A Amazônia e a Hidreletricidade (II)
Manoel Soriano Neto
Conforme dito no artigo anterior, aproximadamente 75% de toda a produção do sistema de energia brasileiro são oriundos da hidreletricidade – uma energia limpa, não poluente e barata. Tal sistema é complementado por usinas termelétricas caras e poluentes, movidas a gás natural, óleo diesel, carvão ou biomassa (o governo vem sistematicamente acionando essas usinas, à exceção das movidas à biomassa; atualmente, cerca de 15.000 megawatts de energia térmica estão sendo usados, por razões que à frente serão comentadas). Diga-se que além da energia hidrelétrica, o Brasil, mercê de seus incomensuráveis recursos naturais, pode também dispor de fontes energéticas alternativas como a eólica, a solar, a nuclear, do etanol, da biomassa, do carvão e do petróleo. Em nível de escala, as fontes alternativas solar, eólica e nuclear são ainda insignificantes, apesar de seu progressivo crescimento. As energias solar e eólica, apesar de limpas, são bastante pontuais: é que a insolação e os ventos são constantes em somente algumas regiões do País, sendo a transmissão delas, muito difícil (a energia eólica, por exemplo, com apenas 2% da matriz energética, necessita de extensíssimas áreas e produz excessivo barulho, além de matar aves migratórias). A energia nuclear sofre ferrenha oposição de sectários ambientalistas. Então, por agora, em face da premência de incrementar-se o crescimento econômico, só nos resta ampliar, intensa e urgentemente, as fontes hídricas, abundantes em nossa Amazônia, postergando-se um investimento significativo nas fontes alternativas antes mencionadas (lembremo-nos dos vexatórios apagões de 2000/2001...). O problema ainda mais se agrava, pois os reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, onde se localizam 70% dos reservatórios de todo o País, estão apenas com 50% de sua capacidade máxima, como informou, em março do presente ano, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em vista da escassez de chuvas, em particular no Nordeste. Assim, por causa do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas, que vêm operando bem próximas da linha de segurança, o governo se vê obrigado a acionar as usinas termelétricas, não de forma complementar, mas quase que permanentemente, encarecendo, sobremaneira, os custos da eletricidade - que é fundamental para o desenvolvimento brasileiro, tão pífio nos últimos tempos. Antes, na década de 1980, o Brasil podia, com folga, estocar a água das hidrelétricas, eis que os reservatórios das mesmas tinham capacidade de enfrentar, por até dois anos, o incerto regime de chuvas. Hoje isso não mais acontece, desafortunadamente, por uma série de infelizes mudanças que se fizeram a partir dos anos 1990, como a transformação da eletricidade em “commodity”, tendo as tarifas subido exponencialmente. E o pior: a garantia do abastecimento assaz se comprometeu, porquanto os atuais governos se submeteram, vergonhosa e servilmente, aos ditames da agenda ambientalista/indigenista, de âmbito internacional. Destarte, a folga de dois anos de armazenagem de água das usinas hidrelétricas, para que elas possam operar com segurança na estiagem, caiu para apenas seis meses! Acrescente-se ainda que as hidrelétricas projetadas para a Amazônia operarão “a fio d’água”, ou seja, sem reservatório, ou com um reservatório mínimo, o que redundará em uma preocupante redução na produção energética brasileira, atualmente tão necessária, repita-se, para a retomada do desenvolvimento nacional. Tais vulnerabilidades são gravíssimas para o Brasil! (continua)
Coronel Manoel Soriano Neto - Historiador Militar.
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