ff0000;">A EXUMAÇÃO DE JANGO
José Carlos Leite Filho
O Brasil tem se mostrado um país surrealista. Transcorridos quase 40 anos, autoridade governamental resolve exumar os restos mortais de um presidente repudiado pelo povo e, consequentemente, deposto do governo e falecido por problema de coração na Argentina, sob uma alegada suspeita da causa de sua morte. Se já não bastasse a surpresa de estranha medida, a sua execução, segundo noticiado pelo jornalista Políbio Braga via internet, tornou-se um vexame ou uma comédia ao se retirar por duas vezes despojos errados do jazigo da família em São Borja (RS), acarretando demora incomum, inclusive por falta de instrumentação adequada para a remoção. Houve até um perito cubano (!) para as devidas comprovações e um silêncio forçado da imprensa.
O atraso imprevisto, ainda segundo o jornalista citado, causou mudança na programação feita pela ministra Maria do Rosário para o Rio Grande do Sul em face da necessidade de traslado para Brasília onde a recepção seria em alto nível, como de fato aconteceu, com a presença da presidente Dilma Rousseff, restando a suspeita, em São Borja, que poderão ter ido os despojos errados.
Da comédia ou do vexame passou-se à humilhação das Forças Armadas, salvadoras do país das garras do comunismo em 1964, que receberam a missão de executar o traslado em aeronave da FAB, de prestar honras militares de chefe de estado ao falecido e de conduzir o seu ataúde como se fosse o renascer de um herói! Talvez não se tenham dado conta de que tamanha afronta encabeçada pela Comandante Suprema dos militares atingiu também a população que foi às ruas nas famosas “Marchas com Deus, pela Família e pela Liberdade” a exigir a saída de um presidente que se desgarrava da democracia.
Como militar e cidadão brasileiro, mais do que revoltado, sinto-me envergonhado de ver a mentira ser usada como palavra oficial num momento em que parceiros ideológicos de esquerda, até recentemente ocupantes de cargos elevados no governo, adentram a cadeia como criminosos por condenação pelo Supremo Tribunal Federal, após terem suas alegações de defesa consideradas inconsistentes por não corresponderem à verdade dos autos. Triste é o país em que a dignidade dos seus governantes vale tanto quanto a palavra de um criminoso! Triste é o país em que instituições nacionais permanentes valem menos do que organismos sociais marginais a serviço do poder político!
Finalizo com um grito a sufocar a minha garganta no sentido de que o Brasil volte a ser orgulho de todos os seus filhos mercê das ações de governantes capazes e probos que o façam grande e coeso, sem estímulo a lutas de classe e sem preconceitos raciais forjados.
General-de-Exército José Carlos Leite Filho – linsleite@supercabo.com.br
(Publicado no “O Jornal de Hoje”, de 18/11/13 – Natal/RN)
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