Quando escrevi o primeiro poema pensei que explodiria o mundo,
depois veio o segundo e pensei que o mundo explodiria
em min, veio o terceiro, fiquei esperando a reação
mas foi em vão.
Quando fiz o quarto já desacreditava na arte, no quinto
fugia do mundo para dentro de min, no sexto chorei descobrindo-me
triste, no sétimo tentei enganar-me..., me desesperei...,
no oitavo me assumi, o nono simplesmente escrevi
e só no décimo descobri-me “marginal”, falando uma língua
que só os corações entendem.
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