Usina de Letras
Usina de Letras
139 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62220 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10363)

Erótico (13569)

Frases (50618)

Humor (20031)

Infantil (5431)

Infanto Juvenil (4767)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140801)

Redação (3305)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6189)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->RECEM-NASCIDO E ALCOOLIZADO -- 14/01/2003 - 16:47 (Jeovah de Moura Nunes - 1) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Os fatos narrados a seguir aconteceram comigo mesmo. La´ pelo ano de 1945, no mes de abril. Dois meses se passaram apos o meu nascimento no dia 02 de fevereiro daquele ano de final da Segunda Guerra Mundial. Minha mae deixou-me por alguns minutos numa rede e foi ate´ uma farmacia nas proximidades. Minha irma de dois anos, acostumada a observar minha mae me alimentar atraves da mamadeira, que naquele tempo era um litro com um bico enorme colocado na boca da garrafa, onde continha os nutrientes de leite misturado com um produto em po´, cujos compostos dificilmente saberia eu cita´-los aqui.

Naquele dia minha irma encontrou um litro de alcool e colocou o bico da mamadeira. Levou-o ate´ minha minuscula boca, deixando escorrer o produto inflamavel, proximo inclusive ao fogao a lenha. Minha boca, meus olhos azuis, minha garganta e meu estomago se queimaram com o alcool, a ponto de nao mais poder respirar. Por sorte minha genitora voltara da rua e deparou com a cena chocante. Minha cor havia mudado para o azul-colapso. Fui levado as pressas para um hospital e la´ os medicos disseram:
-Senhora, nao ha´ como salvar seu filho. Esta´ todo queimado por dentro.

Minha maei caiu de joelhos e ali mesmo fez uma solene promessa a Sao Francisco de Assis: se eu voltasse da morte certa, iria usar as vestes do santo por dois anos. E assim se fez. Consegui sobreviver, mas tive de usar por dois anos a batina marron com um cordao branco na cintura e um crucifixo no peito e sandalias. Tenho ainda hoje fotos daquela roupa estranha para muita gente.

Mas, o premio maior de todos foi a capacidade que meu organismo ganhou ate´ hoje de beber quantas pingas quiser, sem que a mesma me faça mal alem da zoeira e tonteira que sou acometido.

O alcool se da´ muito bem comigo.

(Jeovah de Moura Nunes)

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui