Lançamento de “Ramon e Juliana”
Lisete Napoleão
Senhores, senhoras...
Este é um momento ímpar. Confesso a minha emoção e minha alegria.
É com imensa satisfação que hoje retorno, mais uma vez, as minhas origens; retorno a minha Princesa do Sul, a terra abençoada por São Pedro de Alcântara, o solo mater, de onde vi pela vez primeira o astro Rei nascer, a lua surgir e as estrelas cintilarem em “Céu de Brigadeiro”, ali da Rua Silva Jardim, 526, próximo a Praça Coronel Borges.
Venho testemunhar o lançamento de uma obra prima, pressuponho um best-seller. Tive o privilégio de acompanhar e partilhar do encadeamento minucioso dos signos linguísticos de cada página desta obra literária. Vi brotar da imaginação fértil, criativa e ativa deste “Midas”, Ramon e Juliana, romance permeado de ficção e realidade.
Sinto-me honrada também pela deferência da contracapa. Reiterando lhes digo: Adrião Neto é hoje uma referência obrigatória no cenário cultural do Piauí. Romancista, poeta, antologista e historiógrafo, expressão de inteligência e saber. Nome consolidado pela crítica de todo país; quiçá do mundo.
Numa visão acadêmica, embora holística, baseada também em Moisés Massud, posso afirmar que o Romance é na verdade uma recriação do mundo; os grandes romancistas se tem mostrado sensíveis a retratar cenas cotidianas, mescladas com a literariedade peculiar de cada autor, em que esta, utiliza os recursos da prosa de ficção.
No Romance em pauta, a AÇÃO é um viés interior em que apresenta pluralidade dramática; Já o espaço intimamente ligado ao interior, caracteriza-se pela multiplicidade geográfica, em que os protagonistas percorrem várias cidades, países; destaco, em função do meu lado telúrico a nossa Parnaíba, o nosso maravilhoso Delta, o maior das Américas e o segundo maior do mundo, em céu aberto.
O tempo na obra é cronológico e linear; há uma exatidão na sequência, onde passo a passo pode-se seguir a trajetória dos personagens.
Os personagens são pessoas que vivem as situações dentro da narrativa de forma bem objetiva e descritiva. Ramon e Juliana são detalhados de tal maneira a conduzir o leitor a ler as entrelinhas e fazer conjecturas, apontando a verossimilhança com situações diárias como o amor, paixão, ciúmes.
A linguagem tende ao coloquial, sem desprezar o respeito ao vernáculo; ver-se na obra um acordo consubstancial entre o que o romancista diz e o modo empregado para dizer. Há o equilíbrio entre expressão e exprimido, significante e significado.
RAMON E JULIANA é um romance que traz a baila na trama, um amor, que a priori sugere um “Romeu e Julieta” dos tempos modernos. O romance é pincelado de ricas informações e ilustra quadros de forma a nos imaginarmos enveredar pelo percurso permeado de magia e encantamento.
Senhores, Senhoras, de forma imparcial e incondicional recomendo a leitura. Parabéns Adrião por este presente ao publico leitor. Parabéns e que G.A.D.U o ilumine sempre. OBRIGADA!
(Discurso de Lançamento do livro “Ramon e Juliana”, proferido pela professora, escritora e pesquisadora do folclore piauiense Lisete Napoleão, em 21 de julho de 2012, na cidade de Floriano, PI)
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