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Ensaios-->DEMOCRACIA PRA INGLÊS VER, por general Rocha Paiva -- 16/11/2017 - 10:13 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

DEMOCRACIA PRA INGLÊS VER, por general Luiz Eduardo Rocha Paiva

 
DEMOCRACIA PRA INGLÊS VER
 
General da Reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva
 
Pra inglês ver é a expressão da língua portuguesa usada para indicar algo fictício.
 
O Minidicionário Houaiss de Língua Portuguesa define democracia como o governo em que o povo exerce a soberania.
Com o aumento populacional e da complexidade das nações, nas democracias modernas, o povo exerce parte da soberania elegendo, livremente, seus representantes para governar e legislar em seu nome. No entanto, o exercício da soberania nas verdadeiras democracias não se limita a eleições livres, como tentam iludir aos brasileiros. Pressupõe, também, a existência de liberdade e justiça, bases do progresso, segurança e bem-estar das nações. Liberdade para o cidadão expressar o pensamento, escolher o próprio modo de vida e progredir pelo mérito pessoal, tudo sem restrições estatais e sociais ilegítimas ou excessivas. Liberdade que termina onde começa a do próximo. Justiça assentada no respeito aos direitos naturais do ser humano, que legitimam o direito positivo inscrito em leis elaboradas por legisladores. Justiça que submete a todos sem exceção e de forma igual.
O Brasil não é uma democracia, de fato, pois a representação política é autocentrada; o Estado é deveras centralizador e cerceia sobremaneira as iniciativas individuais; e a justiça é leniente ou omissa com os abusos e crimes dos poderosos. Por imaturidade política, deplorável passividade e baixo nível educacional, cultural e cívico, o povo admite a representação política descumprir o dever de governar para a coletividade e usar a corrupção para satisfazer interesses grupais, manter o poder, auferir privilégios ilegítimos e para o enriquecimento pessoal.
O Brasil é uma plutocracia cleptocrática, pois o poder está com uma aliança mafiosa entre políticos e empresários pseudocapitalistas. Essa máfia rouba bens públicos impunemente e se consolidou graças à omissão da sociedade, de autoridades e de instituições que tinham o dever de agir, oportunamente, para impedir sua ascensão.
A aliança afundou o país na pior crise política, econômica e moral de sua história. A mudança de governo, em 2016, criou condições para recuperar a economia e superar a crise política em médio prazo. Porém, quanto à crise moral, a solução jamais viria com o governo substituto, que é apenas a outra face da mesma moeda ignóbil, mas era uma etapa imposta na legislação. Será preciso recuperar, pela educação, valores cívicos, morais e éticos próprios das sociedades democráticas vigorosas. Eles foram enfraquecidos, a partir dos anos 1960 com a ascensão da esquerda socialista, que atraiu formadores de opinião e aparelhou setores estratégicos da nação, conseguindo um significativo controle do meio cultural, de algumas importantes instituições e de grande parcela da nação.
Uma grande vulnerabilidade para a recuperação do país é uma sociedade moralmente enferma, descrente na justiça, politicamente passiva e sem esperança no futuro. O primeiro passo da cura é extinguir o inadmissível foro especial, fator de impunidade e continuidade dessa máfia e, portanto, o centro de gravidade a ser visado no mais curto prazo. A seguir, é preciso debilitar a liderança fisiológica e a socialista radical, não votando em candidatos envolvidos em corrupção ou com discurso revolucionário que promova a cisão nacional.
A Lava Jato abalou a bastilha brasileira da corrupção ao enquadrar a máfia político-empresarial por meio de uma operação legal, a cargo da justiça, respaldada no direito e legitimada pelo apoio da sociedade. Criou condições para uma autêntica Revolução Brasileira (RB), por contribuir para uma profunda e pacífica transformação político-social, capaz de elevar o país a uma verdadeira democracia. O risco a essa revolução vem das manobras da máfia político-empresarial no Executivo, no Legislativo e com elevados apoios no Judiciário, para escapar da justiça e manter sua nefasta preeminência política.
Demolir a velha ordem política é mais fácil e rápido do que construir uma nova com sólida base moral. A RB será longa e desafiadora. A vitória na guerra moral contra a máfia político-empresarial não virá de instituições que, embora sólidas, não funcionam, pois deixaram o Brasil chegar à beira do abismo. A maioria é omissa, conivente ou depõe as armas sem combater. Como a solução terá de vir do meio político, será decisiva uma vigorosa e permanente pressão da sociedade para depurá-lo e renová-lo, voltando às ruas e atuando nas redes sociais ou diretamente sobre autoridades e instituições, cujos e-mails estão na internet. Lideranças e instituições ainda confiáveis têm o dever patriótico de se posicionar e agir sem mais esperar. Umas podem fazê-lo de forma pública e outras reservadamente, para conscientizar os Poderes da União sobre a gravidade da crise e as consequências fatais à paz social e à unidade nacional, se continuarem legislando sem compromisso com o futuro da Pátria e arriscando sua sobrevivência. Só se sentindo cobradas, ameaçadas e controladas de forma virtual e factual, mas sem violência, as lideranças perniciosas serão impedidas de continuar fazendo política para si próprias.
A luta envolverá mais de uma geração, pois não se recupera, em médio prazo, uma sociedade por tanto tempo aviltada. Se os brasileiros, por falta de empenho e perseverança, forem vencidos pela máfia dirigente, o país será uma nação sem alma, sem autoestima e tenderá a submergir em um caos político-social. Um ator moral e politicamente desprezível na comunidade global e sério candidato a cair sob um regime socialista radical, que suprime a liberdade, subjuga a justiça, sepulta o progresso e o bem-estar das nações que escraviza. Em qualquer hipótese, a unidade nacional será rompida, pois sem grandeza moral e perspectivas de futuro um país se esfacela.
 
Só uma democracia verdadeira garantirá a perenidade do Brasil histórico, o que impõe o fim da plutocracia cleptocrática. Basta de democracia pra inglês ver? Isso só depende de você.
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