VOLTA
Prisioneiro do teu corpo
amante amador,
príncipe dos teus caprichos,
pobre sonhador.
Visionário da tua alma,
que me entorpece.
A cada momento profundo,
tu és o gênio que me seduz,
a força que reluz,
a falta que me fazia no mundo.
Por um instante, imaginei você,
tocando-me, lentamente.
Dizendo-me o quê e como fazer.
Delícia de amor inocente!
Noutro instante, novamente sozinho,
procurei o teu corpo.
E lá estava o vazio, quente, ainda,
da tua presença.
Volta! coração, te suplico!
Vem rever os caminhos ao meu lado,
pois não consigo dormir acordado!
Volta! mas não demore.
Me dá outra chance de felicidade,
mostra que me amas de verdade,
e me envolve num sonho de pecado.
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