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Artigos-->A Fortuna e o Mendigo -- 20/03/2002 - 21:41 (Apaixonada Virtual) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ivan Krylov



Um dia, um mendigo esfarrapado estava se arrastando de casa em casa, carregando uma malinha velha; em cada porta, pedia alguns centavos para comprar comida.



Queixava-se da vida, imaginando por que as pessoas que tinham bastante dinheiro nunca estavam satisfeitas, sempre querendo mais.



¾ Por exemplo, o dono desta casa ¾ disse ¾ , eu o conheço muito bem. Sempre foi bem nos negócios e, há muito tempo, ficou imensamente rico.



Pena que não teve a sabedoria de parar por ali.



Podia Ter transferido os negócios a outra pessoa e passado o resto da vida descansando.



Mas, em vez disso, o que foi que ele fez?



Resolveu construir navios, enviando-os para comerciar com países estrangeiros. Pensou que ia ganhar montanhas em ouro.



"Mas caíram fortes tempestades; os navios naufragaram e toda a sua riqueza foi engolida pelas ondas.



Agora, todas as suas esperanças jazem no fundo do mar, e sua grande riqueza desapareceu, como se acordasse de um sonho."



"Há muitos casos como esse.



Os homens nunca ficam satisfeitos enquanto não conseguem ganhar o mundo inteiro!"



"Quanto a mim, se tivesse o suficiente para comer e me vestir, não ia querer mais nada!"



Nesse momento, a Fortuna veio descendo a rua e parou quando viu o mendigo. Disse-lhe:



- Escute! Há muito tempo venho querendo ajudá-lo.



Segure sua malinha enquanto eu despejo umas moedas de ouro nela.



Mas só faço isso com uma condição: o que ficar na malinha será ouro puro, mas o que cair no chão vai virar poeira.



Está compreendendo?



- Sim, sim, claro que compreendo - disse o mendigo.



- Então tome cuidado - disse a fortuna. - Sua malinha está velha, é melhor não a encher muito.



O mendigo estava tão contente que mal podia esperar.



Abriu rapidamente a malinha e uma torrente de moedas de ouro foi despejada ali dentro.



Logo, a malinha foi ficando muito pesada.



- Já é o bastante? - perguntou a Fortuna.



- Ainda não.



- Mas ela já não está rachando?



- Que nada!



As mãos do mendigo começaram a tremer.



Ah, se a torrente de ouro pudesse fluir para sempre!



- Agora você já é um homem muito rico!



- Só mais um pouquinho - disse o mendigo. - Só mais uns punhados.



- Pronto, já está cheia. Essa malinha vai explodir!



- Mas ainda agüenta um pouquinho, só mais um pouquinho!



Caiu mais uma moeda - e... a malinha estourou.



O tesouro caiu ao chão e virou poeira.



A Fortuna havia desvanecido.



Agora, o mendigo só tinha mesmo a malinha vazia, ainda por cima rasgada de alto abaixo.



Estava mais pobre do que antes.







Do livro: O Livro das Virtudes II - O Compasso Moral

William J. Bennett - Editora Nova Fronteira

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