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Cronicas-->João de Deus na mundo dos "toros" -- 29/06/2000 - 12:58 (Mastrô Figueira de Athayde) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Invariavelmente, o primeiro aprendizado de uma criança, em qualquer parte do mundo, é o respeito em todos os sentidos que a palavra possa abranger: humano, natural e espiritual. Esse é o caso de um jovem chamado João de Deus, que desde pequeno seguia os ensinamentos de sua zelosa e idolatrada mãe - respeitava os mais velhos, ajudava em casa e era um aluno exemplar. Os seus colegas de classe sempre o gozavam. João de Deus era o CDF, o queridinho de todos e odiado por muitos.
O tempo passou e João de Deus cresceu, mantendo os seus preceitos de uma pessoa correta, onde nesses 21 primeiros anos nunca precisou se confessar ao padre, pois pecados nunca havia cometido. Nesse "mar de rosas" e de espírito totalmente purificado, algo não andava bem. João de Deus não possuía uma das coisas mais importantes na vida de um ser humano: uma amizade verdadeira.
Todos à sua volta o reprimem, devida a sua conduta impecável. Mas não era apenas isso. João de Deus se reprimia e achava que todos à sua volta estavam errados e para se proteger não se misturava, não trocava idéias, temendo um possível deslize em sua "impecável" conduta, tanto que namorada nunca teve.
João de Deus em suas reflexões achava que algo estava errado e que este mundo não servia para ele. Mesmo nessas adversidades, João de Deus tentava transmitir os seus conhecimentos para as crianças, se tornando professor.
João de Deus pregava o respeito e o amor que temos que ter uns com os outros, pois todos são iguais em sua essência. Nas aulas, as crianças estavam assimilando os seus ideais e num pensamento utópico, achou que toda uma sociedade poderia ser mudada, mas nesse eterno tom de respeito, João de Deus foi traído naquilo que até então ele considerava mais sagrado, a sua mãe.
João de Deus ao chegar em casa viu a sua mãe desferir uma chicotada, de pinto de boi, nas costas de uma criança que estava em cima do muro de sua casa, com a intenção de apanhar uma laranja, a mesma laranja que João de Deus estava cansado de ver apodrecer no pé da gigantesca laranjeira.
Aquela cena acabou destruindo todos os ideais existentes em João que, sem pronunciar uma única palavra, saiu de casa para nunca mais voltar.
Diz a lenda que João de Deus foi parar no morro do Rio de Janeiro, onde se uniu à uma quadrilha existente por lá, tendo em vista um único objetivo: se dar o respeito, mesmo que seja necessário fuzilar os muitos filhos da cruz existentes no mundo dos tolos, ou melhor, dos "toros".

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