A razão pura é dada por Kelsen. E será que ele realmente a utiliza???
A razão, o raciocínio envolve o consciente e o subconsciente e você com o seu consciente utiliza as ideias para impregnar o subconsciente. VOCÊ coloca as suas impressões, espírito, origem, o seio familiar, estado de espírito, sua felicidade, enfim, tudo que carrega quanto as suas visualizações sobre a vida.
Quando um pintor vai “derramar” a tinta sobre a tela, ele o faz de acordo com todos esses fatores acima delineados.
Se ele é feliz e é otimista, ele observa as árvores, os frutos, os pássaros cantarolando a seiva da vida que percorre cada entranha das plantas, com suas frutas que reluzem diante do seu olhar penetrante e que se fascina diante de todo o esplendor que está à sua volta.
Ele colore o quadro de luz e energia cósmica.
Já o pintor infeliz colocará árvores retorcidas, cores sóbrias, não observando os meandros do sentimento que permeia cada ser investigado.
Igual ao Juiz quando ele aplica o Direito, ele está guiado pelo seu raciocínio, pelas suas impressões de e da vida, idêntico ao intérprete da lei, o jurista.
Se ele ao interpretar a lei estiver sombreado de energia vital de esplendor divino, ele estará circundado de sentimentos e de VIDA e de LUZ, encontrando o verdadeiro espírito da lei transluzindo em todos os caminhos o princípio da dignidade da pessoa que rege todo o sistema Constitucional, ancorado nas palavras de Deus (ou de energia vital Universal), que está no preâmbulo da Constituição.
E porque certos Juízes se desvirtuam deste caminho??
É porque eles, bem como os legisladores, NÃO devem estar integrados em perfeito equilíbrio entre corpo-mente-espírito, para um devido progresso social e individual de forma mais harmônica e mais feliz!
O direito natural está e deve conduzir todo o arcabouço jurídico.
A sociedade deve e tem que estar intrinsecamente vinculadas a todos esses fundamentos que residem nas entranhas do nosso corpo, havendo esta percepção, o autoconhecimento da alma (espírito) para abrir as narinas, inspirar e, posteriormente, assoprar vida, relacionando-se com o “vazio” existente em cada ser humano.
TODOS devem almejar e procurar estar em perfeito equilíbrio, em atos diuturnos, principalmente os aplicadores do Direito, permanentemente buscando sempre estar meditando e orando, para que se corporifiquem as suas ideias nas palavras consolidadas na situação concreta de forma perfeita e inigualável.
E como se acredita que o jurisconsulto ou o juiz chega a uma solução, a uma interpretação de determinada lei?
Inúmeras vezes através de “cliques”, pequenos lampejos que são a reprodução da mensagem do “Kosmos” que brota na sua mente e o orienta no trato das causas a serem julgadas e examinadas.
É através do sono, do descanso das células, que processam todos os dados do problema, na situação investigada que produz a “chave” do que se está a enfrentar, proveniente dos confins do corpo e da alma (espírito).
E o Juiz é um “pintor” e, ao atuar, libera na sua “caneta” todas as suas captações e experiências de vida. E será que tais valores não influenciarão na sua decisão?
Na verdade, TODOS têm uma carga de tendenciosidade ao julgar alguém ou algo, pois a pessoa está sempre atuando com ideias que resultam de análises de tudo o que está à sua volta em confronto com o que está “posto” e que muitos agem de acordo com as suas conveniências materiais e de manutenção do “Poder” existente.
Kelsen diz que o Direito é “posto” e o que todas as soluções estão contidas na lei, mas esta é uma forma manutenção de “Poder”.
O próprio homem é a expressão de puro coração e as palavras, quando escritas, são representações de suas alegrias e tristezas, incidentes de todo sentimento em eterno confronto entre os contentamentos e descontentamentos externos e internos e na sua maioria ligada aos seus próprios interesses.
Para se evitar isso, quem vai decidir deve estar permanentemente conectado com valores supremos de dignidade e de sabedoria Universal e de amor desinteressado, disseminado e espraiado em seu corpo, satisfazendo-se ao seu maior desiderato: o bem comum.