MARGINÁLIA POÉTICA
As luzes agora estão apagadas,
O nevoeiro encobre a cidade fria,
Solitário caminho pelas ruas alargadas,
As sombras da noite divertem-se com minha agonia.
O vinho e o tabaco são minha chama,
Este amálgama perfeito da marginália,
Também podem suprir a falta de uma dama,
Somente nós somos capazes de tal insânia.
Todos os tolos que se curvam perante as Raposas,
Não conseguem compreender a beleza da Noite,
E desprezam nossa lírica e as Manolas mimosas.
A noite, a névoa, o vinho e o tabaco,
As belas Manolas que despertam nossa flama,
Alimentam-nos, a Marginália, os infantes de Baco.
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