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Ensaios-->Parusia apocalíptica -- 26/12/2016 - 23:02 (Adalberto Antonio de Lima) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A ficção gerou a tecnologia, ou a tecnologia gerou a ficção?  A Guerra nas Estrelas’ pode ser antevisão da  Parusia Apocaliptica.  Do mesmo modo,  quem sabe, meu psicoteledecodificador, um dia também possa ser inventado! Ora, se Homero raptou o manto da filha  de Jacó, e o colocou em Helena de Troia. Se Alencar colheu o mel da virgem, que apascenta os lírios do campo, e pô-lo nos lábios de Iracema; é muito provável também, que Carrero tenha apanhado  Isis dos braços de Osíris e a colocado na cama com o irmão Leonardo. Haverá quem diga: És leviana ao levantar tais hipóteses, principalmente, porque o incesto de Isis e Osíris, é apenas mitologia grega.’ Outros acrescentarão por conta própria: ‘Nem Adão foi original.  Camões apanhou o fogo que arde sem queimar, na Sarça Ardente do monte Horeb. Atiçou a fogueira da paixão, com o sopro saído da boca de um anjo. E chamou a isso de....

Se não cantarem a tua canção, ela ficará nos ares, viajando nas asas do vento, até que uma criança a recolha numa peneira. Cultura inútil é ensinar nas escolas quem foi Lord Cohrne.  Essas coisas devem restringir-se à preparação de alunos da marinha ou aeronáutica. Levante hipótese, para que outros se debrucem sobre elas e façam grandes descobertas. Ainda que viagem vinte mil léguas submarinas, para descobrir que a terra e redonda.

 Ravenala acalmava seus temores com as palavras que brotavam de seu coração ‘Faça teu  cruzamento literário. Alguns vão gostar. Outros haverão de  considerar-te leviana. Viva o ovo! Viva a galinha! Venda farinha ao povo e deixe que cada um faça seu pirão.

— Vender farinha na feira é fácil. Vender livro, não! Talvez Gilson Chagas te compre um... (para agradar.)

—  Nem conheces o Gilson!

— Pessoalmente não. Mas me debrucei em ‘Música para pensar.’

— Preciso fazer uma confissão.

— Então diga!

— É este o problema! Não sei mais o que dizer. Acho que esgotei meu manancial. Não consigo escrever mais uma linha, sequer.

— Ora, menina! Não foi por acaso que me convidaste para esta grande empreitada. Falta pouco. Tire  férias. Faça uma viagem e deixe rascunhos e apontamentos comigo. Posso adiantar alguma coisa enquanto viajas.

— Vou desistir. Que adianta escrever livros! Melhor cuidar da loja de informática.

—Devoraste muitos livros, portanto, está na hora de produzires o teu. Qual o leitor não quer passar para o outro lado? Teu avô era  poeta. Estudou depois dos trinta, e nada ganhou com o diploma pendurado na parede. Trouxe do Nordeste uma ponta de  dinheiro. Comprou  as terras de Campo Grande e fez fortuna criando gado. Faz tua viagem.  Interrogue  os antigos e reconte  a história de teu avô Manuel Justino  Batista Generoso!

Foi.

 Fuxicou o Sudeste, e  o  Norte de Minas. Pesquisou do Rio de Janeiro ao Piauí, e, apesar de não seguir, a rigor, a cronologia dos fatos, procurou narrar tudo  com a simplicidade dos contos de fada. Temeu  atropelar o aspecto temporal, quando tratou  das folias  na fazenda Campo Grande. Achava que  não podia falar ainda de ‘Guaiando em oitava’ porque Zé Coco só gravara aquela música nos anos oitenta. Tunico Oliveira, no entanto,  assegurou-lhe  de que muito antes de gravar, o músico do Riachão, tocava seu guaiando nas fazendas aonde trabalhava fazendo carros-de-boi.

Ela visitou cenários que vão da captura de uma índia escondida no silêncio da mata, à inquietação de pessoas viajando como formigas à procura de forragens. Seus personagens empreendem viagens a  mundos imaginários, e reais. Vivem experiências de náufragos, que não querem ser resgatados e gozam de um amor paradisíaco, como nos tempos de nossos primeiros pais. 

***

Adalberto Lima - Estrada sem fim...

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