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Cordel-->Alembrei de Tomé de Souza -- 18/12/2003 - 03:10 (Zé Limeira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Um chucáio sem badalo
A ninguém dá provimento
I quêm nasceu pra jumento
Nunca chêga a sê cavalo.
Panela num tem gargalo,
Latrina têm merda dêntro,
Xicóra num é cuento,
Catarro é bém di raiz,
Só deu o rabo quêm quiz
Reza o velho testamento.

O véio Tomé de Souza,
Conforme contei um dia,
Era bom cum a friguizia
Fazendo cousa cum cousa
Mas inrabô sua ispôsa
No dia do cazamênto,
Fêiz pilhó duquê jumento,
Cum pobre padre Nobréga,
No Caiz rebentou-lhe as préga,
Reza o velho testamento.

Agamenôn magalhães
Pru achá o mundo estreito
Cantô com um dó de peito
Duas de suas Irimães.
Cumeu três quilos de pães
Cum merda de gato dento,
Sortô um triste lamento
Vumitanto inté as tripa,
Dom Pêdro passô-lhe a ripa,
Reza o velho testamento.

Dotô Rubêno Macelo
Bom inté quando inscreve,
Parece cum almocreve
Muntando um burro amarelo,
Num é um cabra singelo
Nem teme cacête bento
Nunca lhe farta argumento,
Fala de tudo quiquizé,
Cuma o profeta Danié,
Reza o velho testamento.

Parece qui passa os dias
Buscando sabiolença
Rivira tôda ciênça
Da véia mitologia,
Cunhece tôda Ingrizia
Qui exéste no firmamento.
Usa um palavreamento
Qui pôca gente cunhece,
E de ajuda num carece,
Reza o velho testamento.

Tem uma boa amizade
Cum tudo quanto é pueta,
É puliçiá e atleta,
E tocadô sem vaidade
Compusita de verdade
E faz o musicamento,
Jorgim Sale, ôtro talento,
É seu parcêro e amigo,
I ninhum têm dois imbigo,
Reza o velho testamento.

A sua Zelimeração
É coisa qui mi adumira,
Pois num é quarqué qualira
Qui entra nessa função.
Rubêno é quiném Sanção
Qui matô dez rigimênto
Com um queixo de jumento
Sem Mêrmo ficá cansado,
Já NASCEU abençuado;
Reza o velho testamento.

Termino a escrivinhação,
De minha forma custumêra,
Pra Nênzinha de Olivêra
Mandando aquele abração,
Prus os ôtro minhas benção
E sem mais para o momento
Declaro sem fingimênto,
Rubêno é O Menestrel;
Êle engrâdece o Cordel,
Reza o velho testamento.


Aqui né ôtro não , meus fí, é sómente Limêrinha do Tauá, prêto azulado qui já morrêu, mais num têm inveja di quêm tá vivo.









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