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Cronicas-->Outro dia desamor -- 03/10/2002 - 12:39 (Renato Essenfelder) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A que deus pedir socorro quando me fitam teus olhos? Quando me embaraçam, me enrolam, confundem mostrando o caminho brusco, o caminho que busco. Como escapar do peso da idade, das tantas idades que demonstras entre os olhos, os seios, os calcanhares macerados? Vem libertar-me. Quando tua gravidade me arrebenta sem contento, sem unguento de saída, vem me esmagar, explodir, implodir sem dó. Eu estou só, perto ou longe de ti.

Como escapar dos traços, do rastro que deixas flutuando, procurando vítimas distraídas como eu? Tu me confundes, mulher, com teu ardis e sutilezas, a falsa leveza dos teus pés e mãos de dançarina antiga. Entorpece meu juízo quando impregna o ar de lembranças inflamáveis, tão frágeis e frágeis que me escapam como vapor. E se moldam como fumaça nos todos os amores que me passaram, e fingem ser tu o amor que esperei. Que desesperei com trinta e seis prantos vãos, que se foram como tu hoje vais. Ou foste.

Então, que fazer? É dia e nasce a lua escura dos amantes desvalidos, anoitece como um trem de nuvens descoloridas que vêm buscar-me na última estação de mim mesmo, da fé que depositei como louça valiosa nos porões, como safiras sem cadeados. Tu me roubaste uma a uma, mas eu resisto o que sou entregar. Mas o que sou eu sem ti para me derrubar?

Vou sentir saudade, mas mascarar cada fraquejo originado em ti. Como um parasita sem saída irei me consumir lentamente, como fogo, como tocha, como rocha e tempo. Tanto tempo e faz. Como esquecer o que imaginei haver acontecido entre nós? Como preferir tua face de anjo contrariado, contraída em ar aos doces sonhos que semeei no mar? Vou sentir saudade sem penas, porque tu mesma não foste nada além de ar. Meu é o amor que fica. E somente em mim sempre ficará.
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