ZONA BOÊMIA
Tristes, as mulheres vão se arrumando
Utilizam-se de maquiagens baratas
Empoam-se para disfarçar
Os açoites da vida
Vão à caça, oferecem-se
É triste, vendem-se
Arriscam-se
São controladas
Os freqüentadores, dos mais diversos tipos
Sujos por fora e por dentro
Com almas pesadas
Largam suas imundícies nessas criaturas
E elas lutam, mas não conseguem
Lutam por uma vida melhor, um escape
Mas estão agrilhoadas à zona boêmia
Onde parirão, abortarão, trabalharão
E morrerão...
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