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Ensaios-->Caldeirão de cidades mineiras -- 03/01/2013 - 18:39 (Adalberto Antonio de Lima) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Minas Gerais é assim: Mata adentro, Gerais afora, Minas tem poeta, tem mineira, boa cachaça e poesia. Terra de famosos, das famosas serestas, diamantes e museus,  Minas  concebeu Três Corações: Juscelino Kubitschek, Teófilo Otoni e Santos Dumont, o pai da aviação. Foi também em Minas Gerais que Cláudio  conquistou Corina, uma glória que Vitória da Conquista não lhe ofereceu. Sabia desde menino, que nos Gerais de Minas tem Ouro Preto, Ouro Branco,Ouro, Ouro Fino, e Malacacheta... mas foi na rua da Glória em Diamantina que estabeleceu o primeiro  negócio.

 Bem  na parte alta, próxima ao Passadiço onde fora um convento, ele abriu uma loja para vender bicicletas, com o intento de ganhar muito dinheiro e ficar rico.Lá em baixo, no fim da mesma rua, interessado em pagar pelo mesmo bem que há pouco vendera, comprava de um freguês, cansado que empurrava a geringonça morro acima, nada além de 20% do preço que o freguês pagara.

Entre uma e outra loja, para os mais insistentes, perna fraca e vela mão de tentar  escalar a serra, a esses; Cláudio  pagava a bagatela de um par de Alpercata, dois dobrões e uma pataca.

 Ficou com medo:a cidade era pequena e descobriu sua  Barbacena  por dinheiro. O povo lhe  deu o dedo: “Quer ficar rico? Faça do cu um candeeiro. E para não desonrar o Kubitschek ainda infante,foi embora daquela terra antes que um valor mais alto se alevante.

Aí, veio-lhe   a ideia de fabricar cuecas para vestir olho nu, uma espécie de óculos para tapar o Sol com uma peneira...Faceira, Mariana muito comprava, mas queria dar em paga seus beijos e alguns  queijos de minas.

A Boa Esperança era mudar-se para Uberaba, “a taba”da salvação seria criar peixe leiteiro. E o aventureiro foi criar peixe-boi, no rio com o mesmo nome da cidade. Já naquela idade de dezesseis anos, embalava o leite com a indicação de conter ômega três. Foi a penúltima vez  que fez Contagem das receitas e despesas... Viu-se em bancarrota, e em seu travesseiro não tinha mais paina nem  Paineira.Nada na algibeira. Areado, totalmente perdido, falido, tinha pouca comida em casa.Então comeu Capim Branco,comeu o cachorro rubuião,o Periquito da Rubelita,Papagaios e, o  Pavão de cria e estimação. Caçou Perdizes, cutia e Pequi em Mato Verde às vezes comia Manga, que em Campanha  de Nova União com a  Bandeira do Divino, com coração de menino  povo de lhe oferecia. Ele  não tinha sequer água no Pote. Só podia matar a sede noRio Doce daSanta Fé de Minas e na Espera Feliz  daSanta Vitória.

Precisava inventar outro Passa Tempo, que ao mesmo tempo, rendesse dinheiro. Mudou-se para Formiga, passando a fabricar formicida dissolúvel em Água Boa, Águas Formosas  deAraxá,em  mel de Arapuá ou mesmo em Águas Vermelhas... Acaiaca o pegou: Albertina morreu e muitos outros filhos de Formiga também morreram.

Seu Comercinho chegara ao fim. O crime foi Descoberto. Governador Valadres, muito esperto,ficou neutro na questão, mas o Barão de Monte Alto queria a prisão do Cláudio. Capitão Enéas, Capitão Andrade e Coronel Fabriciano, também não lhe desejavam Bom Sucesso e fizeram um Juramento que o mandariam para os fornos de Carbonita ou afogá-lo-iam  em Sete Lagoas. Coroel Murta nem se fala... Este queria fazer justiça com as próprias mãos e honrar Setubinha, a netinha morta envenenada.

 Ficou a contar Carneirinho esperando a morte chegar, mas por sorte, tanto Dom Bosco quanto o Cônego Marinho rezavam. Dona  Euzébia, sua mãe,  chorava e  o Pai Pedro lamentava o destino do filho.Seguia todos os seus  Passos, dizendo: “Passabém, meu filho...Passa-Vinte pro Guarda-Mor, dá a ele um Patrocínio em dinheiro, uma boa Moeda de ouro ou de Prata,uma Pedra Azul,umaEsmeralda, bonita Pedra Dourada: uma pepita de Ouro Fino!...Assim, o Capitão-Mor terá Piedade dos Gerais  e deste filho da terra e abrirá uma Porteirinha, para o homem maisBonito de Minas. Tu sabes que dinheiroAbre Campo e cria umaPonte Nova para a vida, disse isso e prostrou-se junto aos  Oratórios da Capelinha de Santa Cruz de Minas, rezou uma Ladainha, a Santa Luzia, pedindo pelo filho cego por dinheiro.

Bom Jesus de Minas, o Nazareno, nascido em Nova Belém, veio em auxílio e Filício Santos, pai de Cláudio, em felicidade Extrema, encheu os Olhos-da’Água, quando viu abrir-se  o Quartel Geral  e filho sair fugindo,escondido Entre Folhas, adentrandoaMata Verde, dali em diante, teriaNovohorizonte.Estava emLiberdade.

EmEspera Feliz , encontrava-sepedindo Luz ao Espírito Dourado,afinal, no Coração de Jesus há sempre  bom Repouso e Bomfim! Para Consolação do pai, depois de ouvir o Conselheiro Pena e Conselheiro Lafayte,  Berilo, o Juiz de Fora, deu Bom Despacho ao processo.

Volte para seu Reduto nos Montes Claros de Minas...Vá cuidar da vida Sem-Peixe, sem tapa-olhos e sembicicleta. Vá ganhar a vida noutroTabuleiro, se não quiser tomar no cou com essa pronúncia francesa de pescoço mineiro metido a besta.

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