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cronicas-->Tempo, valores, amores -- 04/10/2002 - 13:00 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Se perco tempo pensando nela, tenho que pensar que ela pode estar pensando em mim.
Não tenho ainda o recurso de ler seus pensamentos, o que torna a angústia maior.
São momentos que estimulam o pensar num sorriso, numa praia, numa nuvem, esta gasosa combinação de elementos, curiosa como a figura dela.
Em algum lugar ela rabisca bobagens numa folha de papel, apenas para gastar a ponta do lápis.
Usa o tempo para brincar. Desenha flores quem sabe, quem sabe nada faz além de riscar o papel para ver se algum traço explica o nexo da vida.
Ela mexe com flores ao lado de seu pequeno corpo. Cutuca uma delas com o lápis.
Suja o papel de verde, tinta extraída do caule das flores.
Uma abelha passa zumbindo e ela sorri, ainda assustada pela presença do inseto.
Não sabe que a abelha veio atrás do néctar contido na flor, que não lhe deseja nenhum mal.
Há apenas um sol menos quente, talvez de início de primavera, namorando umas nuvens.
Ela pensa que a nuvem está cercando o sol, quem sabe apenas para abraçá-lo.
Não sabe que a observo de longe, pensando que talvez possa me ver mais uma vez, um dia qualquer, num lugar onde se reunem os que se gostam.
Vai brincar comigo outra vez? Vai correr em minha direção e pedir colo?
Seus cabelos anelados vão sacudir com uma brisa leve?
Quem sabe? O tempo, os valores, os amores, são apenas traços perdidos na concepção do universo, este grande quintal onde as formigas nunca se encontram, cheio de teias de aranha.
Ela nem sabe disso também. Brinca com a formiga que encontrou nas flores.
A abelha agora caminha sobre a palma de sua mão.
Achou que ela é uma doce criança.
As nuvens passam e carregam meus pensamentos.
Penso nela como sempre pensei desde o último dia, brincando na areia, perto da praia.
Penso enquanto o tempo me leva para qualquer lugar.
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