PRESENTE DA VIDA
Vida, Vida,
minha Vida!
Realmente
não te entendo.
Tu que sempre
me és bandida,
agora...
o que estás querendo?
Briguei contigo inda há pouco
prometendo me vingar.
Será que tiveste medo,
resolveste me agradar?
Não creio... tu és tinhosa
e sabes que tens poder,
por que irias temer
quem vives a massacrar?
Não sei, Vida, o que pretendes,
eu nem preciso saber.
Vou curtir o que me dás,
e inda vou agradecer.
Talvez seja o meu jeitinho
de me vingar sem sofrer.
Em todo caso, obrigada,
por esse rico troféu:
alguém que tanto me agrada,
bom, leal, grisalho e lindo,
com olhos da cor do céu!
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