, as Freiras, no domingo,
me deixavam na porta da Igreja Batista dos Mares e iam
para a Missa. E assim foi durante os 15(quinze) dias em
que estivemos em Salvador. Uma dessas Freiras, ainda
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Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas
me lembro, Irmã Catarina, com o seu hábito branco, excelente
professora de matemática.
O acidente foi em 28.02.1965. Quando meu avô
ficou sabendo do fato, me escreveu uma carta, dizendo
que faria a reposição do dinheiro, quando eu retornasse
de férias.
As minhas atividades como seminarista do Seminário
Batista do Norte do Brasil, no Recife, junto a diferentes
igrejas em Pernambuco me impediram de retornar
de férias a Ipupiara.
Quando pude retornar a Ipupiara, meu avô Gasparino
Francisco Martins já tinha falecido em 19.05.1966.
Portanto, a esperança de reaver os Vinte Mil queimados
no acidente de avião se foram de vez.
MÁRIO RIBEIRO MARTINS-PROCURADOR DE JUSTIÇA E ESCRITOR.
SITE: www.mariomartins.com.br
CAIXA POSTAL, 90, PALMAS, TOCANTINS, 77001-970. FONES:
(063) 32154496. (063) 99779311.
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OS “MARIO MARTINS”
FAMOSOS
Mario Ribeiro Martins*

OUTRO DIA CONVERSANDO COM O GOVERNADOR
DO TOCANTINS JOSÉ WILSON SIQUEIRA
CAMPOS, ELE ME REVELOU QUE, QUANDO JOVEM
TRABALHOU, NO RIO DE JANEIRO, COM
“MARIO MARTINS” E DEPOIS COM CARLOS PRESTES.
A CURIOSIDADE BATEU E EU FUI ATRÁS:

“QUEM FOI MARIO MARTINS?”
Vou destacar aqui o MARIO MARTINS a que ele
se referiu, depois focalizo os outros.

MARIO MARTINS (Mario de Souza Martins),
de Petrópolis, Estado do Rio, 22.05.1913, escreveu,
entre outros, “HÁ DEZ ANOS HITLER GUERREIA O
BRASIL”, “NOS DIAS DE INTOLERÂNCIA”(1964),
“VALEU A PENA-MEMORIAS DE UM JORNALISTA
E POLITICO DE OPOSIÇÃO QUE NUNCA FOI
DO CONTRA”, em co-autoria com Franklin Martins.
Filho de Rozendo de Souza Martins e Hormezinda Almeida
de Souza Martins.
Primário no Colégio Hilda Maduro e Grupo Escolar
Pedro II. Em 1925, com 12 anos, foi para o Colégio Luso-Brasileiro.
Depois disto, praticamente deixou os estudos para
ajudar o pai numa FARMACIA, passando a estudar à noite.
Em 1930, com 17 anos, foi para a Escola de Direito
do Rio de Janeiro, onde ficou apenas um ano.
Passou a escrever ARTIGOS para o DIARIO CARIOCA
e para o jornal A CRITICA, de Mario Rodrigues.
Em 1932, com 19 anos, fundou, junto com Mario Filho,
o jornal O MUNDO ESPORTIVO que foi fechado em
1933. Foi para Friburgo, Estado do Rio, onde fundou
o jornal A ESQUERDA que foi fechado algum tempo
depois. Em 1936, com 23 anos, voltou para o Rio de
Janeiro e passou a trabalhar no jornal O RADICAL,
tornando-se seu Secretario. Em 1937, com 24 anos,
em virtude de denuncias políticas feitas pelo jornal,
TERMINOU SENDO PRESO NA VILA MILITAR.
Solto, voltou como REDATOR E CHEFE do
jornal O RADICAL, onde ficou por muitos anos.
Em 1941, com 28 anos, foi aprovado num CONCURSO
PUBLICO e passou a trabalhar no SAPS(Serviço
de Alimentação da Previdência Social)
Com a Segunda Guerra Mundial, viajou para o exterior
e teve a oportunidade de ENTREVISTAR o Primeiro
Ministro Winston Churchil.
De volta ao Brasil, em 1943, passou a chefiar o
Serviço de Fiscalização de Preços e Estoques.
Em 1944, com 31 anos, deixou O RADICAL e fundou
com VITOR DO ESPIRITO SANTO CARDOSO, o
jornal RESISTENCIA.
Foi nesta época que o hoje GOVERNADOR SIQUEIRA
CAMPOS que tinha então 16 anos de idade,
trabalhou com o jornalista MARIO MARTINS.
Em 1945, com 32 anos, candidatou-se a DEPUTADO
CONSTITUINTE, mas não se elegeu.
Em 1947, com 34 anos, FECHADO O JORNAL
RESISTENCIA, tornou-se ADIDO COMERCIAL DO
BRASIL, NA ARGENTINA, comandado pelo Coronel
Manoel Parreiras.
Em 1950, com 37 anos, de volta ao Brasil, publicou
o livro “PERON-UM CONFRONTO ENTRE BRASIL
E ARGENTINA”.
Em 1951, com 38 anos, foi eleito e empossado
VEREADOR DO ANTIGO DISTRITO FEDERAL, no
Rio de Janeiro.
Em 1955, com 42 anos, foi eleito Deputado Federal, pela
UDN e tornou-se Presidente do Partido, no Rio de Janeiro.
Em 1961, com 48 anos, RENUNCIOU AO MANDATO
DE DEPUTADO FEDERAL.
Voltou ao jornalismo, como Diretor do Jornal A
NOITE. Algum tempo depois, tornou-se REDATOR do
JORNAL DO BRASIL e da revista MANCHETE.
Em 1966, com 53 anos, entrou para o MDB e foi
eleito SENADOR PELO ESTADO DA GUANABARA.
No dia 13.12.1968, foi preso na Vila Militar do Rio
de Janeiro. Em 1969, com 56 anos, teve seu MANDATO
CASSADO E OS DIREITOS POLITICOS SUSPENSOS.
Em 1970, com 57 anos, foi para Vitória, no Espírito
Santo, cuidar de atividades AGROPECUARIAS.
Em 1981, agora com 68 anos, voltou ao Rio de Janeiro
e se filiou ao PMDB, tornando-se seu Presidente.
Candidato a Senador pelo Rio de Janeiro, não foi eleito.
Em 1987, com 74 anos, tornou-se ASSESSOR DE
AFONSO ARINOS, em Brasília.
Reeleito várias vezes PRESIDENTE DO CONSELHO
DA ABI(Associação Brasileira de Imprensa), deixa este
cargo em 1992.
Foi casado com DINA ALMEIDA DE SOUZA
MARTINS, com quem teve 9(nove) filhos, entre os quais,
ANA MARIA MACHADO e FRANKLIN MARTINS.
Foi casado também com JANE RODRIGUES RIOS, com
quem teve 2(dois) filhos.
Faleceu em Vila Velha, Espírito Santo, no dia
13.12.1994, com 81 anos de idade.

OUTRO MARIO MARTINS FAMOSO:
MARIO MARTINS, de Belém, Pará, 03.04.1934.
Filho de Joaquim Rodrigues e Alice Martins.
Em 1976, com 42 anos, tornou-se Vice-Presidente
do Sindicato de Transportes de Passageiros de Belém.
Em 1977, tornou-se Presidente da União Beneficente de
“Chauffers” do Pará.
Em 1981, com 47 anos, tornou-se Membro do
Conselho de Administração da Empresa Municipal de
Transportes Urbanos(EMTU), de Belém.
Em 1983, tornou-se Vice-Presidente da Confederação
Nacional de Transportes Terrestres Urbanos.
Em 1984, fez-se Presidente do Sindicato de Transportes
de Passageiros de Belém.
Em 1986, com 52 anos, filiou-se ao PMDB(Partido
do Movimento Democrático Brasileiro). Ainda, neste ano,
foi candidato a Deputado Federal pelo Pará, mas não se
elegeu, ficando na Suplência.
Em 1988, tornou-se Vice-Presidente da Federação
dos Transportes Urbanos do Amazonas. Ainda em 1988,
com a licença do Deputado Carlos Vinagre, assumiu a
vaga, até a sua volta.
Em 1989, com 55 anos, assumiu a vaga do Deputado
Manoel Ribeiro até a sua volta.
Em 1990, elegeu-se DEPUTADO FEDERAL do
Pará, pelo PMDB. Em 27.09.1992, votou favorável à
abertura do Processo contra o Presidente FERNANDO
COLLOR.
Em 1994, com 60 anos, foi candidato à REELEIÇÃO,
mas não foi eleito, ficando na SUPLENCIA. Com a
morte do Deputado Ubaldo Correia, assumiu a sua vaga.
Permaneceu na Câmara Federal até janeiro de 1999,
quando encerrou o seu mandato e a legislatura.
Pai de seis(6) filhos: MARIO, MARCIA, SHEILA,
ROSA MARIA, MARICELIA e RAFAEL.
Sobre ele, não encontrei mais nada, até o momento.

MAIS UM OUTRO “MARIO MARTINS” FAMOSO:
MARIO MARTINS(MÁRIO DE SOUZA MARTINS),
Goiano, de Montividiu, l9l8, dentre outros, escreveu,
“O QUADRO DOS DEZOITO: MEMÓRIAS”,
sem dados biográficos no livro, com prefácio de Antônio
Baptista de Oliveira, descrevendo fatos relativos à COLUNA
PRESTES em Torre do Rio Bonito, hoje Caiapônia.
Militar da Reserva, Jornalista. Escritor, Memorialista,
Pesquisador. Pensador, Ativista, Produtor Cultural.
Literato, Cronista, Contista. Administrador, Educador,
Ficcionista. Ensaísta, Orador, Conferencista. Distinguido
nos livros ESTUDOS LITERÁRIOS DE AUTORES
GOIANOS e ESCRITORES DE GOIÁS, de Mário Ribeiro
Martins. Membro da União Brasileira de Escritores
de Goiás, da Associação Goiana de Imprensa, além de
outras entidades sociais, culturais e de classe, entre as
quais, Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, de que
foi sócio correspondente. Presente na ESTANTE DO
ESCRITOR GOIANO, do Serviço Social do Comércio e
em vários livros sobre a História Militar. Biografado no
DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DE GOIÁS, de
Mário Ribeiro Martins, MASTER, Rio de Janeiro, 1999.
Faleceu em Goiânia, onde viveu nos últimos anos.
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