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Ensaios-->Paraguai em uma encruzilhada -- 27/06/2012 - 16:15 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Caros do Grupo de Debates do Movimento Nacional de Direitos Humanos,

 

Paraguay, en particular, tendrá que ser consciente de la encrucijada y tomar una decisión sobre el camino que quiere tomar en el futuro. (Gerhard Erich Boehme)

 

 

Paraguay en una  encrucijada.

 

Estamos acompanhando o desenrolar dos fatos na crise institucional no Paraguay, agora superada com o impeachment do então presidente Lugo. Mas a normalidade não foi ainda conseguida, há o potencial de novos fatos e ai sim agravando a situação política e mesmo econômica daquele pequeno país, com graves repercussões e efeitos no Brasil, a violência em especial.

 

O ponto central e um dos fortes argumentos nesta questão foi a celeridade do processo.

 

Um processo antidemocrático para uns. Seguramente desinformados, pois não levaram em questão as ameaças contra as quais os congressistas paraguaios estavam e continuam submetidos. Estavam assim evitando o confronto, pois sabiam que poderiam levar à desestabilização política e econômica do país. Estavam em uma encruzilhada. E este é uma questão que vem desde 2010. Neste sentido é necessário que se avalie a sucessão dos fatos e se assista:  http://www.youtube.com/watch?v=QtiIDQYZm30

 

Os paraguaios terão que decidir, ou optam pelo atraso, pela instabilidade política e pela submissão a sua oclocracia e ao Foro San Pablo que agora exerce sua força, seus desmandos frente a soberania de um povo.

 

Qual a sua opção: Democracia ou oclocracia?

http://saudedilma.files.wordpress.com/2011/04/democracia-ou-oclocracia.pdf

http://www.if.org.br/analise.php?codAnalise=121

 

Ou optam por colocar o país no rumo democrático, onde a liberdade se faça presente e com ela seja assegurada a justiça dentro de sua sociedade. Mas esta segunda opção exige o entendimento e que se observe o princípio da subsidiariedade, o livre mercado e estado de direito, e nele inserido o direito de propriedade.

 

Uma das questões centrais é o narcotráfico, e outra é a questão agrária.

A Reforma Agrária se faz necessária, é fato. Mas ela igualmente não deve ser conduzida por pressão de grupos radicais, fugindo assim de potenciais conflitos. Uma reforma agrária exige que se saiba conduzir três instrumentos:

a)         abertura de novas áreas para fins de colonização e a região do Chaco é a nova fronteira agrícola paraguaia;

b)         tributação e tributação progressiva de terras improdutivas;

c)          desapropriação, com impacto também sobre agricultores já estabilizados, incluindo os brasiguaios.

 

A primeira exige um profundo conhecimento das questões ambientais, pois há que se avaliar todos os aspectos e impactos ambientais dela decorrente. Trata-se de um importante o bioma ao Sul do Pantanal. O problema é que esta importante fronteira agrícola está sendo ocupada, o que exige que a sociedade paraguaia se antecipe a estas questões para um melhor equacionamento ambiental.

 

O segundo é o melhor instrumento, mas exige que as terras sejam tituladas e tenha um acompanhamento eficaz por parte das entidades que irão avaliar a produtividade. E mais importante, que seja colocado em curso um sistema eficaz de tributação, pois no Brasil foi um redundante fracasso, basta lembrarmos que quando foi instituído o imposto territorial rural no Brasil a receita era próxima a do imposto de renda, hoje nem mesmo chega a ser considerada.

 

A terceira, adotada no Brasil se mostrou desastrosa, pois potencializa o conflito e dá margem à sustentação da oclocracia, a qual é aproveitada por políticos demagogos e sem escrúpulos, como tem sido no Brasil e foi o caso do Paraguay. Pior que como vemos, o Brasil exportou o que há de pior aos paraguaios, o que também se volta contra muitos brasileiros que para lá foram por opção de vida. E é dentro desta realidade de conflito que se insere o que há de pior na nossa sociedade, como a presença de interesses de grupos de narcotraficantes. Aqui as FARC com presença e doutrinando em muitos assentamentos ou acampamentos. Lá no Paraguay desenvolvendo suas atividades na produção de canabinóides.

 

Outra é que se saiba avaliar uma questão importante, a agricultura moderna expulsa o trabalhador rural, o qual é substituído com vantagens por máquinas e equipamentos. Em contrapartida temos a diversidade de alimentos e muitas outras culturas, muitas das quais são somente possíveis de serem obtidas em pequenas propriedades rurais, como é o caso a sericicultura, mas ela é tão exótica lá como no Brasil e nos países da América Latina. Mas há um potencial a ser explorado, mas isso requer que entendamos a diferença entre Carne Seca, Carne de Sol e Charque "Descrição:, em especial que a desoneração seletiva não configure como um incentivo a problemas de saúde e venha a concorrer para a obesidade no Brasil, como é feito atualmente, assim incentivando a chamada “Cesta básica”, que interessa somente a grandes indústrias, a maioria formada por multinacionais.

 

Como alguns vídeos foram tirado do ar pela Rede Globo, recomendo que assistam:

http://www.youtube.com/watch?v=ZdGuV8GenLk

http://www.youtube.com/watch?v=W8o0SMTfMVU

 

Enveredar pela diversidade exige também uma mudança radical sobre conceitos alimentares e no campo um modelo de colonização que possa ser traduzido como de elevado senso comunitário. Mas isso é praticamente impossível devido ao caráter do latino-americano, onde a “lei de Gerson se faz presente”. No Paraguay se tem de longa data a colonização feita de forma comunitária, como as colônias alemãs, de luteranos, menonitas e até mesmo amish, como nos Estados Unidos. No Brasil, dada a colonização japonesa ela também se fez presente. Mas o melhor modelo é o empregado hoje em Israel.

 

Tanto no Paraguay como no Brasil temos a busca do atraso, o MST se caracteriza muito bem nesta direçãoe sua atuação no Paraguay se dá através  da via Campesina, que tem apoiado a organização dos Carperos. E é comprovadamente o pior modelo a ser seguido, pois enaltece o conflito "Descrição:.

 

Felizmente o mundo reconheceu as falhas do socialismo, e isso foi o que ocorreu em Israel, onde hoje os kibutzim se tornaram empresas ou cooperativas e se adaptaram a uma nova realidade. Mas isso exige um esforço concentrado na questão do capital humano, da educação fundamental em especial. A exemplo das colônias de agricultores alemães, em Israel também  se concentrou no capital humano.

E é importante aqui citar que o cooperativismo tem como base a fiel observação do princípio da subsidiariedade e não ideias ou ideais coletivistas, estes que eram inicialmente usados nos kibutzim.

Os kibutzim se tornaram o que são hoje cooperativas extremamente competentes, quando não empresas privadas de capital acionário. Os kibutzim em seus primeiros dias foram formados dentro de um modelo coletivista, tentaram ser auto-suficientes em todos os produtos agrícolas, dos ovos aos laticínios, das frutas às carnes. Durante a experiência, os kibutzniks descobriram que a autossuficiência era impossível.

Neste sentido uma aproximação do governo paraguaio com o de israelense é fundamental.

 

“Uma nação somente se desenvolve e alcança a justiça dentro de sua sociedade se observar o princípio da subsidiariedade, o livre mercado e estado de direito, e nele inserido o direito de propriedade. Mas isso exige a compreensão de um mundo real, com as falhas inerentes à natureza humana e rejeitarmos privilégios no trato da coisa pública.” (Gerhard Erich Boehme)

 

 

 

 

A prova do que escrevi pode ser vista relacionando-se os indicadores de liberdade com quaisquer outros indicadores sociais e econômicos que desejar:

1.    "Index of Economic Freedom World Rankings" The Heritage Foundation.    "Descrição:

2.    "Economic Freedom of the World: Annual Report" do The Cato Institute.    "Descrição:

3.    "Economic Freedom of the World: Annual Report" do Fraser Institute.     "Descrição:

 

Veja também: http://www.youtube.com/watch?v=Qe9Lw_nlFQU

 

Enla encrucijada, nos dicen

 

Outro problema sério no Paraguay foi a influência do Foro San Pablo e através dele o apoio a eleição de Fernando Armindo Lugo de Méndez S.V.D. e agora a  pressão para sua volta ao poder.

 

A destituição do ex-presidente Lugo foi muito rápida e  e assim tinha que ser, pois seguramente os congressistas paraguaios de todos os partidos sofreriam pressão, muita pressão neste sentido. Todos eles corriam risco de morte. A ingerência dos partidos e demais entidades que tomam parte do Foro San Pablo seria poderosa, a começar pelas entidades que atuam no campo do tráfico de armas, drogas, veículos, etc. que atuam hoje entre o Brasil e o Paraguay e a Bolívia, seguramente se fariam presentes.

 

Assim tivemos o grande derrotado com sua saída:  o Foro San Pablo, particularmente o PT, que o lidera.Todos foram surpreendidos. O melhor é que tudo foi feito dentro da lei, respeitando-se a democracia, a ordem, a lei e sem derramamento de sangue.

 

Paraguay, en particular, tendrá que ser consciente de la encrucijada y tomar una decisión sobre el camino que quiere tomar en el futuro. (Gerhard Erich Boehme)

 

De minha parte espero que os paraguaios olhem mais em direção ao Chile, mesmo que para isso tenha que atravessar a Argentina e dar as costas ao Brasil.

 

Houve um impeachment. O que não invalidou ou tornou ilegítimo ou ilegal o processo. Os congressistas paraguaís sabiam que ocorreriam pressões, tanto a nível interno, pelos chamados movimentos que com o calor dos debates dariam justificativas para manifestações, preponderando a oclocracia e não mais a democracia, que anseiam em consolidar, ou mesmo construir.

 

A esta questão se soma a ingerência externa por parte de países que hoje são direta ou indiretamente governados por partidos que tomam parte do Foro San Pablo. Desta forma o Brasil avalia com parceiros do "grande" Mercosul e da Unasul, leia-se Foro San Pablo (Foro de São Paulo), medidas a serem aplicadas em decorrência da "ruptura da ordem democrática" no Paraguay.

 

Devemos questionar: Que ruptura?O corrupto e ex-bispo paraguaio foi cassado por um congresso que é o mais legitimo representante da vontade popular, e diga-se de passagem, um congresso  independente, que não foi comprado pelo executivo, diferente do que acontece no Brasil. Isso para não falar da ingerência dos nossos hipócritas governantes, nos assuntos internos de um país soberano.

 

Nós, o que inclui a grande maioria dos verdes no Brasil, que somos 20% e compomos a sociedade esclarecida, não comprometida com esse governo corrupto, torcemos para que a lição de ética e moral dada pelos paraguaios contamine todo o continente Sul Americano e destrua de uma vez por todas essa excrescência, chamada Foro de São Paulo, criada pela múmia caribenha e pelo descobridor do Brasil.

 

Esta questão é por demais fundamental, pois o que assistimos hoje no Brasil é uma escalada da violência jamais vista, tal que hoje o Brasil se situa entre um dos países mais violentos do mundo, talvez só perdendo para países que então enfrentando graves conflitos internos. Senão vejamos:

 

a)    Cada 5 minutos uma mulher é violentada no Brasil "Descrição:, muitas são mortas "Descrição:. E o Brasil somente tomou decisões acertadas sobre a questão quando o tema foi levado a fóruns internacionais.

b)    14 das 50 cidades mais violentas do mundo estão no Brasil "Descrição: e Curitiba é uma delas;

c)    A Costa Leste do Paraná é hoje uma das regiões mais violentas do mundo, onde se observa um dos mais elevados IHA "Descrição:;

d)    Tivemos nos últimos 30 anos mais de 1 milhão de homicídios "Descrição: e o crescimento é exponencial;

e)    Em 2011 tivemos mais de 195 mil vitimas fatais devido a violência "Descrição:;

f)     O custo da violência supera 5% de nosso PIB, isso segundo estudos desatualizados realizados pelo IPEA, o Banco Mundial estima em 7,5%, eu estimo em mais de 10% e apresento as razões "Descrição:.

 

Este cenário de violência se agrava na chamada Costa Leste do Paraná, onde se situa a fronteira com o Paraguay. E vale lembrar que é o Paraná e Mato Grosso do Sul são os estados brasileiros mais próximos das fronteiras com a Bolívia, e nesta região se situa o Chaco (chaku) uma região de aproximadamente 1.280.000 km² e compreende partes dos territórios paraguaio, boliviano, argentino e brasileiro (ao sul do Pantanal), que é uma região onde se tem inúmeros conflitos de terra, inclusive do MST brasileiro, e o mais grave, um emaranhado de rodovias, inclusive no Brasil, sem fiscalização ou esta é precária, que segundo analistas pode ser considerado como propositadamente precárias.

 

A crise no Paraguay não pode ser analisada dissociada destas questões, pois temos:

a)              A forte atuação de entidades ligadas ao Foro San Pablo concentradas nesta região;

b)             O aumento do conflito de terras na região;

c)              A falta de atuação de forças armadas ou policiais na região;

d)             A logística de distribuição de drogas, que tem hoje a Bolívia como principal fornecedor de cocaína e seus “derivados” e os carperos do Paraguay (MST) como os principais fornecedores de maconha, e  em muitos casos da chamada craconha.

 

"Die ochlokratie" é sempre uma das maiores ameaças à liberdade e é a melhor forma, a mais eficaz de levar ou sustentar déspotas no poder. (Autor desconhecido)

 

“Uma nação somente se desenvolve e alcança a justiça dentro de sua sociedade se observar o princípio da subsidiariedade, o livre mercado e estado de direito, e nele inserido o direito de propriedade. Mas isso exige a compreensão de um mundo real, com as falhas inerentes à natureza humana e rejeitarmos a preponderância da oclocracia frente às instituições democráticas, principalmente quando há a reivindicação de privilégios no trato da coisa pública.” (Gerhard Erich Boehme)

 

 

Com isso devemos alertar a todos, pois devemos estar atentos ao desenrolar do processo de impeachment do atual ocupante do Palacio de los López, ou simplesmente Palacio de Gobierno, a sede de governo da República do Paraguay, pois há um projeto de poder em curso, o qual não apenas está desestabilizando o Paraguay, país que como muitos da América Latina está também construindo sua democracia.

 

Em todos os fóruns internacionais é defendida a soberania das nações, mas aos que pertencem ao chamado Foro San Pablo, o qual está subjugando nações na América Latina, seja politicamente, economicamente "Descrição:, com a pretensão de se consolidar uma UNASUL socialista, mas também através dos mecanismos mais afastados do lícito, como o do tráfico de drogas, hoje uma das suas principais fontes de renda.

 

Os congressistas paraguaios sabem que a pressão política, principalmente por parte dos chamados "Ministros das Relações Exteriores" do Brasil, Argentina, Venezuela, Equador e Bolívia, representantes do Foro San Pablo. Assim esta entidade exercerá um poder paralelo e pode desestabilizar a frágil democracia paraguaia. E notem o discurso, é dito que o impeachment trata-se de uma afronta a democracia. Seguramente não irão reconhecer o vice-presidente legalmente e legitimamente eleito e a ser empossado. Até mesmo Miriam Leitão o mencionou no dia de hoje no Bom dia Brasil "Descrição:, não considerando o tempo e que a oposição é multipartidária.

 

1.        Como pode ser isso, se os congressistas foram eleitos democraticamente?

2.        Como pode ser isso se este processo está sendo conduzido por praticamente todo o Congresso, não apenas pelo membros de um ou outro partido?

 

Assim como Miriam Leitão, muitos estão a bater na mesma tecla: “Partido Colorado” e sempre com a retrospectiva histórica que lhes é oportuna. Assim induzem o pensamento crítico dos brasileiros, argentinos, bolivianos, venezuelanos, ...

 

Seguramente a afirmativa parte do fato de que a maioria pertença ao Partido Colorado, que foi o mesmo partido que deu em passado distante o suporte ao regime de exceção do General Alfredo Strößner Matiauda, conhecido como Presidente Stroessner, que lá governou de forma arbitrária no período de 1954 a 1989. Repito: 1989.

 

2012-1989=23

 

Depois de Strössner, passaram pela presidência (1) Andrés Rodríguez Pedotti, (2) Juan Carlos María Wasmosy Monti, o primeiro eleito democraticamente, desde 1811, (3) Raúl Alberto Cubas Grau, (4) Luis Ángel González Macchi, (5) Óscar Nicanor Duarte Frutos, até chegar ao atual representante do Foro San Pablo no Paraguay: (5) Fernando Armindo Lugo de Méndez S.V.D., que é conhecido respeitosamente como um ex-bispo católico, uma espécie de Boff misturado com Frei Betto, um “ex-ativista” político, mas na realidade foi um bispo-garanhão e é o principal líder de todos os movimentos que destacam a oclocracia paraguaia.

 

Notem que os chamados chanceleres dos países que fazem parte do Foro San Paulo, dizem representar os países integrantes da Unión de Naciones Suramericanas – UNASUR (União das Nações Sul-Americanas – Unasul) e ao chegaram ao Paraguay, dizendo defender o processo democrático, não foram conversar com o chanceler paraguaio, mas por orientação do chanceler brasileiro, Antonio Patriota, o grupo seguiu do aeroporto de Assunção para a residência oficial de Lugo. O que por si só denota que o grupo tomou parte de um dos lados no processo e visa assumir uma clara posição. Só faltou a presença do ex-chanceler Celso Luiz Nunes Amorim e lá conduzir suas patacadas, ou melhor, PTa-cadas "Descrição:. O risco agora é ele envolver nossos militares.

 

A realidade era naquele momento de que a efetiva cassação só não ocorreria se o Senado desistisse de levar o processo de impeachment adiante após a pressão do Foro San Pablo, pois Lugo tem uma forte oposição na sociedade, exceto é claro dentro dos grupos que promovem a oclocracia, assim como tem forte oposição na Câmara e no Senado. E até mesmo de seu vice-presidente, Federico Franco, do PLRA (Partido Liberal Radical Autentico), uma espécie de Partido Republicano no Paraguay. Na Câmara, 76 deputados votaram a favor do processo de impeachment. Apenas um apoiou Lugo e três se abstiveram. Para passar no Senado, o impeachment foi aprovado por dois terços dos parlamentares. A Casa tem 45 senadores, porém apenas três (todos de partidos minoritários) apoiavam Lugo. As bancadas mais fortes são do Partido Colorado (15) e do Partido Liberal (14).

 

Seguramente o Paraguay não é nenhum exemplo de democracia, mas no Paraguay, isso através dos carperos e dos narcotraficantes paraguaios e bolivianos se promove hoje a desestabilização da sociedade brasileira, é através deles que temos hoje no Paraná a maior escalada da violência, escalada esta jamais vista em nosso país, superando até mesmo indicadores de nosso pior regime de exceção que se formou com a quartelada que muito denominam de "Proclamação da República", quando tivemos centenas de milhares de mortes, uma diáspora, que inclui até mesmo os mais dignos dos brasileiros que acompanharam a Família Imperial, sem contar que foi também o mais longo período de exceção que tivemos. E para entender esta questão é necessário voltarmos um pouco na nossa história.

 

Para tal é importante conhecer a visão dos dois lados:

 

O Republicano: http://www.comunidademaconica.com.br/artigos/6273.aspx

E o do Brasil Imperial: http://www.brasilimperial.org.br/

 

Este período de exceção, que se inicia com a quartelada vai até o nosso segundo período de exceção, a Revolução de 30. E ele, apesar de ser conhecido com nomes até encantadores, como "A República Velha" ou "Primeira República" deve ser sim conhecido pelo pior período que o Brasil passou em termos de falta de democracia, de arbitrariedades, de corrupção, sendo superado somente após 1985 com o dono do Brasil, o Sr. José Ribamar Ferreira de Araújo Costa. Este período pode ser dividido em dois períodos, denominados República da Espada e República Oligárquica, e ele é fundamental para entendermos como as nossas instituições foram sendo formadas, ou melhor deformadas.

 

Depois da quartelada foi-nos imposto um regime de exceção, teve certo alento quando em 1891 o "Marechal" Deodoro foi eleito presidente pelo colégio eleitoral, depois o Congresso tentou aprovar a Lei de Responsabilidades, que reduzia os poderes do presidente, em resumo, depois ocorre a dissolução do Congresso e é estado de sítio no país.  E assim o Brasil deslizou para um longo período de governos fracos, ditaduras e crises constitucionais e econômicas. Tivemos assim inúmeras revoluções, levantes e guerras civis, como a  Revolução Federalista, Guerra de Canudos, etc. 

 

E para quem gosta de história e entender a realidade brasileira e latino-americana atual quatro livros são essenciais:

 

Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano

A Volta do Idiota

Estes foram escritos por Plinio Mendoza, Carlos Alberto Montaner e Álvaro Vargas Llosa.

 

Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil

Guia Politicamente Incorreto da América Latina

E estes escritos por Leandro Narloch e Duda Teixeira, os quais figuram entre os dois livros mais vendidos no Brasil da atualidade.

 

A partir deles e de tantos outros livros de história de autores respeitados podemos entender porque na América Latina se tem hoje o Foro San Pablo dominando importantes setores de nossa sociedade, não apenas as Relações Exteriores, mas também o comércio internacional (UNASUR), nos impondo uma atrofia na nossa industrialização, até o surgimento do 4º Setor como um dos mais destacados, onde o tráfico de drogas, de veículos, de pessoas, da bio-pirataria e de órgãos se impõe sobre nossa sociedade.

 

Desta triste realidade surge a ruptura que temos no Brasil de hoje, entre os que nos governam e nós, os que são por eles governados; dissolveu-se o elo entre os que detêm o poder e aqueles de onde emana o poder; em resumo, os que estão em cima já não representam os que estão em baixo! Na verdade, a atual classe política se apossou do Estado e o transformou num consórcio dela, dirigido por ela e para ela mesma. É esta realidade que se está agora sendo contestada pelo congresso paraguaio, pois o que está em jogo lá é a defesa do direito de propriedade.

 

No que se refere a questão econômica, temos hoje dois modelos, apesar do fato de que devemos fugir sempre de uma dicotomia, ao menos serve para fins didáticos. A questão é que dois modelos econômicos merecem destaque na América Latina, de um lado os países que formam um bloco hegemônico, liderado pela Venezuela, e de outro o Chile e de certo modo, seguindo este modelo, o Uruguai e a Costa Rica. Quando olhamos para esse bloco hegemônico, que procura implantar na América Latina algo próximo ao domínio do mal observado no Século XX, agora com a balda do “Socialismo do Século XXI” encontramos o seu principal elo de ligação, o Foro San Pablo.

 

Não é sem razão que o Brasil lidera o número de empresas com déficit crescente, onde temos 20 das 30 maiores perdas nos dois últimos anos, temos entre as empresas mais lucrativas aquelas que são exploradoras de commodities ou formadas pelos principais bancos que operam no Brasil. O processo de concentração de empresas, com suas desonerações seletivas, é seguramente similar a uma outra nação que nos anos 30 do século XX se viu refém de inúmeros movimentos, de sua oclocracia, a serviço de um partido, que então também se chamava PT - Partido dos Trabalhadores, este formado pelo Carlos Henrique Gouveia de Mello de lá, um tal de Anton Drexler.

 

Infelizmente não nos damos conta das escolhas erradas dos brasileiros. E aqui é importante que se entenda as questões entre o Socialismo do Século XXI "Descrição: que sustenta hoje o PTismo e suas principais bases ideológicas: http://rodrigoconstantino.blogspot.com.br/2006/10/socialismo-e-nazismo.html

 

Entre as que exploram commodities temos a PETROBRAS, mas esta não é referencial, dificilmente daria prejuízo, pois há artificialismo que penalizam o consumidor e o contribuinte. Não é o mercado que avalia sua competência ou a permite a ela operar no mercado, o consumidor não tem opção de escolha, quando muito acredita que há a escolha da bandeira. Quem determina a escolha é o dirigismo estatal, uma herança que conjuga o que há de pior na nossa história, o oportunismo e a defesa de privilégios, assegurada pelos Marechais Manuel Deodoro da Fonseca e Floriano Vieira Peixoto – que nos legaram o pior período de exceção, a maior diáspora – inclusive a de nossa Família Real, o maior número de mortes em conflitos internos e a perda do rumo da liberdade que somente nomes com o engenheiro e intelectual André Pinto Rebouças  . o jurista Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo, o engenheiro Alfred d’Escragnolle Taunay, o Visconde Taunay e o farmacêutico e jornalista José Carlos do Patrocínio nos asseguraram durante o II Império - e o “nacionalismo” de Getúlio Dorneles Vargas, Ernesto Geisel e Lulla, mas não se limita a eles.

 

E é sempre necessário sabermos diferenciar nacionalismo de patriotismo. Neste sentido o Rodrigo Constantino nos produziu um excelente texto: "O perigo nacionalista" www.institutoliberal.org.br/conteudo/download.asp?cdc=2639

Assim como é importante sabermos diferenciar o que de fato nos poderia levar à verdadeira riqueza das nações.

 

 

“Sem liberdade individual não pode haver civilização nem sólida riqueza; não pode haver moralidade e justiça; e sem essas filhas do céu, não há nem pode haver brio, força e poder entre as nações”

 

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