Usina de Letras
Usina de Letras
149 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62210 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10356)

Erótico (13568)

Frases (50604)

Humor (20029)

Infantil (5429)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140797)

Redação (3303)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6185)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Ensaios-->A Epopeia do Jenipapo, C.Said -- 17/01/2017 - 17:17 (Adrião Neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A Epopeia do Jenipapo
Carlos Said, jornal Meio Norte, 13/01/2017
Adrião Neto sempre desejou que, na Bandeira do Piauí, a simbologia da “Batalha do Jenipapo” tivesse a inclusão significativa da homenagem aos vaqueiros e roceiros



No formidável trabalho histórico contemplando o pesquisador Adrião José Neto (Luís Correia, Piauí, 1951), uma deferência nos leva ao literato José Fortes Filho (José Alves Fortes Filho (Piracuruca, Piauí, 1944): “Adrião é, hoje, o mais legítimo e profícuo membro da intelectualidade jovem, que alavanca a cultura do Piauí”. Daí,a lembrança pela qual Adrião Neto desencadeou a sua tarefa para que o então deputado estadual Homero Castelo Branco (Homero Castelo Branco Neto: Amarante, Piauí, 1944), autor da Lei Estadual 5.507, lutasse com denodo para que os vaqueiros e roceiros fossem reconhecidos como os bravos participantes da luta que resultou na unidade territorial do Brasil.
Abraçado ao empenho de Homero Castelo Branco, Adrião Neto sempre desejou que, na Bandeira do Piauí, símbolo maior da nossa historicidade, a simbologia da “Batalha do Jenipapo” do dia 13 de março de 1823, tivesse a inclusão significativa da homenagem aos vaqueiros e roceiros, partícipes da fuga de Fidié (João José da Cunha Fidié: Lisboa, Portugal, 1784? - 1856), comandante da tropa portuguesa, para o vizinho Maranhão até o refúgio último na cidade de Caxias, local de sua prisão pelas forças militares do Brasil Imperial.
A inclusão aprovada cedeu lugar ao pedido insistente de Adrião Neto: a construção de duas outras estátuas ao lado da já existente, homenagem feita ao alferes (antigo posto militar correspondente ao atual segundo-tenente) Leonardo de Nossa Senhora das Dores Castelo Branco (Taboca, Parnaíba, depois Barras, hoje Esperantina, Piauí, 1788-1873). Uma, de um vaqueiro montado em seu cavalo de campo, ostentando um facão. A outra, de um roceiro armado de foice, em posição de ataque.
Interessante é que a solicitação feita ao Sistema Fecomércio Sesc-Senac, no Piauí, deixou Adrião Neto à vontade para reforçar a missão de viabilizar a data 13 de março de 1823 como a principal entre as duas outras: 19 de outubro de 1822 e 24 de janeiro de 1823, sempre comemoradas efusivamente. Evidentemente, o 13 de março de 1823 teve uma intrínseca e fundamental importância na historicidade brasileira, posto que a Província do Piauí foi pedaço último a espancar os portugueses para fora do nosso território, na desarticulação - de una vez por todas – do governo lusitano instalado na primeira capital do Piauí: Oeiras. Assim, invocamos Abdias Neves (Abdias da Costa Neves: Teresina, Piauí, 1876-1926). No seu portentoso livro: Fidié, escreveu com mestria inigualável: “O povo esteve acima de qualquer expectativa. Cada um, o vaqueiro e o roceiro foi mais pronto em alistar-se para o tributo de sangue. Não há como negar, Jenipapo é um passado de sacrifícios”.
O historiador Adrião Neto sempre elogiou o procedimento de Homero Castelo Branco, quando o parlamentar já estava sensibilizado pela árdua luta a favor do estabelecimento da maior das verdades históricas concernentes às lutas pró independência definitiva e consolidação da unidade nacional: “Homero sensibilizou os parlamentares que, em votação secreta, derrubaram o veto do governador Wellington Dias (José Wellington Barros Dias: Teresina, Piauí, 1962), garantindo definitivamente a inclusão definitiva da data histórica da Batalha do Jenipapo, na Bandeira do Estado do Piauí”. E, num tom lamentoso, desabafou: “Não obstante a Batalha do Jenipapo ter sido a mais sangrenta de todas as lutas em prol da Independência, tendo sido inclusive o fato marcante que a consolidou, constituindo-se numa das mais brilhantes páginas da História do Brasil, escrita com o sangue dos piauienses, maranhenses, cearenses, e especialmente, dos vaqueiros e roceiros da região de Campo Maior, a historiografia nacional veiculada nos compêndios escolares, infelizmente não divulga esta incrível epopeia, de elevado valor histórico, que, sem dúvida, foi a mais notável das batalhas travadas em solo nacional, em favor da emancipação política do Brasil”.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui