87 usuários online |
| |
|
Poesias-->FLORES E ESTRELAS -- 31/08/2000 - 19:04 (Eustáquio Mário Ribeiro Braga) |
|
|
| |
Passeio pelas ruas tranqüilo
enquanto todos correm para o trabalho,
esqueço-me do tempo.
Meu destino, para não fugir à regra, também seria este,
mas não me preocupo com o tempo cronológico.
Vivo tão o psicológico.
Escrevo, em pedaços, amores...
Vejo nas calçadas flores.
Sim. Vejo flores com cinco arestas:
Estrelas?
Não. São flores
flores de diversas cores
[numa só]
confundo-me com o tom lilás
as vezes penso ser violeta
ou seria roxo?
Mesmo assim tenho uma certeza
[o formato]
parece uma estrela que caiu do céu
para me contemplar?
Não sou sem foco.
Penso no rosto da estrela e na flor.
Flor estrela...
Estrela flor...
Seja o que for não és minha.
Flor em estrela nas alamedas.
Não posso sentir o teu cheiro.
Não posso sentir o teu calor.
Não posso te desfolhar.
Nem tento abaixar-me para pegar-te,
pois vejo o céu em pensamento,
torna-te distante no firmamento.
Então restam as flores no chão...
e sigo o meu destino...
E continua o dia sem flores e sem estrelas
apenas poeta falando asneira.
Então as tardes se passam
sem o Itapuã
sem a areia
sem o mar
sem o timão
sem a embarcação
sem o capitão
sem o marulhar em canção...
Sem gemidos
Sem estrela
Sem flor,
mas com cinco arestas
flor da manhã
única flor que me resta.
THA©KYN
31/08/2000
|
|