RIO GRANDE DO SUL - PRINCIPAIS MUNICÍPIOS
Edson Pereira Bueno Leal, agosto de 2.013, atualizado até dezembro de 2014.
O Rio Grande sofreu nas décadas passadas forte imigração, Estima-se que 1,2 milhão de gaúchos estejam vivendo em outras regiões fora de seu Estado natal. A indústria de sapatos uma das fortes do Estado mudou-se em parte para o Nordeste. Mesmo assim o Estado é o quarto maior PIB do país e sua renda per capita é mais alta que a média nacional .
Porém os dados estatísticos mostram duas realidades. A metade norte com bons índices e a metade sul, que era a região mais próspera, em franca decadência.
As razões desta decadência estão associadas à queda nos preços da lã e da carne. Em Pelotas o Frigorífico Anglo encerrou suas atividades em meados da década de 80 e o movimento do porto caiu de 602 mil toneladas em 1987 para 266 mil em 1998. A maior empresa produtora de pêssegos enlatados, a Agapê faliu em 1996. ( F S P 25.07.99 , p. 1-10) .
Mesmo assim a indústria gaúcha cresceu 45,5% de 1992 a 2001, o dobro do crescimento registrado no resto do país. A produção industrial neste período aumentou 30%%. Das 27.000 fábricas, 80% fizeram algum tipo de inovação nos seus métodos de produção.
O governo do Rio Grande do Sul resolveu bancar a instalação da indústria automobilística no Estado. Para atrair uma fábrica da Ford concordou com a doação de um terreno de 600 hectares na cidade de Guaíba, na área metropolitana de Porto Alegre.
A Ford ia vestir US$ 500 milhões, os fornecedores US$ 200 milhões. Além disso o BNDES deveria conceder um financiamento de US$ 700 milhões com a Ford pagando no máximo 6% de juros ao ano , sendo que a diferença para maior , atualmente a TJLP está em 9,4% ao ano, deverá ser paga pelo governo gaúcho. A empresa deveria produzir 100.000 carros por ano ,a partir de 2001.
Porém em maio de 1999 com a negativa do governo Olívio Dutra em honrar acordos feitos pelo governo anterior a Ford decidiu cancelar a construção da fábrica em Guaíba . Com isso o Estado perdeu uma montadora , 16 fabricantes de autopeças e 4500 empregos diretos. Este episódio serve como exemplo para análise dos benefícios e prejuízos da estratégia de concessão de incentivos fiscais.
Diversos municípios gaúchos apresentam um padrão de vida europeu.
Indicadores sócio econômicos de vinte municípios gaúchos
indicador RS Brasil comentário Nível
Pobreza 4% 22% Menor desigualdade social Inglaterra
Analfabet. 2,8% 13,6 Abaixo 4% considera-se erradica. Canadá
Criminal. 15 23 Assassinatos por 100.000 hab. Finlândia
Exp. Vida 79,1 72,3 Brasil chega a 79,1 só em 2037 Bélgica
Universit. 25% 18% Caxias e Bento chegam a 40% Nova Zel.
Mort.Inf. 7 27 EUA
Desempr. 5% 10% Suécia
Água Enc 98 80 Suíça
Fontes . Atlas do Dês. Humano , FGV, IBGE , in Veja, 10.10.2007, p. 112.
Carlos Barbosa tem o menor custo de vida do país , Nova Petrópolis é campeã no combate ao analfabetismo e em respeito ao pedestre , Caxias do Sul é campeã brasileira de reciclagem , Bom Princípio em gestão pública , Linha Nova teve apenas dois assaltos em 2006 . Picada Café não tem fila em postos de saúde .
Na região instalaram-se a Dell , fabricante de computadores , a Miolo de vinhos, Randon e Marcopolo , carrocerias e ônibus , Dellanno móveis, Doux alimentos e All Star de calçados entre outras .
Levantamento feito pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, apontou que o Rio Grande do Sul é o quarto Estado brasileiro em número de profissionais ligados à indústria criativa – 50 mil – atrás de SP,RJ e MG. O Estado tem 18 mil empresas no setor, que respondem por 1,9% do PIB gaúcho . A moda e o design, em função do setor calçadista, ainda são os setores com maior número de profissionais – 25 %.( F S P , 27.06.2014, Sul, p. A-1) .
O Rio Grande do Sul é dono de 11% do potencial eólico brasileiro, com potencial de geração de 115,2 GW em alturas de cem metros, com base em estimativa de 2002 , que poderá ser atualizada para 160 GW.
O estado já conta com 598 MW de capacidade em 21 parques eólicos e até maio de 2018 serão 91 parques, sendo 2.053 MW acrescidos até 2018.
O Rio Grande do Sul conseguiu atrair empresas como Alstom, IMPSA e Engebasa, para a produção de torres e aerogeradores, mas ainda concorre com o Nordeste por empreendimentos que garantam a produção de equipamentos. ( F S P , 27.06.2014, Sul, p. 4) .
ARROIO DO MEIO
A fabricante de produtos de limpeza Girando Sol, que distribui seus trabalhos em três fábricas, irá unificar suas linhas de produção em uma única planta, com investimento de R$ 40 milhões. Com a nova unidade a capacidade de produção deve dobrar. A empresa comercializa apenas nos Estados da Região Sul e em 2013 deve entrar nos mercados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. ( F S P ,26.11.2012, p. B-2) .
A Vonpar Alimentos, investiu R$ 160 milhões na ampliação de sua fábrica na cidade, que será inaugurada em agosto, que vai triplicar a sua produção. Duas das seis novas linhas de produção de chocolate começam a operar já em maio de 2013. A empresa vai instalar dois centros de distribuição, um em Campinas (SP e outro próximo a Recife, para expandir a sua participação em capitais do Sudeste e do Nordeste. Cerca de menos de 35% do investimento na obra e em maquinários da Suíça, da Alemanha e da Itália, foram financiados pelo BNDES. (F S P, 5.3.2013, p. B-2).
BAGÉ
No município de Bagé no RS está hoje o maior centro de cavalos de corrida do Brasil . São mais de 22 haras , em um espaço total de 6.000 hectares , com 2000 cavalos que valem em média US$ 15.000 cada um . ( Veja, 5.1.2000 , p. 61)
BENTO GONÇALVES
O grupo cearense M. Dias , um dos maiores do país no segmento alimentício vai construir um novo moinho de trigo e ampliar a capacidade produtiva de sua fábrica de biscoitos Isabela, em Bento Gonçalves , no Rio Grande do Sul. Serão investidos R$ 173 milhões nos dois projetos e gerados 250 empregos. ( F S P , 2.2.2014, p. B-2) .
CACHOEIRA DO SUL
A Todeschini, fabricante de móveis planejados, pretende investir R$ 280 milhões na instalação de uma planta de chapas de madeira em Cachoeira do Sul (RS) , com capacidade para 170 mil m3 por ano, podendo chegar a 360 mil m3.
A companhia possui na região uma floresta de 9.500 hectares, mas não a explora devido à distância do mercado consumidor. Com a unidade, as chapas produzidas serão enviadas para Bento Gonçalves, onde fica a linha de produção de móveis. ( F S P , 29.10.2014, p. B-2) .
CAMAQUÃ
A montadora chinesa Yunlihong está investindo R$ 185 milhões em uma fábrica de caminhões em Camaquã ( a 130 km de Porto Alegre). A planta deverá produzir 5.000 veículos em seu primeiro ano de funcionamento em 2014. Depois em 2017 deverá ter a capacidade aumentada para 15 mil unidades/ano. Os caminhões serão comercializados no Brasil e exportados para Peru, Chile e países da África. É a primeira planta fora da China . ( F S P , 1.10.2012, p. B-2) .
CANOAS
Lançou em 2009 um programa de incentivo á instalação de empresas baseado em renúncia fiscal . Em apenas um ano foram abertas 3.300 empresas e a receita do município cresceu 48% em dois anos . ( Revista Veja, 2.11.2011, p. 177) .
A gaúcha Masterzinc , com investimento de R$ 20 milhões vai instalar uma fábrica em Canoas para produzir até 1.800 toneladas de torres e equipamentos para transmissão de energia. O acabamento e a expedição dos produtos serão feitos em Charqueadas, onde a empresa faz galvanização . ( F S P , 3.8.2012, p. B-2) .
A Lojas Colombo , varejista gaúcha de móveis e eletrodomésticos , vai construir um novo centro de distribuição , com área de 70 mil m2 e aporte de R$ 60 milhões em Canoas, a terceira da empresa. O centro de Porto Alegre está saturado e a empresa pretende aumentar as vendas pela internet de 20% para 24% até o final de 2014. A rede tem 260 pontos de venda nos três Estados da região Sul e pretende abrir outros 20 ao longo de 2014. A Colombo atuou em São Paulo e Minas Gerais, mas vendeu em 2013, as 65 lojas nestes Estados para a paulista Cybelar. ( F S P , 15.04.2014, p. B-2) .
CAXIAS DO SUL
Abriga o segundo maior polo de metalmecânico do Brasil. As 7.000 empresas do setor contribuíram para que entre 2005 e 2010 o orçamento do município dobrasse. (Revista Veja, 2.11.2011, p. 177).
O PIB da cidade de 1999 a 2009 triplicou, passando de R$ 3,7 bilhões para R$ 12,5 bilhões e a cidade desponta como celeiro das multinacionais. A cidade criou 10 mil vagas de 2006 a 2011 somente no setor metal-mecânico. A população da cidade passou de 360 mil habitantes em 2.000 para 441.000 em 2011.
A Randon, indústria de carrocerias, reboques e autopeças, nascida na cidade, está também na Ásia, Europa e África. A Neobus, fabricante de ônibus, criada há 13 anos no início, contava com 50 funcionários e produzia 50 veículos ao ano, está produzindo 4.000 ônibus, com 2.000 funcionários. A Marcopolo anunciou em junho de 2012, um investimento de R$ 100 milhões na cidade até o fim de 2013. A Agrale , produz tratores e implementos agrícolas .(* F S P , 8.7.2012, p. B-6) .
Após terceirizar a produção de utensílios de alumínio , como panelas e frigideiras , por dois anos e meio, o grupo Brinox vai investir R$ 30 milhões e vai passar a fabricar as peças em uma terceira planta que está construindo em Caxias do Sul (RS). As outras duas produzem itens domésticos de aço inox e plástico. A unidade , com inauguração prevista para outubro, terá capacidade de fabricar 500 mil peças por mês. ( F S P , 16.09.2014, p. B-2) .
A empresa Tondo, detentora da marca de massas, farinhas e biscoitos Orquídea, investirá R$ 90 milhões para ampliar seu parque fabril em Caxias do Sul (RS), aumentando a capacidade de produção de 2.500 para 6.500 toneladas por mês. A área da planta aumentará de 28 mil m2 para 47 mil m2. ( F S P , 17.12.2014, p. B-2) .
CHARQUEADAS
A Tomé Engenharia vai investir R$ 110 milhões na construção de uma planta que fabricará módulos de plataformas para o setor de petróleo. Ela irá ocupar um espaço de 26 hectares doado pela prefeitura municipal e gerar 1.500 empregos diretos. Ao lado esta a Metasa, que está investindo R$ 120 milhões em sua planta e deverá ser uma das fornecedoras de estruturas metálicas da Tomé. Outra empresa que também recebeu incentivos da prefeitura é a Iesa Óleo e Gás. Todas ocuparão espaços no recém-criado polo naval da cidade, que já é sede de fábricas da GKN do Brasil, de autopeças e da Gerdau. (F S P, 2.11.2012, p. B-2).
A fabricante de estruturas metálicas Metasa irá construir uma nova fábrica em Charqueadas para produzir estruturas para plataformas de petróleo, para operar a partir de abril de 2013 como centro de montagem de peças produzidas na fábrica de Marau (270 km de Porto Alegre). A empresa vende para fabricantes de módulos para plataformas que tem contratos com a Petrobrás .
O governo gaúcho pretende montar um polo naval em Charqueadas.( F S P , 18.10.2012, p.B-2) .
CRISTAL
Seis usinas produzirão etanol a partir de cereais, principalmente arroz, serão construídas no Rio Grande do Sul, até 2020 . O projeto receberá R$ 720 milhões e será viabilizado por meio de uma parceria entre a empresa Vinema e produtores rurais ligados à Federarroz ( Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul). Do total, 30% será desembolsado pelos produtores e o restante deverá vir de financiamento. Quando todas as usinas estiverem em operação , elas demandarão até 20% do arroz produzido no Estado e poderão abastecer até 46% da demanda do Estado, com capacidade de produção de 600 milhões de litros por ano.
As obras da primeira usina, na cidade de Cristal, começam em abril de 2013 e devem ser concluídas no final de 2014. ( F S P , 11.01.2013, p. B-2).
CRUZ ALTA
Em 2007, a Central de Cooperativas Gaúchas do Leite , CCGL, inaugurou em Cruz Alta uma das mais modernas fábricas de leite em pó do país e desde então , os investimentos de diversas empresas na cidade somaram 230 milhões de reais . A cidade com 63.000 habitantes em 2011 teve a arrecadação de impostos aumentada de R$ 42 milhões em 2005, para R$ 82 milhões em 2011 e estima-se que mais de 300 vagas em nível gerencial foram criadas em quatro anos na cidade . A Cotrijal , central de cooperativas , além de vender grãos , possui supermercados e lojas de ferragens , que faturam juntos R$ 820 milhões . ( Revista Exame, 14.12.2011, p.67).
GRAVATAÍ
Com a instalação da fábrica da General Motors a renda aumentou e três grandes redes de atacado chegaram (Revista Veja, 2.11.2011, p. 178).
O M. Grupo, empresa de São Carlos (SP), está investindo R$ 500 milhões em um complexo urbanístico em Gravataí (RS), que inclui shopping, hotel, torres comerciais e residenciais. O município, a 25 km de Porto Alegre, foi escolhido por não possuir nenhum outro centro de compras e por ter o quarto maior PIB do Estado. Algumas obras do complexo serão entregues em 2013, mas a conclusão total está prevista para 2015. (F S P, 24.05.2013, p. B-2).
GUAIBA
A Celulose RioGrandense confirmou em dezembro de 2012 a expansão de sua fábrica na cidade, que consumirá R$ 4,9 bilhões em recursos e ampliará a capacidade de produção de 450 mil toneladas por ano, para 1,75 milhão em 2015.( F S P , 2.1.2013, p. A-12) .
A Engebasa, empresa de usinagem e equipamentos industriais localizada em Cubatão (SP), vai construir uma fábrica de torres eólicas no Rio Grande do Sul, em Guaiba, na região metropolitana de Porto Alegre, com investimentos de R$ 76 milhões. A unidade vai produzir , ainda em 2014, 300 torres de aço por ano , contra 170 em Cubatão, O projeto tem financiamento de 45% do BNDES e o objetivo é atender países do Cone Sul, principalmente Uruguai e Argentina. Deverão ser gerados 310 empregos diretos e indiretos. ( F S P , 20.02.2014, p. B-2) .
Quinze anos depois de perder uma fábrica da Ford que abandonou o projeto porque o governador Olívio Dutra do PT , queria rediscutir os incentivos que considerava descabidos, concedidos por seu antecessor, o governador atual, Tarso Genro, deu o mesmo terreno, em Guaíba, para a chinesa Foton, e agora está negociando a compra de uma participação acionária na montadora, e seria a primeira vez que um governo estadual entra como sócio de uma montara desde que Rondon Pacheco levou a Fiat para Minas Gerais , na década de 1970.
Para permitir a operação, o governo aprovou uma lei com incentivos fiscais para a produção de caminhões. Pela nova lei, o Estado pode investir até R$ 48 milhões na compra de ações da Foton. Isso daria quase 20% do empreendimento, orçado em R$ 250 milhões. O pacote completo inclui a doação do terreno, financiamento oficial e abatimento de impostos estaduais.
O problema é de onde o Estado vai tirar o dinheiro. Com uma dívida duas vezes superior à sua receita, é o único Estado brasileiro acima do limite de endividamento imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
A empresa aguarda o licenciamento ambiental para começar a construção da fábrica ainda em março. A unidade terá capacidade para produzir 21 mil caminhões por mês, com foco no segmento de 3,5 a 24 toneladas . A meta é atingir 5% do mercado em sete anos e transformar a unidade brasileira em uma plataforma de exportação. ( F S P , 11.03.2014, p. B-6) .
MONTENEGRO
A brasileira ProCable e a japonesa Fujikura, criaram uma joint venture para instalar uma fábrica de cabos de alumínio e de fibra ótica em Montenegro (RS), com investimento de R$ 30 milhões. (F S P, 18.07.2013, p. B-2).
NÃO-ME TOQUE
A 100 km de Cruz Alta, sedia a Stara, fábrica nacional de máquinas e implementos agrícolas para agricultura de alta precisão, uma das principais do país que usa modernos softwares associados a sistemas de navegação por GPS, na aplicação de sementes, defensivos , nutrientes e fertilizantes sob medida para as lavouras, além de produzir aproximadamente 20% dos pulverizadores motorizados do país . O faturamento da empresa aumentou de R$ 62 milhões para R$ 550 milhões em cinco anos . ( Revista Exame, 14.12.2011, p.66).
A Stara, pioneira na fabricação de máquinas para agricultura de precisão, em 2007 comprou a australiana Computronics e passou a fabricar as máquinas no Brasil. O faturamento saltou de R$ 60 milhões em 2006, para R$ 1 bilhão em 2014. A empresa exporta para quinze países. ( Revista Veja, 21.05.2014, p. 57).
Não-Me-Toque , no interior do Rio Grande do Sul, tem apenas 16 mil habitantes, mas suas exportações totais atingiram R$ 57 milhões em 2013. A união entre a Universidade Federal de Santa Maria e algumas empresas fez nascer o primeiro DGPS agrícola 100% nacional, uma espécie de GPS mais preciso. Desde então, o projeto Aquarius continua pesquisando novas tecnologias e buscando aperfeiçoar ferramentas já desenvolvidas.
A Stara desenvolveu o aparelho que resolveu o problema de falta de informação nas propriedades agrícolas e em 2013 faturou R$ 1 bilhão, exportando para mais de 35 países. O município mudou sua economia de agrícola para industrial de implementos agrícolas. A cidade não tem desemprego e está importando mão de obra qualificada. ( F S P , 27.06.2014, Sul, p. 3) .
NOVO HAMBURGO
O município de Novo Hamburgo, polo fabricante de sapatos consolidou-se como altamente competitivo em termos de exportação.
Em 2013 receberá o primeiro grande outlet do estado , que terá mais de 100 lojas de marcas internacionais e deverá resultar na criação de 1.500 empregos . É também um polo de desenvolvimento de softwares. ( Revista Veja, 2.11.2011, p. 179) .
OSÓRIO
No município de Osório, já funciona o primeiro parque eólico do Brasil já conectado com o Sistema Interligado Nacional, concluído em dezembro de 2006, cujo sócio majoritário é o grupo espanhol Elecnor, com 75 aerogeradoes e potência instalada de 150 megawatts.
PASSO FUNDO
A AmBev está investindo R$ 100 milhões na maltaria Passo Fundo que será inaugurada no segundo semestre de 2012 com capacidade de produção de 110 mil toneladas de malte por ano. Com, isso diminui a importação de cevada em malte pelo Brasil ( F S P , 31.05.2012, p. B-2)
A Paysage, de empreendimentos imobiliários vai construir um shopping em Passo Fundo, o primeiro do grupo no Estado. O projeto receberá R$ 120 milhões e será construído em parceria com a AR Participações ( 40%) e a Trust & Co Investimentos ( 10%). O centro de compras terá 33 mil m2 de área bruta locável e 280 lojas, quatro delas âncoras, sendo que as obras começam em 2015. ( F S P , 2.20.2014, p. B-2) .
PELOTAS
Conhecida pelo charque e agronegócio, cresce a indústria naval. Desde 2005, dez cursos de engenharia foram criados para atender à demanda de 50.000 novos empregos diretos e indiretos que surgirão até 2015. ( Revista Veja, 2.11.2011, p. 180)
PORTO ALEGRE
Destaque em microeletrônica . Cerca de 42 empresas e 691 PhDs . A Ceitec, uma das maiores do polo, em uma área onde há cinco anos só havia prédios abandonados de um antigo quartel, passará em 2009 a fabricar chips de aparelhos eletrônicos, como celulares e TVs. Só há dez fábricas no mundo, e esta será a primeira na América Latina. A PUC RS, proprietária do terreno, ofereceu de graça, prédios com boa infraestrutura e em troca, exigiu em investissem 1% do faturamento em pesquisa acadêmica e como resultado as empresas já financiam 85% da pesquisa na universidade.
O sistema que engloba Fecomércio-RS, Sesc e Senac, começará a construir em 2014, uma nova sede em Porto Alegre, em um terreno de 200 mil2, com investimentos de R$ 340 milhões. Todo o complexo deverá ser concluído em seis anos e na segunda fase será erguido um centro de convenções com capacidade para 10 mil pessoas, do qual Porto Alegre é carente. ( F S P, 20.12.2013, p. B-2) .
Em Porto Alegre em uma área equivalente a seis campos de futebol foi inaugurado em agosto de 2003 o Tecnopuc ( Parque Científico e Tecnológico da PUC-RS), que abriga empresas de tecnologia da informação, energia ,meio ambiente, ciências da vida e indústria criativa, com 6.000 pessoas trabalhando.
Em construção, uma área de 4.000 metros quadrados, chamada Global Tecnopuc , vai abrigar projetos de inovação feitos em conjunto.
Empresas como Dell e HP têm no local seus centros de pesquisa e desenvolvimento. Telebrás e Petrobrás mantém laboratórios de pesquisa. No local se instalou em 2011, a Rockhead Games, especializada em games para tablets e smartphones e na gameificação: usar linguagem dos games em outras áreas como educação e gestão de processos em empresas. A PUC – RS agora está construindo em Viamão, um centro de produção audiovisual que promete ser um dos mais avançados do país, nos moldes do Projac do Rio de Janeiro. %.( F S P , 27.06.2014, Sul, p. A-1) .
A empresa MBS, de Itaboraí (RJ), pretende investir R$ 50 milhões na construção de um estaleiro em Porto Alegre, destinado à fabricação de módulos e reparos de plataformas petroleiras, em área de 134 mil metros quadrados. ( F S P , 16.10.2014, p. B-2) .
RIO GRANDE
A companhia paulista Portage vai investir R$ 350 milhões na implantação de dois shoppings em Rio Grande (RS) e Criciúma (SC). O projeto gaúcho , que já tem 73% da área bruta contratada, terá também uma torre com escritórios e hotel e deverá ser entregue no primeiro semestre de 2015.
Rio Grande não tem grandes opções para lazer e compras e está crescendo muito com investimentos no porto e Criciúma foi escolhida devido á localização estratégica da cidade-polo com 200 mil habitantes e que recebe diariamente moradores dos municípios próximos e ainda não tem um grande centro comercial.
A empresa já tem unidades em São Gonçalo (RJ), Campina Grande (PB) e Betim (MG). ( F S P , 15.10.2013, p. B-2) .
A Tanac, indústria gaúcha de insumos vegetais , vai construir uma fábrica de cilindros granulados de madeira ( peletes) que são utilizados como biocombustível.
A planta será a terceira da companhia e ficará no município de Rio Grande, a 335 km de Porto Alegre., com um investimento de R$ 150 milhões em recursos próprios.
A empresa fechou um contrato com um grupo europeu que comprará 100% da produção, de cerca de 400 mil toneladas por ano. A empresa tem quase 30 mil hectares de manejo florestal da espécie acácia no Rio Grande do Sul e também compra matéria-prima de terceiros. ( F S P , 2.10.2014, p. B-2) .
A gaúcha Bolognesi , de energia e infraestrutura , vai investir R$ 3 bilhões para construir em julho do próximo ano, uma usina termelétrica a gás em Rio Grande ( 335 km de Porto Alegre).
A companhia conseguiu vender a energia da usina no leilão do dia 28 de novembro, a R$ 205,64 o mega-watt hora, preço que viabiliza a operação.
O gás será importado do México, liquefeito, transportado e regaseificado quando chegar ao Brasil.
A empresa também instalará uma outra termelétrica no porto de Suape (PE), com a mesma potência de Rio Grande ( 1.200 MW) e investimento um pouco menor ( R$ 2,8 bilhões) . As duas usinas deverão começar a gerar energia em 2019. ( F S P , 30.11.2014, p, B-2) .
SANTANA DO LIVRAMENTO
A Eletrosul já opera desde dezembro de 2011, o Complexo Eólico Cerro Chato com 90 MW em Santana do Livramento , e que passa por uma ampliação de 78 MW. A energia eólica não compete com a agropecuária, ao contrário, complementa a atividade rural, mudando a cara da região. ( F S P , 27.06.2014, Sul, p. 4) .
SANTA VITÓRIA DO PALMAR
Em Santa Vitória do Palmar e Chuí, a Eletrosul está implantando o maior complexo eólico da América Latina, com investimento de R$ 3,5 bilhões , incluindo uma linha de transmissão de 470 km de linhas de extra-alta-tensão (525 kV), três novas subestações e ampliação das unidades existentes, até Porto Alegre e que ficará pronta em agosto. O parque terá 583 MW de capacidade instalada. ( F S P , 27.06.2014, Sul, p. 4) .
SÃO JOSÉ DO NORTE
A implantação do estaleiro do Brasil ( EBR), uma associação formada pela japonesa Toyo e a brasileira Setal, está provocando uma revolução na economia da cidade. O investimento de R$ 500 milhões já gerou 770 empregos e tem previsão de contratação de mais 2.200 , dos quais pelo menos 150 técnicos, supervisores , coordenadores , engenheiros, projetistas, gerentes e assistentes sociais com salário acima de R$ 5.000,00. ( Revista Veja, 26.02.2014, p.101).
SÃO LEOPOLDO
A 35 km de Porto Alegre, deve concentrar toda a produção do grupo Taurus, com investimento de R$ 25 milhões . Uma planta em Caxias do Sul e uma segunda de São Leopoldo serão transferidas porque estão em prédios alugados. Também será transferida a unidade de Porto Alegre, com 1.800 trabalhadores. A empresa faturou R$ 701 milhões em 2012, alta de 15% e 70% de suas armas são vendidas nos EUA. ( F S P , 1.4.2013, p. B-2) .
SANTA CRUZ DO SUL
A Genésio A. Mendes, vai investir R$ 20 milhões em um centro de logística em Santa Cruz do Sul . a 160 km de Porto Alegre. O galpão terá capacidade de armazenar até 3 milhões de unidades de medicamentos por mês e deverá estar concluído até o segundo semestre de 2014. ( F S P , 10.05.2013, p. B-2) .
Três empresas gaúchas com atuação na área imobiliária, a Real Empreendimentos , a Phorbis e a SVB Par, irão construir um complexo com shopping e duas torres em Santa Cruz do Sul (RS). O shopping , demandará investimentos de R$ 100 milhões e deverá ser entregue no segundo semestre de 2016, com área bruta locável de 18 mil metros quadrados, o suficiente para a instalação de aproximadamente 130 lojas. ( F S P , 7.1.2014, p. B-2) .
SANTA MARIA
A VBI Real Estate, gestora de fundos de private equity , com sede em São Paulo , vai investir R$ 120 milhões na construção de um novo shopping center em Santa Maria, a 290 km de Porto Alegre, com ABL , área bruta locável de 22 mil m2, 12 lojas âncora e 173 lojas satélite e 1.500 vagas de estacionamento. As obras devem começar em 90 dias e a previsão de entrega é outubro de 2015. Os recursos virão de um fundo já captado com investidores estrangeiros. ( F S P , 16.04.2014, p. B-2) .
SAPUCAIA DO SUL
A AmBev vai investir R$ 85 milhões em 2012 para ampliar a fábrica de Sapucaia do Sul expandindo a fabricação de refrigerante( F S P , 31.05.2012, p. B-2) .
TRIUNFO
A Braskem inaugurou em setembro de 2012 sua nova fábrica de butadieno no Polo Petroquímico de Triunfo (RS). A unidade, demandou investimentos de R$ 300 milhões. O butadieno é a matéria-prima utilizada na indústria de borrachas sintéticas que são usadas na fabricação de pneus e de artefatos de borracha em geral.
Este é o segundo grande investimento inaugurado pela Braskem no Brasil em 2012. “A empresa está focada em projetos importantes para consolidar sua posição como uma das líderes da petroquímica mundial e para o fortalecimento da indústria brasileira”, afirma Carlos Fadigas, presidente da Braskem. Nos últimos quatro anos, os desafios do cenário econômico mundial não impediram a empresa de inaugurar quatro novas unidades industriais: uma fábrica de polipropileno na cidade de Paulínia (SP), em 2008; de eteno e polietileno verde em Triunfo (RS), em 2010; uma unidade de PVC em Alagoas, no último mês de agosto, além da nova planta de butadieno em Triunfo(RS).
Com capacidade de produção de 103 mil t/ano e geração de 60 novos empregos diretos, a planta de butadieno irá dobrar o volume dessa matéria-prima processada no polo de Triunfo e contribuirá com o avanço da cadeia de borrachas sintéticas no estado. A unidade já está operando a plena capacidade de produção, o que eleva a oferta máxima de butadieno em Triunfo para cerca de 210 mil t/ano. A empresa também produz 180 mil t/ano de butadieno em Camaçari (BA) e 80 mil t em Capuava (SP).
A unidade entrou em operação 50 dias antes do previsto. Essa antecipação foi possível graças a um modelo de gestão de projeto que minimiza riscos e otimiza os prazos definidos nas etapas de engenharia, suprimento e construção. Com duração de 14 meses, as obras envolveram a instalação de 930 toneladas de tubulações, 570 toneladas de estruturas metálicas e mais de 200 mil metros de cabos.
Liderada pela Construtora Norberto Odebrecht (CNO), a empreitada gerou no período 1,8 mil empregos diretos. A mão de obra foi contratada principalmente dos municípios de Montenegro e Triunfo. Parte dos trabalhadores participou do programa de capacitação denominado Acreditar, realizado em parceria com a Prefeitura de Montenegro e o Senai.
O investimento está alinhado com a estratégia da Braskem de buscar, ao mesmo tempo, a competitividade dada pelo gás como matéria-prima em seus novos complexos e trabalhar para maximizar sua posição no mercado de produtos derivados da nafta petroquímica, que têm se tornado mais escassos no mercado mundial.
Além de representar uma oportunidade de atender à demanda mundial, a decisão de investir na expansão de butadieno baseia-se no potencial da cadeia produtiva de borrachas sintéticas no Brasil. Um bom exemplo é o da indústria automotiva nacional, que vem crescendo cerca de 8% ao ano, o que tem motivado fabricantes de pneus a investirem em novas unidades no País. “Adicionalmente ao potencial de crescimento de empresas já instaladas no Brasil, estamos em contato com companhias da indústria global de borracha sintética interessadas em produzir no País. Desta forma o butadieno, inicialmente destinado ao mercado internacional, poderá ser gradativamente industrializado internamente”, afirma Rui Chammas, vice-presidente da Unidade de Petroquímicos Básicos da Braskem.
TUPANDI
O Grupo K1, do Rio Grande do Sul, vai construir duas novas fábricas em Tupandi, no interior gaúcho, onde fica a matriz da empresa que tem unidades em Viamão e São Vandelino. Cerca de R$ 80 milhões serão aplicados em um parque fabril de móveis planejados e R$ 50 milhões em uma unidade de metalurgia e utensílios de plástico injetado. Cerca de 30% serão financiados pelo BNDES. A empresa, dona das marcas Kappesberg, Idélli, My Home e Uz tem cerca de 1.700 funcionários e deve chegar a 2.000 com as novas unidades. (F S P, 29.07.2013, p. B-2).
URUGUAIANA
Com 127.000 habitantes em 2010, a constituição do MERCOSUL mudou o destino da cidade. Desde 1995, mais de 200 empresas de logística e comércio exterior se instalaram na cidade . A receita municipal aumentou e a prefeitura pode investir na melhora da infraestrutura urbana. A agricultura prosperou com 90.000 hectares de plantações irrigadas de arroz . (Veja, 1.9.2010, p. 112) .
VERANÓPOLIS
A cidade de Veranópolis especializou-se na fabricação de bolas com a instalação da São Paulo Alpargatas . Cerca de 40% das bolas de futebol, vôlei e futebol de salão produzidas no Brasil saem de lá , com 16 empresas e 2800 empregos .
VIAMÃO
Abriga empresas como a AmBev e a fábrica de laticínios Mu-Mu . Em 2012 a terceira maior usina de energia eólica será instalada na cidade e gerará eletricidade para toda a região metropolitana de Porto Alegre . A Parmíssima anunciou em 2011 um investimento de 10 milhões de reais na instalação de uma fábrica de queijo ralado . ( Revista Veja, 2.11.2011, p. 181) .
XANGRI-LÁ
A cidade de Xangri-lá, a 30 km, foi escolhida pela montadora Honda para produzir energia eólica, em parque próprio a partir de setembro de 2014. Com investimento inicial de R$ 100 milhões, o parque eólico da Honda Energy do Brasil terá nove turbinas e capacidade instalada de 27 MW, abastecendo 10% do consumo da unidade de Sumaré(SP) e com economia de 40% a 45% com gasto de energia. Xangri-lá foi escolhida pelas boas rodovias, proximidade de portos e uma subestação da Eletrosul e pode ser um atrativo para outros parques eólicos. ( F S P , 27.06.2014, Sul, p. 4) .
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