O sol é indiferente a tudo
Hoje o sol nasceu.
Não era um novo sol,
Era o mesmo sol de todo dia,
Mas havia uma diferença fundamental.
Do outro lado,
Do lado em que o sol já não estava,
Havia clarões.
Clarões que provocam escuridão.
Escuridão da alma,
Escuridão da razão,
Escuridão da maior e divina das dádivas,
Escuridão do que há de mais puro,
Escuridão da vida.
Do lado onde havia clarões e não havia sol, estava a morte!
A morte pela intolerância,
A morte pela ganância.
Porém, apesar das mortes, da intolerância e da ganância, o sol nasceu.
O sol é maior que tudo isso!
O sol é indiferente a tudo isso!
Hoje o sol nasceu.
Não era um novo sol,
Era o mesmo sol de todo novo dia,
Mas havia indiferença.
Deste lado,
Do lado em que o sol nasceu,
Há clarões.
Clarões que provocam escuridão,
Escuridão da alma,
Escuridão da razão,
Escuridão da maior e divina das dádivas,
Escuridão do que há de mais puro,
Do lado onde há clarões e o sol nasceu, está a morte!
A morte pela intolerância,
A morte pela ganância,
A morte pela violência,
Porém, apesar das mortes, da intolerância, da ganância e da violência o sol nasceu.
Amanhã, indiferente a tudo, o sol irá nascer.
Pela indiferença das mesmas razões de hoje,
Talvez já não haja a mais divina das dádivas,
Talvez já não haja mais vida!
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