23/02/1957
Como pequenos grânulos de um fogo espectral, esculpindo fagulhas suaves e reais de ardor...
Assim está minha alma. Tão leve, sorridente, serena... Tão pura, intocável, impensável...
Pena nunca ter dito palavras como estas. Que na verdade nunca conseguiriam expressar tudo que sinto...
Pena nunca ter seus lábios cerrados junto aos meus...
Sei que agora em diante terei de conviver com isto e se possível amar outra mulher.
Viverei até morrer... nesta hora... ...me libertarei. Ass: quem te amou
Caindo agora no chão da sala uma carta, perdida pelo tempo, empoeirado, chorando baixinho pela noite...
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