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Ensaios-->Prefácio ao livro A Hidra Vermelha -- 13/02/2017 - 09:44 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

PREFÁCIO AO LIVRO ‘A HIDRA VERMELHA’, DE CARLOS I. S. AZAMBUJA

HEITOR DE PAOLA *

The devil can cite scripture for his purpose
An evil soul producing holy witness
Is like a villain with a smiling cheek –
A goodly apple rotten at the heart:
O, what a goodly outside falsehood hath!
WILLIAM SHAKESPEARE
 
    A tarefa de prefaciar este livro é prazerosa, pela amizade que me une ao autor há muitos anos, e ao mesmo tempo de extrema responsabilidade. Desde que li este texto pela primeira vez percebi a importância da pesquisa histórica levada a cabo pelo historiador profundo, unida à sua experiência pessoal de combate ao comunismo no meio intelectual. Sim, porque Azambuja não fala apenas de teorias que aprendeu, mas usa de sua experiência prática de vários anos no enfrentamento ideológico cotidiano em sua tarefa de historiador. Foi neste embate que o autor pode perceber como o diabo se pinta de santo e cita as escrituras para seus propósitos, para produzir testemunhos sagrados embora sendo mau por natureza, um vilão com uma face sorridente como dizia o genial bardo. Pois assim são os intelectuais marxistas: belas maçãs por fora, mas falsas pela podridão interior! E o autor os conheceu bem de perto.
    Assim como eu que mordi a maçã e me deixei envenenar por alguns anos. Enquanto Azambuja combatia o comunismo, eu estava do outro lado, fazia parte deste inferno falsamente dourado dos que pensam estarem entre os melhores, os únicos que sabem do que a Humanidade necessita. É sim uma doença, como dizia Ronald Reagan – e não o digo como desculpa, pois a cura me foi oferecida mil vezes e eu a recusei –, uma doença que deve ser extirpada da história. Mas que dificilmente será sem usar as mesmas armas que os comunistas usam contra a liberdade dos indivíduos. Estes últimos, no entanto, são presas fáceis da cantilena e conversa mole comunista de que eles também estão apenas exercendo sua liberdade de opção ideológica e, portanto, devemos discutir com eles de igual para igual. É muito ingênuo quem acredita nisto, pois, enquanto os intelectuais liberais e conservadores discutem idéias a fim de aprimorar o conhecimento do mundo e a busca da verdade, os revolucionários usam o embate de idéias para mascarar as reais intenções de liquidar com o outro. Usando uma linguagem marxista: a diferença não está no discurso, mas na práxis submersa pelas belas palavras. Marx jamais escondeu isto quando dizia que nada mais há a conhecer no mundo, mas é hora de mudá-lo a que custa for, mesmo que envolvam mais de cem milhões de vidas humanas. E, como diz Olavo de Carvalho, não dá para discutir com alguém que quer matar você! A utilíssima idiotice dos liberais e conservadores reside em não tomarem esta afirmativa de Marx literalmente, tentando interpretá-la dentro de seus próprios paradigmas.
    Os revolucionários são, na sua mais profunda essência, burros que se utilizam do palavreado filosófico como armas – basta ler o tom de permanente combate de seus escritos ou observar nas assembléias sua expressão carrancuda e raivosa. Apesar de se dizerem dialéticos, seu discurso não passa da mais primitiva retórica sofística, sem a inteligência e o conhecimento destes. 
    O autor deste livro o demonstra nas palavras de Mao Tsé-Tung no capítulo 19 (A Educação Marxista – a práxis contra a verdade): educar não é pôr em contato com a verdade e sim com a prática, sublinhando a dependência da teoria à prática, base da teoria, e o critério da verdade nada mais é que a prática social. Exagero quando digo que são essencialmente burros? Nunca se pode confundir inteligência, cultura, erudição, com esperteza. Espertos certamente o são, de outro modo não teriam conseguido a hegemonia que conquistaram sabendo usar a seu favor a atração exercida sobre a maioria da população pela estultice fanfarrona, pelas fórmulas fáceis e simplórias de um falso entendimento do mundo.
    A noção de indivíduo não conta para nada: Em nenhuma parte da interminável verborreia que pretende abordar o político-social se encontra qualquer referência ao indivíduo. (...) Sempre que se refere a qualquer membro do partido, ele é esterilizado psicologicamente e tirada a sua individualidade: é convertido no camarada ou quadro (Cap. 17).
    Embora curto, o Dicionário Ideológico para ler jornais (Cap. 32) informa ao leitor como se deve entender certas palavras ou expressões que os revolucionários modificam e às vezes até invertendo o significado que aprendemos nos tempos de colégio. Com a imprensa atual totalmente tomada pelo linguajar marxista é imprescindível atualizá-lo. Para os mais jovens, particularmente, serve para alertar para termos com os quais se acostumaram já invertidos, como os conceitos de democracia, fascismo, progressista e muitos mais. Os leitores entenderão novos usos como chamar oficiais das Forças Armadas brasileiras de torturadores sem que nada tenha sido provado, enquanto um Cesare Battisti, assassino condenado pela Justiça de um país livre e democrático onde se respeita o rule of Law, de ativista! Ou de como ditador mais sanguinário da América Latina é chamado de Presidente, enquanto o ex-presidente Micheletti de Honduras, constitucionalmente empossado, de ditador.
    Particularmente interessante a leitura do Cap. 30 – Os comunistas e o Parlamento burguês usado simplesmente com apoio secundário, pois o partido revolucionário deve fortalecer todas as suas posições legais. O partido comunista entra no Parlamento não para dedicar-se a uma ação orgânica, mas sim para sabotar, a partir de dentro, a máquina governamental. Vários estratagemas parlamentares, incluindo a saída dos parlamentos quando exigida pela estratégia maior, são estudadas.
    Dois outros pontos devem ser ressaltados: a lista detalhadas das organizações comunistas e auxiliares e as campanhas pela paz.
    As organizações auxiliares geralmente não se apresentam abertamente como comunistas, de fachada ‘neutra’ ou ‘democrática’ ou ‘progressista’, e incluem editoras, redações de jornais, ONGs as mais variadas, campanhas de ‘direitos humanos’, etc.
    As campanhas pela paz que proliferaram no período da Guerra Fria geralmente deixavam antever, nem sempre abertamente, que os fazedores de guerras eram os países capitalistas, mormente os Estados Unidos, enquanto a URSS desejava apenas ‘construir em paz seu socialismo’ e era a campeã dos chamados ‘povos amantes da paz’. Incluíram a farsa chamada de Países Não-Alinhados fundada por mandatários ‘acima de qualquer suspeita’. Hoje estas campanhas têm por alvo principalmente a destruição dos sionistas belicistas e incluem, infelizmente, organizações judaicas como o movimento Paz Agora.
    O livro abrange praticamente toda a gama de aspectos referentes ao Movimento Comunista Internacional e suas ramificações ao longo de 53 capítulos, o que torna impossível comentá-los com mais detalhes. Da história às organizações, da filosofia ao jornalismo – nada ficou de fora e acaba-se a leitura do livro com anseios de mais conhecimento. Sim, pois o livro é de tal abrangência que serve como um vade-mécum apontando o caminho seguro para o leitor estudioso se aprofundar. Os leitores seguramente não se arrependerão de ler e manter como livro de consulta.
 
RIO DE JANEIRO, AGOSTO DE 2011
 
* Heitor de Paola é médico, psicanalista, escritor, jornalista e comentarista político. Colunista do Mídia Sem Máscara e do Jornal Inconfidência, é autor de numerosos artigos sobre os mais variados assuntos e de um livro indispensável aos estudos da ascensão comunista na América Latina, O eixo do mal latino-americano e a Nova Ordem Mundial, É Realizações, 2008. Site: heitordepaola.com
_________________________________
 
Este livro é dedicado àquele punhado de companheiros que erradicaram o terrorismo, os seqüestros, os assaltos e os assassinatos de cunho político do território pátrio. 
 
Aos companheiros que não transigem e que não se retraem no combate ao comunismo, que não corromperam suas convicções e àqueles que sacrificaram suas vidas e cujos familiares nada exigem da Pátria e de seus governantes. 
 
O autor

 

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